O presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Espírito Santo, Antônio Augusto Genelhu Junior, enviou ofício a presidente da OAB/DF, Estefânia Viveiros, e ao presidente nacional da OAB, Cezar Britto, manifestando a indignação da entidade diante da invasão da sede da Seccional do Distrito Federal por policiais federais, na última segunda-feira (03). Genelhu afirma, por meio do documento, que não se pode permitir que o país volte aos tempos sombrios em que os advogados e a OAB eram alvos de violências cometidas pelo Estado, “com objetivo de calar a voz da advocacia, que defendia – como ainda defende – o Estado democrático de Direito”, afirmou o presidente da OAB capixaba. “Nossa história fala por nós. E ela diz que nunca nos curvamos aos abusos e violações legais. Não será agora que o faremos”. A seguir, a íntegra do ofício encaminhado pelo presidente da OAB capixaba a presidente da OAB/DF: Estimada Presidente, Profundamente indignado com a violenta e injustificável invasão à sede da Seccional da OAB dirigida por Vossa Excelência, venho oferecer irrestrito apoio e solidariedade à essa presidência e a todos os dirigentes da OAB-DF, bem como aos seus advogados. Coloco a Seccional do Espírito Santo ao seu inteiro dispor, neste momento triste da história do país. Eu, pessoalmente, toda a Seccional do Espírito Santo e nossos advogados capixabas, sentimo-nos envergonhados e indignados diante da afrontosa invasão praticada pela Polícia Federal, a partir de pedido do Ministério Público, às dependências da Seccional do Distrito Federal. Não podemos permitir a violação e a afronta ao Estado democrático de direito. Não podemos pressupor a volta de regimes que, em passado nem tão distante, tentaram calar a voz dos advogados e de sua entidade representativa a OAB. Assim, ao tempo em que oferecemos nossa solidariedade, também colocamo-nos à sua inteira disposição para atuarmos, juntos, na reação a este ato de violência, seja no âmbito administrativo, judicial ou político. E, importante registrar que se pretendiam nos afrontar e intimidar, o ato teve efeito contrário. Ficamos todos perplexos, mas vigilantes e atuantes com todo o vigor necessário. E, unidos, iremos advertir sobre o absurdo da ação e tomar todas as medidas para que os responsáveis por tais desatinos atentatórios ao Estado democrático de Direito sejam exemplarmente responsabilizados. Com nossa mais sincera admiração e irrestrito apoio Atenciosamente, Antônio Augusto Genelhu Junior Presidente da OAB-ES