Palestra de Paulo Queiroz lota auditório da Seccional - OAB DF

“Ser inclusivo, ser plural, ser independente,
ser uma referência no exercício da cidadania.”

DÉLIO LINS

Palestra de Paulo Queiroz lota auditório da Seccional

Mais de 250 pessoas estiveram no auditório da OAB/DF na noite desta segunda-feira (26) para assistir à palestra do procurador regional da República, Paulo Queiroz, pelo projeto Grandes Autores. Ele utilizou o caso Isabella Nardoni e a tentativa de infanticídio contra a índia Hakani, sob a ótica da Filosofia e do Direito, para fazer uma crítica à razão punitiva. O evento foi aberto pelo vice-presidente da Seccional, Ibaneis Rocha. Também fizeram parte da mesa principal dos trabalhos os advogados criminalistas e conselheiros seccionais Raul Livino e Cléber Lopes. “Este evento serve para trazer mensalmente grandes autores para OAB/DF e expandir os conhecimentos de todos no Distrito Federal”, afirmou Rocha. Queiroz afirmou que a legislação penal está em total descompasso com a realidade. Ao exemplificar a questão, indagou aos ouvintes qual o sentido do castigo e a razão em punir. “Na perspectiva do Estado, o Direito Penal é uma forma política de solução de conflitos”, disse. O palestrante defendeu um Direito Penal mínimo, utilizado quando há restrição da liberdade dos indivíduos. “As leis penais supõem uma regularidade de expectativas, emoções e interesses que simplesmente não existem; é que no fundo praticamos crimes pelas mesmas razões que não os praticamos, isto é, porque temos ou não motivações para tanto e essas motivações variam de pessoa para pessoa e são sempre novas, permanentemente em mutação”, disse Queiroz, ao afirmar que é impossível saber por que realmente se castiga.

Fotos: Valter Zica/OAB-DF