Quem viu as 1,5 mil crianças no zoológico nesta sexta-feira (10) poderia até achar que era 12 de outubro. Mas a festa era para comemorar o dia do advogado. O Pendura Social reuniu crianças carentes de três a dez anos, de 12 creches do Distrito Federal. Ofereceu café da manhã, almoço, lanche e lazer. Pelo sétimo ano consecutivo, a iniciativa conseguiu atingir o objetivo de trocar o tradicional calote nos restaurantes da cidade por uma ação beneficente. As atividades começaram às 9h e terminaram às 16h. As crianças brincaram com os palhaços, dançaram e pularam na cama elástica. A atração principal foram os animais. “Vi jacaré, pato, elefante e um macaco engraçado que imitava a gente”, contou a menina Andressa Cristina, de cinco anos, do Lar Fabiano de Cristo. Para o churrasco, foram arrecadados 65 quilos de arroz, 30 de feijão e 300 de carne. A quantia foi doada por estabelecimentos do Distrito Federal. A OAB/DF ofereceu o transporte e emprestou mesas e cadeiras. O evento atendeu as expectativas dos organizadores do Pendura Social. “Ver a satisfação das crianças motiva a gente a continuar com a iniciativa”, declarou a organizadora Elaine Cristina Mesquita. “Estou terminando a faculdade, mas vou continuar a ajudar o pessoal que assumir a organização do Pendura Social”, concluiu. Pendura O Dia do Pendura surgiu na metade do século 19, quando os proprietários de restaurantes convidavam acadêmicos de Direito, fregueses habituais, para brindarem a data. O dia 11 de agosto de 1827 marca a inauguração do primeiro curso de ciências jurídicas no Brasil, aberto pelo imperador Dom Pedro I. No decorrer dos anos, no entanto, a data começou a ser sinônimo de baderna. Comerciantes passaram a reclamar das grandes proporções dos calotes e estudantes foram parar em delegacias por recusarem a pagar a conta.