A Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) realizou, na última semana, mais um episódio do podcast promovido pela Comissão de Saúde Suplementar. O episódio abordou sobre o mercado de saúde e a visão das operadoras, com a participação de especialistas das áreas jurídica e da saúde.
O debate contou com a participação de Socorro Lago, gerente executiva para o Governo Federal da GEAP Saúde e Alex Henrique, gerente de divisão de gerência de relacionamento com cliente da CASSI. A conversa foi conduzida por Vivian Arcoverde, presidente da Comissão de Saúde Suplementar da OAB/DF e Paula Cordeiro, secretária-geral da Comissão.
Os participantes discutiram os desafios enfrentados pelas operadoras na comunicação com mais de 290 órgãos públicos, reforçando a importância da autogestão como uma estratégia eficaz para equilibrar custos e manter a qualidade dos serviços.
Segundo Socorro Lago, a autogestão desempenha um papel crucial no equilíbrio entre custos e qualidade dos serviços de saúde. Diferente de operadoras convencionais, a autogestão não tem fins lucrativos, o que permite que as decisões financeiras sejam tomadas com foco na sustentabilidade, e não apenas na lucratividade.
“Sabemos que a saúde está muito cara, e existem áreas específicas que negociam para obter um bom valor, mantendo a qualidade para os beneficiários. Esse cálculo é balanceado entre o uso cotidiano do plano e as despesas administrativas, além da sinistralidade, que é a quantidade de utilização do plano. A gente precisa monitorar isso constantemente,” afirmou.
Já Alex Henrique trouxe à tona o impacto da transformação digital no mercado de saúde. Ele também ressaltou que os consumidores de hoje esperam soluções rápidas e acessíveis, o que desafia as operadoras a adaptarem seus processos.
“A forma como consumimos produtos, como roupas e tecnologia, mudou muito com o imediatismo que a tecnologia trouxe. Isso também acontece na saúde. O cliente espera um atendimento imediato, e isso nos desafia a nos adaptarmos às mudanças externas que afetam o segmento de saúde. Nosso grande desafio é acompanhar essas mudanças e nos tornarmos mais digitais, mesmo em um setor que lida com saúde, que ainda é um pouco mais analógico,” concluiu.
Jornalismo OAB/DF