Brasília, 19/12/2013 – “Nobres colegas vocês têm que encontrar aquilo que amam. Seu trabalho preencherá grande parte de sua vida e o único jeito de estar verdadeiramente satisfeito é fazer o que você acredita ser um excelente trabalho. E um excelente trabalho só nasce do amor pelo que se faz”, disse Samuel Correia de Sousa, orador da primeira turma de novos advogados que receberam a carteira da Ordem, em cerimônia ocorrida na manhã desta quarta-feira (19), na sede da Seccional.
O paraninfo da primeira turma, conselheiro seccional e membro da Comissão de Prerrogativas, Marcel Versiani, lembrou os novos advogados das prerrogativas, que são uma dignidade conferida à classe e não a cada um em particular. “Posso não usar de um direito que me é conferido, sem que nenhum prejuízo advenha à dignidade da classe. Não posso, porém eximir-me da defesa de uma prerrogativa, uma vez que esta representa uma honra, uma dignidade conferida a todos os integrantes dos quadros da Ordem”, disse.
O presidente da OAB/DF, Ibaneis Rocha, afirmou que a grande força da Ordem é a defesa dos direitos e prerrogativas dos advogados no exercício profissional. “O Marcel conseguiu transmitir o sentimento da advocacia de honestidade, de trabalho, de luta, de busca pelo reconhecimento, um sentimento de defesa social, defesa dos direitos humanos. Essa é uma profissão que vale a pena. O que mais vale no sentimento do advogado é de dizer que todos os dias você realiza um trabalho em prol da sociedade”.
O orador da segunda turma, Dante Vieira Soares Nuto, enfatizou a história da Ordem que se confunde com a própria história do Brasil. “Cada advogado e cada símbolo da advocacia traz em si o enorme significado dos feitos desta Ordem em prol do Brasil”, apontou. “Sairemos deste auditório vinculados a diversos deveres garantidos por uma série de prerrogativas, dentre as quais a mais essencial: a de postular em juízo com exclusividade o direito de terceiros”.
A conselheira e presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais, Christiane Pantoja, ressaltou que o trabalho do advogado é fundamental à luta pela consolidação prática das normas constitucionais. “Esse trabalho do advogado deve ser sempre realizado com honestidade e galhardia. Temos que ser o exemplo da ética como operadores do direito de forma a participamos ativamente da mudança cultural brasileira”.
O vice-presidente da Seccional, Severino Cajazeiras, saudou os novos colegas no encerramento da entrega de carteiras da segunda turma. “Vocês estão chegando agora na nova casa de vocês, a Ordem, que é uma das entidades que mais defendem os interesses da sociedade. Diferentemente das demais profissões, cada um de nós somos fiscais da nossa profissão. Aonde vocês tiverem as prerrogativas violadas, vocês contem com a OAB”.
Confira abaixo as ideias dos oradores das duas turmas sobre seus planos, expectativas e metas na nova jornada profissional
Samuel Correia de Sousa, 24 anos
Por que você escolheu ser advogado?
Na verdade foi uma escolha inusitada porque a minha família toda é de médicos. Eu não me identificava nem um pouco com a medicina. Eu era mais extrovertido, falava bem, então achei melhor escolher a advocacia, tendo em vista a oratória, a facilidade de escrever. A grande alma da advocacia é defender os outros, querendo ou não você assume o problema do outro. Pela vontade de defender os outros.
Como você se vê daqui a 10 anos?
Eu me vejo como um grande advogado, dono de uma firma bem reconhecida no Brasil. Eu quero abrir meu escritório com meu sobrenome para homenagear minha família. Eu pretendo atuar no ramo do direito empresarial, inclusive faço uma pós-graduação na área. Eu acho uma área bem promissora, tendo em vista que as empresas não param de crescer.
Para você, qual o papel da Ordem na sua jornada profissional?
A Ordem tem papel importantíssimo, até porque é a entidade que me representa. A Ordem está aqui para eu poder recorrer a ela sempre que me sentir injustiçado por alguns colegas que não seguem a ética. Se pudesse algum dia, porque não ser presidente da OAB? Eu vejo a Ordem como a minha segunda casa, porque então não conviver dentro dos quadros como diretor, conselheiro ou membro de alguma comissão?
Dante Vieira Soares Nuto, 25 anos
Por que você escolheu ser advogado?
A princípio eu tinha a ideia de fazer algo nas ciências médicas, influenciado por algumas pessoas da família. Depois eu fui encontrando, ainda jovem, a essência daquilo que eu acreditava, aquilo que eu era. Eu sempre fui um sujeito inquieto, muito crítico e muito questionador. Sempre tive o dom de defender aqueles que são vulneráveis, que estão diante de uma injustiça. Foi um caminho que quase naturalmente eu fui seguindo. Foi assim que eu escolhi ser advogado, é algo que me honra muito. Sair daqui com o dever, com a missão de postular em juízo os direitos de outras pessoas, é algo que eu acredito que tenha nascido para fazer.
Como você se vê daqui a 10 anos?
A única coisa que eu quero é ser um profissional realizado. Eu sei que o Direito abre um leque de muitas possibilidades, mas eu já defini que o campo de atuação da minha profissão será voltado para a defesa da sociedade. Não sei que caminho eu vou seguir, pode até mesmo ser na Defensoria Pública ou no Ministério Público, mas sempre com o ideal de defender a sociedade.
Para você, qual o papel da Ordem na sua jornada profissional?
A OAB, mais do que uma entidade de classe ou de regulamentação profissional, tem um papel importantíssimo na democracia brasileira e para salvaguardar o nosso equilíbrio institucional. O fortalecimento da Ordem significa o fortalecimento dos direitos dos cidadãos. Ao passo que nós tivermos uma advocacia forte, é sinal que nós temos um cidadão valorizado, que nossas instituições estão valorizadas. Acho que essa é importância da Ordem.
Reportagem – Tatielly Diniz
Fotos – Valter Zica
Comunicação social – jornalismo
OAB/DF