O conselheiro seccional Raul Livino visitou, na quinta-feira (17), junto com a presidente da OAB/DF, Estefânia Viveiros, o delegado Luiz Julião, o chefe da Coordenação de Investigação dos Crimes Contra a Vida (Corvida). Essa passou a ser a delegacia responsável pelas investigações dos homicídios do casal de advogados José Guilherme Villela e Maria Carvalho Mendes Villela e da governanta Francisca Nascimento da Silva. Assim que houver um dado concreto sobre as investigações, a Seccional deve entrar como auxiliar num possível processo proposto pelo Ministério Público. Desde o dia 10 de setembro, a OAB/DF acompanha o caso, representada por Raul Livino. Com mais de 30 anos de atuação na advocacia criminal em Brasília, Livino observou todo o trabalho da polícia e espera por um desfecho. “Estamos diante de um quebra-cabeça, todo o fator que não anula um dado é passível de investigação e o nosso dever é acompanhar o andamento sem interferir no trabalho da polícia”, afirmou o conselheiro. Ele conta que o processo começou a ser investigado pela 1° delegacia de policia (Asa Sul), mas por decisão judicial foi determinada a mudança de investigação. Para o advogado, a autoria do crime que a polícia suspeitou em determinado momento foi um equívoco. “As pessoas que estavam sendo acusadas foram soltas porque os elementos eram frágeis, não havia lógica”, disse.
Até a presente data, a polícia não tem nenhum suspeito pelo triplo homicídio. Raul Livino ressalta que, com a mudança de comando da Ordem, a nova diretoria poderá revogar a participação dele nas investigações, substituir o representante, ou mesmo mantê-lo. “A OAB/DF deverá ficar à vontade para decidir se permaneço acompanhando o caso”, afirmou. “Mas também fui designado pelo Instituto dos Advogados do DF e por isso continuarei a acompanhar”, afirma. O papel da Ordem é verificar se a averiguação está ocorrendo de acordo com a Constituição. Caso Os advogados e a governanta Francisca Nascimento da Silva foram encontrados mortos a facadas na noite do dia 31 de agosto de 2009, no apartamento em que residiam, na 113 Sul. José Guilherme Villela foi ministro do Tribunal Superior Eleitoral de 1980 a 1986 e há mais de 45 anos atuava como advogado em Brasília. Maria Carvalho administrava o escritório Villela Advogados Associados, fundado em 1960.