Sexta-feira é dia do Pendura Social - OAB DF

“Ser inclusivo, ser plural, ser independente,
ser uma referência no exercício da cidadania.”

DÉLIO LINS

Sexta-feira é dia do Pendura Social

O Dia do Advogado será celebrado com 24h de antecedência este ano. Um grupo de estudantes de Direito de Brasília irá comemorar a data nesta sexta-feira (10), com a realização da sétima edição do Pendura Social. Mais uma vez, a turma substituirá o tradicional calote nos restaurantes da cidade por uma ação beneficente. Será oferecido um churrasco para 1,3 mil crianças carentes, na faixa etária de três a oito anos, no Zoológico. A OAB/DF, como em todas as edições anteriores, apoiará o evento. As atividades vão das 9h às 16h. Os estudantes oferecerão café da manhã, almoço, lanche e brincadeiras para crianças de 12 creches do Distrito Federal. A presidente da OAB/DF, Estefânia Viveiros, diz porque é importante apoiar a ação. “É preciso incentivar práticas que estimulem o respeito, a educação e a consciência social”, afirma. O projeto tem como finalidade promover a cidadania, em vez de perpetuar uma tradição negativa. O Dia do Pendura surgiu na metade do século 19, quando os proprietários de restaurantes convidavam acadêmicos de Direito, fregueses habituais, para brindarem a data. O dia 11 de agosto de 1827 marca a inauguração do primeiro curso de ciências jurídicas no Brasil, aberto pelo imperador Dom Pedro I. No decorrer dos anos, no entanto, a data começou a ser sinônimo de baderna. Comerciantes passaram a reclamar das grandes proporções dos calotes e estudantes foram parar em delegacias por recusarem a pagar a conta. Transformação Na opinião de Rodrigo Pierre de Menezes, coordenador do Pendura Social, o projeto tem ajudado a transformar a tradição. “Em Brasília não se ouviu falar em calote nos últimos dois anos”, diz. “A nossa gratificação é ver a alegria da criançada com as brincadeiras que fazemos no dia”, completa. Outra coordenadora do projeto, Aline Karla Rocha de Souza, justifica sua participação. “Primeiro, pela questão social”, diz. “Segundo, para tirar a idéia ruim que recaía sobre o advogado e o estudante de Direito.”