Solenidade exalta prerrogativas como direitos da cidadania - OAB DF

“Ser inclusivo, ser plural, ser independente,
ser uma referência no exercício da cidadania.”

DÉLIO LINS

Solenidade exalta prerrogativas como direitos da cidadania

Advogados, membros do Judiciário local, do Ministério Público, da Advocacia Pública e da Câmara Legislativa do Distrito Federal prestigiaram, na manhã de hoje, 22, na sede da OAB/DF, o lançamento da Campanha Nacional de Defesa e Valorização da Advocacia, aberto via Internet, pelo presidente nacional da OAB, Roberto Busato.
“Já era tempo de uma campanha nesse molde, articulada nacionalmente, e embora cada unidade da Federação, assim como nós do Distrito Federal, guarde suas peculiaridades, há um consenso de que a degradação dos valores mais caros à nossa profissão tem um custo que recai sobre toda a sociedade”, afirmou a presidente da Seccional, Estefânia Viveiros. Segundo ela, a febre dos bacharéis e a proletarização da advocacia, resultado da criação indiscriminada de cursos jurídicos, colocou um novo desafio à Ordem dos Advogados do Brasil, enquanto organização de representação de uma classe de profissionais. “Não enfrentá-lo, como já foi ressaltado nesta solenidade, significa prejudicar a imagem de toda uma categoria profissional”. O presidente da Comissão de Prerrogativas, Ibaneis Rocha Barros Junior, chamou a atenção dos presentes para a falha do sistema legislativo, que, “ao afastar o advogado dos juizados especiais, tem levado ao abarrotamento e inviabilização” da iniciativa. “Na verdade, o que se constata e se conclui é que sem a rápida solução dos litígios submetidos aos juizados especiais, os mesmos estão se avolumando, ao ponto de termos demandas tecnicamente simples, paradas há mais de um ano nos balcões e prateleiras destes juizados”. Para o presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, José Jerônymo Bezerra de Souza, a Campanha veio em boa hora porque, de fato, há dificuldades a serem superadas no relacionamento entre advogados e magistrados. Ele apontou como um dos problemas, nesse relacionamento, a falta de experiência no exercício da advocacia por parte da geração de novos juízes, e afirmou que a solução está no diálogo.