OAB-DF presente ao Fórum Internacional de Direitos Humanos

Está sendo realizado, no Superior Tribunal do Trabalho (TST), o Fórum Internacional sobre Direitos Humanos, cuja abertura, ontem, contou com a presença da presidente da OAB-DF, Estefânia Viveiros.

O evento, que encerra nesta quinta-feira, é dividido em conferências e painéis, por meio dos quais serão transmitidas experiências internacionais sobre liberdade sindical, trabalhos escravo e infantil, normas do trabalho e aplicação judicial de normas constitucionais sobre direitos humanos.

Também confirmaram presença no fórum o ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos; o secretário de Direitos Humanos, Nilmário Miranda; o assessor especial da Presidência da República, frei Betto; e os senadores Cristovam Buarque (PT-DF) e Patrícia Lúcia Saboya Ferreira Gomes (PPS-CE).

Entre os painelistas estrangeiros que participarão do evento, estão o diretor do Departamento de Normas Internacionais do Trabalho da Organização Internacional do Trabalho, Jean-Claude Javillier; o coordenador Nacional da “Rede por um futuro sin trabajo Infantil”, Walter Alarcón Glasinovich; e o professor catedrático de Direito do Trabalho da Universidade de Hamburgo, Ulrich Zachert, entre outros.

Estefânia discute plano de gestão no Colégio de Presidentes da OAB

Curitiba (PR), 26/03/2004 – A presidente da OAB-DF, Estefânia Viveiros, destacou-se no Colégio de Presidentes da Ordem dos Advogados, que se realizou em Curitiba (PR), ao proferir palestra para todos os 27 presidentes de Seccionais sobre um assunto importante para todos neste momento: como administrar em tempos de crise.

Expositora do tema “Plano de Gestão”, Estefânia Viveiros fez um relato que impressionou seus colegas sobre a situação “calamitosa” em que encontrou a entidade que assumiu em janeiro deste ano. Um déficit da ordem de R$ 7 milhões, descrédito total junto ao setor bancário da capital federal, ameaça de corte do plano de saúde de seis mil advogados compõem parte da “herança maldita” descrita por Estefânia, única mulher entre os presidentes de Seccionais da OAB das 27 unidades da Federação.

“Passei os dez primeiros dias de minha gestão só recebendo credores, sem sequer conhecê-los”, relatou a presidente da OAB-DF. Para administrar o rombo de R$ 7 milhões nas finanças, Estefânia Viveiros contou que teve de assumir, entre as medidas adotadas, um “ônus político” que seus antecessores não ousaram enfrentar: aumentou em 30% a anuidade dos advogados inscritos, que estavam congeladas desde 1995; cortou pessoal e reduziu diversas despesas de custeio.

O clima ainda não é para comemoração na OAB-DF, segundo Estefânia, mas sua administração, nos primeiros dois meses, já representou uma economia de R$ 500 mil para a entidade. Essa economia foi obtida, entre outras decisões, com denúncias e revisões de contratos anteriores, como o caso da limpeza, onde conseguiu diminuir em R$ 19,5 mil os gastos mensais. Também os gastos com manutenção de elevadores foram reduzidos e demitidos 20 funcionários. “Enfrentei e enfrento um custo político muito alto. Lembro que vários advogados recorreram à Justiça contra o aumento de anuidade”, observou Estefânia Viveiros.

A despeito da situação que enfrenta, ela afirma que está disposta a continuar saneando a entidade. “Caso contrário, seria acusada de omissão e não ficaria com a consciência tranqüila de estar cumprindo o meu dever”, afirmou ela, anunciando que continuará trabalhando para alterar o perfil dos gastos OAB-DF (quando Estefânia assumiu, 99% da arrecadação iam para despesas de custeio), destinando parcela maior das recitas para investimentos em prol dos advogados.

Presidentes de OABs discutem crise no governo

Curitiba (PR), 26/03/2004 – “Frustração”. Esta palavra resume o sentimento dominante da advocacia brasileira em relação aos primeiros quinze meses do governo Luiz Inácio Lula da Silva, expresso pelos presidentes de Seccionais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), reunidos na capital paranaense. À pergunta sobre “qual avaliação fazem desses primeiros quinze meses do governo”, a resposta dos presidentes de Seccionais da OAB foi unânime: o governo frustrou a sociedade, não cumpriu suas promessas de campanha, está sem rumo e não se sabe se ele tem condições de reagir.

Veja, a seguir, quais as opiniões dos presidentes das Seccionais da OAB sobre os primeiros quinze meses da gestão de Lula:

OAB do Acre, Adherbal Maximiano Corrêa – “Esse governo é a impostura total e isso eu já esperava. Não conheço ferroviário que tenha dado certo na Europa, não conheço líder sindical que tenha dado certo em governos europeus ou americanos. Nos anos 70, a Polônia namorou Lech Walessa, depois teve o Vlaclav Havel na Checoslováquia. Nenhum deu certo. Aqui não poderia ser diferente. Enfim, o governo está apresentando exatamente o que eu esperava”.

OAB de Alagoas, Marcos Bernardes de Melo – “Nós estamos caminhando para um desastre. Na verdade, o País parou. A economia parou. A fome aumentou. O desemprego aumentou. A falta de garantias das pessoas também aumentou e tudo aquilo que se pregava por este governo e tudo aquilo que se esperava dele está sendo negado. Por isso é acredito que estamos caminhando para um verdadeiro desastre”.

OAB do Amapá, Washington Caldas –

“O Amapá está entristecido com a atuação do presidente Lula. O pouco esforço demonstrado pelo governo no intuito de apurar as denúncias feitas ao ex-assessor da Casa Civil, Waldomiro Diniz, foi considerado lamentável pela sociedade amapaense. Não esperávamos jamais isso do Partido dos Trabalhadores. Esperávamos medidas mais concretas e, ao final, o governo surpreende o Amapá e todo o País”.

OAB da Bahia, Dinailton Oliveira – “Eu acredito que a minha avaliação é igual à da maioria do povo brasileiro: o sentimento, neste momento, é de frustração total com o governo Lula”.

OAB do Ceará, Hélio Leitão Neto – “No meu entendimento, o governo do presidente Lula não difere fundamentalmente do de Fernando Henrique Cardoso e dos governos anteriores. É um grupo que tinha um discurso para ganhar a eleição e outro para governar, então, em nada difere dos governos passados. O governo de Lula continua comprometido com o consenso de Washington, continua comprometido com o capital internacional e não difere em nada dos demais governos. Se existe alguma diferença é o fato de Lula efetivamente ter traído o seu discurso, um discurso de 20 anos, e ter traído o projeto político do Partido dos Trabalhadores”.

OAB do Distrito Federal, Estefânia Viveiros – “Lula foi eleito por representar uma perspectiva de mudança no País, que precisa crescer mais, gerar mais empregos, diminuir esse enorme fosso que há entre ricos e pobres e reduzir também a sua dependência das instituições financeiras internacionais. No entanto, a sensação que temos hoje é que o Brasil continua estagnado, seja por falta de ações concretas, seja por causa de escândalos que continuam a acontecer dentro da máquina administrativa oficial e que precisam ser apurados com rigor. Felizmente, outros setores estão fazendo a sua parte. O Congresso, por exemplo, está dando sequência às discussões em torno da reforma do Judiciário, e embora o caminho a percorrer ainda seja longo, este é um ponto positivo. Não se pode dizer o mesmo da reforma tributária, que esperava-se ser mais equilibrada mas continua sendo alvo de muitas críticas. Enfim, nós, como todos os brasileiros, continuamos esperando, mas essa espera não pode ser eterna. Na verdade, já esperamos demais”.

OAB do Espírito Santo, Agesandro da Costa Pereira – “A resposta que o governo tem nos dado nesses últimos quinze meses não é, obviamente, a que esperávamos. O que se pretendia era uma ampla mudança, inspirada nos princípios do Estado de Direito Democrático. O que nos parece é que o governo Lula utiliza os mesmos métodos que nós sempre condenamos em governos anteriores. Nessa perspectiva, acho que o cenário político brasileiro não vai bem”.

OAB de Goiás, Miguel Cançado – “É preocupante a situação do País. No que se refere à política econômica, há uma forte instabilidade, caminhando agora também para uma instabilidade política, o que é ainda mais grave. Tudo isso leva uma grande apreensão a todos com relação ao futuro da nação”.

OAB do Maranhão, José Caldas Góis – “Para mim, ainda resta uma esperança. Eu acho que o governo Lula ainda não correspondeu às expectativas da população brasileira. O povo depositou toda a sua confiança nele e está vendo agora um desencontro nesta administração. Considero o governo de Luiz Inácio Lula da Silva um governo razoável, mas acredito que ainda resta uma esperança”.

OAB de Mato Grosso, Francisco Anis Faiad – “O governo começou recheado de esperança, mas, aos poucos, tem demonstrado insegurança na hora de colocar em prática suas propostas e os programas que constituíram o seu plano de governo. Para mim, este é um governo extremamente inseguro e que não consegue colocar em prática tudo o que foi idealizado”.

OAB de Mato Grosso do Sul, Geraldo Escobar Pinheiro – “Estou muito preocupado com o governo do presidente Lula. Eu vejo que os investimentos no Brasil não estão acompanhando o seu planejamento e a parte política do País tem sofrido um questionamento muito grande. Isso inviabiliza o crescimento e o desenvolvimento dos projetos que ele havia prometido no início de sua gestão”.

OAB de Minas Gerais, Raimundo Cândido Júnior – “A nossa avaliação é de que têm sido feitas muitas propostas, muitas reformas. Mas essas reformas, em si, não estão resolvendo absolutamente nada. São reformas de perfumaria e entendo que precisaríamos de reformas mais concretas. O presidente está se esforçando e eu penso que temos que dar um crédito a ele, mas já passou da hora de alguma coisa se concretizar. Lula agora está às voltas com esses problemas de suspeita de corrupção no governo e essas questões que todos nós conhecemos têm atrapalhado o andar da carruagem”.

OAB do Pará, Ophir Filgueiras Júnior -“É uma decepção para todos nós o pouco caso que o governo Lula tem tido com a questão social deste País. Um governo que se elegeu com grande legitimidade, com uma votação expressiva, de uma forma talvez nunca tida por alguém neste País. Ele chega ao poder e está pregando contra tudo aquilo que sempre defendeu, o que é lamentável. Precisamos, agora, que Lula tome um rumo em seu governo, dê início a um outro momento na vida deste País porque ninguém agüenta mais o arrocho que está se passando, com a carga tributária excessiva que se paga neste País e o crescente índice de desemprego. É preciso mudar”.

OAB da Paraíba – Harrison Targino (vice-presidente) –

“Na minha avaliação, o governo Lula tem tentado implementar o seu programa de governo com muita dificuldade. De um lado, por conta das dificuldades de gerenciamento de uma máquina tão grande, de outro, por conta das dificuldades naturais de correlação de forças políticas. Se de um lado vemos sinais de encaminhamentos adequados, de outro observamos frustrações. Espero que este ano o governo Lula possa mostrar a que veio e praticar e cumprir o programa de campanha. Sob pena de levar este País a uma frustração nacional, que terminará por despolitizar mais do que ajudar no processo político brasileiro. Afinal houve muita expectativa em torno do governo Lula e, oxalá, ele conseguirá dar a virada”.

OAB do Paraná, Manoel de Oliveira Franco – “Para mim, o governo não começou ainda. O nosso presidente Lula ainda não assumiu. Ele delegou poderes e está de uma forma temerária entregando o comando da nação a terceiros, principalmente a seu ministro-chefe da Casa Civil. Neste momento, não estamos vendo Lula comandar a sua equipe. Seu Ministério é totalmente composto de pessoas díspares e não há uma engrenagem única, com cada um correndo para o lado contrário. De forma que acho que esse governo não começou ainda”.

OAB de Pernambuco, Júlio Alcino de Oliveira Neto – “Na nossa avaliação, o governo está extremamente tímido. Ele surgiu com muita esperança, a partir da vontade da maioria da população brasileira, mas continua adotando a mesma política econômica do governo anterior. Conseqüentemente, o desemprego e a recessão imperam em todo o País. Por outro lado, as propostas voltadas para o lado social têm um sentido muito mais fisiológico do que propriamente o de combater a pobreza, efetivar a cidadania e oferecer escola, educação, saúde e de quebrar as desigualdades no nosso País. Hoje, no Brasil, o excluído é sinônimo de vencido. O incluído é sinônimo de vencedor. O presidente Lula precisa ter conhecimento de que nós precisamos de uma mudança efetiva na distribuição de riqueza e na melhoria de renda da população. Suas promessas de campanha, nesse momento, continuam sendo apenas promessas de realizações que tanto a sociedade civil organizada deseja”.

OAB do Piauí, Álvaro Fernando da Rocha Mota – “A avaliação que nós fazemos é de frustração. O próprio processo eleitoral criou expectativas muito grandes na população brasileira e eu tenho visto que o governo não tem respondido satisfatoriamente aos desafios feitos pela sociedade. O governo precisa realmente acordar, dar um choque, começar a trabalhar e a dizer a que veio. Precisa mostrar, na prática, que irá cumprir com os seus compromissos”.

OAB do Rio de Janeiro, Octávio Gomes – “O povo brasileiro votou em Lula na esperança de que teríamos dias melhores, de que teríamos um avanço. O que estamos constatando é que, apesar de já se terem passado quinze meses de governo Lula, o País não avançou, ao contrário, o índice de emprego continua altíssimo. O grande desafio do governo – e Lula sabia disso – era diminuir o desemprego e ele não fez absolutamente nada até agora para reverter esta situação. Com o cidadão desempregado, obviamente o País não avança e não gera riquezas. O governo hoje está indo contra tudo o que Lula sempre pregou. Ao querer abortar CPIs e jogar a sujeira para debaixo do tapete, o governo está deixando a sociedade brasileira estarrecida. Não posso aceitar o argumento de que o governo está começando, que as mudanças no Brasil são complicadas e vagarosas. Lula sabia de todos esses problemas porque ele queria o poder a muito tempo. Já se passaram quinze meses e nada foi feito. Para quem propalou uma grande mudança, um avanço, Fome Zero e criação de emprego, nada foi feito nesses quinze meses. No meu entendimento, quinze meses é um prazo mais do que suficiente para minimizar ou reverter certas situações e nada até agora foi feito por este governo, que sempre conheceu deste País”.

OAB do Rio Grande do Norte, Joanilson de Paula Rêgo – “O presidente deve estar às voltas com a dificuldade da chamada governabilidade. Por conta disso, realmente está precisando impor um ritmo maior aos apelos da campanha eleitoral, que recheavam as expectativas do povo brasileiro. A corrupção é um cancro que aflige a todos os governos, mas nós confiamos na honorabilidade do presidente da República e esperamos que ele saiba tomar as medidas cabíveis contra casos isolados que possam existir, como o de denúncias direcionadas ao ex-assessor da Casa Civil, Waldomiro Diniz”.

OAB do Rio Grande do Sul, Valmir Batista – “O sentimento que tenho, como alguém que esperava as mudanças sociais no País, é simplesmente de frustração. Agora, com esse episódio que envolve o governo numa crise de credibilidade e que o torna refém daqueles que sempre mandaram no País, essa preocupação aumenta. Vejo com uma expectativa muito negativa o futuro desse governo. Eu espero que, de alguma forma, se possa ter a compreensão de que o momento político brasileiro é muito grave.É o momento para que todos aqueles que sempre se utilizaram do País, sempre se serviram dele, contribuam para que, de alguma forma, se possa superar essa crise sem as velhas práticas da política brasileira. E a OAB, como sempre, está à frente dessa batalha: achamos que é necessária a CPI, para que o governo não se torne refém daqueles que sempre se aproveitaram dessas questões para tirar vantagens pessoais. Estamos apoiando o presidente da OAB, Roberto Busato”.

OAB de Rondônia, Orestes Muniz Filho – “O governo Lula assumiu o governo empunhando uma bandeira de esperança, de desenvolvimento econômico e de criação de empregos. Porém, a verdade é que, até o presente momento, ainda não foi possível vislumbrar a concretização desses compromissos assumidos por Lula com a sociedade brasileira na época da eleição presidencial. Nesse aspecto, há a indiscutível necessidade de que o presidente da República e os demais membros do governo façam uma avaliação séria do andamento deste mandato. Isso porque, se esses compromissos com a sociedade não puderam ser cumpridos até o momento, é fundamental que o governo redirecione as suas ações no sentido de resgatar as promessas feitas ao povo”.

OAB de Roraima, Antonio Oneildo Ferreira –

“A avaliação que fazemos do governo, em que pese todos esses problemas que estão aí, é positiva. Não se pode hoje dizer que a conjuntura atual seja fruto de má vontade, de má-fé ou de incompetência. Isso seria trilhar por uma explicação muito simplista e agir como determinados segmentos, que hoje apelam para um tom preconceituoso quando criticam o governo, mas que são os mesmos segmentos que sempre estiveram no poder e que são os responsáveis pelo que temos hoje no Brasil. Não é uma conjuntura que caiu de pára-quedas. Não podemos dizer que há um descalabro, que há isso ou aquilo. Eu tenho a preocupação de analisar a situação por essa conjuntura e lembrar que sempre tivemos segmentos comprometidos e arraigados, que se aproveitaram deste País. A miséria sempre existiu e hoje não está pior do que antes. O analfabetismo diminuiu. A segurança pública está sendo discutida pelo ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que é um militante nosso. Então, nós vemos esses quinze meses de governo do Lula de forma positiva. Eu acho que a OAB está fazendo a sua parte e está contribuindo, que é o que tem que ser feito. Eu acredito que devemos ter uma melhor perspectiva daqui para frente”.

OAB de Santa Catarina, Adriano Zanotto – “Estamos acompanhando com bastante atenção tudo o que está sendo realizado pelo governo federal e temos esperança de que a esperança não acabe, nem para a população e nem para os nossos próprios administradores. Espero que o Brasil possa avançar, conforme foi prometido durante a campanha eleitoral. A enorme expectativa que existia no início do governo, principalmente no que diz respeito ao programa Fome Zero, uma iniciativa governamental que merece elogios, está se esvaindo pouco a pouco, na medida em que as reformas e os avanços necessários que o Brasil precisa ainda não tiveram o andamento necessário”.

OAB de São Paulo, Luiz Flávio D’Urso – “Estamos aí na expectativa de que realmente aconteça a implantação, principalmente, de um projeto social por este governo. Temos acompanhado o desenvolvimento do governo Lula durante todo esse período, sabemos das dificuldades que o governo enfrenta, mas o momento de realização está aquém da expectativa. O que posso afirmar, com a convicção de que assim pensa a nação, é que a esperança depositada nesse governo foi tão grande que retarda a realização do atendimento ao que se esperava. Diante disso, nós corremos o risco de nos deparar com uma profunda frustração. A nossa esperança é a de que o governo reaja e coloque em prática todo o projeto de base social, antes que essa frustração se instale”.

OAB de Sergipe, Henri Clay Andrade – “Avalio que o governo está passando por uma instabilidade política grave, diante de uma continuidade de uma política econômica que, reconhecidamente não enseja crescimento econômico para o País. Ela aprofunda o desemprego, que tem inclusive batido recordes, com os maiores índices dos últimos vinte anos. Tem demonstrado também uma fragilidade ética e moral, envolvido que está em suspeitas de corrupção. Tudo isso tem causado essa instabilidade dentro do governo, uma situação preocupante para o País”.

OAB de Tocantins, Luciano Ayres – “A população demonstrou muita esperança em mudanças e resgates de compromissos. Mas lamentavelmente, no decorrer desses quinze meses, o que vemos é um amontoado de desacertos na política econômica e, sobretudo, na política social. Os programas que foram compromisso de campanha, na minha opinião, têm se frustrado. O que vemos é a falta de credibilidade que o governo está começando a enfrentar e isso é extremamente delicado e grave para o cenário que vivemos. Eu acredito que esse monte de desacertos poderá conduzir a turbulências, o que não é bom para o governo, para a OAB, enfim, não é bom para a cidadania brasileira”.

ESA-DF entrega certificados de I Curso

A Escola Superior de Advocacia da OAB/DF (ESA-DF), informa que os certificados do I Curso de Introdução à Advocacia estarão disponíveis a partir da próxima segunda-feira, 29/03, na Secretaria da Escola.

O curso teve 327 inscritos, mas apenas aqueles que obtiveram freqüência mínima poderão receber os certificados. A Coordenação da ESA-DF lembra que o documento será entregue apenas ao próprio participante.

A ESA-DF funciona no edifício sede da OAB/DF (516 Norte), 2º andar, e atenderá, no dia 29/03, no período de 13 às 22h.

ESA-DF oferece novos cursos

Terá início nesta quarta-feira (24/03), mais um curso oferecido pela Escola Superior de Advocacia, ESA-DF, intitulado “Os Recursos na Reforma do CPC e os novos enunciados da Súmula do STF”.

Os interessados ainda podem se inscrever na secretaria da ESA-DF, de 13 às 19h, no edifício sede da OAB/DF (516 Norte). O horário das aulas vai de 19h30 às 22h40. Com um total de 22 horas/aula, o curso teve como organizador o advogado, professor e conselheiro da OAB/DF Bernardo Pimentel. O investimento é de R$ 120,00.

Contratos – Na próxima semana a ESA-DF oferecerá o curso “Contratos no NCC e no Direito do Consumidor”. O curso se inicia no dia 29/03, e o horário dasaulas é de 19h30 às 22h40. A duração também é de 22 horas/aula. A organização do curso ficou a cargo do advogado, conselheiro da OAB/DF e diretor da ESA/DF Paulo Roberto Roque A. Khouri.

Estefânia defende papel social da Justiça do Trabalho

A presidente da OAB/DF, Estefânia Viveiros, manifestou nesta terça-feira ( 23/03), durante cerimônia de posse, em Brasília, do presidente e do vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, a preocupação da entidade com as “indisfarçáveis mobilizações contrárias” ao dispositivo que prevê a ampliação da competência da Justiça do Trabalho.

Segundo ela, a “OAB defende a manutenção desse ponto da reforma, pois entende a necessidade dessa ampliação para que a Justiça do Trabalho possa julgar toda causa que diga respeito ao trabalho humano, inclusive as ações trabalhistas dos servidores públicos e as ações previdenciárias”.

Estefânia Viveiros foi designada pelo presidente nacional da OAB, Roberto Busato, para representar a entidade na posse do juiz João Amílcar e Souza Pavan, novo presidente do TRT da 10ª Região, e seu vice, juiz Alberto Presciani de Fontan.

A íntegra do discurso:

Senhoras e senhores,

Quero inicialmente, em nome do Presidente do Conselho Federal da OAB, Dr. Roberto Antonio Busato, e dos advogados que integram a nossa Seccional da OAB do Distrito Federal, parabenizar o presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, juiz João Amílcar e Souza Pavan, e seu vice, juiz Alberto Presciani de Fontan Pereira, eleitos para o biênio 2004/2006. 

Quero, igualmente, homenagear a grande figura do eminente juiz Braz Henrique de Oliveira, um pioneiro com relevante folha de serviços prestados à Capital do País, pelo seu trabalho incansável em defesa da causa do Direito, e que deixa a Presidência desta Casa.

Falar em nome da Ordem dos Advogados, numa solenidade como esta, me leva a pensar o papel de nossa instituição, que se de um lado atende as demandas da advocacia como categoria profissional, de outro deve vocalizar os anseios da sociedade, da cidadania, e lutar por mais direitos sociais. São múltiplos os desafios que todos nós, operadores do Direito, enfrentamos neste momento tão singular da história do Brasil.

Aproveito esta oportunidade para dizer algumas palavras – ainda que poucas palavras – a respeito da reforma do Judiciário. A OAB, desde o início das discussões, vem defendendo propostas que visem dar maior transparência, rapidez e eficiência à Justiça. No que toca à Justiça do Trabalho, não podemos nos esquecer de que se trata do mais social dentre todos os ramos do Judiciário. A nosso ver, merece atenção especial. Infelizmente, porém, não é o que vem ocorrendo.

Preocupa-nos, por exemplo, a forma como vem sendo discutida a proposta de ampliação da competência da Justiça do Trabalho, com indisfarçáveis mobilizações contrárias a esse dispositivo. A OAB defende a manutenção desse ponto da reforma, pois entende a necessidade dessa ampliação para que a Justiça do Trabalho possa julgar toda causa que diga respeito ao trabalho humano, inclusive as ações trabalhistas dos servidores públicos e as ações previdenciárias.

Precisamos nos manifestar politicamente a esse respeito, mas com o cuidado de não cometer o deslize de partidarizar ou ideologizar o debate. A ideologia da Ordem dos Advogados é a defesa da cidadania. Nosso partido é a Pátria. Nossa luta é pela conquista de mais direitos sociais. O que não podemos aceitar é que esses direitos sejam transformados em barganhas políticas para desfigurar o projeto de construção de uma sociedade mais democrática e justa que todos queremos.

Sendo assim, senhoras e senhores, continuaremos a nos indignar quando metade dos trabalhadores brasileiros ganha até dois salários mínimos e que mais da metade da população ocupada não possui seguridade social. Nossos indicadores confirmam que o traço mais marcante da sociedade brasileira é a desigualdade. A distância entre os extremos ainda é muito grande.

Na desigualdade por gênero, por exemplo, as mulheres ganham menos do que os homens em todos os Estados brasileiros e em todos os níveis de escolaridade. As mulheres também se aposentam em menor proporção que os homens e é assustador o número de mulheres idosas que não recebem nem aposentadoria nem pensão.

Nem mesmo o aumento do nível educacional alcançado pelo Brasil nos últimos anos foi suficiente para superar as desigualdades raciais – outra chaga que precisamos extirpar. Os trabalhadores negros continuam ganhando salários, em média, inferiores aos trabalhadores brancos. Os 10% mais ricos no Brasil ganham 18 vezes mais que os 40% mais pobres. O 1% mais rico acumula quase o mesmo volume de rendimentos dos 50% mais pobres. Quase um terço dos 40% mais pobres não têm carteira assinada. E metade da população ocupada do Brasil tem rendimento médio mensal de meio a dois salários mínimos.

Em um País como este, senhoras e senhores, a Justiça do Trabalho assume uma dimensão ampla, uma vez que o processo trabalhista é mais rápido, simples e gratuito. E já que estamos falando do acesso do cidadão ao Judiciário, não podemos nos limitar à mera racionalidade da atividade jurisdicional, mas sim à Justiça com objetivo social, no sentido de uma Justiça verdadeiramente justa.

Este é o nosso propósito, sobre o qual convido a todos refletir.

Aos novos dirigentes desta Casa, nossos mais sinceros votos de êxito.

Muito obrigada.

Estefânia participa de formatura na UnB

A presidente da OAB/DF, Estefânia Viveiros, participou na última sexta-feira (19/03), da solenidade de outorga de grau aos formandos do curso de Direito da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB) do segundo semestre letivo de 2003.

Estefânia Viveiros compôs a mesa de honra, juntamente com o professor José Geraldo de Sousa Júnior, que representou o Conselho Federal da OAB. Na ocasião, a presidente convidou os novos bacharéis a conhecer os trabalhos da Seccional e participar ativamente da vida da instituição quando estiverem no exercício profissional.

OAB pede correção de edital de concurso da AGU

A presidente da OAB-DF, Estefânia Viveiros e o presidente nacional da OAB, Roberto Busato, entregaram ontem (18/03) ao Advogado-Geral da União, ministro Álvaro Ribeiro, pedido de reexame do edital do concurso público aberto pela Advocacia-Geral da União no item que estabelece os requisitos profissionais exigidos dos candidatos. A reunião na qual o pedido da OAB foi apresentado foi realizada na sede da AGU.

A justificativa para o pedido é o fato de a AGU estar exigindo como requisito apenas o diploma ou o certificado de bacharel em Direito, quando o Estatuto dos Advogados (Lei nº 8.906/94) prevê que, para o preenchimento de cargos desta carreira, é necessário que o candidato seja advogado profissional registrado, com inscrição na OAB. O concurso público foi aberto para o preenchimento de 400 vagas para o cargo de procurador federal..

Estefânia disse ao ministro que há uma grande expectativa dos advogados para que o assunto seja logo esclarecido.

Álvaro Ribeiro repassou o pedido de alteração do edital aos assessores responsáveis pela administração do concurso e ficou de dar uma resposta à solicitação feita pela OAB. São atribuições dos titulares do cargo de procurador federal, conforme o artigo 37 da Medida Provisória nº 2.229-43 de 2001, a representação judicial e extrajudicial da União, autarquias e fundações públicas; atividades de consultoria e assessoramento jurídicos à União; e apuração da liquidez e certeza dos créditos inerentes às suas atividades, inscrevendo-os em dívida ativa para fins de cobrança amigável ou judicial.

O concurso da AGU, regido pelo edital número 1/2004, está sendo organizado pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe) da Universidade de Brasília e conta com a participação da OAB, nos termos do parágrafo único do artigo 36 da Medida Provisória nº 2229-43, de 6 de setembro de 2001. O dispositivo prevê que os concursos relacionados a carreiras e cargos da área jurídica devem ser disciplinados pelo advogado-geral da União e ter representantes da OAB presentes nas bancas examinadoras. As provas do concurso da AGU serão realizadas em todas as capitais do País e no Distrito Federal. A carga horária é de 40 horas semanais e o salário inicial, de R$ 4.406,11.

Estefânia representa Conselho Federal em solenidade no TRT

A presidente da OAB-DF, Estefânia Viveiros, representará o Conselho Federal da OAB na solenidade de posse dos novos dirigentes do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, a realizar-se no dia 23 de março, às 17hs, na sede do Tribunal, em Brasília.

O presidente nacional da OAB, Roberto Antonio Busato, designou a presidente da Seccional para representar a entidade tendo em vista ter assumido, anteriormente, outro compromisso para a mesma ocasião.

Eleitos para o biênio 2004/2006, serão empossados, na próxima semana, os juízes João Amílcar Silva e Souza Pava, nos cargos de presidente e corregedor, e Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, vice-presidente.

Marcelo Ribeiro é indicado para vaga no TSE

Brasília – O nome do Conselheiro Federal Marcelo Ribeiro, do DF, foi escolhido pelo Pleno do Supremo Tribunal Federal (STF) para compor a lista tríplice de indicados para preenchimento do cargo de ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Também integram a lista tríplice os advogados Admar Gonzaga Neto e José Gerardo Grossi, que já ocupa cargo de ministro substituto no TSE. A eleição foi feita em atendimento a ofício encaminhado pelo presidente do TSE, ministro Sepúlveda Pertence, no qual comunicou o fim do mandato de Gerardo Grossi naquela Corte.

A lista será encaminhada ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que indicará um dos nomes para assumir o cargo no TSE. Integram a Corte da Justiça Eleitoral três ministros do STF, dois do Superior Tribunal de Justiça e dois advogados de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados pelo STF e nomeados pelo presidente da República. Para cada um dos ministros efetivos, é eleito um magistrado substituto, escolhido por meio do mesmo processo. O Tribunal elege seu presidente e vice entre os ministros do STF e o corregedor eleitoral entre os ministros do STJ.