Evento discute os impactos da Tecnologia e Inteligência Artificial na redação jurídica

A OAB-DF (Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil), por meio da Comissão da Advocacia Jovem e Iniciante, promoveu nesta quarta-feira (16/08) um evento para explorar os impactos da tecnologia e inteligência artificial na redação jurídica. Com o tema “Impactos da Tecnologia e Inteligência Artificial na Redação Jurídica”, o evento contou com uma palestra de Mateus Costa Ribeiro, reconhecido advogado que alcançou Mestrado pela Faculdade de Direito de Harvard e aprovado para o Master of Business Administration (MBA) pela Universidade de Stanford.

A palestra foi organizada pela Comissão da Advocacia Jovem e Iniciante, em resposta ao cenário tecnológico atual, no qual a transformação digital e a crescente adoção da inteligência artificial estão redefinindo a abordagem dos profissionais do direito à redação de documentos jurídicos.

Na abertura do evento, Lucas Vianna Kauffmann, presidente da Comissão, destacou que em um intervalo muito curto, deixamos para trás o uso do papel físico e adentramos o mundo digital, demandando que cada profissional se adapte às novas realidades do mercado. Lucas afirmou que “no cerne dessas transformações, a inteligência artificial emerge como uma solução capaz de aprimorar a atuação dos advogados, permitindo a realização de um maior volume de tarefas em menos tempo. Na vanguarda dessas mudanças está a jovem advocacia — curiosa, determinada e dedicada — que se converterá em um vetor dessas transformações,” avaliou.

Em sequência, o palestrante Mateus Costa Ribeiro, ofereceu uma perspectiva abrangente sobre a evolução tecnológica no campo jurídico. Ele também compartilhou um estudo conduzido pela Universidade de Stanford, que concluiu que, “apesar de cerca de 40% dos empregos humanos terem sido afetados pela tecnologia, as tendências de transformação indicam que a tecnologia deverá criar novos empregos, evitando assim a degradação do tecido social.”

O método de pesquisa aplicado nesse estudo abordou o desaparecimento previsto de empregos, que tendem a ser menos significativos em comparação com os empregos emergentes. O responsável pelo estudo dividiu uma turma de Direito em três grupos: o primeiro utilizou apenas inteligência artificial (especificamente o chatbot GPT), o segundo realizou o trabalho manualmente e o terceiro utilizou uma combinação de ambos. Surpreendentemente, o terceiro grupo demonstrou um desempenho superior em relação aos outros dois. Os resultados evidenciaram que o grupo que dependeu unicamente da inteligência artificial apresentou o pior desempenho.

Segundo Mateus, entende-se que “o estudo prevê que aproximadamente 40% das atividades humanas podem ser transformadas pela inteligência artificial. Entretanto, os ganhos de produtividade serão tão substanciais que os indivíduos afetados encontrarão novas oportunidades, resultando em um aumento global na eficiência. Isso não se restringe apenas à substituição de tarefas simples, como copiar e colar, mas também abrange o capacitar de novas atividades e setores”, enfatizou.

O palestrante concluiu que estamos nos estágios iniciais da era da inteligência artificial e acredita que os modelos serão consideravelmente aprimorados. “No entanto, o que esse estudo comprova é que a inteligência artificial atuará como um copiloto dos seres humanos. Estamos à beira de testemunhar o surgimento de uma economia completamente nova, cujas características ainda não compreendemos completamente.”

Confira as fotos do evento.

Comunicação OAB-DF — Jornalismo