Dia da Mulher Advogada: CLDF destaca pioneirismo e luta por igualdade na advocacia em solenidade - OAB DF

“Ser inclusivo, ser plural, ser independente,
ser uma referência no exercício da cidadania.”

DÉLIO LINS

Dia da Mulher Advogada: CLDF destaca pioneirismo e luta por igualdade na advocacia em solenidade

A Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) realizou, na manhã da última sexta-feira (13/12), uma sessão solene em homenagem ao Dia da Mulher Advogada. A data, instituída pela Lei Distrital nº 4.917/2013, celebra o papel das advogadas na sociedade e reverência a memória da primeira mulher a exercer a advocacia no DF, Leopoldina Eugênia.

Jaqueline Silva (MDB), autora do Projeto de Lei no 176/2023 que incluiu o Dia da Mulher Advogada no Calendário Oficial de Eventos do Distrito Federal, marcando a data em 15 de dezembro, destacou a relevância da iniciativa. “Esta sessão solene é para compartilharmos nossas dores e alegrias, pois sabemos que ser mulher é antes de tudo ser uma guerreira. Esta também é uma oportunidade de homenagearmos a primeira advogada do DF, a doutora Leopoldina Eugênia, cujo nome hoje batiza a lei do dia da mulher advogada.”

A vice-presidente da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF), Lenda Tariana, lembrou que o DF, por ser uma unidade mais nova da federação, ainda abriga a primeira geração de mulheres advogadas. “Não havia mulheres advogadas no DF, isso está sendo construído agora. Muitas de nós não tiveram mães ou avós advogadas. O dia da mulher advogada é importante para marcar as lutas desse movimento. Hoje nos orgulhamos porque nasceu no DF a regra da paridade na OAB que virou exemplo para o país.”

Representando todas as presidentes e vice-presidentes de subseções da OAB/DF, a presidente da Subseção do Gama, Graciela Slongo ressaltou a luta diária das advogadas. “Nossa trajetória ainda é marcada por muitos desafios. Somos agentes de construção de uma sociedade mais justa e igualitária e estamos em constante luta contra os preconceitos históricos.”

A presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/DF, Nildete Santana, trouxe reflexões sobre a trajetória e os desafios das mulheres na advocacia e na sociedade. “É uma honra estarmos aqui hoje, celebrando algo que há pouco tempo seria impensável. Há poucas décadas, não podíamos votar, ser votadas ou ocupar espaços de poder. Tudo o que conquistamos foi fruto de muita luta e resistência, porque nunca nos foi dado nada. A nossa representatividade veio de nossa força, união e perseverança.”

Nildete celebrou avanços importantes, como a paridade implementada pela OAB. “A paridade é um marco. Sim, ainda há quem diga que algumas de nós ‘só estão na foto', mas a maioria está aqui de fato, lutando, erguendo nossas bandeiras e defendendo nossas causas. A ONU já afirmou: a democracia não existe sem a participação real das mulheres. E nós precisamos ocupar esses espaços, não como invasoras, mas como pessoas que têm o direito de estar lá.”

A paridade também foi destacada pela presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada, Cristiane Damasceno. “Se somos 52% da população, por que não temos um parlamento com metade de mulheres? Por que não temos mulheres na presidência em todas as seccionais da OAB, se somos a maioria na advocacia?.”

Durante a solenidade, a deputada Jaqueline Silva entregou à vice-presidente da OAB/DF, Lenda Tariana, um quadro com a fotografia de Leopoldina Eugênia, marco da conquista das mulheres na advocacia do DF. O quadro será fixado nos memoriais da OAB/DF como símbolo da luta e do reconhecimento das advogadas.

A neta da homenageada, Renata Viñuales, também esteve presente e reforçou o legado de sua avó. “Hoje, estou aqui representando minha avó e digo a vocês: continuem acreditando. O que ela começou lá atrás tem continuidade em cada uma de nós. Somos responsáveis por levar adiante essa luta e garantir uma sociedade mais justa e igualitária. Cada uma aqui tem o potencial de ser uma nova Leopoldina para as próximas gerações.”

Veja as fotos da sessão.

Jornalismo OAB/DF

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