Comissão de Direito do Consumidor da OAB/DF participará de esforços para aprimorar serviços de telefonia

Brasília, 21/11/2013 – A Comissão de Direito do Consumidor da OAB/DF vai tomar parte nos esforços de aprimoramento dos serviços de telefonia no Distrito Federal. Membros da comissão reuniram-se com representantes da Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) com o fim de reforçar o pedido por melhorias dos serviços prestados pelas operadoras de telefonia aos usuários-consumidores do DF.

O encontro aconteceu nesta quarta-feira (21) e contou com a presença  do presidente da Comissão de Direito do Consumidor, Ildecer Amorim, da secretária-geral adjunta da comissão, Helena Lariucci, e de Alexandre Veloso, que também integra a mesma. O grupo foi recebido por Rodrigo Zerbone, conselheiro da ANATEL, e pela superintendente de Relações com os Consumidores (SRC) da agência, Elisa Leonel.

Os membros da comissão colocaram-se à disposição para contribuir com os trabalhos do Comitê de Defesa dos Usuários de Serviços de Telecomunicações da ANATEL(CDUST), no papel de interlocutores junto ao “consumidor-usuário”. Dessa forma, a Comissão de Direito do Consumidor da OAB/DF, além de sugerir mudanças nas normas que regulam o setor, irá consultar os consumidores do DF para saber dos principais problemas envolvendo os serviços oferecidos pelas operadoras. Dessa forma, foram abordados temas sensíveis no que toca o aprimoramento das relações de consumo referentes à telefonia, sobre pontos que ainda necessitam da devida regulação pela agência.

Em especial, no caso da telefonia móvel pré-paga, foi observado que há uma lacuna normativa quanto à validade dos créditos de recarga, às cobranças indevidas por serviços não contratados, à renovação e validação do contrato de prestação de serviços e à necessidade de informações claras e objetivas quanto aos produtos colocados à disposição do consumidor.

No âmbito da telefonia móvel pós-paga, foi apontada a urgência do aprimoramento dos canais de reclamação e atendimento ao cliente, que devem ser disponibilizados aos consumidores pelas operadoras de telefonia, principalmente no que se refere a prazos mais razoáveis para a solução das demandas dos usuários e também à eficiência do atendimento presencial. Outro ponto abordado durante o encontro foi a qualidade e a velocidade dos serviços prestados ao consumidor e a necessidade de monitoramento constante pela ANATEL ao coibir eventuais práticas abusivas, como o pagamento por serviço que efetivamente o consumidor não recebeu.

A prontidão da OAB/DF em tomar parte nos esforços para aprimorar as normas que regem os serviços de telefonia no Distrito Federal foi elogiada por Rodrigo Zerbone. De acordo com o conselheiro da ANATEL, a OAB/DF será convidada a participar de todas as reuniões do CDUST para trazer contribuições e propostas para o comitê. Dessa forma, ficou acordado que a Superintendência de Relação com os Consumidores da ANATEL irá realizar uma apresentação na Secretaria Geral das Comissões na OAB/DF de todas as propostas e alterações que estão sendo conduzidas pela ANATEL, principalmente aquelas que exercem maior impacto  nos direitos dos consumidores..

A OAB/DF vai ainda disponibilizar uma canal de comunicação com a população do Distrito Federal, de modo que cidadãos possam contribuir enviando suas sugestões à Secretaria das Comissões, situada na SEPN 516, Bloco B, Lote 7, Edifício da OAB/DF, telefone (61) 3036-7000 ou por meio do e-mail: [email protected].  O cidadão do DF, poderá, assim, enviar reclamações e sugestões referentes à prestação de serviços de telefonia, a fim de que a comissão possa buscar correções junto aos órgãos competentes.

Foto – Valter Zica
Comunicação Social – Jornalismo
OAB/DF

Seccional prestigia lançamento do painel do impostômetro

Brasília, 20/11/2013 – O vice-presidente da OAB/DF, Severino Cajazeiras, participou da solenidade de inauguração do painel do impostômetro no Palácio do Comércio, na quadra 2 do Setor Comercial Sul. O objetivo é mostrar em tempo real quanto os contribuintes pagam de impostos para a União e o Distrito Federal. O painel foi implantado pela Associação Comercial do Distrito Federal (ACDF).

Segundo levantamento da Associação Comercial, o governo federal arrecadou R$ 1,4 trilhões e o GDF R$ 6,2 milhões, somente em 2013. Severino Cajazeiras disse que a implantação do painel foi a melhor coisa que poderia ocorrer no Distrito Federal. “É uma forma de você visualizar aquela coisa secreta. O Estado vive dizendo que não tem dinheiro para investir, mas nenhum país desenvolvido do mundo tem uma arrecadação como a nossa. Temos que ficar mendigando para ter o mínimo de saúde e educação”, observou o vice-presidente.

O painel do impostômetro já foi implantado em São Paulo, Recife e Curitiba. Mais de mil pessoas frequentam o Setor Comercial Sul diariamente, segundo dados da Associação Comercial.

Texto – Tatielly Diniz
Fotos – ACDF
Comunicação social – jornalismo
OAB/DF

OAB/DF solicita respeito às prerrogativas dos advogados nas varas trabalhistas de Taguatinga

Brasília, 20/11/2013 – O vice-presidente da Seccional da OAB do Distrito Federal, Severino Cajazeiras, e o presidente da Subseção de Taguatinga, Nadim Tannous, reuniram nesta quarta-feira (20) conselheiros seccionais e advogados em defesa do respeito às prerrogativas dos advogados nas Varas do Trabalho de Taguatinga. Cajazeiras, que representava o presidente da OAB/DF, Ibaneis Rocha, requereu, junto do grupo, mudanças urgentes no sistema de agendamento de solicitação de carga de processos físicos nas varas. Esse modelo foi implantado por meio da Portaria PRE-SECOR n.º 110/ 2013, do Tribunal Regional do Trabalho da 10ªRegião (TRT10), que instituiu em caráter excepcional e temporário o sistema online de agendamento de solicitação de carga de processos.

Tal portaria viola as prerrogativas dos advogados, uma vez que o profissional perde seus prazos em razão do agendamento. Quando chega ao balcão para buscar seu processo já agendado, o advogado ainda tem de aguardar quase uma hora para tê-lo em mãos. Preocupada com a situação, OAB/DF protocolou um Procedimento de Controle Administrativo, com pedido de liminar, no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) solicitando a suspensão imediata da referida portaria para que o advogado volte a ter acesso ao processo quando desejar. O pedido está concluso desde o dia 11 de novembro para voto da conselheira, Deborah Ciocci, relatora do processo.

Os problemas não param por aí. O prédio escolhido como sede do Foro de Taguatinga apresenta problemas estruturais sérios. Foi feito um estudo que verificou a incapacidade do edifício de suportar o peso dos processos. Com isso, todos os papéis foram transferidos para um pequeno espaço no segundo subsolo, onde ficam entulhados. Além disso, o edifício de seis andares possui apenas um elevador pequeno que não comporta o movimento e quase sempre está inoperante para fins de manutenção. Isso invalida o trânsito de gestantes, idosos, pais com crianças de colo e pessoas com deficiência. O estacionamento também não tem capacidade para a quantidade de carros que circulam diariamente pelo local.

O advogado Lionides Gonçalves de Souza já perdeu quatro prazos processuais depois que foi expedida a portaria. Ele diz que as instalações do prédio não estão de acordo com as necessidades das secretarias.“Isso faz com que os processos não sejam entregues em carga para os advogados que tenham vista processual, inclusive com prazo determinado. Os advogados estão perdendo prazo para vista do processo, necessitando novos requerimentos”,disse. Lionides já perdeu quatro prazos processuais.

unnamed (1)

Moises Silva Pereira também desaprova as instalações do prédio. “Viram que ia ter dificuldade de guardar os processos e transferiram esse ônus para o advogado, com realização de cadastramento prévio para ter acesso aos processos. Isso implica em diminuição do prazo. Ainda bem que a OAB está atuando nisso”, afirmou.

A comissão, também formada por representantes da Associação dos Advogados Trabalhistas do DF, foi recebida pela juíza Junia Marise Lana Martelli. Os membros da Comissão sugeriram à juíza que os processos de publicações ficassem armazenados no térreo, em um espaço que será desocupado por uma agência bancária. Isso agilizaria muito o trâmite para cargas. “O ideal seria um prédio próprio. Estamos em processo de digitalização, em seis meses teremos todos digitalizados. Peço um pouco de paciência aos senhores, vamos esperar o ano começar. A partir de 31 de janeiro do próximo ano todas as Varas serão eletrônicas”, afirmou a magistrada. A juíza também prometeu a instalação de um novo elevador em janeiro de 2014.

Nadim Tannous afirmou que a visita foi de grande valia.“É importante a OAB junto com a Subseção fazer este pedido e estar presente com os advogados. Estamos cumprindo nossa meta de trabalho. A OAB nunca foi tão presente como agora. Estamos buscando solução juntamente com os advogados”.

Para o vice-presidente da OAB/DF, Severino Cajazeiras, a falta de estrutura num prédio novo é lastimável. “Vamos trabalhar para auxiliar na construção de um novo Fórum. Os advogados de Taguatinga não podem esperar e sofrer prejuízos. Trabalharemos para minorar esse problema até que esteja completa a digitalização”.

Reportagem – Tatielly Diniz
Foto – Valter Zica
Comunicação Social – Jornalismo
OAB/DF

Comissão da OAB/DF trabalha contra violação de prerrogativas na Administração Pública

Brasília, 20/11/2013 – A Comissão de Relações Institucionais da OAB/DF reuniu-se com a secretária executiva do Ministério da Justiça, Márcia Pelegrini, nesta quarta-feira (20/11), para tratar do acesso dos advogados a documentos e processos na Administração Pública Federal. O grupo está realizando os encontros com o objetivo de estreitar o relacionamento com os órgãos do governo e pretende visitar toda a Esplanada.

O advogado Rafael Favetti, presidente da comissão, disse que na Administração Pública há situações diárias que revelam casos primários de violação de prerrogativas. “O advogado atualmente não é somente aquele que faz a petição para o juiz, mas o profissional que tem de representar seu cliente em qualquer órgão. Muitas vezes, no Congresso, no Executivo e até mesmo perante outra empresa. E em alguns órgãos o advogado não consegue nem saber onde o processo está, e isso é um absurdo”, afirmou Favetti.

O presidente da comissão agradeceu a atenção dispensada e ressaltou que as reclamações em relação ao Ministério da Justiça são pontuais. Márcia Pelegrini, que também é advogada, disse que o pleito é bastante legítimo. “A OAB/DF tem todo o apoio do Ministério da Justiça, que tem uma postura bastante ampla em relação ao acesso dos advogados aos autos que tramitam na Administração Pública. Nos colocamos a disposição para ajudar nessa missão da Ordem, que é importantíssima”.

Reportagem e foto – Priscila Gonçalves
Comunicação Social – Jornalismo
OAB/DF

Ação da OAB/DF contesta pagamento de dívidas trabalhistas de empresas privadas pelos contribuintes

Brasília, 18/11/2013 – A OAB/DF ajuizou Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) para impedir que o governo do Distrito Federal assuma dívidas trabalhistas de empresas privadas de transporte público. A ação foi ajuizada na última quinta-feira (14/11) e será julgada pelo Tribunal de Justiça do DF.

“Não é razoável nem proporcional que o contribuinte do Distrito Federal arque com a dívida de empresas que prestaram durante mais de 40 anos serviço de transporte público de péssima qualidade, com ônibus velhos e mal conservados e com tarifas elevadas”, sustenta a OAB/DF na ação, assinada pelo presidente da entidade, Ibaneis Rocha.

A ação foi proposta contra a Lei 5.209/2013, sancionada pelo governador Agnelo Queiroz e vigente desde o dia 30 de outubro passado. Pela norma, se as empresas de transporte público que deixam de prestar serviços não quitarem as dívidas trabalhistas com seus empregados, o governo deverá quitá-las. Ou seja, a lei faz o contribuinte assumir todas as despesas decorrentes da rescisão do contrato de trabalho de empregados de empresas privadas.

A OAB/DF elenca uma série de inconstitucionalidades na nova lei. A regra afronta ao menos 12 artigos da Lei Orgânica do Distrito Federal, além de ferir a Constituição Federal, por exemplo, ao legislar sobre assunto relacionado ao Direito do Trabalho — matéria cujo poder de legislar compete privativamente à União.

“A lei impugnada cria regra específica de Direito do Trabalho ao estabelecer, além da redução do poder de direção do empregador sobre quem ele contrata, a obrigação do Distrito Federal de arcar com elevados custos milhares de relações de trabalho havidas entre os empregados rodoviários e as empresas que não mais prestam o serviço de transporte público”, sustenta a Seccional do DF na ação.

A lei ainda vai de encontro a uma recente decisão do Supremo Tribunal Federal, na qual os ministros fixaram que a inadimplência trabalhista de empresas concessionárias ou contratadas pelo Poder Público não transfere a responsabilidade para a Administração Pública. De acordo com a OAB/DF, o que a lei sancionada por Agnelo fez “foi o contrário disso, ao estabelecer transferência automática ao ente público da responsabilidade de empresas privadas que receberam pelos serviços prestados, mas não pagaram seus débitos”.

A iniciativa do Distrito Federal pode ser resumida no seguinte, conforme a ADI: “Apesar de as empresas disporem de patrimônio, o governo, sob o pretexto de garantir a continuidade dos serviços de transporte público, por livre disposição, firma instrumento ilegal isentando as novas concessionárias da sucessão, garantindo a estabilidade de empregados antigos, e, pasme-se, assume o passivo trabalhista de todas as empresas devedoras”.

Para a OAB/DF, há alternativas para que os trabalhadores não fiquem sem receber seus direitos. Entre elas, a rescisão indireta dos contratos de trabalho para absorção dos rodoviários pelas novas empresas, acordos coletivos a serem firmados na Justiça do Trabalho e até mesmo o ajuizamento individual de reclamações trabalhistas por parte dos trabalhadores.

“O que não se pode admitir é que grandes empresários — sócios majoritários das empresas devedoras dos encargos trabalhistas, alguns conhecidos desde o tempo em que operavam companhias aéreas — sejam beneficiados com a exclusão do risco da atividade empresarial. Risco esse que era extremamente previsível diante do processo licitatório e que não pode ser assumido pelo Estado, à custa de recursos de serviços igualmente essenciais, se olharmos, por exemplo, para a situação precária da saúde e da educação aqui no Distrito Federal”, alega a OAB/DF.

A ação tem pedido de liminar para que a lei seja suspensa até que o Tribunal de Justiça do Distrito Federal julgue o mérito da causa. A liminar se faz necessária porque dificilmente valores eventualmente pagos para quitar as dívidas serão devolvidos aos cofres públicos, quando a nova norma for julgada inconstitucional.

Foto – Wilson Dias/ Abr
Comunicação Social – Jornalismo
OAB/DF

OAB/DF destaca apoio a ações afirmativas no Dia da Consciência Negra

Brasília, 19/11/2013 – O presidente da OAB/DF, Ibaneis Rocha, e a vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da entidade, Indira Quaresma, divulgaram nota, nesta terça-feira (19/11), em comemoração ao Dia da Consciência Negra, na qual destacam a importância das ações afirmativas para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Ibaneis e Indira defendem “ações afirmativas na forma de políticas públicas que assegurem oportunidades como forma de reparação de injustiças históricas”.

Leia a nota
Ao lembrarmos o Dia da Consciência Negra, comemorado oficialmente no dia 20 de novembro, devemos reconhecer que somos um país que ainda corre contra o tempo para resgatar a profunda dívida que um processo de colonização desumana nos legou. Nada nos chegou de graça, tudo é obra do sacrifício, plasmando uma identidade étnica que nos une como povo.

É hora, portanto, de defendermos a ampliação das ações afirmativas, na esperança de que, em futuro próximo, não exista posição de subordinação e inferioridade das pessoas que têm a cor da pele mais escura. Ações afirmativas na forma de políticas públicas que assegurem oportunidades a determinados grupos, como forma de reparação de injustiças históricas. E que contribuam para criar histórias de sucesso que possam funcionar como símbolo e motivação para os grupos desfavorecidos.

Desde as primeiras lutas de inclusão, que datam de 1931, quando o Exército brasileiro rejeitava candidatos filhos de negros nas escolas de formação de oficiais, até as atuais políticas de Estado que buscam equilibrar as chances de ascensão social em um cenário de desigualdades, há avanços notáveis. É clara a mudança na autoestima da população negra. O negro brasileiro já tem orgulho de se declarar negro. Mas ainda há muito a resgatar.

Devemos nos orgulhar de nossa condição de uma sociedade miscigenada que avança com o tempo, que almeja uma prosperidade ampla, democrática, socialmente responsável, onde o Direito e a Justiça imperem sobre todos.

Ibaneis Rocha – Presidente da OAB/DF

Indira Quaresma – vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/DF

Foto – Valter Zica
Comunicação Social – Jornalismo
OAB/DF

Dossiê Jango abre mostra de cinema sobre a ditadura

Brasília, 19/11/2013 – Começou nesta segunda-feira (18/11) a mostra de cinema realizada pela Comissão Especial da Verdade da OAB/DF, que exibirá filmes e documentários relacionados à época da ditadura militar. Serão exibidos filmes e realizados debates até sexta-feira (22/11). Com o tema “Cinema insurgente, dialogando com a verdade”, a mostra rememora os 30 anos da interdição e do incêndio da Seccional, além de ter como objetivo consolidar a verdade histórica sobre a resistência da instituição e dos advogados que lutaram contra a ditadura.

O presidente Ibaneis Rocha participou da abertura do evento e destacou sobre a importância de se conhecer a verdade sobre o período pela ótica dos advogados. “Devemos analisar o período da ditadura e da resistência através da memória dos advogados, daquilo que eles fizeram durante aquela fase. Essa mostra cumpre esse objetivo, pois dá voz aos advogados que vivenciaram a ditadura”, afirmou.

Em seu discurso, Ibaneis Rocha anunciou que os resultados do trabalho da Comissão Especial da Verdade da Seccional serão reunidos em um livro, editado pela OAB/DF, contando a história da resistência e da redemocratização pela ótica dos advogados. Na ocasião, Ibaneis também homenageou a memória do membro honorário vitalício, Maurício Corrêa, com uma placa representando todos os advogados que lutaram para defender a entidade e o Estado Democrático de Direito. Auda Corrêa, viúva do homenageado, recebeu a placa.

A presidente da Comissão Especial da Verdade e coordenadora do evento, Herilda Balduíno, disse que a mostra quer revelar aos mais jovens o que realmente aconteceu naquela época. “As pessoas não sabem como a ditadura foi realmente. Queremos fazer algo que lembre isso e traga a memória, a discussão e a crítica. Tínhamos, nós advogados, a incumbência de mostrar os fatos que violavam os direitos humanos. A OAB era, naquele tempo, um espaço de reação de Brasília, um espaço político de liberdade”.

José Geraldo de Sousa Júnior, ex-reitor e professor da Universidade de Brasília, relembrou os bastidores das decisões tomadas para defender o edifício-sede da OAB/DF. “Lembro-me que um dia após a invasão nos reunimos no escritório do Maurício Corrêa para avaliar a situação e decidimos todos ir para a Ordem, porque se alguma coisa acontecesse os advogados deveriam está na sua cidadela, guardando a sua casa, o seu espaço vital”.

A palestra da noite foi proferida pelo deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ). O parlamentar falou sobre o golpe de Estado e a ditadura militar. “Falar sobre o golpe de 64 e o regime que se instalou a partir desse momento é fazer essa visitação histórica. A construção dura, e ainda em curso, da democracia no Brasil representou uma enorme missão porque nós muitas vezes apostamos no século passado para vislumbrar o futuro. A história é uma ciência rigorosamente humana que pede releituras, de forma necessária, buscando a veracidade a partir de diferentes atores”.

Dossiê Jango foi o filme de estreia da mostra. João Goulart havia sido eleito democraticamente presidente do Brasil, mas foi expulso do cargo após o golpe de Estado de 1 de abril de 1964. Depois disso, Jango viveu exilado na Argentina, onde morreu em 1976. As circunstâncias de sua morte no país vizinho não foram bem explicadas até hoje. Seu corpo foi enterrado imediatamente após a sua morte, aumentando as suspeitas de assassinato premeditado. O documentário traz o assunto de volta à tona e tenta esclarecer publicamente alguns fatos obscuros da história do Brasil.

Reportagem – Priscila Gonçalves
Foto – Valter Zica
Comunicação Social – Jornalismo
OAB/DF

Seccional empossa mais de 100 membros em Comissões

Brasília, 18/11/2013 – O diretor tesoureiro da OAB/DF, Antonio Alves, empossou mais de 100 novos membros em comissões da Seccional, em solenidade na sede da entidade, na quinta-feira passada. Participaram da solenidade de posse o presidente da Comissão de Assuntos Legislativos, Jackson Domenico, o presidente da Comissão de Liberdade Religiosa, José Weder Cardoso, a presidente da Comissão de Seguridade Social, Thais Riedel, o presidente da Comissão Bioética, Biotecnologia, Biodireito, Felipe Bayma, a presidente da Comissão de Mediação e Arbitragem, Fabíola Orlando, o presidente da Comissão de Ciências Criminais e Segurança Pública, Alexandre Queiroz, o presidente da Comissão da Advocacia Pública Federal, Elomar Lobato, o presidente em exercício da Comissão de Direito Desportivo, Maurício da Figueiredo Correa da Veiga e o presidente da Comissão de Defesa da Criança e do Adolescente, Herbert Alencar Cunha. Também compôs mesa o advogado-geral do Senado, Alberto Cascais.

Antonio Alves afirmou que o trabalho desenvolvido pelas comissões é o mais importante e prazeroso da Ordem dos Advogados. “O advogado só ingressa em uma comissão porque se identifica com o tema e a matéria que vai ser discutida, estudada e aperfeiçoada para ser apresentada à sociedade. Nas comissões é que se desenvolvem as idéias que, em breve, se tornarão as grandes discussões”, disse.

O presidente da Comissão de Assuntos Legislativos, Jackson Domenico, afirmou que a participação no trabalho das comissões é a porta de entrada para a Seccional: “O advogado começa a interagir, a participar e a viver a OAB através das comissões. Na Comissão de Assuntos Legislativos buscamos analisar os projetos de interesse dos advogados, como o caso da proposta do Simples Nacional”.

posse-comissões-14-11-2013 041Além das comissões representadas pelos presidentes, também receberam novos membros os grupos da Mulher Advogada, de Direito Ambiental, de Direito Humanos, de Assuntos Regulatórios, de Prerrogativas, de Direito Administrativo e Controle da Administração Pública, de Honorários, de Direito da Família, de Direito do Consumidor, de Assuntos Constitucionais, de Direito do Terceiro Setor, da Copa do Mundo 2014, de Direito do Trabalho, de Apoio ao Advogado Iniciante, de Direito Empresarial, de Fiscalização de Concursos Públicos, de Direito Eleitoral e de Direito Sindical.

Reportagem – Tatielly Diniz
Fotos – Valter Zca
Comunicação social – jornalismo
OAB/DF

OAB/DF entrega carteira a 185 novos advogados

Em duas solenidades feitas na quarta-feira (13/11) na OAB/DF, 185 novos advogados receberam a carteira profissional. “A responsabilidade da Ordem vai além da das demais categorias, sem demérito em relação aos outros profissionais. A OAB, além de cuidar das questões internas, tem que zelar pelos temas que afetam a sociedade. Vocês assumem hoje um papel de relevância na sociedade e estaremos aqui diariamente para auxiliá-los nas dificuldades do exercício profissional”, afirmou o presidente da entidade, Ibaneis Rocha.

A oradora da primeira turma, Denise Nunes Martins Frejat, ressaltou o papel dos profissionais de Direito. “A proteção, a preservação e a perpetuação dos direitos dos cidadãos, tanto individuais quanto sociais, são os principais objetivos dos advogados. Sua vigilância na regularidade do processo assegura a observância a todos os cidadãos, aos direitos constitucionais e legais. Os advogados possuem um papel público permanente ao manter os olhos no interesse social, na Justiça e na equidade”.

entrega-de-carteiras-13-11-2013-022O conselheiro federal da OAB pelo Distrito Federal, Nilton Correia, foi o paraninfo da primeira turma e disse que não basta buscar apenas a Justiça, é necessário buscar também a Justiça social. “Está no nosso Código de Ética que o advogado deve ter consciência de que o Direito é um meio de mitigar desigualdades. Essa é uma das maiores atribuições que nós temos. Essa carteira que vocês receberam é a nossa grande arma porque é ela que nos ajuda a lutar contra as arbitrariedades, que defende todas as liberdades e a diversidade”.

Na segunda solenidade, o vice-presidente da Seccional, Severino Cajazeiras, comemorou o início da vida profissional dos novos advogados. “Sejam muito bem-vindos ao novo endereço, pois, a partir de agora, a OAB/DF deve ser a segunda casa de todos vocês”.

Thais Nogueira Lopes, oradora da segunda turma, falou sobre os desafios da carreira. “A partir de hoje temos o dever de lutar por todas as conquistas históricas advindas do exercício da cidadania de todos os brasileiros. Quando decidimos pelo Direito, somos incumbidos a fazer um trabalho incessante e por uma nação inteira, logo é essencial que lutemos constantemente pela Democracia”.

entrega-de-carteiras-tarde-13-11-2013-167Em um discurso sucinto, o ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), José Geraldo Grossi, foi o paraninfo da segunda turma e afirmou que o advogado não deve temer a dúvida. “Nós, advogados, teremos que conviver com a dúvida pela vida afora. Tenhamos, contudo, uma certeza para nos conduzirmos profissionalmente: os tolos não têm dúvidas. Cada um de nós, quando escolheu a advocacia, sabíamos que não lidaríamos com uma ciência exata. Antes, que lidaríamos com uma ciência na qual se busca um consenso que é sempre provisório, dado que o debate deve ser permanente”.

Os advogados iniciantes receberam, além da carteira profissional, o boton de identificação, o Estatuto da Advocacia, o Código de Ética e Disciplina, a Tabela de Honorários, o Cartão do Disque-Prerrogativas da OAB/DF e a Carteira de Benefícios da Caixa de Assistência dos Advogados do Distrito Federal (CAA/DF).

Reportagem – Priscila Gonçalves
Fotos – Valter Zica
Comunicação Social – Jornalismo
OAB/DF

OAB debate pontos problemáticos na implantação do PJE

Brasília, 14/11/2013 – É necessária a unificação dos sistemas para a correta e eficaz implantação do processo eletrônico no país. Esse foi um dos pontos defendidos, na quinta-feira (13/11), em Goiânia, pela conselheira seccional Hellen Falcão, presidente da Comissão de Tecnologia da Informação da OAB/DF.

A advogada participou do Terceiro Encontro Nacional das Comissões de Tecnologia da Informação da OAB. O evento é parte da programação do Fórum Permanente de Discussão do Processo Judicial Eletrônico, que reúne os presidentes das Comissões de Direito Digital e Informática das seccionais da Ordem e tem como meta discutir a implantação do PJE.

Foram avaliados os avanços já garantidos pelo grupo, como o peticionamento em PDF e a remessa das publicações no PJE para o Diário de Justiça Eletrônico. Mas também foram demonstradas as principais preocupações com os problemas que vêm ocorrendo durante a implantação do processo eletrônico. Existem, hoje, 46 sistemas concomitantes. O Processo Judicial Eletrônico (PJE) foi o sistema escolhido pelo CNJ para a implantação em todo o país. De acordo com a conselheira Hellen Falcão, apenas em 2012 a OAB foi aceita no Comitê Gestor do PJE e, a partir de então, tem se empenhado em fazer valer garantias mínimas para os advogados enquanto o sistema é implementado.

O objetivo do Terceiro Encontro foi destacar os 20 principais pontos que devem ser enfrentados na implantação do PJE e necessitam de atenção do CNJ. O Fórum Permanente, criado no âmbito do Conselho Federal da OAB, havia elencado 63 questões. Mas em reunião com o CNJ, em agosto, ficou definida a apresentação de um documento com 20 pontos para que o Conselho as analise pontualmente.

Pontos de melhoria indispensáveis para a adequada implementação do PJE que possivelmente constarão do documento da OAB

1. Possibilitar aos advogados o peticionamento físico, em qualquer situação, concomitantemente com o processo judicial eletrônico em respeito às normas contidas nos artigos 154 e 244 do CPC, que fazem referência à instrumentalidade do processo;
2. Permissão para acesso geral ao PJE através de login e senha, ficando condicionado o uso do certificado digital apenas para assinar as peças que serão inseridas no sistema;
3. Implementação da função de fracionamento de arquivos no próprio sistema, possibilitando que o advogado insira todos os arquivos e o fracionamento se dê de forma automática, possibilitando a inclusão “upload” de arquivos em lote;
4. Estabelecimento de cronograma de unificação das versões do PJE instaladas nos diversos tribunais do país;
5. Desvinculação do PJE à consulta de dados da Base da Receita Federal. Hoje, o sistema está condicionado à boa funcionalidade de sistema externo ao Poder Judiciário;
6. Emissão de certidão de protocolo, assinado digitalmente pelo tribunal, sobre todos os atos, em conformidade com o artigo 3º e 10º da Lei 11.419/2006;
7. Preservar oculta da contestação trabalhista inserida no Sistema PJE até a audiência;
8. Disponibilizar no sistema a emissão do certificado de indisponibilidade em tempo real;
9. Solucionar os erros de numeração e ordenação de anexos, bem como a ordenação dos assuntos da Reclamatória na ordem da argumentação, prevendo expressamente a impossibilidade de não conhecimento do feito ou extinção e/ou exclusão dos documentos ou petições por erro nas informações cadastrais;
10. Correção técnica do sistema para que a testemunha seja intimada independentemente da informação prévia de seu CPF;
11. Permitir a operação offline do sistema PJE e que os documentos possam ser assinados por assinador externo, igualmente ao procedimento estabelecido no Supremo Tribunal Federal;
12. Suporte online, via web, telefone e presencial pelo tribunal, com número de atendentes proporcional ao número de usuários do sistema na região;
13. Efetivação do Sistema Push, auxiliar de informação ao advogado, hoje existente, mas inoperante no sistema PJE;
14. Transparência dos custos operacionais e publicização dos contratos relativos à implementação e manutenção do sistema PJE;
15. Proporcionar ao usuário a possibilidade de escolha de sistema operacional que usará, implementando a interoperabilidade de sistemas operacionais e browsers;
16. Apresentação pelo CNJ do relatório técnico circunstanciado com as falhas de segurança do sistema, seja na infraestrutura, banco de dados ou no aplicativo, confeccionado pela equipe técnica do CSJT;
17. Estabelecer prazo e cronograma de instalação no qual os tribunais devem disponibilizar computadores devidamente configurados, equipamentos de digitalização nos tribunais, fóruns e varas, com servidores tecnicamente habilitados;
18. Implementação imediata da apresentação da contrafé impressa, como dispõem os artigos 841 da CLT e 223, 225, 226, 228 e 239 do CPC;
19. Processo Eletrônico como rito: os sistemas do processo eletrônico não podem ser regulamentados por atos administrativos que importem em alterações das regras processuais;
20. Ampla acessibilidade ao sistema que garanta a observância do art. 26 do Estatuto do Idoso e da Lei de Acessibilidade para os deficientes visuais.