A Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) realizou, por meio de sua Comissão de Direito Internacional, o workshop “Racismo Antissemita e Extremismo Político”. O evento, que reuniu cerca de 300 participantes, contou com a presença de especialistas nacionais e internacionais, todos comprometidos em discutir e buscar soluções eficazes para combater essas formas de discriminação e ódio que ainda persistem em nossa sociedade. O encontro aconteceu nesta terça-fira (11/03).
Diversos painéis foram realizados ao longo do workshop, abordando temas como: a advocacia na explicação sobre o antissemitismo; a experiência alemã no combate ao antissemitismo e ao extremismo político; o relatório da Liga Anti-Difamação sobre Antissemitismo no Brasil; o mandato da Organização dos Estados Americanos para o combate ao Antissemitismo; entre outros. Confira aqui programação completa.
A mesa de abertura foi composta por Paulo Maurício Siqueira, presidente da OAB/DF; Clarita Costa Maia, conselheira e presidente da Comissão de Relações Internacionais da OAB/DF; Juvenal Araújo, subsecretário de Direitos Humanos do GDF; Polyana Silvares, promotora e coordenadora do Núcleo de Direitos Humanos do MPDFT; e vice-Almirante José Vicente de Alvarenga Filho, vice-Chefe da Vice-Chefia de Educação e Fabrício Augusto Paiva, diretor da Divisão de Prevenção e Combate ao Extremismo Violento.
O presidente da OAB/DF, Paulo Maurício Siqueira, abriu o evento destacando a importância da iniciativa. “Este evento é marcante para que a comunidade do Distrito Federal, especialmente a jovem comunidade que vejo aqui presente, compreenda que a Ordem dos Advogados do Brasil não aceita nenhum tipo de discriminação, seja racial, de cor, credo ou origem. Nenhuma dessas questões será afastada do debate, para que a comunidade aceite as diferenças e possamos construir uma sociedade melhor. Esse é o papel da Ordem dos Advogados do Brasil e o compromisso que cumpriremos com a nossa sociedade.”
Clarita Costa Maia, conselheira e presidente da Comissão de Relações Internacionais da OAB/DF, reforçou a relevância do diálogo para o fortalecimento da democracia e do Estado de Direito. “A cultura do diálogo e da paz é um pilar essencial para o fortalecimento da democracia e do Estado de Direito, sendo indispensável no combate ao racismo antissemita e ao radicalismo político que ameaçam a coesão social.”
“A Ordem dos Advogados do Brasil tem a missão estatutária de defender os direitos humanos, a justiça social e a boa aplicação das leis, conforme dispõe o artigo 44, inciso I, da sua lei de regência. Este evento surge como uma iniciativa fundamental para promover o debate qualificado sobre o crescimento do antissemitismo e do extremismo político no Brasil e no mundo,” concluiu Clarita.
O embaixador de Israel, Daniel Zonshine, também prestigiou o encontro. “Agradeço à OAB do DF e à dra. Clarita Maia por organizar este encontro e espero que saiamos daqui com mais conhecimento, mais ferramentas para entender, identificar e combater o antissemitismo.”
Já o comissário da Organização dos Estados Americanos (OEA) para o Monitoramento e o Combate ao Antissemitismo, Fernando Lottenberg, destacou o papel do sistema de Justiça. “Permanecemos ativos e vigilantes no combate ao antissemitismo em nosso país. Temos ciência deue essa questão não é meramente uma relação de causa e efeito. Ou seja, não é a existência de um conflito no Oriente Médio que faz aumentar o antissemitismo. Pelo contrário, esse e outros conflitos servem apenas como pretextos para que os antissemitas saiam da obscuridade e disseminem seus discursos de ódio.”
O evento também contou com a participação de Christian Heldt, embaixador da República da Alemanha para as Relações com organizações judaicas; Mark Weitzman, diretor de Operações da Organização Mundial de Restituição Judaica; Uriya Shavit, da Universidade de Tel-Aviv; Liat Altman, diretora Regional de Assuntos Latino-Americanos na ADL; Franco Fiumara, juiz Criminal e Pesquisador da Universidade Nacional de La Matanza; Andrea Vainer, diretora jurídica da OEA e Daniel Leon Bialski, advogado criminalista.
Jornalismo OAB/DF
