A Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) realizou, nesta quinta-feira (08/05), a posse dos novos diretores de comissões temáticas do ano de 2025. A solenidade marcou o ingresso de 239 novos membros, sendo 86 empossados presencialmente e 153 de forma online.

Compromisso e responsabilidade
Conduzindo a cerimônia, o presidente da Seccional, Paulo Maurício Siqueira, Poli, lembrou um episódio para ilustrar o poder institucional da Ordem. “Certa vez, uma integrante tomou posse pela manhã e, sem conversar com ninguém, disparou diversos ofícios solicitando audiências a autoridades como o ministro da Justiça. No fim da tarde, começaram a ligar para a presidência avisando que o ministro nos receberia. Mas ninguém sabia do que se tratava. Isso mostra a força de um ofício da OAB: quando a Ordem fala, todos param para ouvir,” relatou.
Poli também reforçou que o protagonismo das comissões precisa vir acompanhado de responsabilidade institucional. “As comissões são livres para debater todos os assuntos, mas as decisões precisam seguir a estrutura da casa. É preciso envolver outras comissões, consultar o conselho pleno e respeitar a hierarquia institucional. Proponham projetos, dialoguem, entreguem resultados. A OAB é ouvida porque trabalha com seriedade e responsabilidade.”
Nathália Waldow, diretora de Comissões, reforçou a importância de comprometimento dos membros na atuação prática em defesa da sociedade. “Estamos falando de 161 comissões. Encerramos o ano passado com 9 mil membros, e esse ano vamos ultrapassar esse número. As comissões são ferramentas de proteção da sociedade. A OAB pauta os temas importantes. Mas é preciso cavucar. Quem não trabalha, não vê trabalho.”
A diretora da Mulher, Nildete Santana, falou sobre a força das comissões na promoção de direitos, educação e transformação social, com destaque para ações que alcançaram repercussão nacional. “As comissões movimentam a OAB e trazem temas novos para dentro da nossa Casa. A Comissão da Mulher, por exemplo, firmou termo de cooperação com o TJDFT para assegurar o respeito às prerrogativas das advogadas. Lançamos cartilhas sobre assédio moral e sexual, prerrogativas da mulher advogada, sobre o crime de stalking que afeta majoritariamente mulheres e sobre o Outubro Rosa, dentre outras ações importantes. A OAB tem obrigação constitucional de atuar em defesa da sociedade, e isso está no juramento que todos fizeram ao receber suas carteiras. É isso que nos move.”
Em nome das comissões, Álvaro Assis, presidente da Comissão Especial de Defesa do Tribunal do Júri, endossou o foco da Comissão na formação técnica e prática de tribunais, além do engajamento crescente de advogados e advogadas que atuam no Tribunal do Júri. “O foco da comissão é qualificar o advogado para atuar no júri, inclusive com um projeto que começa em 2 de junho, chamado ‘Formando e Aprimorando Tribunos’. A ideia é preparar desde o momento da abordagem policial até a atuação no plenário, com aulas de oratória, estratégias e condução do julgamento.”
Jornalismo OAB/DF