Mediação trabalhista e inteligência emocional são temas de palestra na OAB/DF

Durante a noite desta quarta-feira (16), a Comissão Especial de Mediação promoveu mais um ciclo de palestras sobre mediação. Dessa vez, o encontro abordou temas de mediação na área trabalhista e como deve ser a inteligência emocional para gestores de conflitos. O evento contou com a palestra de Luciana Fonte, que é mediadora privada com experiência no ramo do trabalho, e de Kelly Coimbra, mestranda em Direito Empresarial com ênfase em resolução de conflitos. Além disso, compuseram a mesa o vice-presidente da comissão, Decio Fernandes, e a secretária-geral adjunta, Daniele Pinheiro.

Para Luciana, a mediação é uma alternativa mais adequada para resolver um determinado conflito, uma vez que reserva o relacionamento humano entre os envolvidos. “Quando o juiz dá uma sentença, geralmente uma das partes sai prejudicada. A mediação é a mais adequada quando aplicada porque preserva a relação emocional dos envolvidos. Um dos modelos de mediação é a trabalhista, que pode ter atuação tanto no campo judicial quanto no extrajudicial. O principal fundamento da mediação é a consequência, o mediador deve analisá-la e trazer uma melhor solução para o cliente”, explicou.

Kelly Coimbra palestrou sobre a inteligência emocional e como isso pode melhorar na atuação do mediador. Ela trouxe o conceito do termo, que é a capacidade de identificar os próprios sentimentos e os dos outros, de motivar e de gerir bem as emoções do mediador e dos envolvidos. “Na inteligência emocional temos cinco pontos que devem ser analisados: autoconsciência, controle emocional, empatia, relacionamentos interpessoais, automotivação”, afirmou.

De acordo com o vice-presidente Decio Fernandes, esses pontos que estão por trás da inteligência emocional são adquiridos com a vivência no ramo da mediação, com o desenvolvimento da habilidade e da intuição nos casos. Daniele Pinheiro ressaltou a importância de um mediador ter consciência de cada ponto da inteligência emocional. “É importante ter controle das emoções com o cliente, até para ter mais confiança no trabalho [do mediador], já que o advogado vai passar mais seriedade no assunto”, disse.

Depois de o público contribuir com perguntas e comentários a respeito do tema tratado na reunião, o vice-presidente Decio Fernandes agradeceu a presença de todos e encerrou o debate.

Mutirão de Mediação da OAB/DF obtém 75% de acordos

A OAB/DF, por intermédio da Comissão de Mediação, possibilitou que inúmeros processos da Comissão de Admissibilidade fossem resolvidos com sucesso. Isso porque na semana passada, do dia 31 de julho à 4 de agosto, a Seccional realizou o primeiro mutirão de mediação, permitindo assim que as partes com representação ética pudessem chegar a um acordo. O índice de comparecimento foi de 50% e de acordos entre as partes, 75%.

Juliano Costa Couto, presidente da OAB/DF, observou que a celeridade do processo é um dos principais motivos para que a mediação se destaque nas resoluções judiciais. “A mediação é um método muito eficiente, rápido e eficaz, por isso vem ganhando muito espaço e foi motivo de grande sucesso desse projeto”, afirma.

Dentre vários benefícios, a mediação possibilita o acordo mediante conversa, sem precisar judicializar a ação, aumentando assim as chances do restabelecimento da relação entre as partes depois do processo. Para Elizabeth Ribeiro, presidente da Comissão de Mediação, “o esforço mútuo das partes foi o grande diferencial para o mutirão ter atingido bons resultados logo em sua primeira edição”.

Agenor Sabino Neves, advogado, veio de Goiânia para participar da ação. Segundo Neves a Comissão se faz útil por proporcionar aos advogados projetos como este, que auxiliam na resolução dos conflitos por meio da conversa, sem precisar judicializar. “A Comissão está de parabéns, no Goiás ainda não temos essa Comissão, mas temos a promessa que um dia ela existirá”, conta.

Os membros da Comissão que participam da ação são Adriana Martins Ximenes, Aline Pinheiro Viegas, Ana Paula Castellani da Silva, Angélica Cristina Castelli Rosso e Silva, Benigna Araujo Teixeira Maia, Carmem Lúcia Teixeira Pedrollo, Cecília Maria Pinheiro Montenegro Bugarin, Cláudia Nanci Soares, Dáulia Maria de Pereira Guimarães, Decio Guimarães, Débora Lorena Freire Batista, Elidamaris da Silva Albrecht, Fabiana Ramos de Camargo, Francilma Alves Mendonça de Oliveira, Laís Marques Santos Fidelis, Maria Leonor Menezes Ribeiro, Marcio Senise, Magaly Abreu de Andrade Palhares de Melo, Maria Eliza Lopes, Michelle de Oliveira Machado, Polyana Mendes Mota, Sandra Lima Alves Montenegro, Shirlei Lins Conceição, Talita Pereira Ribeiro Dantas

Seccional realiza mutirão de mediação

Teve início, na segunda-feira (31), o primeiro mutirão de mediação da OAB/DF. O objetivo é possibilitar que as partes com representação ética na Comissão de Admissibilidade possam alcançar um acordo, por meio do auxílio dos membros da Comissão Especial de Mediação da Seccional.

O objetivo é atender cerca de 80 processos. Os mediadores atuam de forma a proporcionar uma composição amigável sobre a reclamação relatada. Se houver consenso entre as partes, faz-se um acordo e o processo é arquivado, caso contrário o processo continua em seu curso normal.

Elizabeth Ribeiro, presidente da Comissão de Mediação, acredita que iniciativas como esta atuam de forma a quebrar paradigmas de alguns advogados sobre a mediação. “É um projeto excelente, visto que existe hoje uma necessidade de se difundir os métodos adequados de tratamento de conflito, e essa é uma boa oportunidade da OAB utilizá-los”.

Para a presidente da Comissão, em um futuro próximo os processos se iniciarão com a mediação, sistematizando assim uma cultura de paz, uma vez que os advogados, que são colegas, terão mais espaços de diálogos e soluções que sejam interessantes a ambos os lados.

Sandra Lima Alves Montenegro, mediadora e membro da Comissão de Mediação, contou que a atuação dos mediadores visou melhorar a comunicação entre as partes. “Às vezes precisamos dividir o assunto em vários eixos diferentes para conseguirmos tratar de cada um dos temas. Eu acho que as partes terminaram bem satisfeitas com o acordo”.

Para Rochele Peixoto, advogada, a experiência foi positiva. A técnica de mediação possibilitou a resolução do conflito por meio da conversa, sem precisar judicializar. “A experiência foi muito boa, é interessante pois eu poderia me prejudicar e na mediação a gente conseguiu solucionar todo o conflito que havia”.

Os atendimentos são realizados de 9h às 20h e ocorrerão até sexta-feira (4). O próximo mutirão está programado para ocorrer na última semana de outubro.

Os membros da Comissão que participam da ação são Adriana Martins Ximenes, Aline Pinheiro Viegas, Ana Paula Castellani da Silva, Benigna Araujo Teixeira Maia, Cecília Maria Pinheiro Montenegro Bugarin, Cláudia Nanci Soares, Decio Guimarães, Débora Lorena Freire Batista, Elidamaris da Silva Albrecht, Fabiana Ramos de Camargo, Laís Marques Santos Fidelis, Marcio Senise, Magaly Abreu de Andrade Palhares de Melo, Maria Eliza Lopes, Sandra Lima Alves Montenegro e Shirlei Lins Conceição.