OAB/DF recebe especialistas para discutir decreto que flexibiliza posse de armas no país

O alto número de assassinatos no Brasil norteou os discursos, contrários e favoráveis, ao decreto que flexibilizou o Estatuto do Desarmamento, em debate, realizado na noite desta quarta-feira (20), na seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF). “Tenho muito medo da forma como este decreto foi gestado, num gabinete, sem debate com a sociedade”, afirmou o presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Júnior, ao abrir o encontro. “O que queremos aqui é ouvir e debater”, completou.

O encontro inaugurou uma série de debates que a entidade pretende realizar com o propósito de dar direcionamento às ações da OAB/DF para a formulação de políticas públicas. “Nosso compromisso é com o resgate da relevância da Instituição”, explicou o presidente.

Entre os palestrantes estavam o vice-presidente de Acompanhamento da Reforma Processual Penal da Comissão de Acompanhamento da Reforma Criminal, Paulo Emílio Catta Preta de Godoy; o instrutor de Armamento e Tiro da Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal, Décio Pereira de Santana; o especialista em Segurança Pública, Elias Miler; e um dos dirigentes do Sindicato dos Policiais Civis do DF, Thallys Mendes Passos.

Catta Preta fez uma retrospectiva da legislação sobre armas do Brasil e detalhou as mudanças trazidas pelo decreto 9.685/2019. “Todo este debate é muito recente. Precisamos lembrar que somente em 1997 tivemos a primeira lei sobre armas no país, que depois veio a ser substituída pelo Estatuto do Desarmamento, cujo objetivo é o controle do acesso e a restrição do uso”, explicou. Catta Preta esclareceu que o decreto flexibiliza a posse e não o porte de armas.

Décio Pereira de Santana apontou inconsistências jurídicas no Estatuto do Desarmamento. “O decreto já nasceu na contramão do resultado do referendo de 2005, quando 64% dos brasileiros que se manifestaram optaram para que cidadão pudesse ter uma arma em casa”, lembrou. Ele defendeu a posse de armas pelo cidadão e a liberação do porte para todos os profissionais que lidam com segurança pública. “Desarmar a população não é a solução”, enfatizou.

Para o advogado, mestre e doutor em Direito, Elias Miler, a flexibilização da posse de armas não acarretará mais violência, como argumentam os opositores do projeto. “Ao contrário. Não há estudo que relacione o uso de armas ao aumento das estatísticas de homicídios. A própria ONU (Organização das Nações Unidas) reviu sua posição sobre o tema”, disse.

Elias Miler lembrou que o Brasil registrou a marca histórica de 62.517 mortes violentas intencionais em 2016 e, pela primeira vez na história, superou o patamar de 30 homicídios a cada 100 mil habitantes, segundo o último levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na metade de 2018.  

Thallys Mendes Passos, um dos dirigentes do Sindicato dos Policiais Civil do Distrito Federal, condenou a diferenciação entre o uso restrito e o uso permitido de armas, conforme descrito no Estatuto do Desarmamento. “É um contrassenso essa distinção. A arma de fogo não foi feita para ferir, mas para matar. É preciso olhar sob outra perspectiva”, afirmou. “O cidadão desarmado é uma presa fácil na mão do criminoso”, completou.

OAB/DF saúda o novo desembargador do TRT-10

A seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) saudou o novo desembargador do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), João Luís Rocha Sampaio, empossado nesta sexta-feira (25), em cerimônia realizada no final da tarde, na Sala de Sessões da Corte.

O secretário-geral da seccional do Distrito Federal, Marcio de Souza Oliveira, representou a OAB/DF na solenidade, conduzida pela presidente do Tribunal, Maria Regina Machado Guimarães. Acompanharam também a cerimônia pela OAB/DF o presidente da Comissão de Direito do Trabalho e Sindical, Fernando Teixeira Abdala, e a secretária-geral da Comissão da Mulher Advogada, Joana Darc Alves Barbosa Vaz de Mello.

OAB/DF recebe 70 novos advogados em cerimônia concorrida

Setenta novos advogados receberam nesta terça-feira (26/2) o documento oficial que lhes permite exercer a advocacia e representar a sociedade: a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional do Distrito Federal (OAB/DF).

O documento foi entregue a cada um dos novatos pelo presidente da seccional do DF, Délio Lins e Silva Júnior, acompanhado de conselheiros federais, representantes da diretoria e de diferentes Comissões e Subseções da OAB/DF, além de membros da diretoria da Caixa de Assistência dos Advogados do Distrito Federal. “Todos fizeram questão de estarem aqui hoje neste dia tão especial para vocês”, afirmou Délio, ao saudar os novos colegas de profissão “Tenho certeza de que é especial, porque me lembro até hoje quando eu estava sentado aí”, contou.

O orador Rômulo Leone Nunes revelou em seu discurso que não queria ser advogado, mas se apaixonou pelo Direito. “Sempre fui da área de exatas. Quase me formei em Engenharia Mecânica, adorava discutir física”, disse.

Ele contou que, ainda no início dos estudos, pensava apenas em ser professor. Entretanto, a influência de dois professores e a ajuda a uma colega num processo motivado por doença o inspiraram a seguir o caminho contrário. “Não entrava na minha cabeça ganhar dinheiro com a desgraça alheia, mas me dispus a escrever, gratuitamente, uma petição para o caso dela. Foram 50 minutos de redação e 15 dias depois recebi uma ligação informando que o juiz tinha autorizado meu pedido de tutela antecipada”, lembrou.

Segundo Rômulo, naquele momento ele entendeu que poderia ajudar a sociedade. “Se 50 minutos da minha vida mudaram para a melhor a vida de uma pessoa acamada e de sua família, o que eu poderia fazer se me dedicasse a isso constantemente? Entendi ali que nós não ganhamos dinheiro em cima da desgraça alheia, nós confortamos as pessoas que estão envolvidas naquela situação, porque sabemos o que fazer e como fazer quando o mundo está desabando sobre a cabeça de alguém”, lembrou.

O paraninfo Antônio Castro de Almeida, advogado criminalista, ex-conselheiro da OAB nacional e da OAB/DF, afirmou em seu discurso que nunca teve dúvidas quanto ao Direito. “Eu sempre quis ser advogado. A profissão de advogado tem um compromisso com a sociedade que me encanta”. Alertou, porém, aos novos advogados sobre o contexto em que iniciam a advocacia. “Vocês recebem a OAB num momento dramático, quase trágico da estória do país. Mais do que nunca, o advogado se faz necessário à sociedade, temos um momento de exclusão dos direitos, um momento em que a reafirmação da Constituição passa a ser quase um ato revolucionário.

Kakay, como é conhecido no meio jurídico, criticou o Supremo Tribunal Federal (STF) e o projeto 5.668/2016, que obriga a comprovação da origem lícita de valores pagos a título de honorários advocatícios. “Depois de advogar por tantos anos, eu julgava que estaria nestes últimos anos na tribuna do STF para defender o abolicionismo penal, o fim da pena privativa de liberdade, salvo para casos extremos. No entanto, lá estava eu para defender a presunção de inocência, porque o Supremo ousou afastar, sem poder, o princípio constitucional de presunção de inocência”, disse. “E agora há ainda uma tentativa do Legislativo de de levar a advocacia a comparar um advogado com o crime ou com a pessoa que ele está defendendo. Temos de resistir”, defendeu.

Camilla Brasil, 25 anos, uma das 70 advogadas que receberam a carteira da OAB/DF, se emocionou com os discursos. “Eu vim aqui inspirada a defender a Constituição, os direitos da sociedade”, comentou ela, que se formou pela Universidade de Brasília (UnB).

Ao lado dela, Kayo César Ribeiro de Melo, 26 anos, segurou a carteira como uma vitória pessoal. Após um acidente de carro em 2015 que comprometeu os movimentos das pernas, ele interrompeu o curso de Direito próximo de se formar. Conseguiu o diploma agora. “Eu quis desistir, mas enfrentei, e sinto um orgulho enorme de estar aqui e imaginar o que posso fazer pelos outros”. 

OAB/DF promove audiência pública sobre reforma criminal

Nesta terça-feira (26), a OAB/DF promoverá audiência pública sobre a proposta de reforma criminal e seus impactos na sociedade brasileira. O evento reunirá magistrados, promotores, entidades de vários segmentos para debater as regras propostas pelo governo federal. A audiência acontecerá às 18h no auditório térreo, na sede da seccional.

A OAB/DF criou a Comissão de Acompanhamento de Reforma Criminal para analisar a proposta e avaliar a necessidade de aprimoramentos. “Esta é a função da Ordem, discutir os temas relevantes para o país e apresentar propostas que resguardem os direitos da sociedade”, afirma o presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Jr.

As mudanças são profundas e merecem atenção, pois atingem o Direito Processual, o Direito Material e a Execução Penal. Portanto, geram grande impacto na vida da população e também em todos os segmentos jurídicos. A proposta chega ao Congresso Nacional sem ter sido debatida com as diversas instituições ligadas à magistratura, polícia, advocacia ou meio acadêmico.

“Nesta audiência, faremos um debate aberto sobre as questões gerais contidas na proposta de reforma criminal. Queremos ouvir o que as pessoas que lidam com esse tema estão pensando” disse o vice-presidente da Comissão de Reforma Criminal, Paulo Emílio Catta Preta.

Participam da organização da audiência as comissões de Direito de Defesa, Combate à Corrupção, Assuntos Constitucionais e de Direitos Humanos.

Mudanças em discussão

Entre os pontos da reforma em debate está a ampliação das possibilidades de legítima defesa, com o possível aumento do índice de letalidade por parte da polícia na abordagem aos cidadãos.

Outro ponto é a criação do “informante do bem”, alguém que ao saber e denunciar um desvio de conduta em um órgão público recebe o anonimato completo por parte do Estado e pode até ser premiado financeiramente.

Uma nova modalidade de negociação, a chamada “plea bargain” tem sido objeto de polêmica entre os criminalistas. O método, presente na legislação dos Estados Unidos, pressupõe que o acusado possa confessar o crime em troca de não se submeter ao processo judicial e, assim, receber uma pena mais branda.

OAB/DF discute com entidades soluções para os problemas da pessoa com deficiência

A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB/DF realizou, nesta quinta-feira (21/02), a primeira reunião ampliada com a presença de entidades que lidam com o tema. “Estamos abertos para debater e buscar soluções jurídicas para as demandas e dificuldades das pessoas com deficiência”, afirmou o presidente do OAB/DF, Délio Lins e Silva Junior. 

O presidente da Comissão, Samuel Fernandes Castro, lembrou que esta é a primeira vez que a OAB/DF abre as portas para as entidades expressarem suas dificuldades e demandas. Participaram também do encontro o vice-presidente da Comissão, Bruno Henrique de Lima Faria, a secretária-geral, Patrícia Luiza Moutinho Zapponi, e representantes do ICEP Brasil, da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAED), da Comissão Jovem Gente Como a Gente, do Movimento Habitacional e Cidadania das Pessoas com Deficiência (Mohciped) e do Centro de Apoio e Valorização Humana (CAVH). 

Comissão de Seleção inicia estudos para agilizar o atendimento dos pedidos de inscrição na OAB/DF

A Comissão de Seleção da OAB/DF realizou sua primeira reunião na gestão 2019/2021, nesta quarta (13). O colegiado, que é o órgão da Seccional responsável pela análise dos pedidos relacionados às inscrições de advogados e estagiários nos quadros da Ordem, conta atualmente com 14 membros e, somente em 2018, analisou 5.024 requerimentos.

A pauta da primeira reunião foi integralmente dedicada à governança e à gestão dos processos de trabalho do colegiado. Na abertura dos trabalhos, o Presidente da Comissão, Fabiano Jantalia, promoveu o encontro dos funcionários da secretaria com os membros da Comissão. “Somos a porta de entrada da OAB/DF, o primeiro contato que os advogados e estagiários têm com a entidade. É uma grande responsabilidade que impõe a todos nós, membros e funcionários, o compromisso de zelar permanentemente pela qualidade e eficiência do atendimento”, afirmou Jantalia.

Na reunião, os membros da comissão analisaram a fundo o relatório preparado pela Coordenadora da Secretaria, Silvia Camelo, sobre o volume de requerimentos processados pela Comissão de Seleção nos últimos seis anos. Com base nesses dados, os membros da Comissão definiram novas rotinas de trabalho e analisaram a estrutura física para os trabalhos. Dentre as medidas tomadas estão a criação de um sistema de rodízio para despacho mais rápido dos processos e a eliminação de algumas rotinas burocráticas.

Em cumprimento à determinação do presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Júnior, de agilizar o atendimento aos advogados e estagiários, a Comissão decidiu iniciar os estudos para a elaboração de seu Regimento Interno e de um anteprojeto de resolução para normatizar todos os seus processos de trabalho. Para tanto, foi criado um grupo de trabalho, que será integrado pelas conselheiras Maria Claudia de Araújo, vice-presidente da Comissão, e Karina Amorim, além da funcionária Shirley Lopes. 

Inscrições abertas para o Campeonato de Futebol Society Legends 2019

As inscrições para o Campeonato de Futebol Society Legends 2019 estão abertas até o dia 15 de março. O torneio acontecerá em março, após o Carnaval. Os participantes devem ter nascido até 1974, permitidas duas exceções de nascidos até 1979.

Para se inscrever, é preciso baixar e enviar a ficha de inscrição preenchida e assinada, juntamente com o comprovante de pagamento, para o endereço eletrônico do Clube do Advogado ([email protected]). O valor da inscrição é de R$ 150,00.

Baixe a ficha de inscrição e saiba mais

Comissão da Mulher Advogada da OAB/DF abre calendário de eventos

“A vida melhora quando nós melhoramos”. Assim a advogada Kelly Coimbra finalizou sua palestra para um grupo de quase cem advogadas e advogados, nesta segunda-feira (18/2), no edifício sede da seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF). Conselheira da OAB/DF, ela falou sobre a importância do aprimoramento das habilidades femininas no mercado de trabalho.

O encontro inaugurou o calendário de eventos da Comissão da Mulher Advogada da OAB/DF. “É importante um resultado assim: casa cheia de profissionais buscando o aperfeiçoamento”, comentou a presidente da Comissão, Nildete Santana de Oliveira, que abriu o evento ao lado da vice-presidente da Comissão, Gabriela  Marcondes, da secretária-geral da Comissão, Joana Darc Alves Barbosa Vaz de Mello; do secretário-geral da OAB/DF, Márcio de Souza Oliveira; e do presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do DF (CAADF), Eduardo Uchôa Athayde.

Especialista em desenvolvimento pessoal de mulheres e acostumada a falar para diferentes públicos, o encontro para Kelly teve um “gostinho especial”, segundo ela própria definiu. “É sempre uma alegria poder falar sobre autodesenvolvimento voltado às competências e habilidades para alta performance. Fazer isso dentro da minha própria casa, a OAB, sinaliza a inauguração de uma nova fase, onde o desenvolvimento pessoal dos nossos profissionais importa tanto quanto o técnico-intelectual, afinal de contas nossa qualidade de vida, relacionamentos e saúde são itens essenciais na construção de um profissional bem sucedido e realizado”, concluiu.