OAB/DF pede ao GDF informações sobre medidas de controle ao coronavírus

A OAB/DF pediu ao governador Ibaneis Rocha informações sobre o fornecimento de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) aos profissionais de saúde do Distrito Federal e quanto ao acolhimento e tratamento de pacientes diagnosticados com o novo coronavírus. O pedido inclui ainda informações sobre a quantidade de leitos de UTI disponíveis para atender os casos graves da doença e as medidas adotadas pela Secretaria de Saúde para reagir à pandemia.

O pedido foi feito a partir de relatos de servidores e pacientes à Comissão de Direito à Saúde da Seccional. Nas manifestações, eles apontam precariedade no fornecimento de EPIs aos profissionais que têm atuado no tratamento de pacientes diagnosticados com o Covid-19. Também reclamam da limpeza e higiene do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), unidade de referência no tratamento dos casos.

Segundo a presidente da Comissão, a conselheira Alexandra Moreschi, que assina o ofício ao lado do presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Junior, os relatos feitos à OAB/DF tem apontado que muitos profissionais envolvidos no trabalho de assistência aos pacientes suspeitos ou confirmados não vem recebendo máscaras e outros tipos de EPIs. “Quando recebem, relatam falta de estoque para reposição de acordo com as regras sanitárias do plano de contingência do Distrito Federal para a epidemia. Entretanto, o plano faz referência expressa ao uso de máscaras cirúrgicas como uma das medidas de prevenção, assim como avental, luvas e óculos”, afirma Alexandra.

Sobre a limpeza e higiene, as queixas têm sido de que ocorrem com frequência insuficiente para um quadro pandemia. “Servidores que trabalham no serviço burocrático e setores de apoio do Hospital, onde não lidam diretamente com os pacientes suspeitos ou confirmados para Covid-19, reclamam que não têm recebido orientação, comunicado ou reforço em itens de higiene, faltando inclusive sabão nos banheiros para lavar as mãos”, relata a conselheira. “Nesse contexto, esses profissionais acabam ficando à margem de todo trabalho que possa ser feito no Hran, podendo até mesmo comprometê-lo por falta de orientação adequada, o que conflita com o exposto no Plano de Contingência”, informa a OAB/DF no ofício.

Pacientes e usuários da rede pública de saúde também relataram à Comissão de Direito à Saúde dificuldade de contato nos telefones 190, 193 e 199, divulgados pela Secretaria de Saúde para atender pacientes com sintomas suspeitos. “Isso obriga o paciente com suspeitas a procurar as unidades de saúde, em oposição ao preconizado pela própria Secretaria”, esclarece Alexandra, que aponta também reclamações de pacientes quanto à demora nos resultados dos exames.

Pedidos antigos
Encaminhado ao governador Ibaneis Rocha na última sexta-feira (3/4), o pedido da OAB/DF é o terceiro feito ao Governo do Distrito Federal sobre as medidas adotadas pelos setores de saúde. No dia 16, a OAB/DF pediu à Secretaria de Saúde informações sobre o atendimento aos pacientes diagnosticados com o novo coronavírus e o acolhimento de seu acompanhantes. Na semana anterior, o pedido havia sido feito ao Hran.

“A OAB/DF está atenta às medidas que têm sido adotadas no controle do coronavírus em todos os segmentos e têm recebido diariamente reclamações e contribuições, especialmente por meio da Ouvidoria e das comissões da Seccional, em especial a Comissão de Direito à Saúde, que diariamente tem acompanhado os indicadores e a prestação de serviços pelas redes públicas e privadas de atendimento”, explica o presidente da OAB/DF, Délio Lins.

 

Comunicação OAB/DF
Imagem do destaque: Renato Araújo/Agência Brasília.

 

 

Efeitos do Covid-19: OAB/DF alerta que é necessário repactuar contratos entre escolas e famílias de forma consensual

A OAB/DF defende que as soluções para o pagamento das mensalidades e a prestação dos serviços pela rede de ensino privada devem se dar em comum acordo entre as instituições e as famílias, por meio de conciliação. Para a Seccional, é difícil se chegar a uma medida linear de redução dos valores devidos, como proposta recentemente pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), já que são muitas as particularidades que envolvem as variadas faixas de ensino.

A Seccional entende ainda que a revisão dos contratos é uma medida inevitável, mas que deve ser avaliada caso a caso, e não recomenda a suspensão dos pagamentos pelo consumidor, ao menos até que o diálogo seja esgotado com cada escola. Os entendimentos foram expostos pela OAB/DF, nesta sexta-feira (3/4), em documento encaminhado à CLDF, ao Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinepe/DF), à Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do DF e ao Instituto de Defesa do Consumidor (Procon/DF).

Desde 12 de março as aulas na rede pública e privada do Distrito Federal estão suspensas para evitar a propagação do coronavírus causador da Covid-19. A interrupção deve perdurar até 31 de maio, de acordo com o último decreto distrital, de 1o de abril, e foi reforçada por Medida Provisória que estabeleceu novos critérios de cumprimento de carga horária pelos estabelecimentos de ensino.

Para a OAB/DF, as medidas implicam em mudanças significativas nas relações pactuadas no início do ano entre as instituições de ensino e os alunos ou seus responsáveis. “Não se pode perder de vista a evidente incidência do Código de Defesa do Consumidor nos contratos celebrados, cujos princípios e normas devem orientar a solução de conflitos. Por outro lado, a pandemia vivenciada por toda sociedade demanda ponderações que vão muito além do Direito positivado, já que a inadimplência e o desequilíbrio econômico de todos será inevitável”, afirma o presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Junior.

Neste sentido, a Seccional defende que as instituições devem, antes de mais nada e com urgência, apresentar com clareza um novo plano de ensino, com todas as adaptações e para todo o ciclo letivo; publicar um novo calendário indicando as datas de reposição dos dias letivos; e realizar as devidas adequações aos contratos celebrados, inclusive nas cláusulas financeiras, se necessário, para que a prestação do serviço sofra minimamente as consequências da paralisação.

“O cenário previsto no início do ano não será mais realizado, por fatores alheios à vontade das instituições e das famílias. Então, a revisão dos contratos é uma medida que se impõe, mas precisa levar em conta as particularidades de cada instituição. Uma medida linear certamente trará injustiças e desproporcionalidades que resultarão apenas em mais conflitos, já que não existe receita padrão para esse tipo de situação”, afirma Délio Lins.

Reuniões
Na tentativa de encontrar uma solução intermediária para atender consumidores e instituições de ensino, a Comissão de Direito do Consumidor da OAB/DF promoveu, em março, duas reuniões com o Sinepe e a Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do DF, mas sem resultado. Segundo o presidente da Comissão, Ricardo Barbosa Cardoso Nunes, “as instituições de ensino precisam assegurar ao consumidor a forma como o calendário acadêmico será cumprido no restante do ano letivo, suspender a cobrança de atividades extraclasse e alimentação, assim como disponibilizar canal eficaz de negociação, reconhecendo a vulnerabilidade do consumidor e a onerosidade excessiva face ao fato imprevisível da pandemia”.

Sobre os métodos alternativos de aprendizagem, como o ensino à distância e o envio de atividades, a OAB/DF considera que são bem-vindos, mas, mesmo com todas as devidas adequações a serem urgentemente estabelecidas, não podem ser caracterizados como substituição plena do conteúdo e da carga horária contratados pelos alunos ou seus responsáveis.

A Seccional defende que os alunos e seus responsáveis devem exigir a mais ampla informação acerca do cumprimento do plano de ensino e a revisão global do contrato, se necessário. “Algo inegociável neste caso é o direito à informação dos consumidores. Sem a devida informação, fica fragilizada a relação entre as partes, daí a necessidade de atuação do Poder Público para ajustar esse desequilíbrio, que depende da razoabilidade de todos os personagens envolvidos”, afirma Délio Lins.

Confira a íntegra dos ofícios:
À CLDF.
Ao Procon/DF.
À Sinepe.
ÀAssociação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do DF.

 

Após cobrança da OAB/DF, GDF lança portal de transparência do Covid-19

Nesta sexta-feira (3/4), o Governo do Distrito Federal (GDF) lançou o Portal Covid-19, onde estão disponíveis para a imprensa e a população os gastos emergenciais e os casos confirmados de coronavírus no DF. A medida foi anunciada duas semanas depois de a OAB/DF cobrar do GDF um portal de transparência para que a sociedade possa acompanhar as contratações relativas às ações de combate ao novo coronavírus.

No pedido, feito em 20 de março, a Seccional enfatizou a importância de que o site seja de fácil acesso para que os cidadãos possam acompanhar o andamento das compras públicas e exercer o devido e salutar controle social. “É muito positivo que o GDF ouça as sugestões e propostas vindas da sociedade civil organizada. O que se deseja é trazer o cidadão para a fiscalização e o auxílio no levantamento de preços de insumos necessários, indicando ao governo quando necessário for, pontos de melhoria. A transparência é essencial além de ser um direito da população”, afirmou o presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Junior.

A OAB/DF também tem um Portal de Transparência, no qual publica todos os contratos de fornecedores, demonstrações contábeis, orçamentos anuais e despesas administrativas. Com isso, a advocacia do DF e toda a sociedade podem acompanhar e conhecer de perto como é feita a gestão da Seccional e o que é feito com os recursos das anuidades.

OAB/DF pede que audiências de conciliação dos Juizados Especiais e dos CEJUSCs sejam realizadas por videoconferência

A OAB/DF pediu ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) que retome, por meio de videoconferência, as audiências de conciliação dos Juizados Especiais Cíveis e do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSC). O pedido foi estendido também ao Tribunal Regional do Trabalho da 10a Região (TRT-10), a quem a Seccional solicitou a realização, por videoconferência, das sessões do CEJUSC e audiências inaugurais. 
 
Às duas cortes foi pedido ainda que seja assegurada a sustentação oral pelos patronos nas sessões de julgamento virtuais de 2ª instância. O pedido inclui a garantia de apresentação dos requerimentos de preferência para sustentação até o início da sessão de julgamento. 
 
As audiências dos Juizados Especiais do TJDFT e dos CEJUSCs das duas cortes estão suspensas desde a segunda metade do mês de março como medida de prevenção à propagação do coronavírus causador da Covid-19. As medidas seguem resoluções individuais do TJDFT e do TRT-10, que suspendem prazos processuais e o trabalho presencial de magistrados, servidores, estagiários e colaboradores, até 30 de abril, conforme recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
 
Para a OAB/DF, a retomada das audiências e sessões por videoconferência seriam capazes de minimizar os impactos financeiros das partes e da advocacia durante a pandemia, garantindo aos envolvidos a continuidade das ações, mas não esquecendo dos necessários cuidados em relação à saúde dos envolvidos.
 
“As videoconferências têm sido utilizadas com sucesso em todos os segmentos. É fundamental, neste momento de pandemia, onde esforços estão sendo direcionados a não propagação do Covid-19, que busquemos alternativas para a atuação dos advogados, magistrados e servidores do tribunal, primando sempre pela saúde de todos”, argumenta o presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Junior, que assina os pedidos em conjunto com o representante OAB-DF no Comitê Gestor do PJe, Raphael Rosa Nunes Vieira de Paiva.
 
Confira a íntegra dos ofícios:

OAB/DF e Conselho Federal orientam sobre propaganda na advocacia

Em transmissão ao vivo, a OAB/DF e o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil discutirão os novos limites da propaganda na advocacia. A live será nesta quinta-feira (2/4), às 17h, no Instagram da Seccional.

Participam o secretário-geral adjunto do Conselho Federal, Ary Raghiant Neto, e o presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/DF, Antonio Alberto do Vale Cerqueira, em encontro mediado pelo titular da Seccional, Délio Lins e Silva Júnior.

O objetivo é esclarecer dúvidas e colher sugestões sobre o tema, especialmente neste momento de isolamento domiciliar, quando tem sido muito demandada criação de conteúdos na internet e redes sociais.

Amanhã tem live da ESA/DF sobre consultoria tributária e empresarial em tempos de crise. Os especialistas da vez são o diretor tesoureiro da OAB/DF, Paulo Maurício Siqueira, e o conselheiro federal Rodrigo Badaró. Será às 10h, no Instagram da ESA/DF e da OAB/DF.

 

OAB/DF discute possibilidade de atendimento aos presos por videoconferência

Em transmissão ao vivo organizada pela Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim/DF), o presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Junior, anunciou que a Seccional está atuando para viabilizar o atendimento aos presos pela advocacia por meio de videoconferência, durante o período de medidas restritivas de enfrentamento ao Covid-19.

Um grupo de trabalho, formado pela OAB/DF, Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (VEP/TJDFT), Ministério Público (MPDFT), Subsecretaria do Sistema Penitenciário do DF (Sesipe) e Defensoria Pública, foi criado para buscar alternativas que possam garantir a saúde dos presos. “O objetivo é evitar que os detentos tenham contatos diversos, pois eles não possuem alternativas de isolamento, em caso de contágio. Ao mesmo tempo, precisamos oferecer à advocacia soluções para manter o atendimento aos presos em segurança”, explicou Délio Lins.

Para viabilizar a medida, têm sido discutidas alternativas para evitar o uso de terceiros na entrevista e assegurar o sigilo da conversa entre o profissional e seu cliente, conforme previsto legalmente. “São desafios que ainda não sabemos como resolver, mas para os quais temos buscado soluções inspiradas em estados que já adotaram a medida”, afirma o presidente da OAB/DF.

A possibilidade de que os advogados e as advogadas possam entrevistar os presos por meio de videoconferência, sem saírem de casa ou do escritório, já vem sendo utilizadas pelo Maranhão, Paraná e Amazonas, estes dois últimos desde a semana passada. “No Amazonas, por exemplo, o advogado conversa com o preso por meio do Skype em uma entrevista previamente agendada”, explica Délio Lins. “O uso deste tipo de ferramenta tem sido, inclusive, incentivado pelo Depen (Departamento Penitenciário Nacional)”, acrescenta.

Direito ao atendimento
A busca pela garantia de manutenção do atendimento da advocacia aos presos está em pauta na OAB/DF desde que as primeiras medidas para o controle da pandemia foram anunciadas pelos governos. “Levamos este pleito ao TJDFT e conseguimos assegurar, em um diálogo que envolveu também a Sesipe, alternativas de atendimento aos presos, um direito que não pode ser retirado nem do detento nem do seu advogado”, contou Délio Lins. Segundo ele, a tendência era de suspensão total. “Foi uma vitória importante”, afirmou.

Uma resolução conjunta da Seccional e da Sesipe, publicada no último dia 20, restringiu os atendimentos exclusivamente a advogados e advogadas que tenham agendado previamente a entrevista pelo sistema OAB/DF. Além disso, o atendimento ficou reduzido ao horário de 13h30 às 17h30, podendo ser atendidos até dois presos por bloco de cada uma das unidades prisionais.

A Seccional também orientou toda a advocacia a ir aos presídios somente em situações urgentes. “Precisamos zelar pela saúde de todos: dos presos e dos advogados e advogadas que atuam no dia a dia do sistema penitenciário”, justificou Délio Lins. Com a medida, a média de atendimentos caiu de 350 para cerca de 50 por dia.

Para Délio, o sistema de videoconferência nos presídios, se der certo, pode ser adotado de forma permanente. “Queremos que a medida fique como legado, sem prejuízo, é claro, do atendimento presencial. Precisamos criar soluções alternativas para um sistema que é uma bomba relógio, com 9 mil vagas para 18 mil encarcerados, no caso do Distrito Federal, e isso inclui a utilização pela  justiça de mais medidas cautelares, tornozeleiras eletrônicas, entre outras ações para diminuir a população carcerária e humanizar o sistema prisional”, defende o titular da Seccional.

Ações
Além do anúncio do grupo de trabalho, Délio Lins fez uma retrospectiva das ações da OAB/DF para prevenir o coronavírus na Seccional e defender a advocacia no contexto de mudanças enfrentadas pela justiça e vários órgãos administrativos onde advogados e advogadas atuam. “A Ordem tem atuado, e muito, tanto internamente, em questões organizacionais, como extra-muros. Fomos das primeiras OABs a perceber que teríamos um período conturbado. Compramos álcool em gel, adotamos teletrabalho, para proteger a nós e aos nossos funcionários, reduzimos o trânsito de pessoas na Casa, e antecipamos dois projetos da maior importância para a nossa gestão: o lançamento de uma plataforma digital de serviços e o piloto dos cursos de ensino a distância da ESA/DF”, resumiu.

Para o presidente da Abracrim/DF, Fernando Parente, que mediou a transmissão ao vivo, este é um momento de repensar o futuro. “Tem muitos advogados sofrendo com os problemas que este momento nos apresenta, especialmente os mais jovens. Neste sentido, temos de estar permanentemente atentos para buscar soluções, mas, ao final disso tudo, certamente haverá muitas mudanças. Quem sabe não possamos adotar novos atos?”, comentou.

 

ESA/DF ao vivo: economista ensina a advocacia como não naufragar na crise

O economista Pedro Borges Neto apontou o planejamento financeiro como a primeira medida que deve ser adotada para manter a saúde orçamentária neste momento de crise provocada pelo avanço do coronavírus causador da Covid-19. Com experiência de mais de 20 anos no mercado de capitais, ele participou de transmissão ao vivo organizada pela Escola Superior de Advocacia da OAB/DF (ESA/DF), nesta quarta-feira (1/4). Mediada pelo diretor da ESA/DF, Fabiano Jantalia, a aula foi ao ar para oferecer à advocacia orientações sobre como organizar as finanças em meio a tantas mudanças em todos os setores econômicos.

Para Pedro Borges, o momento é propício para parar, refletir sobre como se tem usado o orçamento até aqui, definir objetivos e, de acordo com eles, estabelecer metas de curto, médio e longo prazos. “Esta é uma crise aguda, mas não é primeira e nem será a última. Profissionais liberais, como advogados e advogadas, precisam ter um bom planejamento financeiro permanentemente. O primeiro melhor momento para se fazer isso foi lá atrás, mas se não foi feito, o segundo melhor momento é agora”, disse o economista, que é especializado em fundos de pensão, seguradoras e distribuidoras de títulos imobiliários.

A partir de uma visão clara sobre o que é importante priorizar, Pedro Borges apontou alguns exemplos do que pode ser feito neste momento, especialmente por aqueles que não têm reservas de emergência. “A principal medida é renegociar dívidas, contratos, buscar formas de economizar neste momento de crise. Em momentos de crise é importante pensar em ter liquidez. Não menos importante é pensar alternativas para aumentar receita. Estamos em um período de grandes mudanças e, embora pareça paradoxal, momentos assim trazem muitas oportunidades. Certamente o trabalho da advocacia será primordial, não talvez da forma tradicional, mas de outras formas que podem ser exploradas e apresentadas”, disse.

Ele alerta que devem ser priorizadas as dívidas que garantem a sobrevivência da família e a continuidade do negócio. Depois delas, as dívidas que possuem maior percentual de juros. “Se, analisadas todas as prioridades e possibilidades de cortes de gastos, o dinheiro ainda não dá e é preciso se endividar, se endivide da forma correta. Não entre no rotativo do cartão de crédito, não assuma empréstimos a juros altos, não se arrisque em investimentos que não conhece, pesquise os melhores caminhos”, aconselhou. “Lembrem-se que existem muitas linhas de crédito para ajudar as empresas e as pessoas neste momento. O menor prejuízo é sempre o menor prejuízo”, acrescentou.

Pedro Borges defendeu que o planejamento vale para qualquer momento. “Agora estamos na crise, mas a qualquer tempo é fundamental ter planejamento. Ele orienta seus objetivos, permite que você alcance mais rápido suas metas. Em situações de crise, como esta, possibilita que você se concentre em buscar oportunidades e não apenas em encontrar soluções para pagar contas”, insistiu.

A live com o economista foi a terceira realizada pela ESA/DF desde a estreia do projeto, na última sexta-feira (27/3). “A iniciativa antecipa um projeto de ensino a distância da Escola que tem por objetivo democratizar o acesso ao conhecimento e propiciar à advocacia acesso a fontes e canais de conhecimento que permitam, de alguma maneira, melhorar seu cotidiano pessoal e profissional”, explicou Fabiano Jantalia, que agradeceu a diretoria da OAB/DF pela confiança no projeto e à equipe de comunicação que atende a Escola.

As transmissões ocorrerão sempre às segundas, quartas e sextas-feiras, às 10h, no Instagram da OAB/DF e da ESA/DF, com participações de um professor e de um dirigente da Seccional. Na sexta-feira (3/4), é a vez do diretor tesoureiro da OAB/DF, Paulo Maurício Siqueira, e do conselheiro federal Rodrigo Badaró discutirem o trabalho de consultoria tributária e empresarial durante a vigência das medidas contra a pandemia do coronavírus causador da Covid-19. “Neste projeto piloto, estamos procurando priorizar o conhecimento que é mais importante e urgente neste momento de isolamento”, afirma o diretor da ESA/DF, Fabiano Jantalia.

A íntegra da live pode ser conferida no Instagram da OAB/DF (@oabdf) e da ESA/DF (esa_df).

ESA/DF ao vivo: confira a programação de lives da semana

Dando continuidade à série de lives no Instagram criada para oferecer conhecimento gratuito e de qualidade à advocacia neste período de isolamento, a Escola Superior de Advocacia da OAB/DF (ESA/DF) traz nesta quarta-feira (1/4) debate sobre planejamento financeiro em tempos de crise. Participam da transmissão ao vivo o diretor-geral da ESA/DF, Fabiano Jantalia, e o economista e planejador financeiro, Pedro Borges Neto.

Na sexta-feira (3/4), é a vez do diretor tesoureiro da OAB/DF, Paulo Maurício Siqueira, e do conselheiro federal Rodrigo Badaró discutirem o trabalho de consultoria tributária e empresarial durante a vigência das medidas contra a pandemia do coronavírus causador da Covid-19. As transmissões começam às 10h, no Instagram da OAB/DF e da ESA/DF.

As lives integram o projeto de modernização da Escola, iniciado no ano passado, e foram antecipadas para oferecer alternativas de estudo e atualização aos advogados e às advogadas que estão afastados das atividades acadêmicas. As lives funcionarão como piloto de um projeto de ensino a distância que está sendo desenvolvido pela Escola.

As transmissões ocorrerão sempre às segundas, quartas e sextas-feiras, às 10h, no Instagram da OAB/DF e da ESA/DF, com participações de um professor e de um dirigente da Seccional. Estão previstas também lives sobre os impactos dos atos de isolamento social na violência doméstica e no sistema prisional. “Neste projeto piloto, estamos procurando priorizar o conhecimento que é mais importante e urgente neste momento de isolamento”, afirma o diretor da ESA/DF, Fabiano Jantalia.

Confira a matéria completa de como surgiu a iniciativa.

Anote aí!
Lives da ESA/DF

1/4 (quarta-feira)
Tema: consultoria tributária e empresarial em tempos de crise
Participantes: Pedro Borges Neto (economista e planejador financeiro) e Fabiano Jantalia (diretor-geral da ESA/DF)

3/4 (sexta-feira)
Tema: planejamento financeiro em tempos de crise
Participantes: Rodrigo Badaró (conselheiro federal) e Paulo Maurício Siqueira (diretor tesoureiro da OAB/DF)

Horário: 10h
Onde: @oabdf e @esa_df

 

 

 

OAB/DF adquire plataforma de reuniões virtuais e garante retorno dos trabalhos das comissões

A OAB/DF vai retomar, nesta segunda-feira (30/3), as reuniões das comissões por meio de uma ferramenta virtual adquirida pela Seccional para possibilitar que seus integrantes prossigam com os trabalhos institucionais mesmo não estando presencialmente na Casa. A plataforma permite o encontro de até 300 pessoas em diferentes salas virtuais e será estreada, às 19h, para sessão conjunta do Conselho Jovem e da Comissão da Advocacia Jovem e Iniciante.

A ferramenta é uma iniciativa do programa OAB/DF Digital, que tem como objetivo digitalizar as ações da Seccional, modernizando os processos de trabalho e os serviços oferecidos à advocacia. Integra ainda uma série de ações que a OAB/DF vem adotando para garantir o funcionamento da Seccional de acordo com as medidas emergenciais adotadas no Distrito Federal e no país para controlar a propagação do coronavírus causador da Covid-19.

“Nosso objetivo é permitir que as atividades estratégicas sejam mantidas, respeitadas, é claro, todas as medidas necessárias para conter o vírus”, explica o coordenador do programa OAB/DF Digital e presidente da Comissão de Direito do Trabalho e Sindical, Fernando Abdala. Desde o início da segunda quinzena do mês de março, as atividades presenciais na Seccional estão suspensas e o atendimento tem sido feito remotamente.

A diretoria da OAB/DF vai avaliar os resultados do uso da plataforma, nos próximos dias, para definir se é possível estender seu uso para as reuniões do Conselho Pleno e do Tribunal de Ética e Disciplina (TED). “As duas instâncias têm dinâmicas mais complexas de atuação pela necessidade de se ouvir as partes envolvidas nos processos julgados. Envolvem ainda processos de votação dos conselheiros. Tudo isso está em análise”, explica o presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Junior. Desde o último dia 16, as sessões e prazos do Pleno e do TED estão suspensas. 

Protocolo digital
Além da nova ferramenta, o programa OAB/DF Digital disponibilizou também uma plataforma digital para facilitar o cotidiano da advocacia sem necessidade de sair de casa. Inaugurada no último dia 16, a plataforma permite solicitar inscrições de advogado, estagiários, certidões, baixa de impedimento, comunicações de cargo público, ingressos em comissões e licenciamentos ou cancelamentos de inscrições, bem como cancelamentos de licenciamentos.

O portal oferece também os serviços de justificativa eleitoral no sistema OAB/DF e recebe ocorrências de violação de prerrogativas e de manifestações pela Ouvidoria Geral. Pelo sistema, é possível acompanhar o andamento dos pedidos.

 

Em live no Instagram, OAB/DF e Abracrim discutem a advocacia criminal no contexto do Covid-19

O presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Junior, discute as questões da advocacia criminal em tempos de coronavírus com o dirigente da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas do DF (Abracrim/DF), Fernando Parente, em transmissão ao vivo no Instagram. Organizada pela Abracrim/DF, a live acontece nesta terça-feira (31/3), às 11h, nos perfis das duas instituições na rede social. 

Confira:
@abracrimdf
@OABDF