III Congresso de Gestão Jurídica debate inovação, empreendedorismo e tecnologia

Como parte do III Congresso de Gestão Jurídica, a OAB/DF trouxe a discussão da advocacia 4.0, abordando as transformações com a pandemia, ferramentas tecnológicas, Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), tecnologia da informação e direito digital no painel Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia, ocorrido na última quarta-feira (23/9).

O secretário-geral da OAB/DF, Márcio de Souza Oliveira, destacou o debate inovador e voltado “para todas as advocacias”. Segundo ele, “é necessário buscar a tecnologia e o empreendedorismo em todos os segmentos”. Oliveira colocou a Ordem à disposição de advogadas e de advogados nessa nova etapa de transformações na sociedade.

A presidente da Comissão de Gestão de Escritórios de Advocacia da OAB/DF e organizadora do evento, Érika Siqueira, falou sobre o time de especialistas convidados para o painel. “Uma equipe brilhante e com muitas experiências a compartilhar. É para quem realmente quer inovar e empreender. A todos que puderam participar do congresso só tenho a dizer que estão no caminho certo para dias melhores”, afirmou.

“Estratégias para empreender na carreira jurídica”

A primeira palestra foi conduzida pelo advogado, conselheiro seccional e presidente da Comissão de Empreendedorismo Jurídico da OAB/DF, Felipe Bayma, que ressaltou a importância de o profissional especializar-se, ao máximo possível, sobretudo neste momento de pandemia. “Com a inserção de novas tecnologias, como a inteligência artificial na carreira, é preciso atualizar-se para não ficar ultrapassado”, diz.

Segundo o conselheiro, é importante, também, entender as mudanças. “Com a advocacia 4.0, falamos da sociedade 4.0, uma revolução das tecnologias e das relações. Hoje, o advogado tem que entender de diversos meios digitais, como a jurimetria, a inteligência artificial, os protocolos on-line e muitos outros. Infelizmente, o bom não é mais suficiente, o mundo dos negócios exige uma grande especialização e expertise para o advogado se colocar”, afirma.

Para empreender na advocacia, além da especialização, Felipe Bayma, destaca alguns princípios que um empreendedor deve ter: “Autoconhecimento, identificar suas características, as suas falhas, as suas qualidades, para ir melhorando; também, ter uma boa sociedade, procurar pessoas para trabalhar com qualidades que somem às suas e que tenham autorresponsabilidade, como você. Quando você entende que é responsável por tudo o que ocorre no seu negócio, é capaz de mudanças. Então, sempre tenha um pensamento estratégico em tudo o que fizer”, aconselhou.

“Os Impactos da pandemia na transformação da advocacia”

O assessor jurídico do SEBRAE/SC e presidente da Comissão de Inovação da OAB/SC, Pedro Pirajá, pontuou que “a transformação digital tem um impacto muito grande, pois é a relação da tecnologia com o profissional, momento em que se ganha com a diminuição de tempo e processos”.

“Com a indústria 4.0, todos perguntam se vão ser substituídos por máquinas, digo, que, se estiver fazendo trabalhos repetitivos, sim, mas, se souber alinhar a máquina a você, é possível inovar e ganhar mais tempo ao exercer outras funções”, explicou.

Para que as transformações ocorram da melhor forma, é necessário mudanças em alguns setores. “Tem que mudar a forma de educar, pois as faculdades devem preparar seus estudantes para este mundo da advocacia 4.0; mudar as OABs, como instituição que representa essa classe. Ela tem que se alinhar às tecnologias para ser relacionar com a nova advocacia. Os escritórios e empresas devem mudar, com a criação de setores que debatam as transformações tecnológicas. Por fim, o profissional deve mudar, tem que se adequar às tecnologias e isso pode ser feito por meio de capacitações”, elenca o assessor.

Segundo Pedro Pirajá, as transformações que têm surgido exigem que advogados e advogadas trabalhem, ainda, novas habilidades, como “a empatia, o pensamento crítico, o poder negocial e a multidisciplinaridade”.

“O cenário atual no direito e as mudanças trazidas pelas Lawtechs e Legaltechs

O diretor executivo da Associação Brasileira da Lawtechs e Legaltechs (AB2L) e especialista em gestão jurídica 4.0, Daniel Marques, ressaltou que a advocacia deve estar aberta para conhecer e se relacionar com os segmentos de lawtechs e legaltechs. “Muitos escritórios olhavam para elas como algo passageiro, só que a pandemia mostrou que, se não fosse por elas e pelas tecnologias, a justiça teria parado. Mostrou-se que são essenciais no exercício do Direito e da Justiça. Quanto mais rápido você aderir a essa transformação tecnológica, melhor estará preparado para essa nova realidade”, elencou.

O profissional destacou, ainda, o que fazer diante dessa onda tecnológica crescente. “A melhor alternativa é surfar e, para isso, precisa de uma prancha, que seria um tripé formado por cultura/pessoas: um time capacitado, com constante formação e autonomia financeira; processos/gestão: metodologias ágeis, design thinking e focado em resultados; e instumento/tecnologia: o que as lawtech e legaltech podem ajudar. Se você quiser inovar dentro do Direito, é importante esses três elementos”, completou.

“TI como diferencial em tempos de pandemia”

O palestrante Edison Fernandes, que é especialista em TI, empreendedor, professor, palestrante, com MBA em Gestão Estratégica e com atuação de mais de 15 anos no segmento jurídico, ressaltou a tecnologia da informação (TI) com sendo uma aliada em tempos de pandemia. “A TI pode ser um diferencial neste período, pois tem exercido um papel relevante tanto na vida pessoal quanto profissional”, diz.

O especialista elenca as vantagens para o profissional que entenda de TI. “Se você entender TI de forma estratégica, poderá usá-la para transformar o seu negócio e sua carreira, pois com ela pode melhorar os processos de negócios e gerar diferencial competitivo, como reduzir custos, reduzir riscos e produzir mais e com qualidade”, afirma.

Entender sobre esse segmento, que ficou muito mais evidente na época de pandemia, é importante, visto que pode ajudar em diversos aspectos, como detalha Edison Fernandes. “A TI pode dar suportes aos processos de negócios, proporcionar diferencial e adicionar valor aos serviços prestados. Dentro de um escritório tem muita informação, mas os gestores desconhecem, atuam com conhecimento limitado, isso, porque a tecnologia não é bem utilizada, perdendo assim espaços de inovação e de atuação”, completa.

“Como preparar o ambiente das instituições para governança de dados?”

Discutir sobre alguns aspectos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) ficou a cargo da advogada, escritora, especialista em Direito Digital Propriedade Intelectual, Proteção de Dados e Cibersegurança e PhD em Direito Internacional, Patricia Peck, que destacou a importância de se proteger dados. “Podemos pensar a proteção como um direito humano e de proteção de privacidade. Em 2020, tivemos diversos vazamentos de informações por parte de empresas que detinham dados. Então, é necessário que haja legislações que possam garantir a segurança de informações”, defende.

A especialista ressalta que, ao adquirir dados, o profissional tem que saber se são realmente necessários e se serão usados como objetos de melhorias na empresa. Caso contrário, não há necessidade de mantê-los, pois ao solicitar dados, o profissional deve ter condições de protegê-los. Para isso, é necessário capacitação e atualização constantes. Para gerir riscos, é preciso atualizar contratos e políticas, rever procedimentos, instalar ferramentas e realizar campanhas de conscientização.”

“A importância e os efeitos práticos do Direito Digital pós-pandemia”

A advogada, professora, pesquisadora em Direito Digital e presidente da Comissão de Privacidade e Proteção de Dados da OAB/DF, Adriana Antunes Winkler, destacou a necessidade de estudar o Direito Digital ainda mais com o debate da LGPD. “Estamos vivendo uma pandemia que tem trazido muita dor, mas, também, muitas coisas boas. O ser humano tem uma capacidade de adaptação incrível e, ao invés de buscar dificuldades nas coisas, temos que ir atrás de oportunidades”, destaca.

Para a especialista, todos estão tendo que se adaptar às transformações digitais aceleradas com a pandemia. “Estavam previstas para serem aplicadas entre 1 e 3 anos, mas acabaram ocorrendo em poucos meses, como o trabalho remoto, a educação on-line, as audiências, os processos eletrônicos, consumo on-line, telemedicina e tantos outros. Então, a sociedade teve que se adaptar”, explica.

E, por as pessoas estarem vivendo bastante no mundo virtual, Adriana Winkler afirma que houve um aumento exponencial de utilização da internet, especialmente, em plataformas de redes sociais e streaming. “Como consequência, diversos crimes cibernéticos passaram a ocorrer, como vazamentos de dados pessoais, violência doméstica digital, phishing, bullying, ransomware e outros. É preciso se resguardar disso tudo, afirma.

O Direito Digital é um meio de proteção. “Não gosto de dizer que essa é uma nova modalidade do Direito. Na verdade, é uma adequação, adaptação, uma nova roupagem porque toda a realidade que vivemos fisicamente, também, acontece no mundo virtual. Há o direito civil, o trabalhista, o do consumidor e outros. O que evidencia a necessidade de aumento do investimento em ferramentas de proteção de dados”, completa.

Para Adriana Winkler, as transformações digitais que ocorreram em 2020 tendem a permanecer: “Vamos manter alguns estilos adotados, como reuniões e aulas virtuais, pois foram coisas que facilitaram a vida de pessoas. Mas tudo isso mostra que devemos pensar em estratégias de proteção, como o uso de antivírus e uma mudança de cultura no ambiente virtual. Acredito que conseguimos estar no ambiente digital, mesmo que com poucos recursos, de uma maneira segura. Para isso, é necessária a cultura de desconfiar para quem estou oferecendo meus dados, ou ainda de atividades suspeitas, como mensagens com vantagens espetaculares demais”, acrescenta a pesquisadora.

Confira a íntegra desse painel do Congresso no Canal do YouTube da OAB/DF aqui

Comunicação OAB/DF
Texto: Neyrilene Costa (estagiária sob a supervisão de Montserrat Bevilaqua)

Nova turma de 62 advogados ingressa na OAB/DF defendendo uma advocacia forte, inclusiva e ética

Prometo exercer a advocacia com dignidade e independência, observar a ética, os deveres e prerrogativas profissionais e defender a Constituição, a ordem jurídica do Estado Democrático, os direitos humanos, a justiça social, a boa aplicação das leis, a rápida administração da justiça e o aperfeiçoamento da cultura e das instituições jurídicas”, disse a oradora Isis Negraes Mendes de Barros, acompanhando a leitura do diretor tesoureiro da OAB/DF, Paulo Maurício Siqueira, na cerimônia que, nesta quinta-feira (24), marcou o ingresso de 62 novos advogadas e advogados na Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Distrito Federal (OAB/DF). Foi um juramento emocionado em nome da turma.

A cerimônia foi marcada por fortes discursos em defesa das prerrogativas de advogadas e de advogados, pelo respeito à ética, pela inclusão de mulheres em espaços de representação do Direito. Tanto os oradores, Isis Negraes e Marcos Valadão, quanto o paraninfo da turma, Bruce Bruno Lemos, discursaram reforçando os valores da profissão.

A condução da cerimônia coube ao diretor tesoureiro, Paulo Maurício Siqueira, representando o presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Jr. Acompanhou a cerimônia o secretário-geral da Seccional, Márcio de Souza Oliveira.

No encerramento, Délio Lins e Silva Jr. veio dar as boas-vindas a todos e falou sobre os desafios da profissão, na pandemia, e das profundas transformações sociais que todos estão passando na sociedade. “Estudem, estudem, estudem. Leiam, leiam, leiam. Preparem-se, preparem-se, preparem-se”, resumiu Délio.

O presidente da Seccional recordou a sua própria admissão na Ordem, depois a passagem pela presidência da Comissão da Jovem Advocacia e a chegada à Presidência da OAB/DF. Falou em estímulo ao engajamento dos novos profissionais nas comissões da Casa e para a construção de suas carreiras, pautando-se sempre pela ética e a dedicação à advocacia. “Lembrem-se, sempre, que uma carreira leva anos para ser construída e, nos dias de hoje, minutos para ser destruída. São os novos tempos. Assim, dediquem-se e, principalmente, abracem algo que façam vocês felizes.”

ORADORES

Isis Negraes e Marcos Valadão foram os oradores dessa turma e tiveram um discurso afinado em torno da palavra ética. Para Isis, que homenageou a sua professora no IDP, Cristiane Damasceno, vice-presidente da OAB/DF, as mulheres continuam enfrentando um ambiente adverso na advocacia, marcado pela cultura machista e patriarcal.

“Minha primeira parte nesta fala é para as mulheres e farei apelos: não desistam, interrompam, falem mais alto, ocupem espaços… quando chegarem lá estendam as mãos para as colegas que não conseguiram”, disse Isis, que, também, falou aos colegas advogados: “nos ouçam; nos respeitem”. Ela, por fim, destacou que “não há democracia plena sem advocacia forte”

Marcos Valadão, professor de Direito, por 20 anos, agora exercerá a advocacia, profissão do seu pai, Domingos Pereira Valadão, que ele homenageou de modo muito emocionado, trazendo seu exemplo de honradez e amor à profissão.

Valadão fez seu discurso baseado em defesa das prerrogativas e da ética. “A advocacia sustenta-se no Código de Ética da OAB”, destacou, tendo antes recordado o Art. 133 da Constituição Federal: “o advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei.” Ressaltou, ainda, a honradez, a lealdade, a honestidade, a conduta moral ilibada como pilares da advocacia. Ao final, observou que o sigilo, em tempos de comunicação acelerada, digital, merece a atenção de todos.

PARANINFO

O paraninfo da turma, Bruce Bruno Lemos, falou após os oradores da turma. Cumprimentou ambos pela defesa da ética e das prerrogativas da profissão. Agradeceu o presidente da Seccional, Délio, pelo convite para apadrinhar a chegada destes novos profissionais à Casa.

“A OAB tem como atribuição a proteção ao Estado democrático de Direito. É imprescindível à democracia uma advocacia forte!”, assinalou Bruce Lemos, que convidou novas advogadas e novos advogados a ingressarem em comissões, a engajarem-se. “Não há diferença entre um advogado de um dia ou um com 20 anos de experiência. Somos todos advogados! A falta de experiência vocês compensarão com ânimo, paixão e força!”.

Bruce Lemos, também, recordou o exemplo do pai. “Sempre que alguém perguntava a ele o que estudar, respondia: Direito. Aprendi, com ele, que a advocacia exige grandes habilidades: sejam honrados.”

Mais um dirigente cumprimentou a turma, nessa tarde memorável, Adeilson dos Santos Moraes, secretário-Geral da Subseção de Samambaia da OAB-DF. “Há 9 anos estava como vocês, ingressando na profissão. Posso dizer que devem colocar em prática os ensinamentos aqui sobre ética, lembrando, também, que possibilitará não só que sejam melhores advogados, mas melhores seres humanos. Parabenizo a todos, em nome da Subseção e da nossa presidente, Joana D'arc de Jesus”.

Karina Amorim, presidente da Comissão de Seleção da OAB/DF, falou aos novatos, cumprimentando os oradores e destacando as palavras de Isis Negraes.

Para Karina, as palavras de Isis foram importantes, sobretudo, no aspecto da defesa dos espaços de representação para mulheres. Ela observou que a atual gestão da OAB/DF tem um caráter “inclusivo”: “temos nas comissões mulheres presidentes; quando não são presidentes, são vice-presidentes”. Segundo Karina, é uma exceção a gestões passadas. “Falo isso muito feliz e estamos à disposição de todos”, finalizou.

Comunicação OAB/DF

Texto: Montserrat Bevilaqua

III Congresso de Gestão Jurídica da OAB/DF esclarece Oratória e Gestão para profissionais da advocacia

Oratória e Gestão Financeira foram os temas do segundo dia do III Congresso de Gestão Jurídica da OAB/DF. Abrindo os debates, o diretor tesoureiro da OAB/DF, Paulo Maurício Siqueira, deu as boas-vindas aos palestrantes, em nome da Seccional: “é um prazer recebê-los neste Congresso que já está virando tradição na Casa”.

Paulo Maurício destacou ser um time de pessoas que são referências em suas áreas. Alguns já tendo participado de edições anteriores do Congresso e outros estreando. Todos contribuindo para a disseminação de novos conhecimentos aos profissionais da advocacia.

A presidente da Comissão de Gestão de Escritórios de Advocacia da OAB/DF, organizadora do evento, Érika Siqueira, falou sobre a importância de estudar os dois temas. “Precisamos aprender a arte da Oratória e, também, como trazer recursos e gerenciar equipes de forma eficiente. Tudo isso, para ter tranquilidade e paz na nossa advocacia, pois será mais fácil despachar com clientes, se a casa estiver organizada, sobretudo financeiramente.”

Para a vice-presidente da Comissão de Gestão, Carla Tupan, os temas abordados no painel são necessários a todos. “Sabemos como é difícil precificar e, também, ter uma boa oratória. São assuntos extremamente importantes para a advocacia e queremos aproveitar o momento para trazer esses conteúdos riquíssimos a vocês”, afirmou.

“Sustentação Oral e sua Importância na Advocacia”

Para tratar da arte da Oratória, o convidado desta edição do III Congresso Jurídico foi o advogado especialista em tribunais superiores e sustentação oral, Eduardo Löwenhaupt da Cunha. Para ele, “a sustentação oral deve ser bem utilizada, com muita técnica e diligência, permitindo destacar os pontos mais importantes do processo e de modo a influenciar na decisão do julgador”.

Segundo o especialista, uma sustentação de sucesso divide-se em quatro etapas: “a introdução, momento que o profissional tem para captar a atenção e despertar o interesse dos julgadores; a preparação, quando discrimina e destaca seu objetivo ao subir na tribuna, precisando ser claro; o assunto geral, quando discorre sobre a sua pretensão, mostrando argumentos e sentenças; e por fim, a conclusão e fecho, quando deve repetir os seus pedidos, agradecer a paciência de quem ouviu.”

Para que tudo ocorra como esperado na sustentação, segundo Eduardo Löwenhaupt da Cunha, é importante um planejamento. “Você deve conhecer em profundidade o processo que está lidando, treinar em frente ao espelho ou com familiares, gravar seus treinos para corrigir erros e vícios de palavras. O mais importante: nunca leia na tribuna! Para isso, é necessário preparação”, sugere.

“A Importância das Finanças na Direção para a Tomada de Decisões e o uso das Ferramentas de Medição no Processo de Crescimento de um Escritório de Advocacia”

A segunda palestra, Gestão Financeira, foi proferida pelo consultor, professor e palestrante especialista em Gestão Legal & Precificação e Finanças na Advocacia, Adnilson Hipólito. Para ele, “é a alma de qualquer negócio”. As decisões de uma empresa devem ser tomadas com base em cálculos, advertiu. “O futuro é incerto e, por isso, a gestão financeira (momento do planejamento e dos cálculos) precisa ser feita de forma primária e prioritária. Está acima de tudo”, pontuou.

Segundo Adnilson Hipólito, profissionais do Direito devem ter uma visão de empresário. “Isso porque o advogado que se posiciona como empresário tem sustentação e perenidade na sua sociedade, quer o mercado oscile ou não. Ou seja, empreender, na grande maioria das vezes, é olhar uma oportunidade e avançar nela, para alavancar o negócio.”

Para que tudo isso dê certo, nos dias de hoje, é preciso inovar. “Não dá para querer uma advocacia de alto porte, se a minha mente e a visão estão lá atrás, no ponto em que comecei. Temos que pensar no futuro, testar novos meios, usar ferramentas, usar tecnologias, novos modelos de gestão, para entender a atual advocacia e mostrar novos resultados”, completou Adnilson Hipólito.

“Planejamento Estratégico para a Advocacia”

Presente, também, na II edição do Congresso de Gestão, o sócio fundador da Consultoria Bórea, especialista com MBA em Gestão de Estratégias e Negócios, autor do “Gestão eficiente de escritórios de advocacia”, Mário Esequiel, ressaltou a necessidade de buscar oportunidades no momento da pandemia. “Há quem diga que não há espaço nem oportunidade de crescimento, porém, há muitas, mas, para encontrá-las, é preciso olhar com atenção”, explicou.

De acordo com o especialista, o mundo passa por mudanças com a pandemia, e é daí que surgem nichos e espaços de atuação para a advocacia. “Vamos entrar em recessão. Isso é fato, mas é possível buscar espaços. O mercado jurídico é conservador, mas é bom entender que, se você vai gerir um negócio, é preciso arriscar”.

Segundo ele, ao propor novas ideias, novos locais são criados. “Os advogados deveriam amar mudanças, pois geram inovação e, com as necessidades de novas frentes, surgem nova legislação, regulamentação e normatização. Aí é que se abrem oportunidades em três campos interessantes: advocacy, consultivo e contencioso.”

Outros espaços que a advocacia tem possibilidades de atuar, na visão de Mário Esequiel, são: recuperação judicial; áreas tributária e trabalhista; Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e contratos. “Não devemos chorar pensando que as oportunidades não existem, principalmente, no ramo do Direito, pois estão aí. É preciso procurar e se planejar. Não é sair correndo sem ter um norte. Organize-se e tente ver como atuar e gerar proveito disso. Esse é o momento de mostrar que somos competentes. Também, não basta só planejar, tem que executar”, aconselhou.

“Gestão de Fluxo de Caixa”

O administrador de empresas e consultor em Gestão, professor da ESA/DF e membro da Comissão de Gestão de Escritórios de Advocacia da OAB/DF, Silvio Barreto, ponderou a importância do fluxo de caixa na advocacia. “Mais especificamente, ele é o volume de receitas e gastos que são realizados dentro de um período. Vai projetar, para períodos futuros, todas as entradas e saídas do escritório. Com isso, poderá dar suporte para decisões que serão tomadas, ainda mais se executado no início de projetos”.

Segundo o consultor, ainda há resistências, por parte de profissionais da advocacia, para entender a importância do fluxo de caixa. “Percebo que essa é uma área que assusta e distancia alguns sócios. Mas o raciocínio lógico é importante para qualquer empreendedor e, colocar isso em prática é necessário e deve estar incluído na gestão”, afirma Silvio Barreto.

“Precificação dos Serviços Jurídicos”

Encerrando o circuito de palestras do segundo dia do III Congresso Jurídico, a sócia-fundadora da MB Consultoria de Gestão Financeira, professora, mestre em governança e com MBA em Gestão Jurídica, Beatriz Marchnik, deu dicas de como planejar a precificação dos serviços jurídicos.

“Quem nunca ficou numa reunião inteira pensando em quanto iria cobrar? Depois, ao chegar a hora de passar o preço para o cliente, teve medo de passar um valor alto e o cliente não fechar? Ou cobrar pouco e pagar para trabalhar? Isso ocorre muito, pois ninguém nos ensina na faculdade a como transformar anos de estudos em retorno financeiro”, disse Beatriz Marchnik.

Segundo essa especialista, antes de passar um preço ao cliente, é entender o que será cobrado. “Se você não sabe a composição do preço, como o cliente vai entender o que você está cobrando? Então, é preciso levar em conta a carga horária para o trabalho, a sua despesa estrutural (aluguel, material de escritório, custos com a equipe, impostos e, por último, a margem de lucro), para então, chegar a um preço.”

De acordo com Beatriz Marchnik, é importante ter um nível de entrega do projeto e, também, um diferencial na advocacia. “Ao comprometer-se com um bom prazo de entrega ao cliente, você pode conquistá-lo. Outra forma, também, é o diferencial! Mostre o que o seu escritório oferece empatia e relacionamento. Isso fará o cliente querer você.”

Veja aqui, na íntegra, o painel sobre Oratória e Gestão Financeira

Participe dos outros dias de Congresso!

Programação completa aqui

Comunicação OAB/DF
Texto: Neyrilene Costa (estagiária sob a supervisão de Montserrat Bevilaqua)

ESA/DF lança Curso de Capacitação em Mediação Extrajudicial

A Escola Superior de Advocacia do Distrito Federal (ESA/DF) oferecerá, em outubro, um curso de Capacitação em Mediação Extrajudicial. O objetivo do curso é preparar profissionais do Direito para utilizarem ferramentas colaborativas em negociações e para atuarem em sessões de mediação. As aulas serão totalmente virtuais e as inscrições já estão abertas no site da ESA/DF, com vagas limitadas.

A capacitação será ministrada pelas professoras Miriam Brunet e Júlia Freitas, que são pós-graduadas em Transformação de Conflitos e Estudos de Paz com Ênfase no Equilíbrio Emocional, oferecido pelo Instituto Paz & Mente em Florianópolis, em parceria com a Cátedra de Paz da UNESCO e pelo Instituto Santa Barbara, Califórnia, EUA.

A iniciativa é fruto de uma parceria da ESA/DF com a Comissão de Métodos Adequados de Solução de Conflito da OAB/DF. Para o presidente da Comissão, Silvio de Jesus Pereira, o curso agrega novas capacidades aos profissionais do Direito. “É crescente a opção da sociedade pela solução de seus litígios utilizando a arbitragem. Por isso é essencial que a ESA/DF participe na preparação de advogadas e advogados para atuarem como árbitros ou como representantes das partes”.

O Diretor-Geral da Escola, Fabiano Jantalia, explica que o curso terá um viés prático-profissional, buscando contribuir para a ampliação das oportunidades de atuação da advocacia brasiliense. “Com esse tipo de ação educacional, queremos conectar cada vez mais a ESA/DF com a nova advocacia, que é mais propositiva, mais colaborativa e menos beligerante. E nada melhor do que um curso com abordagem prática. De cursos teóricos o mercado já está cheio”, afirmou Jantalia.

CURSO

A capacitação será nos dias 9, 13, 14, 16, 19, 20, 21, 22, 26 e 27 de outubro, por meio da plataforma Zoom, das 19h30 às 22h30. O investimento é de R$ 300 sem desconto e R$ 210 com desconto. O conteúdo programático abordará os tópicos: O Conflito; Métodos Adequados de Solução de Conflitos; Fundamentos da Mediação; Procedimento; Fundamentos de Negociação; e Sessões de Mediação: Prática Simuladas e Estudos de Casos.

Para Miriam Brunet, o curso é uma possibilidade de crescimento profissional “no âmbito das negociações facilitadas (mediações)”. A professora explica que, também, busca despertar e impulsionar habilidades do operador do Direito para gerir e eleger a melhor intervenção pelo tratamento adequado de conflitos. E isso pode ser alcançado por meio do desenvolvimento de competências. “O curso é importante para desenvolver aptidões fundamentais ao exercício da advocacia hoje em dia: habilidade de dialogar e negociar, compreendendo as necessidades dos envolvidos para atingir resultados mais satisfatórios para todos”, completa Júlia.

O curso está estruturado por meio de aulas expositivas com recursos de imagens, vídeos e diálogos construtivos com a análise de situações reais e hipotéticas, visando à aplicação prática da teoria. “O aluno pode esperar aulas dinâmicas e interativas, que privilegiam a troca entre todos os participantes. Para que isso aconteça, é necessário interesse no tema e engajamento com as atividades propostas, por parte do discente”, afirma Júlia.

Miriam destaca o que esperam das aulas. “A expectativa é possibilitar a percepção do aluno quanto à visão positiva do conflito (gerar oportunidades) e proporcionar a capacitação em ferramentas colaborativas que possibilitem formas construtivas de diálogos com o cliente, com o colega de trabalho ou com o seu companheiro de jornada”, acrescenta. “Contribuindo, também, para ampliar a visão do advogado a respeito dos métodos autocompositivos, no sentido de compreendê-los como aliados da prática da advocacia contemporânea”, completa Júlia Freitas.

As inscrições e mais informações podem ser obtidas no site da ESA/DF.

Comunicação OAB/DF
Texto: Neyrilene Costa (estagiária sob a supervisão de Montserrat Bevilaqua)

OAB/DF assina com TJDFT, CLDF e Secretaria de Políticas para as Mulheres a ampliação do Maria da Penha Vai à Escola

Nesta quinta-feira (24), a partir das 15h, em cerimônia virtual, a OAB/DF assina com o TJDFT o 2º Termo Aditivo ao Acordo de Cooperação Técnica do Programa Maria da Penha Vai à Escola (MPVE).  Vão aderir, também, a Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) e a Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (SNPM/MMFDH), como parceiros. A transmissão será ao vivo e poderá ser acompanhada pelo canal do TJDFT, no YouTube.

Pela OAB/DF, participam da cerimônia, que também celebra os 8 anos do Núcleo Judiciário da Mulher do TJDFT, o Presidente da Seccional, Délio Lins e Silva Jr., a presidente da Comissão de Combate à Violência Doméstica e Familiar, Selma Carmona, e a conselheira Seccional Cristina Alves Tubino.

“O programa Maria da Penha Vai à Escola forma profissionais da educação e apoia projetos pedagógicos. Também, é muito importante no combate à subnotificação das situações de violência”, explica Délio Lins e Silva Jr., lembrando que advogadas e advogados fazem palestras esclarecedoras sobre o conteúdo da lei nas escolas, sempre no intuito de colaborar com uma sociedade mais justa e igualitária.

A presidente da Comissão de Combate à Violência Doméstica e Familiar da OAB/DF, Selma Carmona, entende que é fundamental a capacitação de professores e de gestores nessa temática porque pode, efetivamente, colaborar com a redução da violência.

Segundo Selma Carmona, “a importância de campanhas e de divulgações sobre a Lei Maria da Penha está expressa na própria lei. Assim, o programa Maria da Penha Vai à Escola cumpre o objetivo da lei e, ao mesmo tempo, age para mudar a mentalidade da questão de gênero. O que pretendemos é minimizar a violência doméstica. Muitos dos aspectos dessa violência estão contidos no olhar masculino, que tem profundas raízes culturais. Por isso, os cursos e as capacitações são tão importantes. Permitirão uma nova educação para quem está na escola e é isso que pode transformar a realidade na casa das pessoas. São imprescindíveis os esclarecimentos quanto a questões de gênero e sobre as previsões da Lei Maria da Penha. Portanto, é um momento muito feliz este de celebrarmos a ampliação do MPVE”.

Para a conselheira seccional Cristina Tubino, “a assinatura do termo aditivo de tão importante projeto demonstra o comprometimento da OAB/DF no combate à violência doméstica e familiar contra a mulher. Mais do que isso, reafirma o compromisso da nossa Seccional com a sociedade e com a defesa dos interesses dos cidadãos, de um mundo melhor e sem violência”.

RESULTADOS

Desde a sua criação, em 2016, o MPVE já alcançou cerca de 350 escolas públicas do Distrito Federal, com quase quatro mil profissionais de educação capacitados e mais de 7.300 estudantes atingidos por alguma de suas atividades. Além disso, em parceria com a Subsecretaria de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação – EAPE, o programa também realizou ações de capacitação a distância, que alcançaram quase 1 mil profissionais da educação e das redes de proteção em todo o país.

Diante dos resultados conquistados e acreditando no potencial transformador da educação, o MPVE tem chamado a atenção de vários órgãos e unidades da federação, que deram os primeiros passos para implantação do programa. Agora, em parceria com a Secretaria Nacional de Política para as Mulheres do MMFDH, o programa caminha para sua nacionalização, levando a cada canto do país o conhecimento sobre a Lei Maria da Penha e sobre mecanismos de proteção e combate à violência doméstica, semeando reflexões e atitudes de respeito, valorização e igualdade de gênero.

Interessados em palestras de advogados sobre a Lei Maria da Penha podem encaminhar e-mail para comunicaçã[email protected]. As mensagens serão reenvidas à Comissão de Combate à Violência Doméstica

Comunicação OAB/DF com informações do TJDFT

III Congresso de Gestão Jurídica da OAB-DF descortina o Marketing Jurídico

Os especialistas Sérgio Fadel, Alexandre Motta, Alexandre Teixeira, Katia Macedo e Ismael Lima abrilhantaram o III Congresso de Gestão Jurídica da OAB-DF, na noite desta segunda (21), abertura do evento, compondo o painel Marketing Jurídico. Eles abordaram a necessidade de o profissional do Direito destacar-se e manter-se no mercado da advocacia brasileira em vista de cenários cada vez mais competitivos.

Sérgio Fadel, especialista em gestão de escritórios de advocacia e marketing jurídico, abriu a programação conceituando o que é o marketing e a importância dele. “É uma forma de ver o mundo, de ver a empresa, de enxergar o desenvolvimento de novos negócios. O marketing em si é fundamental para todos que querem desenvolver novos produtos e serviços; atender bem o cliente e ter conhecimento de mercado, ou seja, enxergar o futuro”.

Na palestra “Utilizando Estratégias de Marketing para Novos Negócios, Sérgio Fadel destacou três tópicos que podem ajudar profissionais do Direito a fazerem a diferença em seus negócios: “a análise de mercado, o personal branding e o networking”. Segundo ele, são elementos fundamentais e devem ser bem trabalhados. “É necessário, ainda, desbloquear nosso potencial criativo para expressar conhecimento e valores. Temos que aprender. Não é algo impossível, pois isso garantirá um futuro melhor para todos”.

“Blindagem Institucional na Advocacia”

O consultor e sócio diretor do grupo Inrise e autor do livro “O guia definitivo do marketing jurídico”, Alexandre Motta, ressaltou a importância da blindagem institucional. “É preciso estar institucionalmente forte para que o mercado nos perceba da maneira correta. O que muitos não entendem é que o mercado está exigente e é preciso destacar-se nele.”

Segundo Alexandre Motta, ao entrar no mercado e buscar clientes, eles virão atrás do profissional e o investigarão. “Então, sugiro seis itens que devem ser blindados em sua advocacia: o logotipo, o site, o folder impresso, o folder digital, a newsletter e as redes sociais.” Motta recomenda o investimento nesses pontos para passar, de maneira correta, a imagem do escritório ou do profissional. “A atualização nos meios digitais deve ser constante. Quem não trabalha bem esses seis itens, infelizmente, fica para trás e perde mercado.”

“Como Implementar e Evoluir o Marketing Jurídico Digital”

Para Alexandre Teixeira, sócio fundador da Incompany, empresa de assessoria de marketing jurídico, as pessoas acompanham o profissional pelo conhecimento que ele prepara e distribui. “O marketing jurídico pode ser entendido como um grande marketing de relacionamento.”

Evoluir nesse universo, segundo o especialista, requer novas estratégias e caminhos. Ele elenca: “Institucional & branding, uma ajuda para se colocar no mercado visualmente; marketing de relacionamento, que é a manutenção do bom diálogo com os clientes; também, publicações jurídicas, que mostram o que é produzido pela empresa e a visão dela. Imprescidível contar com site, aplicativo, marketing digital, assessoria de imprensa e inbound marketing.

Esse conjunto mencionado por Teixeira pode apoiar uma ação que deve ser bem planejada e em três fases. “Primeiramente, é necessário um plano de soluções x mercado, para a definição de seus produtos, do nicho e do público-alvo”, observa. Depois, há o plano de comunicação: “nele vamos estruturar todas as estratégias para que a geração de conteúdo seja validada”. Por fim, a terceira e mais evoluída ação recomendada é inbound marketing, estratégia para atrair tráfego para um site e converter clientes. É quando se define quais são os produtos mais indicados para investir: blogs, podcasts, newsletter, entre outros.

“Decisões Estratégicas para se Diferenciar em um Mercado Competitivo”

A estrategista de negócios para advogados, treinadora em marketing, liderança e sócia-gerente da Premium Consultoria, Katia Macedo, entende que “vivemos uma revolução na advocacia e o mercado cresce rapidamente”. Ela destaca que já são 1.267.641 advogados atuando, 50 mil escritórios e que há uma proliferação de lawtechs. “Como se destacar e conseguir clientes?”, ela pergunta, para responder: “é preciso ter um diferencial.”

Segundo dados pesquisados pela Consultoria Altman Weil sobre a necessidade do diferencial nas vidas dos profissionais,  “as empresas que buscaram mostrar seu diferencial, conseguiram um aumento de 50% no número de clientes, enquanto as que não se preocuparam com isso cresceram apenas 28%”. 

Katia Macedo entende que, para ser percebido como diferente, o profissional precisa conhecer-se a partir de importantes questões. A primeira delas é saber qual serviço prestar (ela ressalta que um escopo do que se pode oferecer é essencial e, principalmente, perceber quais clientes são lucrativos (ela usa uma matriz de atratividade de clientes e serviço. Em segundo lugar, Katia sugere entender melhor o cliente:  “a quem se destina os seus serviços?”. A terceira dica é descobrir o cliente ideal. “Ninguém vai procurar você porque o seu escritório faz tudo. Querem alguém que entenda bem o problema deles e isso é tanto para pessoas físicas quanto para negócios”, observa.

Para Katia Macedo, “não há como ter resultados diferente, sem ter atitudes diferentes”. Ela recomenda “pensar e agir estrategicamente”.

“Marketing para as Redes Sociais – Como construir sua imagem no Instagram?”

Finalizando o primeiro dia do III Congresso de Gestão Jurídica da OAB-DF, o produtor de conteúdo, professor e dono do canal Rede Social Descomplicada, Ismael Lima, destacou 10 itens que a advocacia pode trabalhar na rede social Instagram para passar uma boa imagem.

“É importante gerar conteúdo; humanizar; ter controle; adequar-se à realidade; pesquisar o que estão fazendo; estudar sempre; saber quem vai atender; chamar a atenção das pessoas; repetir tópicos e, por fim, autoconhecimento. Cada um desses itens pode ajudar a construir uma imagem, fazer o profissional posicionar-se. Contribuem para que as pessoas entendam o que você faz e o que domina”, explica.

Segundo o produtor, o Instagram é um bom lugar para se ganhar espaços e deve ser explorado. “Em seis meses, a plataforma recebeu 100 milhões de novos usuários e eles chegaram e querem informações, precisam de conteúdos. É uma excelente oportunidade trabalhar a imagem nesse canal porque as pessoas estão de olho ali. Se você não está investindo, está deixando dinheiro na mesa”, acredita Ismael Lima.

Veja aqui, na íntegra, o painel sobre Marketing Jurídico.

Participe dos outros dias de Congresso!

Programação completa aqui

Comunicação OAB/DF
Texto: Neyrilene Costa (estagiária sob a supervisão de Montserrat Bevilaqua)

Nota de pesar pelo falecimento de Igor Leonardo Peres Ruas

As diretorias da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF), da Subseção de  Taguatinga e da Caixa de Assistência dos Advogados do DF (CAADF), com pesar, comunicam o falecimento do advogado Igor Leonardo Peres Ruas, em razão de complicações da COVID-19.

Igor era secretário-adjunto da Comissão de Direito Civil da Subseção de Taguatinga. Ele foi, também, um advogado que sempre buscou defender os direitos humanos em ações penais. Mineiro, mas que adotou Brasília como sua cidade, deixa duas filhas (de 3 e 10 anos).

A OAB/DF, a Subseção de Taguatinga e a CAADF, neste momento de extrema dor, solidarizam-se com a família e amigos do dr. Igor.

Diretoria OAB/DF
Diretoria e Conselho da Subseção de Taguatinga
Diretoria da CAADF

Primeiro dia do Congresso de Gestão Jurídica tem mais de 1.700 participantes

Na noite desta segunda-feira (21/9), teve início o III Congresso de Gestão Jurídica do Distrito Federal da OAB/DF, evento organizado pela Comissão de Gestão de Escritórios de Advocacia, com aula magna de Francisco Antunes Maciel Müssnich, sócio fundador do BMA.

Este ano, a edição é totalmente virtual e gratuita. Já no primeiro dia, 1.700 pessoas passaram pela live. No momento de pico de audiência, simultaneamente, cerca de 200 prestigiaram a abertura. O Congresso abriu com a presença de membros da direção da Seccional.

O presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Júnior, recordou o ano passado, quando abriu presencialmente o evento: “Quem me conhece sabe como gosto do nosso auditório lotado de pessoas, daquele calor humano e de conversas, mas este ano tivemos de fazer de modo virtual.”

Apesar da pandemia, Délio disse que agora não é hora de desanimar: “Ao contrário, tenho a certeza e a alegria de saber que estamos caminhando bem, fazendo muito pela sociedade e pela advocacia. Um exemplo disso, são as quase 2 mil pessoas inscritas aqui. Assim, mesmo que não estejamos presentes fisicamente no nosso auditório, temos a oportunidade de outras pessoas, distantes de Brasília, poderem, também, acompanhar, no país e no exterior. Não tenho a menor dúvida, portanto, que será um belo evento.”

Uma nova oportunidade para a advocacia

Ao longo dos cinco dias de Congresso e dos 27 painéis, todos os segmentos da advocacia poderão sair ganhando, de acordo com a presidente da Comissão de Gestão de Escritórios de Advocacia, Érika Siqueira. “O marketing jurídico é um dos temas mais importantes, mais falados, mais cobiçados e mais motivadores que se tem hoje no mercado jurídico do país. Como não foi algo estudado nas faculdades, precisamos aprender mais para saber nos estruturarmos no mercado”, pontuou.

Para Érika Siqueira, “o tema da gestão vem para agregar e para suprir lacunas no momento desafiador que a gente vive”. Todos os escritórios de advocacia precisam de  organização financeira, de marketing, de liderança, de gestão de serviços e de uma visão maior da advocacia, defende a presidente da Comissão.

O III Congresso de Gestão Jurídica segue até sexta-feira (25/9) e, segundo a presidente Érika Siqueira, as palestras poderão servir de instrumento para que todos possam inovar. “Desejo que usufruam o melhor do que cada palestrante trará. O nosso maior dever de casa, após ouvir as palestras, é colocar os ensinamentos em execução. Não será fácil porque demanda que a gente saia da zona de conforto, mas é necessário. Precisamos, então, aprender mais e desenvolver novas habilidades. Portanto, independentemente de quais sejam as suas necessidades, sei que poderão aprender, usufruir e chegar na sua advocacia, após o fim do Congresso, de uma forma diferente, com ideias de inovação”, completou.

“É preciso estar preparado para as oportunidades”

Para o conselheiro federal Rodrigo Badaró é imprescindível para a advocacia o debate acerca da gestão. “É uma honra participar desse evento, ainda mais pela necessidade que, hoje, a advocacia tem desse debate, para se organizar e, também, por causa da pandemia”.

Segundo Badaró, é necessário avançar na compreensão de temas como a proteção de dados, compliance na advocacia, dentre outros destaques. “Isso tudo gira em torno da gestão. Então, é preciso estar preparado, minimamente, para essa nova realidade.  Costumo dizer que a tecnologia não negocia com o tempo, e o tempo só é bem usado se tiver gestão, organização. Você não sabe quando vão aparecer as oportunidades, mas você tem que estar preparado para elas”, aconselhou.

O desembargador Mário Caron, representando a Presidência do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT10), disse que o Congresso chega em um momento muito importante, podendo ser marco, “pois estamos vivendo divisões de águas”. Segundo Caron, nos momentos de crise é preciso união e crescer, “defendendo as prerrogativas da advocacia e os princípios constitucionais do Estado Democrático de Direito”.

Segundo o juiz federal Henrique Gouveia da Cunha, representante da Presidência do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), é necessário que os profissionais do Direito capacitem-se sempre. “É uma felicidade poder participar de um evento tão prestigiado como este. A escolha do tema do Congresso foi muito feliz, sobretudo neste cenário delicado de pandemia, pois as mudanças vão exigir novas estratégias de gestão e de inovação, para que advogados e advogadas possam desempenhar bem seu mister”, completa.

Confira a íntegra da abertura do III Congresso de Gestão Jurídica pelo Canal do YouTube da OAB/DF

Comunicação OAB/DF
Texto: Neyrilene Costa (estagiária sob a supervisão de Montserrat Bevilaqua)

“É preciso excelência e qualidade para se manter no mercado”, diz Francisco Müssnich, na abertura do III Congresso de Gestão Jurídica

Em palestra magna com o tema “A Gestão dos Escritórios de Advocacia em Tempos de Crise”, no III Congresso de Gestão Jurídica do Distrito Federal, Francisco Antunes Maciel Müssnich (foto), sócio fundador do BMA, escritório com 25 anos de atuação no mercado, destacou a boa gestão para o profissional manter-se no mercado.

Segundo ele, o caminho da gestão não é fácil. “É muito difícil gerir advogados e escritórios de advocacia. Neste mundo novo, se a gente não tiver disciplina, tem um perigo muito grande de dar errado”, adverte.

Para superar os obstáculos, de acordo com Francisco Müssnich, é importante trabalhar a cultura do escritório. “Estamos vivendo uma profunda modificação na cultura do advogado: como ele se comporta, quais as metas que deverá atingir, como poderá organizar-se, quais os valores e as missões. E, para que tudo funcione dentro de um escritório, é preciso que esses pensamentos estejam alinhados com todos os colaboradores da instituição”, afirma.

Gerindo um bom escritório

De acordo com Francisco Müssnich, o bom líder deve entender “quais são as suas aptidões e as características do seu escritório. Se você não tiver a infraestrutura adequada para cumprir essas características, jamais conseguirá prestar serviços de qualidade aos seus clientes”, pontua.

A gestão de escritório deve ser o foco, principalmente, em tempos de crise. “A excelência e a qualidade são o que distinguem o talento de um advogado do outro. Não é o preço! Claro que influencia, mas não pode se comparar bananas com laranjas. Na gestão dos escritórios, as coisas que nos unem, de verdade, resume-se na cultura. Ela faz com que a gente transforme o nosso serviço em espaços colaborativos, o que faz com que todos produzam para o bem comum do escritório”, destaca.

Francisco Müssnich conclui dizendo o que se pode aprender para melhorar a gestão: “Fluxo de caixa, cortar despesas e gerir áreas. Com a cultura, com a infraestrutura e com essa visão entre sócios e colaboradores acontece o trabalho colaborativo e você tem, de verdade, a construção de um escritório de advocacia.”

Confira a íntegra do primeiro dia de Congresso e, também, do painel “Marketing Jurídico” no Canal do YouTube da OAB/DF.

Veja aqui a programação completa

Não perca!

Texto: Neyrilene Costa (estagiária sob a supervisão de Montserrat Bevilaqua)

 

Nota de pesar pelo falecimento do dr Philomeno de Carvalho Romero

As diretorias da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) e da Caixa de Assistência dos Advogados do DF (CAADF), com pesar, comunicam o falecimento do advogado Philomeno de Carvalho Romero, na data de hoje (21/9). Ele deixa a esposa, Leila Romero, três filhos e seis netos.

Philomeno formou-se em Direito na primeira turma da UniCEUB. Foi concursado da Caixa Econômica Federal. Era pastor na igreja Ministério Internacional Vida Abundante.

Neste momento difícil e delicado, a OAB/DF e a CAADF solidarizam-se com a família e amigos do dr Philomeno.

A família informa que o velório do dr Philomeno será nesta terça-feira (22), às 15h, na Capela 4 do Cemitério Campo da Esperança (Plano Piloto).

Diretoria OAB/DF

Diretoria da CAADF