OAB/DF realiza desagravo contra presidente da Agefis

A OAB/DF realizou, na tarde desta segunda-feira (31), sessão pública de desagravo contra a diretora-presidente da Agência de Fiscalização (Agefis), Bruna Pinheiro, na sede da autarquia. O presidente da Seccional, Juliano Costa Couto, leu a nota de manifesto na qual a Ordem repudia declarações agressivas da presidente contra advogados que atuam para moradores de áreas irregulares. Foram desagravados os advogados Og Pereira de Souza, Cláudio da Silva Lindsay, Sérgio Lindoso Braumann das Neves Pietroluongo, Vera Guedes Lúcia de Paiva Guedes e Lucilene Bispo da Paz, assim como todos os advogados que atuam nas questões fundiárias junto aos condomínios.

O presidente Costa Couto enfatizou que a Ordem não aceitará qualquer tipo de desrespeito à advocacia. “Nós não vamos admitir qualquer tipo de violência contra a advocacia. A advocacia deve ser exercida de forma plena, altiva e completa por cada advogado do Distrito Federal”.

Representando a presidência da OAB nacional, o diretor e conselheiro federal Ibaneis Rocha destacou que a defesa das prerrogativas profissionais e o respeito à advocacia são a expressão máxima e o que dá sentido ao exercício de representante da categoria. “Desse modo, desagravar os colegas e desagravar toda a advocacia do Distrito Federal me deixa sempre orgulhoso. Que as autoridades constituídas tenham sempre respeito pelo exercício da advocacia e, saibam que sempre que um colega advogado for ofendido, terá da Ordem dos Advogados a resposta à altura da ofensa. Parabéns a Ordem dos Advogados Seccional do DF por mais esse ato de bravura, destemor e respeito”, enfatizou Ibaneis.

Cleber Lopes, secretário-geral adjunto da OAB/DF e presidente da Comissão de Prerrogativas, disse que a atitude da presidente da Agefis é um desrespeito a ordem normativa de que “as autoridades, os servidores públicos e os serventuários da justiça devem dispensar ao advogado, no exercício da profissão, tratamento compatível com a dignidade da advocacia e condições adequadas a seu desempenho” (artigo 6º, parágrafo único, Lei nº 8.906/1994). “É preciso que as pessoas, sobretudo aquelas que ocupam cargos ou funções relevantes na estrutura do Estado, entendam que o advogado é indispensável não só a administração da Justiça mas também à própria administração pública de um modo geral, e nesta condição deve ser tratado com dignidade. A Comissão de Prerrogativas da OAB/DF estará sempre atenta para repelir toda e qualquer ação que atente contra o livre exercício da advocacia”, destacou Lopes.

Fernando Assis, vice-presidente da Comissão de Prerrogativas e conselheiro Seccional foi o relator do processo no Conselho Pleno. Ele conta que, ao tomar conhecimento do fato, a OAB/DF ainda se acautelou em pedir esclarecimentos quanto às declarações por meio de uma interpelação judicial. “Em resposta, a presidente da Agefis não negou as declarações ou apresentou qualquer indicação específica que motivasse suas declarações, o que ressalta a intenção de generalizar e hostilizar a atuação dos advogados. Não há dúvida quanto a ofensa não só aos advogados, como à própria advocacia. Não se pode permitir ataque dessa natureza”, explanou Assis.

Entenda o caso
A presidente da Agefis ofendeu a honra, a moral e a dignidade daqueles que atuam na defesa dos interesses dos moradores de condomínios irregulares, ao dizer que são advogados de “porta de cadeia” e que aplicam o “conto do vigário”. O desagravo foi aprovado à unanimidade durante sessão do Conselho Pleno da Seccional.

As declarações de Bruna Pinheiro foram feitas em entrevista ao programa SOS Brasília, com ampla divulgação pela TV Brasília e pela Rede TV, quando disse que “existem muitos advogados de plantão nas portas dos condomínios, assim como existem nas portas das cadeias, querendo pegar pessoas que tão ali totalmente sem nenhuma informação”. Em outro momento da entrevista a presidente da Agefis ainda enfatiza que “nesse caso, não são famílias de alta renda, muito esclarecidas, que caíram no conto do vigário de alguns advogados e agora, pela sentença movida às vezes pelos próprios advogados, agora estão colhendo os frutos das sentenças estarem sendo todas negadas”.

O desagravo ainda contou com a presença da vice-presidente da OAB/DF, Daniela Teixeira; do secretário-geral da OAB/DF, Jacques Veloso; do diretor-tesoureiro da OAB/DF, Antonio Alves; do conselheiro federal Marcelo Lavocat; do presidente da Subseção de Taguatinga, Lairson Bueno, de diversos conselheiros Seccionais, além de vários advogados e da população em geral.

Saiba como funciona o atendimento virtual da Receita Federal

Com o objetivo de dar celeridade e personalizar o atendimento da Receita Federal do Brasil (RBF) aos advogados, a Seccional vem se reunindo com representantes do Órgão para criar um posto de atendimento dentro da sede da OAB/DF, na 516 norte. Na tarde da última terça-feira (25), o presidente da Seccional, Juliano Costa Couto, se reuniu com representantes da Receita para dar continuidade no projeto e convidou o chefe substituto do Centro de Atendimento ao Contribuinte da Delegacia da Receita, Pedro Valadão Ferraz, para explicar aos advogados como funciona o Centro Virtual de Atendimento (eCAC).

Na próxima quarta-feira, 2 de agosto, Valladão irá abordar os temas mais relevantes a atuação dos advogados no âmbito da Receita Federal, em especial aos assuntos relativos aos processos administrativos. “A abordagem será eminentemente prática”, explica Valadão. “Demonstrarei passo-a-passo os procedimentos a serem efetuados para a obtenção dos serviços disponíveis por meio dos canais virtuais de atendimento”, completa.

A palestra irá ocorrer no Plenário do Mezanino da OAB/DF (SEPN 516), e terá início às 19h. Será fornecido a cetificação de 3h/a em contrapartida a doação de 1kg de alimento não perecível. Faça sua inscrição aqui.

Juliano Costa Couto, presidente da OAB/DF, vê com bons olhos a aproximação da OAB/DF com a Receita Federal e acredita que os advogados que buscarem entender um pouco mais sobre o atendimento virtual irão se beneficiar bastante, uma vez que a maioria das demandas feitas pela advocacia à Receita já podem ser atendidas por meio dos canais virtuais de atendimento. “Aqueles que participarem da palestra estarão mais aptos a realizar pela internet, de forma célere segura e eficiente, os serviços demandados por seus clientes”.

Na reunião da semana passada a delegada da Delegacias da Receita Federal (DRF), Bárbara Cristina Costa de Oliveira, reafirmou o interesse da Receita na criação do posto na OAB/DF. “É bom para a OAB e bom para a Receita Federal, porque desafoga o atendimento na sede e dá atendimento prioritário aos advogados”, afirmou. Outro benefício da parceria para os advogados do DF é a diminuição da burocracia e das filas.

Participaram da reunião o presidente da OAB/DF, Juliano Costa Couto; os conselheiros seccionais, Erich Endrillo, Fernando Assis e Manoel Arruda, o membro da Comissão de Assuntos e Reforma Tributária, Claudio Aredes Da Cunha; a delegada da Delegacias da Receita Federal (DRF), Bárbara Cristina Costa de Oliveira; o Assistente da Delegacia da Receita Federal (DRF), Odilon Neves Júnior; o chefe e o chefe substituto do Centro de Atendimento ao Contribuinte (CAC) Brasília, Júlio César de Alexandria Cruz e Pedro Valladão Ferraz, respectivamente.

Participe da seleção de artigos doutrinários para a revista do TRT 10

A Seccional da OAB do DF, em parceria com o Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT 10), torna público o edital da Escola Judicial do TRT 10ª, lançado dia 20 de julho, que irá selecionar materiais editoriais para a próxima edição eletrônica da revista do TRT10.

O tema desta edição é a reforma legislativa trabalhista (Lei n° 13.467, de 13 de julho de 2017 e de legislação posterior). A revista é constituída por artigos doutrinários e textos dissertativos ou literários sobre o mundo laboral, compondo a seção “Arte e Trabalho”.

Os artigos e termos de autorização devem ser encaminhados até o dia 20 de setembro para o e-mail: [email protected]

Para o envio de material: http://bit.ly/2uGrnUF

 

OAB/DF participa de blitz nos aeroportos

Todas as Seccionais da OAB do Brasil promovem, nesta sexta-feira (28), uma blitz nos aeroportos para orientar os passageiros acerca das novas regras do transporte aéreo. Em Brasília, os membros da Comissão de Direito do Consumidor da OAB/DF, em parceria com o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon-DF) e o Ministério Público, estiveram no aeroporto, das 10h às 12h, para prestar esclarecimentos e tirar dúvidas sobre as novas regras de bagagem.

Uma das mudanças que têm sido muito discutida por passageiros e especialistas é a questão do fim da franquia de bagagem despachada. Agora, o peso máximo para bagagem de mão é de 10kg. Cada companhia terá liberdade para estipular como funcionará a cobrança pela bagagem despachada.

Com tantas alterações, a desregulamentação da franquia de bagagem despachada acabou por ser tratada como o fator de rejeição das Novas Condições Gerais de Transporte Aéreo pela sociedade. Assim, atualmente resta a cargo das Companhias Aéreas as definições sobre essas franquias de bagagem despachadas.

Fernando Martins, presidente da Comissão de Direito do Consumidor da OAB/DF, aconselha que o consumidor entre no site da companhia aérea e saiba, antes de comprar a passagem, como está sendo realizada a cobrança das bagagens. “Não basta simplesmente ver o preço da passagem, mas sim as condições que a companhia está colocando para o preço da bagagem, porque as vezes fica mais em conta comprar uma passagem inicialmente mais cara, mas com taxas menores de despacho”, alerta.

O Procon-DF foi nos guichês das companhias aéreas para fiscalizar se os passageiros estão sendo realmente informados sobre o valor da cobrança das bagagens despachadas. Ivone Machado, diretora do Procon-DF, conta que a intenção é fazer valer os direitos do cidadão que estão previstos no código do consumidor. “Temos a percepção que a mudança não está sendo feita de forma clara e que os consumidores não sabem realmente o quanto eles estão pagando, quando eles entram na internet para comprar suas passagens não sabem o valor real do despacho da bagagem e isso tem que ser claro” afirma.

O promotor de defesa do consumidor do Ministério Público, Paulo Roberto Binicheski, conta que os consumidores ainda não conhecem muitos de seus direitos e que os ajustes no preço da passagem a fim de deixá-la mais barata ainda não são perceptíveis. “A gente ainda não sentiu que houve uma redução no preço da passagem, o que a gente sentiu é que parece não fazer muito sentido o preço da bagagem que é cobrado do passageiro que comprar com antecedência e daquele que quer comprar na hora, havendo assim uma diferença de quase 100% para quem compra antecipado ou para quem deixa para comprar na hora. Isso me parece um pouco abusivo”.

O passageiro, Alexandre Ferreira, administrador de empresas, conta que comprou sua passagem em fevereiro, e por isso ainda não está pagando pela tarifa, mas que é necessário um planejamento maior para que se possa fazer a viagem tranquilo e sem prejuízo. “A redução da passagem ainda não veio, mas a gente espera que a redução um dia chegue para sabermos o que está fazendo efeito essa cobrança da bagagem. Eu acho improvável. O que baixa preço é a livre concorrência e não tarifar a bagagem”, afirma.

A também passageira, Valquíria Nunes, procuradora Regional da República, disse que essas mudanças causaram uma certa insegurança no consumidor. “Agora quando você vai pagar tem que verificar o preço da passagem e depois se tem franquia ou não, qual tarifa, com nomes estrangeiros inclusive, e o preço aumentou ao invés de diminuir. Foi prometido e não foi cumprido. Isso é muito ruim para o consumidor”.

Veja a cartilha feita pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), em parceria com o Conselho Federal da OAB e outras entidades.

A Comissão de Direito do Consumidor se fez presente na ação por meio do presidente, Fernando Martins de Freitas, do vice-presidente, Vinicius Fonseca; da secretária-geral adjunta, Alyxandra Mendes, e do membro Benjamim Barros.

Especialização é a chave do sucesso na advocacia

A Seccional da OAB do Distrito Federal realizou na quarta-feira (26) solenidade de entrega de carteiras. Juliano Costa Couto, presidente da OAB/DF, deu as boas-vindas e pôde orientar com sabedoria aos novos colegas da Casa. “A advocacia por vezes exige movimentações céleres mas nunca afoitas. Por isso, a especialização é indispensável a médio e a longo prazo. Afinal, cada um de nós tem um caminho, a advocacia nos permite unir vossas vocações pessoais junto à sua atuação profissional”.

O paraninfo, o conselheiro Seccional Ewan Teles, aconselhou os novos advogados a tratar qualquer causa com zelo e a dar sempre o melhor de si. Para ele, um dos segredos para o sucesso é a especialização em alguma área do Direito. Por fim, citou um poema de Cora Coralina em que sintetiza bem o que foi dito. “O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher”.

A oradora da turma, Cristiane Aquino, saudou os novos amigos de profissão. “A partir de agora, nos cabe proporcionar ao cidadão o efetivo acesso à justiça, sendo justa, austera e lídima”.

Compuseram a mesa, o presidente da Seccional, Juliano Costa Couto; o paraninfo Ewan Teles Aguiar; o presidente da comissão de seleção da OAB/DF e secretário-geral da CAA/DF, Maxmillian Carneiro; a diretora da CAA/DF, Daniela Caetano; o presidente da Subseção de Ceilândia, Edmilson de Menezes; o presidente da Subseção do Gama e Santa Maria, Amaury Andrade; o presidente da Subseção do Núcleo Bandeirante, Sebastião Duque; o presidente da Subseção de Sobradinho, Marcio Oliveira; a conselheira e presidente da Comissão de Direitos das Famílias, Liliane Marquez; a conselheira e presidente da Comissão de Sociedades dos Advogados; Maria Dionne Felipe; o conselheiro e vice-presidente da Comissão de Prerrogativas, Fernando de Assis; o presidente da Comissão de Assuntos Legislativos, Jackson Di Domenico; o procurador especial de Direito Tributário, Manoel Arruda; a secretária-geral adjunta da Subseção de Ceilândia, Cecilia Queiroz; o presidente da Academia Mineira de Letras, Orlando Vaz; o presidente da Amagis/DF, Fabio Esteves; o presidente da comissão de Direito Empresarial da Subseção de Taguatinga, Marcelo Braga; o secretário-geral adjunto da Comissão de Apoio ao Advogado Iniciante da OAD/DF, Lucas Azoubel e o ex-coordenador do escritório modelo da OAB/DF, Alberto Araújo.

OAB/DF fará desagravo público contra presidente da Agefis

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Distrito Federal (OAB/DF) realizará no dia 31 de julho, às 14h, ato de desagravo público contra a diretora-presidente da Agência de Fiscalização (Agefis), Bruna Pinheiro. A presidente ofendeu a honra, a moral e a dignidade daqueles que atuam na defesa dos interesses dos moradores de condomínios irregulares, ao dizer que são advogados de “porta de cadeia” e que aplicam o “conto do vigário”. O desagravo foi aprovado à unanimidade durante sessão do Conselho Pleno da Seccional.

As declarações de Bruna Pinheiro foram feitas em entrevista ao programa SOS Brasília, com ampla divulgação pela TV Brasília e pela Rede TV, quando declarou que “existem muitos advogados de plantão nas portas dos condomínios, assim como existem nas portas das cadeias, querendo pegar pessoas que tão ali totalmente sem nenhuma informação”. Em outro momento da entrevista a presidente da Agefis ainda enfatiza que “nesse caso, não são famílias de alta renda, muito esclarecidas, que caíram no conto do vigário de alguns advogados e agora, pela sentença movida às vezes pelos próprios advogados, agora estão colhendo os frutos das sentenças estarem sendo todas negadas”.

Para o presidente da OAB/DF, Juliano Costa Couto, o desagravo é uma forma de resgate da honra dos advogados que se sentiram agredidos com as colocações da autoridade. Uma autoridade não pode negar aos cidadãos acesso aos seus direitos por meio da atuação de advogados. “É importante perceber que quando a presidente da Agefis vai até um programa de TV e afirma para todos os cidadãos que moram nestes condomínios que não adianta contratar um advogado, atacando diretamente a nossa profissão e o nosso mercado de trabalho, vê-se aí a necessidade de pedir que ela explicite tamanha desfaçatez com nossa categoria”, disse.

Em seu voto no Conselho Pleno o conselheiro Seccional Fernando Assis afirmou que o repúdio da Ordem com relação a atitude da presidente é no sentido de que suas afirmações possibilitam a associação da expressão “advogados de porta de condomínio” à visão popular depreciativa de “advogado de porta de cadeia”, e do termo “conto do vigário” remeter ao substantivo vigarista, denegrindo assim a imagem dos advogados. “É de se registrar que as declarações prestadas pela autoridade representada, presidente da Agefis, foram prestadas em programa de televisão com ampla divulgação e alta audiência por parte dos cidadãos do Distrito Federal e que foram, portanto, diretamente afetados e atingidos pelas declarações prestadas pela mesma”, declarou.

Serviço: Desgravo público contra gestora-presidente da Agefis, Bruna Pinheiro
Data: 31/7/2017
Horário: 14h
Local: Agefis (SIA, Trecho 3, lotes 1545 e 1555)

Seccional garante absolvição de advogados em ação de improbidade

Em defesa do Direito Constitucional à Saúde e da autonomia e independência de advogados públicos, a Seccional do Distrito Federal interveio, como amicus curiae, em uma Ação Civil Pública de Improbidade Administrativa movida pelo Ministério Público Federal (MPF). Diante do iminente fechamento da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto e Neonatal do Hospital Universitário de Brasília (HUB) e em razão da falta de médicos para cumprir as escalas de serviço, os advogados públicos Bruno Wurmbauer Júnior, Hervaldo Sampaio Carvalho, Marcos Aurélio Souza Brito e Wesley Cardoso dos Santos, protocolaram pedidos de providências junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) e ao Ministério Público Federal (MPF).

Em resposta, o MPT defendeu a não-contratação, enquanto o MPF opinou pela realização de processo seletivo simplificado para contratação temporária de médicos. Com a resposta positiva e diante da gravidade da situação da saúde, o Ministério Público Federal (MPF) e os advogados assinaram um termo de compromisso para realização de processo seletivo para contratação temporária de funcionários para suprir a demanda. Porém, dias depois, a Procuradora da República, responsável pelo caso, foi comunicada pelo MPT da resposta negativa sobre a contratação. Por julgar que as informações foram omitidas, o MPF ingressou contra os advogados alegando violação à boa-fé objetiva e incorreram em violação ao princípio da moralidade (art. 11, caput, Lei 8.429/92).

Em defesa dos advogados públicos,  a Comissão de Prerrogativas da OAB/DF prestou assistência por meio do advogado Rafael Freitas Machado. O representante da Seccional argumentou que a ação atenta contra a independência e a autonomia do advogado público. “A OAB/DF protege não apenas os aspectos da profissão, mas também os dispositivos constitucionais e a juridicidade do ordenamento jurídico brasileiro. Os advogados requereram a realização do concurso a fim de concretizar o direito fundamental à saúde, que é instituído na Constituição e merece uma concretização por parte de todos os poderes da República”, afirma.

Em razão disso, o juiz Federal Substituto na titularidade da 15ª Vara Federal do Tribunal Regional Federal da 1ª região, Rodrigo Parente Paiva Bentemuller, julgou improcedente o pedido de ação, uma vez que não vislumbrou nenhuma irregularidade quanto aos atos.

“Para a configuração da improbidade administrativa, não basta o mero enquadramento da conduta do servidor àquelas previstas nos arts. 9o, 10 e 11 da Lei 8.429/92, mas é necessária, além de perquirir o elemento volitivo (dolo ou culpa), a averiguação de má-fé do agente ímprobo, apta a ensejar as graves implicações da lei de improbidade administrativa”, salientou o juiz Bentemuller em seu voto

Na decisão, Bentemuller entendeu que “houve uma falha de comunicação entre Ministério Público do Trabalho (MPT) e Ministério Público Federal (MPF), em que o MPT defendia pela não-contratação, enquanto o MPF opinou pela realização de processo seletivo simplificado para contratação temporária de médicos”. Para o juiz, não se configura como atitude de má fé a tentativa por parte do gestor de solucionar o problema que existe em sua unidade, mas sim tentar realizar um processo seletivo para suprir a carência existente.

CAA/DF e Seccional encerram 4ª edição da Colônia de Férias

A Caixa de Assistência do Advogado (CAA/DF), em parceria com a Seccional, realizou a quarta edição da Colônia de Férias, no Clube dos Advogados, com crianças e adolescentes, de 3 a 13 anos de idade, na última semana. O projeto contou com cerca de 100 participantes.

Waneska Sarmento, advogada, trouxe as filhas Giovana, de nove anos, e Júlia, de cinco anos, para participar do projeto. Segundo Waneska, a Colônia já é compromisso nas férias. “Elas ficam super ansiosas para vir, porque tem muita brincadeira e crianças para fazer amizades. É muito bacana o próprio clube da gente oferecer uma programação para os nossos filhos”, conta.

O presidente da OAB/DF, Juliano Costa Couto, enfatizou que a colônia é um dos grandes ganhos da gestão, pois consegue incluir os filhos da advocacia do Distrito Federal na programação da OAB/DF e da CAA/DF. “Aqui na Colônia constatamos que a CAA/DF e a Seccional se preocupam com o bem estar não só do advogado, mas também de sua família”, afirma.

O presidente do Clube dos Advogados, Marcelo Cunha, também se disse satisfeito por mais uma edição. “É uma bela continuação do nosso projeto, a Seccional do DF, em parceria com a Caixa, transforma o clube em um espaço para os advogados e seus familiares. Estamos reestruturando o clube para receber cada vez melhor a advocacia”.

Maxmiliam Carneiro, secretário geral da CAA/DF, destacou que o nível de aceitação e qualidade foi mantido. “Todo mundo tem estado satisfeito”. Clarice Dinelly, secretária geral adjunta da CAA/DF, disse que a ideia é manter e ampliar o projeto. “As famílias já contam com a colônia para as férias das crianças. É um auxílio para as famílias, as criança se divertem muito”.

Marcelo Lucas, diretor-tesoureiro da CAA/DF, contou que a Colônia de Férias já entrou para o calendário de atividades da Caixa. “Nós só temos a agradecer aos pais que confiaram seus filhos de virem à colônia de férias, aos funcionários da CAA/DF e a nossa gerente, Ana Paula, que gerenciou todo esse momento. Para nós é sempre um prazer”.

O encerramento contou como tema festa junina, com brincadeiras, apresentação para os pais e comidas típicas. A Caixa de Assistência já planeja uma nova colônia nas próximas férias escolares. Fique atento e participe.

OAB/DF realiza o I Seminário de Direito Internacional Tributário

Apesar da crise que assola o país, o Brasil vem se inserindo cada vez mais em um contexto mundial de comércio, indústria e serviço, por isso é necessário que se tenha informações claras e objetivas de como são feitas as tributações nessas relações. Ciente dessa demanda, a OAB/DF realizou, na noite desta quinta-feira (21), o I Seminário de Direito Tributário Internacional. A Casa, em um auditório lotado, recebeu grandes autores e palestrantes que debateram de que forma se dá a cobrança de tributos no país, uma vez que o assunto ainda gera bastante insegurança jurídica.

Erich Endrillo, presidente da Comissão de Assuntos e Reforma Tributária, ressalta que é essencial que os advogados tenham conhecimento nessa matéria porque cada vez mais serão requisitados profissionais qualificados que dominem o tema. “As empresas precisam de consultores jurídicos que saibam dar a elas informações precisas e seguras de como irá acontecer a tributação internacional, tanto na empresa nacional como na multinacional”, afirma.

Sergio André Rocha, professor de Direito Tributário e Financeiro da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), falou sobre como as relações entre fisco e contribuinte se desenvolvem. “Hoje existe uma binarização das relações, isso resulta em uma constante desconfiança e enfrentamento por parte do fisco em relação ao contribuinte e vice e versa. Isso impede o reconhecimento do mérito das posições das partes contrárias, impede também que nós consigamos efetivamente desenvolver o sistema de maneira a garantir tanto uma arrecadação que seja suficiente para satisfação das necessidades públicas, quanto um ambiente de segurança para as empresas privadas”.

Já o Coordenador da atuação da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) junto ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), Moisés Carvalho, demonstrou como o CARF vem aplicando os trabalhos em face da legislação brasileira tributária especialmente no caso dos lucros auferidos no exterior. O ponto alvo da discussão é saber se a lei brasileira de base universal e tributação de lucros auferidos no exterior é compatível ou não com os tratados. “A posição que permanece hoje no CARF é no sentido de que o lucro atingido na tributação da lei brasileira é aquele da própria empresa, o que então não implicaria a violação aos tratados firmados para evitar a dupla tributação”.

O professor do programa de pós-graduação em Direito pela Universidade Católica em Brasília e conselheiro do CARF, Marcos Aurélio Pereira Valadão, falou sobre o sistema internacional tributário sob a perspectiva dos países em desenvolvimento. Já a doutora em Direito Tributário, Liziane Angelotti Meira Iziane, debateu sobre o preço de transferência e da valoração aduaneira. Por fim, Rômulo Ramalho, mestre e especialista em Direito Tributário e membro da Comissão de Assuntos e Reforma Tributária, abordou a troca automática de informações na era da globalização fiscal.

Também compôs a mesa do evento o presidente da Comissão Especial de Inovação, Rodolfo Tamanaha e o advogado tributarista especializado em Tributos indiretos e contencioso tributário, Gustavo Brigagão, que veio ao seminário fazer um convite aos advogados para que participem do Congresso Internacional de Direito (IFA 2017), realizado no Rio de Janeiro, em agosto e setembro deste ano. Clique aqui para mais informações.