Cristiane Damasceno dá posse à diretoria da Comissão Especial de Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas da OAB/DF

Nesta quinta-feira (25), pela plataforma zoom, aconteceu a cerimônia de posse da primeira diretoria da Comissão Especial de Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil – Ceddindigenas/OAB/DF), conduzida pela vice-presidente da OAB/DF, Cristiane Damasceno (foto).

O presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Jr., deu posse ao advogado Bruno Antunes de Cerqueira na presidência da comissão na noite de 10 de dezembro, marcando as comemorações da Seccional pelo Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Como é compromisso da atual gestão, quando uma comissão é presidida por um homem, uma mulher assume a vice-presidência. Na Ceddindigenas/OAB/DF, a vice-presidência será exercida pela advogada Riva Fernandes.

Cristiane Damasceno deu as boas-vindas à nova diretoria, agradecendo o empenho de todos ao trabalharem de modo voluntário, tanto em prol da advocacia quanto da sociedade: “Costumo dizer que este trabalho é feito por vários anjinhos juntos, cada um com sua asinha, para que todos possamos voar. Ao final, somos um anjo de uma asa só. Seria impossível realizar todo o trabalho, com a grandeza desta instituição, se não tivéssemos colegas e pessoas que não são advogados (consultores), nos apoiando nesse mister de oferecer um serviço de qualidade para a sociedade e de proteger a população em situação de vulnerabilidade. Assim, hoje, meu coração se enche de alegria pela posse que fazemos aqui. Não estamos sozinhos na jornada em busca de um lugar melhor.”

Também, Cristiane Damasceno citou uma resposta do juiz federal William Douglas, quando ele foi perguntado sobre o reconhecimento ao seu trabalho, muitas vezes premiado. “Ele disse que acontecia o reconhecimento porque ali ele trabalhava como se estivesse no Jardim do Éden!”

“Todas as comissões da OAB/DF são de suma importância para o funcionamento da Casa! Façam daqui o seu Jardim do Éden!”, finalizou a vice-presidente da OAB/DF.

INíCIO DOS TRABALHOS

Segundo o presidente da Ceddindigenas/OAB DF, Bruno Cerqueira, o colegiado nasce com o intuito de levar a advogadas e advogados conhecimentos sobre Direitos dos Povos Indígenas, a história dos indigenismos brasileiros e a atualidade dos ordenamentos jurídicos em todo o mundo sobre os povos originários.

“Em 2021, ano que ainda deverá ser marcado pela pandemia do Sars-Cov2, a Ceddindigenas OAB/DF pretende entabular parcerias para criar cursos de capacitação e mesmo uma pós-graduação em Direitos Indígenas. Além disso pretendemos encaminhar o projeto do Centro de Estudos Jurídicos Indigenistas, transdisciplinar e interinstitucional”, conta Bruno Antunes de Cerqueira.

Rivanilda Fernandes da Silva, mais conhecida como Riva Fernandes, tornou-se advogada há 4 anos. Trabalhando sempre de forma autônoma, suas especialidades são nas áreas trabalhista e previdenciária. “Escolhi fazer Direito, porque, ao longo da minha carreira como empregada, sofri diversos abusos em questão de direitos trabalhistas”, explica.

Segundo ela, participar da Comissão é um momento ímpar em sua vida. “Fiquei muito feliz quando recebi o convite pra fazer parte da Comissão. Minha pretensão principal é alcançar todos os níveis de satisfação quanto aos direitos indígenas e poder sempre colaborar com meus colegas para que sempre sejamos vitoriosos”, afirma a vice-presidente Riva Fernandes.

José Theodoro Menck, que assume como secretário-geral, é advogado há 35 anos. Atualmente, faz consultoria em Direito Constitucional junto a parlamentares. Com amplo conhecimento em ciências humanas, história do Direito e relações internacionais, ainda na década de 1990, publicou, pela Revista do Conselho Federal da OAB, artigo que narra a evolução do Direito Indígena dentro das tradições jurídicas das potências coloniais (lusa, espanhola, francesa e inglesa).

Como contribuição à Comissão, José Menck espera aplicar os conhecimentos aprendidos em sua trajetória. “Como eu gosto muito de história e vejo o Direito como fruto de uma evolução histórica, espero que, por meio de estudos mais aprofundados, possamos contribuir para a defesa dos Direitos Indígenas e, assim, ajudar a sociedade”, explica o secretário-geral da Comissão.

PRIMEIRA REUNIÃO

Após a cerimônia de posse, prestigiada pelas lideranças indígenas Marcos Terena; Josimo Puyanawa, antropólogo indígena do Acre; Ivo Macuxi, advogado indígena de Roraima, e pelas professoras Ela Wiecko (UnB), Juciene Ricarte (UFCG) e Maria de Deus Manso (Uevora), aconteceu a primeira reunião do colegiado. Nela, o advogado Paulo Guimarães, presidente da CEDDPI da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB Nacional), que também acompanhou a posse, colocou-se à disposição da nova Comissão.

A posse contou ainda com as presenças das advogadas Samia Barbieri e Carolina Rodrigues; do presidente e da vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/DF, Idamar Borges e Sidarta de Souza Saraiva, respectivamente.

Texto: Montserrat Bevilaqua e Neyrilene Costa (estagiária sob supervisão de Montserrat Bevilaqua)

Foto de Cristiane Damasceno: Alexandre Mota

Comunicação OAB/DF

Adiada abertura de inscrições para reaproveitamento da 1ª fase do XXXI Exame de Ordem

A OAB Nacional, por meio da Coordenação Nacional do Exame de Ordem Unificado, e a Fundação Getulio Vargas decidiram adiar a abertura das inscrições para o reaproveitamento da 1ª fase do XXXI Exame de Ordem Unificado (EOU), que estava prevista para às 14h desta quinta-feira.

A decisão pelo adiamento da abertura de inscrições para o reaproveitamento foi tomada em razão do agravamento da pandemia de coronavírus no Brasil, com aumento do número de casos e com curva crescente de mortes no país, além da adoção de medidas de contenção da contaminação adotadas por autoridades competentes em várias regiões do país.

A OAB informa ainda que foi providenciado um estudo aprofundado sobre a viabilidade de realização do certame. O objetivo é garantir a segurança plena de todos os examinandos e profissionais envolvidos na aplicação da prova.

No dia 2 de março de 2021, a Coordenação Nacional do Exame de Ordem Unificado irá emitir comunicado oficial referente a realização da 1ª fase – prova objetiva – do XXXII Exame de Ordem Unificado e ao novo cronograma para abertura das inscrições para o reaproveitamento da 1ª fase do XXXI Exame de Ordem Unificado.

Confira aqui a íntegra do Comunicado Oficial

Fonte: OAB Nacional

“É justa e necessária a decisão do STF que suspende ações sobre a posse e a propriedade de áreas quilombolas”

Leia artigo dos advogados Raphael Thimotheo, membro da Comissão de Igualdade Racial da OAB/DF, e Beethoven Andrade presidente do colegiado, publicado pelo blog do Fausto Macedo, no Estadão de hoje.

O Supremo Tribunal Federal (STF), ao suspender ações sobre a posse e a propriedade de áreas quilombolas, até o findar da pandemia, debruça-se no critério teleológico para se posicionar e buscar adequar o direito ao presente contexto social.

É de suma importância que a análise jurídica quanto aos limites do direito constitucional à propriedade (Constituição Federal, art. 5º, inciso XXII) coadune-se com o direito fundamental a condições de vida digna (Constituição Federal, art. 5º, caput) e com a garantia constitucional à saúde (Constituição Federal, art. 196), os quais tornaram-se ainda mais latentes em tempos pandêmicos.

Não se pode olvidar do disposto no art. 68, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, que reconhece o direito à propriedade definitiva das terras ocupadas pelos remanescentes das comunidades quilombolas. Sabemos que, por entraves administrativos, muitas vezes há incerteza da propriedade, isso por ausência da demarcação de terras quilombolas.

Assim, ao decidir pela suspensão das ações possessórias, a Suprema Corte se manifesta no intuito de procurar resguardar as condições sanitárias mínimas às comunidades quilombolas, as quais têm sofrido os severos efeitos da Covid-19, ao passo em que assistem a omissão estatal em tomar medidas que visem a proteção da saúde dessa população.

Cumpre frisar, também, que o acesso ao território por parte das comunidades quilombolas, garantido constitucionalmente, é medida crucial para que se adotem ações preventivas à contaminação e aos efeitos da pandemia, tal como o isolamento social comunitário. É imprescindível que se resguarde a manutenção territorial da população quilombola, tanto do enfoque jurídico quanto sob o olhar de saúde coletiva, com a alcunha da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A decisão, encabeçada pelo ministro Edson Fachin, contou ainda com a importante determinação ao governo federal para que elabore um plano de combate à Covid-19 entre as comunidades quilombolas, o que surge para deslindar, em parte, o requerimento feito por meio da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamento (ADPF) 742, em trâmite desde setembro de 2020, na qual a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), em conjunto com partidos políticos, pleiteou a implementação de medidas emergenciais de mitigação dos impactos da COVID-19 em territórios quilombola.

A decisão ganha ainda mais relevância quando em face do último levantamento de casos de contaminação pelo Coronavírus, realizado pela Conaq, em parceria com o Instituto Socioambiental (ISA), atualizado em 23/02/2021. Temos que há pelo menos 4.935 casos confirmados e 1.434 infectados sendo monitorados em territórios remanescentes de quilombos.

Intui-se, portanto, que efeitos da suspensão processual, mesmo que transitório, traz alento às comunidades quilombolas, já tão impactadas pelas mazelas da atual crise pandêmica vivenciada, pois, é de extrema importância que de forma sensível o Estado tome medidas práticas aptas a auxiliar emergencialmente essas comunidades, a qual se vê desamparada nesse momento de tamanha dificuldade.

Devemos nos recordar que quando nos referimos aos povos quilombolas e tradicionais, estamos falando de um conjunto de fatores históricos imateriais, humanos, étnico e cultural, de moradia e agricultura familiar rural e populações extrativistas tradicionais, com baixa densidade de danos ambientais, dentre diversos outros fatores que nos remetem à preservação e proteção dos indivíduos ali inseridos.

É necessário concordar que o Vírus (SARS-COV2/COVID-19), de fato, não reconhece ou distingue diferenciações étnicas, econômicas ou sociais. Entretanto, a ausência de políticas públicas, ou mesmo sua inaplicabilidade, agrava a situação das comunidades quilombolas e tradicionais, especialmente por não disporem dos mesmos privilégios sanitários dos grandes centros.

A carência de recursos, econômicos, sociais e amparo do estado brasileiro, coloca essas comunidades em maior situação de vulnerabilidade, como bem enfatiza o ministro Marco Aurélio, resultando em massiva violação de direitos fundamentais, como saúde, moradia e à vida. É preciso, assim, reconhecer e aplaudir a recente decisão da Suprema Corte.

*Raphael Thimotheo é advogado e membro da Comissão de Igualdade Racial da OAB/DF

*Beethoven Andrade é advogado e presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB/DF

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Fonte: Estado de S. Paulo

TRF1 dá início a sistema que agilizará o pagamento de precatórios e RPVs

capa site justiça

Nesta terça-feira (23), a Corregedoria Regional da Justiça Federal da 1ª Região comunicou aos magistrados e diretores de Secretaria da Seção Judiciária do Distrito Federal que a primeira versão de produção do Sistema de Requisição de Pagamento Ágil (SIREA) já está disponível. Veja aqui.

O sistema tem como objetivo “agilizar a fase final do processo de cumprimento de sentença nas varas, no momento em que, após a efetiva definição dos valores que serão pagos, seja por decisão judicial definitiva, seja por acordo entre as partes, devam ser expedidas as requisições de pagamento”, assinala a Corregedoria.

Complementa, ainda que essa “expedição de requisições envolve a prática de atos essencialmente materiais, uma vez que os valores a serem pagos já estarão definidos, mas que demandam um esforço significativo das varas em termos de recursos humanos, cada vez mais escassos”. Informa que: “o SIREA pretende aliviar essa demanda de recursos humanos das varas, pois, nos casos em que as partes se disponham a tanto, todos os dados necessários à expedição das requisições serão alimentados no sistema pelos exequentes, o que também permitirá a comunicação com os executados para que apontem eventuais discordâncias”.

O projeto teve início ainda na gestão passada do TRF1, cabendo ao presidente da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF), Délio Lins e Silva Jr, as tratativas com a Corregedoria antes de levar o pedido de ajuda financeira ao Conselho Federal da OAB. “Recebemos com alegria mais essa boa notícia para compartilharmos com advogadas e advogados. É fruto do trabalho que estamos realizando em prol de uma atenção mais eficiente não só a nós, operadores do Direito, mas visando bem atender nossos clientes. Todos ganhamos com o bom uso de tecnologia e esse novo sistema poderá diminuir em anos o andamento das execuções”, comemora Délio.

“Toda a categoria está convidada para cadastrar processos no SIREA e, assim, contribuir para os testes e os aperfeiçoamentos do sistema para o seu lançamento oficial. Os contatos podem ser feitos diretamente com a Comissão de Precatórios da OAB/DF”, explica Artur Carrijo, presidente da Comissão de Precatórios da OAB/DF.

Comunicação OAB/DF

Justiça do DF proíbe empresas de exercerem ilegalmente a advocacia na administração de condomínios

A 5ª Vara Federal Cível da Justiça do Distrito Federal concedeu liminar em Ação Civil Pública impetrada pela Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) e pelo Conselho Regional De Administração do Distrito Federal (CRA/DF) contra empresas que têm atuado em exercício ilegal da advocacia e sem registro no CRA/DF.

“Essa é uma importante vitória em mais uma das lutas da OAB/DF em favor da advocacia e da sociedade, que acaba sendo prejudicada pelos maus profissionais”, disse o presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Jr.

A decisão determina que as empresas, imediatamente, retirem a publicidade de serviços que não estão autorizadas a realizar na internet (sites e redes sociais); que cessem toda e qualquer menção ao oferecimento de assessoria jurídica ou patrocínio de ações judiciais, cobrança judicial, bem como que suspendam a divulgação de qualquer material de mídia televisiva, falada ou impressa, por meio eletrônico ou qualquer outro que contenham tais serviços.

Também, a Justiça determina a suspensão, imediatamente, da execução de atividades privativas da advocacia (assessoria, consultoria e orientação jurídicas, ajuizamento de ações, cobranças extrajudiciais/judiciais com exigência de honorários advocatícios ou qualquer outra que seja privativa de advogado ou sociedade de advogados) e que parem a captação e a indicação ou envio de clientes para escritórios de advocacia.

Em decisão anterior, a 5ª Vara Federal acolheu os argumentos da OAB/DF e do CRA/DF contra outras duas empresas, pelo exercício ilegal de advocacia e de administração de condomínios.

Essas ações estão sendo ajuizadas a partir de um trabalho conjunto das duas entidades, coordenado pelo presidente da Comissão de Direito Condominial da OAB/DF, Almiro Júnior.
Segundo Almiro Júnior, “a OAB/DF se manterá vigilante e intransigente no combate às violações ao Estatuto da Advocacia e, sobretudo, agirá contra o exercício ilegal da advocacia”.
Nos próximos dias, novas ações civis públicas serão propostas contra mais empresas que insistem em práticas irregulares.

Acesse aqui a liminar.

Confira a petição inicial da OAB/DF e do CRA/DF aqui.

Texto: Montserrat Bevilaqua
Comunicação OAB/DF

“Autoritarismo e Sistema de Justiça” estarão em debate na retomada da Jornada da Memória, Verdade e Democracia da OAB/DF

Evento acontecerá amanhã, dia 23, a partir das 19h, por meio da plataforma zoom e contando com: o ex-presidente do Conselho Nacional da OAB, Cézar Britto; a ex-presidente da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos e procuradora da República, Eugênia Gonzaga; o defensor público Federal em Direitos Humanos Thales Treiger e o juiz de Direito no Distrito Federal Fábio Esteves. A mediação será realizada pela presidente da Comissão da Memória e da Verdade da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) e anfitriã do evento, Maria Victoria Hernandez Lerner.

O ponto central do debate é oportunizar as falas de diversos pontos de vista e de que maneira o autoritarismo se cruza com cada lugar institucional no sistema de justiça.

“Qualquer advogado ou advogada já passou por constrangimentos típicos de abuso de autoridade nos fóruns, delegacias e instâncias de seu trabalho. São as permanências autoritárias de uma sociedade forjada na escravidão e com longos períodos ditatoriais” diz a presidente da Comissão da Memória e da Verdade, anfitriã do evento, Maria Victoria Hernandez Lerner.

Referência no tema da Memória e Verdade, a procuradora da República Eugênia Gonzaga acredita que o país não teve uma Justiça de Transição no processo de redemocratização. Ela afirma que “se houvesse Justiça de Transição no Brasil, defensores da ditadura militar não estariam na vida pública”.

SOBRE O EVENTO

A Jornada da Memória, Verdade e Democracia da OAB/DF teve início em outubro de 2020. O primeiro evento discutiu a invasão da sede da OAB/DF em 1983.

O objetivo desse encontro organizado pela Comissão da Memória e da Verdade da OAB/DF é a defesa do direito humano à memória e à verdade, correlacionando fatos passados com o contexto político e social atual.

A proposta compreende, ao longo de um ano (de outubro passado a outubro deste ano), realizar discussões e diálogos por meio de encontros virtuais mensais.

Para o presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Jr., essa ação da Comissão da Memória e da Verdade da Seccional, resgata questões de direito coletivo e individual. “Falaremos de pilares da dignidade da pessoa humana que temos que garantir”, pontua.

Anote aí!

Terça-feira (23/02), a partir das 19h

Assistir a Live “Autoritarismo e Sistema de Justiça” da Jornada da Memória, Verdade e Democracia da OAB/DF

Transmissão on-line pelo zoom. Saiba mais na página de Eventos da OAB/DF

Comunicação OAB/DF

OAB/DF cria e-mail exclusivo para denúncias de não atendimento da advocacia por parte de magistrados

Pelo e-mail [email protected], o profissional poderá encaminhar casos de violação às prerrogativas profissionais, tendo o sigilo da fonte garantido.

A proposta é avançar no combate ao desrespeito ao exercício profissional da advocacia – essa já é uma das principais frentes de ação da atual gestão da OAB/DF.

No ano passado, após o início da pandemia e da adoção de medidas de restrição ao acesso a instalações do Judiciário para prevenção à Covid-19, a Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) passou a receber muito mais queixas de advogados e de advogadas sobre a dificuldade de acesso aos magistrados. Promoveu um levantamento inédito e identificou 145 cartórios e gabinetes nos tribunais e nas cortes superiores atuando de portas fechadas para a advocacia. O número representa 36,36% de um total de 399 serventias avaliadas pela Seccional.

Os resultados foram levados aos respectivos tribunais e surtiram efeito em obter medidas concretas das Cortes visando a um melhor atendimento em favor da advocacia.

É obrigação do magistrado receber os advogados e há determinações do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para que se disponibilizem canais de atendimento. A OAB/DF retoma agora esse monitoramento com mais ênfase e pede o apoio da advocacia por meio de campanha em seu site e em suas redes sociais, divulgando o novo e-mail exclusivo para denúncias.

O diretor de Prerrogativas da Seccional e presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB/DF, Rafael Martins, explica a ação: “Precisamos contar com o apoio de toda a advocacia do Distrito Federal para monitorarmos como a magistratura vem atendendo advogadas e advogados, já que na jurisdição do DF são mais de 300 serventias judiciais, entre 1ª e 2ª instância e tribunais superiores. Identificados os casos de não atendimento e de desrespeito às prerrogativas, agiremos pronta e energicamente junto aos órgãos fiscalizatórios”

O presidente da Seccional da OAB/DF, Délio Lins e Silva Jr., ressaltou que respeito às prerrogativas é uma das principais bandeiras de atuação da atual gestão. “Como já disse, é algo que pedimos sempre de pé e com muita propriedade. Direito da população à defesa é inegociável e só acontece quando as advogadas e advogados são respeitados no exercício profissional!”

PROJETO PRERROGATIVAS NAS RUAS É REATIVADO

Também, em março do ano passado, a OAB/DF deu início a uma ação em defesa das garantias fundamentais no exercício da advocacia: o projeto “Prerrogativas nas Ruas”. Integrantes da Comissão de Prerrogativas da Seccional e das Subseções visitando fóruns, delegacias e órgãos públicos para conversar com advogados e advogadas, ouvindo as reclamações e buscando soluções imediatas para os problemas relatados. Veio a pandemia e o projeto, por conta das medidas de restrição na circulação, passou a atuar on-line. Agora, o projeto está reiniciado na rua e a pleno vapor. As diligências mais recentes realizadas foram junto ao sistema carcerário, em Brazlândia e em Taguatinga. Seguirá por todo o Distrito Federal.

Leia mais sobre:

Estudo inédito da OAB/DF

Lançamento do Prerrogativas nas Ruas

Prerrogativas nas Ruas em Taguatinga

Prerrogativas nas Ruas visita Brazlândia

Comunicação OAB/DF
Texto: Montserrat Bevilaqua
Fotos: Divulgação

“A qualidade da esperança que construímos entre dois carnavais”, Délio Lins e Silva Jr.

Leia artigo do presidente da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF), publicado neste domingo (21), pelo Correio Braziliense

A qualidade da esperança que construímos entre dois carnavais

DÉLIO LINS E SILVA JR.
postado em 21/02/2021 06:00 / atualizado em 21/02/2021 10:44

Vivemos um ano de pandemia separado por dois carnavais. O primeiro deles iniciando justamente em nosso segundo ano de gestão na OAB/DF, quando aprendemos a cultivar nossa resiliência em grupo, seguir em frente de cabeça erguida e motivar quem caminha ao nosso lado, compartilhando os imensos desafios.

Nem em meus piores pesadelos esperei gerir essa casa com a missão de dar assistência a quarenta e sete mil advogadas e advogados, obrigado a, entre outras coisas, fechar todas as nossas salas de apoio; administrar 75% de inadimplência e zelar por mais de 200 famílias de funcionários; apoiar parcela da advocacia carente de auxílio financeiro e de ferramentas básicas de trabalho.

O cenário de guerra ocasionado pelo vírus trouxe dificuldades inéditas, as quais, sinceramente espero que nenhum outro futuro gestor de Ordem se veja obrigado a enfrentar nunca mais. Mas creio que o modo como encaramos os problemas, os desafios e os sustos da vida determina a maneira como chegaremos ao outro lado. Com a coragem típica da advocacia, enfrentamos os problemas e hoje posso dizer que nem nos meus melhores sonhos teríamos feito tanto.

Desde o início da crise, com a liderança do comitê de acompanhamento da pandemia, reforçamos o papel social da OAB, lutando pela sociedade em várias frentes, com ações junto aos poderes constituídos. A tecnologia nos permitiu garantir a continuidade dos serviços da OAB mesmo com nossos funcionários trabalhando remotamente.

Portal de serviços, atendimentos por e-mail, telefone e Whatsapp; aplicativo com nossos serviços na palma da mão; parlatório virtual (que garantiu ao DF o patamar de único estado da Federação que não ficou um dia sequer sem contato com os clientes presos); novas salas de apoio em delegacias; nova sede, na subseção de Águas Claras; inúmeras as palestras, lives e cursos promovidos pela nossa Escola de forma gratuita, tudo isso aconteceu durante o período da pandemia, em um esforço sem precedentes na história da OAB.

Pensamos no bolso dos advogados, prorrogando parcelas da nossa anuidade (a mais barata do Brasil); negociamos junto a instituições financeiras linhas de crédito especiais aos escritórios; facilitamos negociação para os inadimplentes; possibilitamos formas alternativas de pagamento de anuidade por pontos cartão de crédito e lançamos o projeto anuidade zero, cujos pontos permitem o retorno parcial ou até total da anuidade paga.

Lutamos como nunca pelas nossas prerrogativas. É muito difícil saber o que requerer ao CNJ quando se ouve de 50% da advocacia pedidos para a realização de audiências virtuais e dos outros 50% que querem a volta das audiências presenciais, mas, mesmo assim, decisões difíceis foram tomadas ao longo dos meses. A abertura gradual está em curso. O retorno das audiências, das sessões de julgamento, dos atendimentos por magistrados — por meio de formas alternativas — são vitórias nossas, especialmente após o recente estreitamento do relacionamento institucional com os tribunais e os acionamentos do CNJ que fizemos quando foi necessário.

Lançamos um plano de saúde que conta com quase mil vidas; construímos uma clínica exclusiva para a advocacia e colaboradores da OABDF; investimos mais de um milhão de reais em auxílios aos colegas que necessitaram; fornecemos teleorientação gratuita, 24 horas por dia, sobre os riscos do coronavírus e auxílio psicológico para toda a advocacia de forma gratuita; fornecemos mais de mil litros de álcool gel para as salas de apoio; EPIs ; distribuímos 32 toneladas de alimentos para aproximadamente mil colegas em dificuldade; mais de 500 advogadas foram beneficiadas com exames gratuitos de mamografia; mais de 400 advogados foram beneficiados com consultas e exames visando ao tratamento do câncer de próstata.

A Seccional, dentro do seu papel institucional em favor da saúde pública, também coloca-se à disposição das autoridades por meio de seu braço assistencial, a CAADF, para colaborar com os procedimentos de vacinação no DF. Fizemos e continuaremos fazendo tudo em conjunto: Diretoria, Comissões, Subseções, CAADF, ESADF e colaboradores. Agora, enquanto milhões de pessoas no mundo inteiro recebem sua dose de vacina e nos aproximamos da luz no fim do túnel, viramos o ano com a esperança renovada, sempre lembrando daqueles que partiram e abraçando os que de nós necessitam.

Foto: Valter Zica

Leia, também, no Correio Braziliense.

Projeto “Prerrogativas nas Ruas” visita a região da Subseção de Brazlândia

Diligência realizada pelo vice-presidente da Comissão de Prerrogativas da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF), Newton Rubens, acompanhado pelo procurador de Prerrogativas da Seccional, Thiago da Silva Passos, e pela diretoria da Subseção de Brazlândia da OAB/DF: o presidente José Severino Dias, o secretário-geral Vinícius Moreira e o vice-presidente de Prerrogativas, Tiago Ferreira, ocorreu nesta quinta-feira (11).

As equipes da OAB/DF e da Subseção de Brazlândia estiveram na 18ª Delegacia de Polícia, onde conversaram com o delegado-chefe, Gerson Salles, e com o delegado adjunto Ronney Teixeira Marcelo. Em seguida, visitaram o 16º Batalhão da Policia Militar, sendo atendidos pelo tenente Araújo. Por fim, foram ao Cartório do 9º Ofício de Registro de Imóveis do Distrito Federal, onde foram recebidos pela tabeliã interina, Andreia Conceição Morais de Amorim.

“A visita à Subseção e às autoridades locais, mais uma vez, foi muito proveitosa. Conseguimos identificar e esclarecer possíveis violações de prerrogativas, encontrando soluções tanto na delegacia quanto no Batalhão e, principalmente, junto ao cartório de registro de imóveis, onde fomos recebidos de forma muito diplomática pela tabeliã. A defesa preventiva das prerrogativas é muito importante para a advocacia”, explicou Newton Rubens.

O presidente da Subseção de Brazlândia, José Severino Dias, detalhou que as recentes mudanças quanto à fiança por meio do Processo Judicial Eletrônico (PJe) têm originado dúvidas e às vezes conflitos. Motivo: antes era possível, mesmo em data posterior, o recolhimento da fiança arbitrada para crimes afiançáveis diretamente na delegacia. Agora, não mais. Só é possível pagar a fiança na esfera judicial, uma vez que, após o flagrante ser inserido no PJE, a autoridade policial, não tem mais autonomia sobre os autos. “Parte da advocacia está desinformada e cabem, portanto, esses esclarecimentos”, disse o presidente da Subseção de Brazlândia.

As autoridades policiais relataram, também, que, em alguns momentos, diante da indisponibilidade do sistema PJe, ficam sem condições de efetivar o lançamento dos procedimentos em tempo real. “Essa é uma situação que entendemos pode ser vindicada pela Seccional da OAB/DF, junto ao Comitê Gestor do Processo Judicial Eletrônico do TJDFT, no sentido de proporcionar o eficaz e célere acesso do advogado ao inquérito policial”, esclareceu Dias.

Outro aspecto discutido na visita à delegacia foi a obtenção de cópias de inquéritos. A regra é ter acesso ao inquérito policial via PJe, mas em vista da pandemia, cópias podem ser solicitadas por e-mail ([email protected]). “O postulante deve juntar a procuração outorgada pelo cliente e a sua identificação de advogado porque a Polícia deve prestar as informações ao profissional devidamente habilitado para tal fim”, informou ainda o presidente da Subseção de Brazlândia.

No 16º Batalhão da Policia Militar, o tema da conversa foi a lavratura de Termo Circunstanciado por policiais militares. Nas ocorrências que tratam de delitos de menor potencial ofensivo, foi facultado à Polícia Militar lavrar o Termo Circunstanciado no local do fato, que, posteriormente, é encaminhado ao Judiciário para adoção das medidas pertinentes. “O procedimento confeccionado pela PM, ali, na hora, vai de encontro aos interesses do cidadão na busca de uma solução célere dos conflitos. Não é mais necessária a condução a uma delegacia, muitas vezes, a pessoa tendo de passar horas aguardando atendimento”, considerou Dias.

no 9º Ofício de Registro de Imóveis, o presidente da Subseção de Brazlândia descreveu a conversa como muito cordial com a tabeliã, procurando sanar reclamações. “Pedimos urbanidade no tratamento com os profissionais da advocacia e a tabeliã assegurou que estará atenta a isso.”

Comunicação OAB/DF
Texto: Montserrat Bevilaqua
Fotos: Equipe de Prerrogativas

Carnaval: expediente suspenso de segunda a quarta-feira. Atividades retornam na quinta

A OAB/DF informa que, em razão do feriado de carnaval, não haverá expediente nos dias 15, 16 e 17 de fevereiro (segunda, terça e quarta-feira), na sede da Seccional e nas Subseções. As salas de apoio aos advogados funcionarão conforme o calendário dos órgãos onde estão instaladas.

O funcionamento foi definido em calendário instituído por meio da Portaria número 2, de 6 de janeiro de 2021.

Na quinta e na sexta-feira (18 e 19/2), o funcionamento ocorrerá normalmente, sendo das 9h às 19h presencial e das 10h às 18h, por chat ou WhatsApp.

Comunicação OAB/DF