OAB/DF lamenta falecimento de advogado pioneiro Luiz Carlos Alvim Dusi

É com profundo pesar que a Seccional comunica o falecimento do advogado pioneiro Luiz Carlos Alvim Dusi, aos 85 anos. Dusi era um dos fundadores da Seccional e detinha a carteira de número 6. O advogado participou dos movimentos em defesa da redemocratização. No dia da interdição do prédio da Seccional, ainda em 1983, por conta do I Encontro de Advogados do DF, interpretado pelas autoridades como uma afronta à proibição de reuniões políticas, Dusi se juntou a outros advogados para ir, de braços entrelaçados, até o pátio onde estavam hasteadas as bandeiras do Brasil e da OAB. Ali postados, entoaram o hino nacional, desafiando as autoridades que, envergonhadas, se dispersaram. Diante da repercussão nacional, o general Newton Cruz chegou a admitir “excesso de zelo” da polícia. O prédio foi, então, liberado.

Dusi era um advogado notável. Foi conselheiro Seccional por várias gestões, presidente do Conselho de Ética, procurador do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e da extinta Legião Brasileira de Assistência.

Ainda foi professor do Centro Universitário de Brasília (UniCeub) por longos anos. E mesmo aposentado, a cada eleição da OAB/DF, participava como mesário, como fiscal, e outras funções que lhe foram confiadas, sempre participativo.

Juliano Costa Couto, presidente da OAB/DF, lamenta o falecimento do pioneiro. “Perdemos hoje um dos expoentes da advocacia. Dusi era um advogado ímpar, dono de um caráter e uma ética irrevogáveis. Fica nosso agradecimento e pesar”.

Para Pedro Gordilho, advogado pioneiro da Seccional e orador oficial do Instituto dos Advogados do Distrito Federal (IADF), “a expressão do pesar; por ser tão abrangente, verdadeira e afetuosa; atende plenamente ao preito de saudade, com o qual devemos celebrar a memória do ilustre e combativo colega Luiz Carlos Alvim Dusi”.

Já Esdras Dantas, presidente da Associação Brasileira de Advogados (ABA) e ex-presidente da OAB/DF, conheceu Dusi no limiar da carreira profissional. “Foi um advogado pioneiro em Brasília. Se destacou por seu zelo, ética, competência e operosidade evidenciados na sua militância na Advocacia”, lembrou. “Sempre o tive como um exemplo a ser seguido no exercício profissional. Um grande amigo”, disse Esdras.

O velório de Dusi será nesta quarta-feira (4), das 9h às 11h, na capela 9 do Cemitério Campo da Esperança (916 sul).

 

Vitória da advocacia: OAB/DF resgata publicidade no TRF1

Atendendo a um pleito da Seccional do DF, agora o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) divulga as listas diárias de intimações eletrônicas dirigidas aos advogados e às partes do Processo Judicial eletrônico (PJe) de 1º e 2º Grau no Diário da Justiça Eletrônico (DJe). Relembre aqui.

Segundo o presidente da OAB/DF, Juliano Costa Couto, a Seccional articulou para que esta conquista da advocacia fosse real. “Lutamos por celeridade e transparência. Entendemos que este é um passo que a Corte dá em atenção às demandas da advocacia do DF”, ponderou.

A conselheira da Seccional e membro da Comissão de Tecnologia da Informação do Conselho Federal da OAB, Hellen Falcão, participa de um comitê gestor do PJe no TRF1 e trabalha há tempos a necessidade de publicação no DJe em defesa do princípio da publicidade dos atos.

Segundo Hellen, apesar de a Lei 11.419/2006 facultar aos Tribunais a publicação das intimações em diários oficiais, no âmbito do DF, o TRF1 era o único Tribunal do DF que resistia a publicação da lista de intimações, contrariando vários pleitos da Seccional. “Agora conseguimos que seja disponibilizada uma lista de intimações, onde as empresas podem coletar os dados e remeter aos advogados, informando que existem publicações no Tribunal para ele, ou então, o próprio advogado pode consultar essa lista para saber se tem intimação aguardando o seu acesso, evitando assim possíveis perdas de prazo”.

Hellen Falcão também ressaltou que o serviço não interfere na contagem dos prazos nos processos eletrônicos, que seguirão a forma prevista no Art. 5º da Lei 11.419/2006, que dispõe sobre a informatização do processo judicial. “Portanto, o advogado, mesmo tendo conhecimento que teve decisão, caso opte por não acessar o seu teor, poderá contar com os 10 dias corridos para acessar o sistema, sem que seja dado início ao seu prazo processual”,esclareceu.

Por fim, Hellen recomendou que a advocacia entre em contato com as empresas de recorte digital contratadas por eles, a fim de informar que está disponível esse novo conteúdo.

As listas não têm valor de intimação e sim de comunicação das intimações expedidas aos advogados por meio eletrônico. Além disso, os processos em segredo de justiça não estão incluídos. Para acessar a novidade, clique aqui.

Seccional Itinerante visita BRB

Na tarde desta terça-feira (27), o projeto Seccional Itinerante chegou até o Banco de Brasília (BRB). Na ação, a Seccional leva ao jurídico das empresas públicas os serviços que normalmente só são oferecidos na sede da OAB/DF, tais como protocolo, tesouraria e certificado digital. A Caixa de Assistência dos Advogados é parceira do projeto e também leva serviços como engraxate, manicure, ótica, cabeleireiro, teste de glicemia e aferição de pressão. Os principais pleitos levantados pelos advogados foram com relação às prerrogativas e ao Processo Judicial Eletrônico (PJe).

Juliano Costa Couto, presidente da Seccional, destacou que o projeto nasceu para chegar até toda advocacia do DF, independentemente de onde trabalhe, para acompanhar de perto suas demandas e tentar solucioná-las. “Entendemos que o jurídico de uma empresa estatal são os olhos da confiança da administração. A advocacia é que enfrenta os dissídios coletivos e luta pelos direitos do povo”, considerou.

Durval Garcia Filho, consultor jurídico, agradeceu em nome dos assessores a visita. “Vemos como muito importante essa aproximação para, junto com a entidade de classe, tentar resolver assuntos que normalmente são objetos de discussão”, disse.

André Davi Rossetto, presidente da Associação dos Advogados do BRB, ressaltou que a principal ajuda do projeto é a solução de temas que afetam o dia a dia, como o controle de ponto. “Essa vinda da OAB/DF até aqui vai aproximar tanto a Seccional quanto a Associação para que juntos com a direção do banco possamos construir um modelo satisfatório a todos”.

Segundo o advogado Bernardo Machado, alguns advogados ainda sentem desconforto no que diz respeito ao controle de ponto. “Nós estamos trabalhando em uma profissão que está regulamentada na Constituição Federal, que tem um órgão de classe independente e queremos diálogo. Fica parecendo que eu não quero bater ponto, mas na verdade não sou eu, minha classe definiu isso, então ter a OAB/DF aqui para respaldar nossas prerrogativas é muito importante”, avaliou.

O advogado Ricardo Bastos concordou com o companheiro. “Eu acho que a OAB/DF vir aqui ajuda muito nesse sentido para firmar que somos uma classe só”, disse ao se referir à advocacia pública e privada. “Ninguém quer fazer nada de errado, é muito importante receber este apoio”, concluiu

“Nós temos experiência positivas nesse sentido e a OAB/DF tentará fazer esse diálogo de forma independente e segura”, garantiu Costa Couto ao responder o pleito dos advogados. “A liberdade e a independência da advocacia não combinam com o ponto eletrônico”, concluiu o presidente

Estiveram presentes na visita o conselheiro seccional, Antonio Rodrigo Machado e o procurador de prerrogativas Mauro Lustosa.

 

 

TJDFT confirma rejeição de denúncia contra advogados

Um processo criminal contra dois advogados foi arquivado após defesa das prerrogativas pela OAB/DF. João Paulo Todde e Érico Rodolfo Abreu foram denunciados criminalmente por terem, em tese, se aliado aos seus constituintes na operação Patrick, responsável por apurar a pirâmide financeira de venda de moedas virtuais. A eles foram atribuídos os crimes de obstrução da Justiça com pedido de prisão preventiva. A OAB/DF deferiu assistência em favor dos advogados e determinou desagravo público contra o promotor do caso, além de sustentar a favor dos advogados no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), na última semana.

A denúncia contra os advogados havia sido apresentada em 28 de setembro de 2017, mas foi negada no dia seguinte. Em face da decisão da 1ª instância, o MP interpôs recurso em sentido estrito, porém, na última semana, a decisão foi mantida por unanimidade e determinou-se o arquivamento da denúncia.

O ex-conselheiro da OAB/DF, Delio Lins e Silva, conhecido como Delinho, sustentou pela Ordem em favor dos advogados. O advogado argumentou que a decisão estava perfeita e não havia qualquer resquício de indício que indicasse a participação dos colegas, mostrando que a denúncia era desprovida de lógica ou elementos. “A decisão do Tribunal foi muito importante, pois estava claro que o Ministério Público atuou de forma açodada e, sem quaisquer elementos concretos que a sustentassem, ofereceu uma denúncia irresponsável e descabida, cujo intuito único foi criminalizar e atacar a advocacia, por meio de dois colegas que serviram como bode expiatório”, argumentou Délio. Também sustentou em favor dos advogados, Carlos Henrique Nóra Sotomayor Teixeira, sócio Diretor Penal da Todde Advogados.

Com o arquivamento, o advogado João Paulo Todde disse que o TJDFT coloca uma pá de cal na questão, “reafirmando por nossa conduta profissional e ética, inclusive reforçando a posição que a OAB/DF e tantos outros que se expuseram em nosso apoio, mesmo precocemente criticados, todos a quem agradeço imensamente”, disse.

“A vitória não é apenas minha e de meu sócio, tampouco dos nobres advogados atuantes, a Vitória é de todos os advogados injustiçados, é de toda a Ordem dos Advogados. É ainda de toda a sociedade que acima do sentimento de revanche e de ódio, clama mesmo por justiça”, agradeceu Todde.

Entenda o caso

Tribunal de Justiça isenta advogado parecerista de ato de improbidade

O advogado não pode ser responsabilizado por opiniões  jurídicas e técnicas emitidas em razão de sua função. Com base nesse entendimento, a Seccional da OAB do Distrito Federal ingressou como assistente de defesa em Ação Civil Pública (ACP) de improbidade administrativa, movida pelo Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT), que buscava a condenação de Paulo Machado Guimarães, ex-dirigente da Seccional. A decisão favorável, do último dia 21, foi pelo arquivamento do feito.

A ACP foi ajuizada por conta de parecer administrativo emitido por Paulo Guimarães quando desempenhou o cargo de consultor jurídico do DF. A petição inicial foi recebida pelo juízo competente e, em face desta decisão, interposto recurso com o objetivo de determinar o arquivamento liminar em virtude de ter o advogado exercido a autonomia e independência do cargo, não possuindo poder decisório em sua manifestação e estando ela de acordo com o posicionamento dos tribunais superiores.

Ao advogado foi deferida pela OAB/DF assistência direta no processo. O vice-presidente da Comissão de Prerrogativas, Fernando Assis, realizou manifestação de mérito e sustentação oral quando do início do julgamento de recurso pela 6ª Turma do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) .

“O sistema Ordem tem posição muito consolidada no sentido de defender os advogados públicos que emanam pareceres opinativos nos processos que lhe são afetos. De modo que não podemos admitir denúncia ou postulação contra os advogados”, disse Assis.

Paulo Guimarães agradeceu o apoio da Seccional, nas pessoas do presidente Juliano Costa Couto e dos dirigentes da Comissão de Prerrogativas, Cleber Lopes e Fernando Assis. “A atuação da Ordem foi extremamente importante, seja pela atuação de seus dirigentes, seja pela densidade das manifestações apresentadas, inclusive na sustentação da tribuna e no memorial apresentados aos desembargadores. Em razão dessa atuação tenho um profundo agradecimento à Ordem na defesa das prerrogativas dos advogados, especialmente de que o advogado não pode ser responsabilizado em razão de suas opiniões emitidas jurídicas e técnicas em razão de sua função”.

OAB/DF homenageia inclusão da força feminina no Judiciário

Em sessão extraordinária, o Conselho Pleno da OAB/DF outorgou nesta segunda-feira (26) a medalha Myrthes Campos, a mais alta comenda da advocacia, como reconhecimento aos relevantes serviços prestados à Justiça e ao Direito.

Foram homenageados a advogada-geral da União, ministra Grace Mendonça; a ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luciana Lóssio; a desembargadora Federal, Maria do Carmo Cardoso; a juíza do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) Rejane Jungbluth Suxberger; a delegada da Delegacia Especial de Atendimento a Mulher, Sandra Gomes; as advogadas Maricí Giannico, Maria Claudia Araujo, Ana Ribas, Saba Macedo; a co-fundadora do Sabin, Janete Vaz (representada por Lidia Abdalla, presidente executiva do Sabin); o assessor legislativo da Câmara dos Deputados, Claudio Lima e a professora Maria Cristina Barreiros.

Juliano Costa Couto, presidente da OAB/DF, observou que este foi um dia de glória e alegria para a Seccional, Casa da democracia. “É com alegria que o sistema OAB se esforça para ter cada vez mais a representação significativa de mulheres nos nossos quadros. Aqui na OAB/DF o lugar da mulher é onde ela quiser”, enfatizou o presidente.

A vice-presidente da Seccional, Daniela Teixeira, parabenizou os homenageados e disse estar emocionada com a cerimônia. “Com o exemplo de Myrthes, a primeira advogada do Brasil, homenageamos hoje grandes juristas que nos enchem de orgulho e nos inspiram sempre. Uma noite feliz e de reencontros com grandes personalidades que ajudaram e ajudam as advogadas brasileiras nos dando exemplos de perseverança e busca da justiça. Foi uma linda noite para esta Casa”.

Ibaneis Rocha, diretor da OAB Nacional e conselheiro federal, lembrou que em sua gestão instituiu o mínimo de 30% de mulheres em todas as Comissões e incentivou o ingresso e a participação delas na Casa. “Este ato contribuiu para que o Conselho Federal criasse a sua própria cota de gênero”, observou.

Ibaneis ressaltou ainda que a Seccional trabalha para a inclusão de mulheres nos quadros da Ordem. “Nós não queremos uma cota fictícia, nós queremos que as mulheres ocupem os lugares que desejarem na instituição”, concluiu.

Cristina Alves Tubino, presidente da Comissão da Mulher Advogada e conselheira seccional, foi a relatora do processo na sessão do Conselho Pleno. Após refletir sobre a trajetória de Myrthes no ingresso da política, Cristina enfatizou que “todas as vezes que tentarem calar nossa voz ou nos despertarem a vontade de desistir, olhemos para histórias como a dela e sigamos em frente”.

A trajetória profissional de Myrthes teve início em 1899 como defensora no Tribunal do júri. Na época, era impensável que uma mulher pudesse construir uma carreira e se sustentar fora do casamento. Nascida em Macaé (RJ), Myrthes sofreu preconceito da sociedade e da própria família, mas não se intimidou e trilhou a carreira com muito sucesso.

Todos os homenageados tiveram direito a fala para agradecer a outorga. Primeira a falar, a advogada-geral da União, ministra Grace Mendonça, ao receber a medalha, disse que Myrthes fez do não a força motivadora para romper barreiras e abrir portas. “Ela esteve a frente de seu tempo e nós temos que agradecê-la. Recebo essa medalha em nome de todas as mulheres que vivem sob o jugo da exclusão. Rogo para que elas também transformem o não em sim, como fez Myrthes Campos”, disse.

Entregaram as medalhas às homenageadas a conselheira e presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem da OAB/DF, Maria Dionne; a vice-presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/DF, Thayrane da Silva; a conselheira e presidente da Comissão de Direito das Famílias da OAB/DF, Liliana Marquez; a presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/DF, Cristina Alves Tubino; o presidente da OAB/DF, Juliano Costa Couto; a vice-presidente da OAB/DF, Daniela Teixeira; a presidente da Comissão Especial de Combate à Violência Familiar da OAB/DF, Lucia Bessa; o secretário-geral adjunto da OAB/DF, Cleber Lopes; o diretor-tesoureiro, Antonio Alves; a conselheira seccional, Cristiane Damasceno; o diretor-tesoureiro da Caixa de Assistência dos Advogados, Marcelo Lucas e o conselheiro da OAB/DF, Ronald Barbosa.

Os presentes fizeram um minuto de silêncio em homenagem à vereadora Marielle Franco, incansável defensora dos Direitos Humanos, que foi assassinada covardemente na cidade do Rio de Janeiro, no último dia 15.

Também foi homenageada na cerimônia, Juliana Roberta Bezzerra, que faleceu este mês. A moça lutava contra a leucemia e demonstrava muita vontade de se tornar uma advogada. No hospital, Juliana recebeu o grau de bacharel. Na cerimônia, seu filho, Wilgner Venâncio, e seu marido, Wagner Venâncio, receberam uma condecoração em seu nome.

Para Daniela Teixeira, seu esforço também serve de exemplo a todas as advogadas do Brasil. “Me emocionei muito com o exemplo da jovem bacharel Juliana, que em seu último dia nos mostrou que devemos sempre buscar a paz, a justiça e os valores maiores da advocacia”, enfatizou.

Compuseram a mesa a diretoria da OAB/DF, o presidente, Juliano Costa Couto; a vice-presidente, Daniela Teixeira; o secretário-geral adjunto, Cleber Lopes; o diretor-tesoureiro, Antonio Alves; o conselheiro federal e diretor da OAB nacional, Ibaneis Rocha; o conselheiro federal, Severino Cajazeiras; o secretário-geral da CAADF, Maximiliam Patriota; o diretor-tesoureiro da CAADF, Marcelo Lucas; a diretoria da Comissão da Mulher Advogada, a presidente, Cristina Alves Tubino; a vice-presidente, Thayrane da Silva; a secretária-geral, Andreia Lima; a secretária-geral adjunta, Rubia Gonçalves; a presidente da Comissão Especial de Combate à Violência Familiar da OAB/DF, Lucia Bessa; a secretária adjunta de políticas para as mulheres, igualdade racial e direitos humanos, Joana D’arc e a diretora executiva da Associação Brasileira de Advogadas (ABRA), Deirdre Neiva.

Homenageados:

 

 

 


 

 

OAB/DF apoia a criação do grupo de jovens arbitralistas no DF

A Seccional do DF se preocupa em desenvolver e divulgar as técnicas de mediação e arbitragem por serem métodos de resolução de conflito céleres e altamente especializados que contribuem para a desobstrução do Judiciário. Com intuito de colaborar com a formação de jovens advogados, capacitando-os devidamente para a atuação em procedimentos arbitrais, a Seccional do DF firmou um acordo de cooperação técnica com a Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem Empresarial (CBMAE).

Juliano Costa Couto, presidente da OAB/DF, enfatizou que a Seccional há muito trabalha em prol da divulgação e realização de eventos para incentivar as práticas de mediação e arbitragem. “Nos preocupamos em trazer agilidade ao sistema e fazer com que a rotina da advocacia do DF e de seus clientes seja mais rápida. Por isso, apoiamos essa causa e fechamos esta parceria”.

Segundo o presidente da Confederação das Associações Comerciais e Empresarias do Brasil (CACB), George Pinheiro, a finalidade das câmaras é promover o debate e produção acadêmica na área de arbitragem, por meio da criação de um grupo de estudos de jovens arbitrais

Dentre outras atividades, o grupo de jovens arbitralistas da OAB/DF-CBMAE, visa permitir a participação de jovens advogados em arbitragens reais que tenham a CBMAE como sede, na condição de assistente de árbitro, com o necessário consentimento das partes; organizar eventos com especialistas da área e ajudar as equipes de arbitragem do Distrito Federal a se preparem de forma adequada para competições regionais, nacionais e internacionais.

O presidente da Comissão de Arbitragem da OAB/DF, Asdrúbal Júnior, já realizou eventos em parcerias tanto com a CBMAE quanto com a CACB na Casa. Para ele, os jovens advogados têm muito a ganhar em vivenciar os procedimentos arbitrais e participar dos eventos. “Essas são experiências muito ricas. Visto que ingressar no mercado de trabalho arbitral, como qualquer mercado, tem suas dificuldades. Porém é um bom caminho para construir o próprio nome e ser chamado para ser árbitro e ganhar desenvoltura é essencial”, disse.

O vice-presidente da Comissão, Marcello Lavenère, que já participou de uma arbitragem no âmbito do convênio de jovens arbitralistas relata que foi uma experiência maravilhosa. Segundo ele, o mercado ainda é muito restrito e participar de procedimentos reais conta muito para a capacitação de jovens advogados.

“Todos se beneficiam com essa aproximação entre os jovens advogados e as câmaras de arbitragem. O advogado estuda e compreende melhor a arbitragem e a sociedade tem advogados melhores e mais preparados no mercado que auxiliarão da melhor forma seus clientes”, ponderou Lavenère.

Gustavo Toniol contou que é membro ouvinte da Comissão de Arbitragem da OAB/DF desde 2016 e, para ele, a participação na Comissão foi essencial para o desenvolvimento do networking e para a imersão nas discussões atuais sobre o tema. “O convênio fez com que eu participasse da prática da arbitragem. Cada procedimento tem um diferencial acordado pelas partes e isso não é possível se aprender em códigos. Na experiência, verifiquei como se dá a atuação dos árbitros e dos advogados durante o procedimento, foi muito proveitoso para mim”, disse.

Para o advogado que deseja ingressar em uma câmara arbitral como jovem arbitralista, Asdrubal aconselhou que entre em contato pelo e-mail da Secretaria das Comissões da OAB/DF ([email protected]), com currículo e carta de apresentação.

ESA/DF inicia ciclo de palestras sobre Reforma Trabalhista

A Escola Superior de Advocacia (ESA/DF) deu início ao ciclo de palestras “Grandes Autores”, neste sábado (23). A primeira palestra contou com esclarecimentos da lei 13.467 de 2017, conhecida como Reforma Trabalhista. O palestrante do dia, o juiz e professor de Direito do Trabalho, Jorge Luiz Souto, enfatizou em sua fala que a lei foi mal elaborada.

“Quando a gente pensa em reformas. É geralmente algo que estava ruim, que conta com estudos realizados e apresenta soluções, colocando à prova uma perspetiva de melhoria do objeto, mas na verdade temos uma lei que gerou problemas”, criticou Souto.

Jorge Luiz contou o conceito básico de emprego. Segundo ele, a palavra emprego veio da subordinação, “é um conceito teórico criado no século XIX, na França, para vincular as minas de carvão aos acidentes de trabalho. Ali tinham pessoas acidentadas em que os donos das minas não tinham responsabilidades nenhuma”.

O conselheiro e diretor das Subseções da ESA/DF, Antonio Rodrigo, observou que a advocacia passa por um tempo de mudanças. “Nós observamos cada vez mais a necessidade da advocacia em refletir, criticar, e em estudar cada vez mais todas as modificações que vêm sendo feitas ao Direito do Trabalho”.

Compuseram a mesa de abertura o diretor tesoureiro da OAB/DF, Antonio Alves, o conselheiro e diretor das subseções da ESA/DF, Antonio Rodrigo, os conselheiros Seccionais Dino Andrade, Marcone Guimarães, Fernando Russomano, Denise Rodrigues e a membro da Comissão de Direito do Trabalho, Janaina Guimarães.

OAB/DF participa da cerimônia de posse da nova diretoria do TRT-10

Representando a presidência da Seccional, o diretor tesoureiro da OAB/DF, Antonio Alves, participou da cerimônia de posse da nova diretoria do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10). As desembargadoras Maria Regina Machado Guimarães e Márcia Mazoni Cúrcio Ribeiro, assumiram, respectivamente, os cargos de presidente e vice-presidente do TRT-10, na tarde de sexta-feira (23).

Em seu discurso, o diretor da OAB/DF registrou em sua saudação que a Ordem dos Advogados e a Associação dos Advogados Trabalhistas do DF têm tido uma excelente relação com o Tribunal, agradeceu os pleitos atendidos pela Casa e desejou que a harmonia se mantenha na próxima gestão. “Como estamos sempre conversando, alguns problemas são resolvidos antes mesmo de acontecerem e os advogados trabalhistas não precisam enfrentar grandes problemas. O trabalho é conjunto”, garantiu Antonio Alves.

Sobre as alterações trazidas pela reforma trabalhista, Alves afirmou que “a advocacia espera e acredita que a Corte possa ajudar a sociedade, aos trabalhadores e ao movimento sindical, para que sofram menos impactos com as alterações”.

A desembargadora Maria Regina, presidente empossada, falou da esperança da retomada do papel de destaque da Justiça Trabalhista no cenário nacional, com a valorização da magistratura. “Avançaremos sempre abertos ao diálogo franco e democrático com todas as instituições essenciais à eficaz administração”, assegurou, por fim, a nova presidente do TRT10.

Já a presidente da Amatra10, juíza Rosarita Caron, disse que a composição atual da cúpula da Décima Região, no mês de comemoração e homenagem às mulheres, é muito emblemática. Para ela, ainda persiste no cenário do século 21 a discriminação de gênero, embora tenha diminuído no serviço público. Em seu discurso, a magistrada pontuou numericamente a desigualdade de oportunidades que faz com que mulheres sejam minorias em cargos de poder. “Vejamos o exemplo da nossa casa trabalhista. No Primeiro Grau, onde o ingresso se dá por concurso público, das 86 vagas da Décima Região, 46 são preenchidas por mulheres, ou seja, 53,48%. A partir do Segundo Grau, onde se inicia a nomeação pelo Executivo, registro verdadeiro absurdo. De 17 desembargadores, seis são mulheres. Portanto, 35%. No TST, de 27 ministros, apenas seis mulheres são ministras, percentual de 22%”, alertou a juíza.

Emoção na despedida

Ao discursar pela última vez como presidente do TRT10, o desembargador Pedro Luís Vicentin Foltran contou que refletiu muito nos últimos dias de sua gestão sobre a forma de conduzir seus pensamentos nessa etapa de transição. O magistrado agradeceu a todos pelo apoio e focou sua fala em três substantivos: felicidade, gratidão e esperança. “Não que nosso Tribunal tenha sido, ou seja, perfeito. Muito longe disso. Mas nós demonstramos a capacidade de mudar e de melhorar a nossa própria vida e, principalmente, as daqueles que buscam os nossos serviços. Se eu lhes tivesse dito dois anos atrás que superaríamos a maior recessão da nossa história, talvez dissessem que estávamos querendo demais. Crescemos nos erros e nas dificuldades. Nelas desenvolvemos nossa capacidade ilimitada de encarar o risco e toda essa reinvenção significou que nos preparamos cada vez mais para enfrentar o futuro”, concluiu.

A diretoria comandará o Tribunal no biênio 2018/2020. Também estiveram presentes da cerimônia de posse os conselheiros Seccionais Alessandra Camarano, Denise Rodrigues, Dino Andrade e Wanderson Menezes.

Com informações do TRT10

Advocacia e Estado democrático de Direito são enfatizados em entrega de carteiras

“O Direito, meus queridos paraninfados, não se aperfeiçoa tão somente agregando ideais e princípios novos, mas sobretudo não se desgarrando dos velhos princípios. Nada mais atual essa exortação, pois o Brasil atravessa uma das mais emblemáticas fases de sua história, justamente por conta da não observância de princípios legais indeclináveis”, destacou a paraninfa da solenidade de entrega de carteiras e presidente da Associação Brasileira de Advogadas (ABRA), Meire Lucia Gomes Monteiro, nesta segunda-feira (26), na sede da OAB/DF.

Meire Lucia ainda enfatizou que uma das ‘belezas da profissão’, é justamente “em momentos terríveis como este em que atravessamos, em que toda construção de um Estado democrático de Direito periga ir ao chão, que descortina a importância de nós, advogados e advogadas, bem assim a relevância da OAB”.

O presidente da OAB/DF, Juliano Costa Couto, disse que não há instituição que tenha feito mais por esse país e pelo Estado democrático de Direito do que a Ordem dos Advogados do Brasil. “Fomos, sim, a carreira que mais se destacou. Devemos todos ler, no mínimo uma vez por semana, os dez mandamentos de Eduardo Couture”, afirmou Costa Couto. “Vossa Excelências serão agora a voz e os ouvidos da Casa da democracia, a Ordem dos Advogados do Brasil”.

O orador da turma, Juliano Gomes Aveiro, enfatizou em seu discurso que a advocacia é a mais nobre de todas as profissões. “O cidadão brasileiro, quando procura um advogado, busca, nada mais nada menos, do que colocar sua vida em ordem. E é por isso que devemos entender que é nossa obrigação dedicar o maior empenho possível à solução dos conflitos que a nós e confiado”, disse ao completar que “o zelo com a causa não deve ser medido pelo tamanho dos honorários, mas sim pelos princípios mais nobres e respeitáveis que a ética nos impõe”.

Ainda compuseram a mesa da solenidade, os diretores da OAB/DF: a vice-presidente, Daniela Teixeira; o secretário-geral, Jacques Veloso e o diretor-tesoureiro, Antonio Alves; os conselheiros Ildecer Amorim, Maria Dionne, Ewan Teles, Felipe Bayma, Marcelo Cunha; os presidentes das Subseções do Núcleo Bandeirante e de São Sebastião, Sebastião Duque e Valcides José, respectivamente; o conselheiro da Subseção de Taguatinga Paulo Jozimo; o advogado criminalista Thiago Bozza; a secretária-adjunta da mulher, igualdade racial e direitos humanos do GDF, Joana Melo;o secretário-geral adjunto da Comissão de Apoio ao Advogado Iniciante, Lucas Azoubel; a ex-conselheira e vice-presidente da Associação Brasileira de Advogados, Magda Ferreira; o presidente da Comissão Criminal da Ceilândia, Tiago Rodrigues Braga e o advogado Carlos Motta.