OAB/DF sedia 1° Simpósio Internacional de Direito Animal

Nos dias 01 e 02 de agosto, a Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) realizou o 1° Simpósio Internacional de Direito Animal do Distrito Federal, por meio de sua Comissão de Defesa dos Direitos dos Animais. O simpósio teve como foco principal difundir e consolidar o Direito Animal brasileiro, com a participação de diversas autoridades na temática. 

De acordo com o presidente da Comissão de Defesa dos Direitos dos Animais da OAB/DF, Arthur Regis, “o evento é resultado do esforço contínuo da Comissão, juntamente com outros parceiros, que reconhecem a relevância e urgência de debater o tema animal, que está diretamente ligado a diversos aspectos da vida diária da sociedade, tais como família multi espécie, guarda responsável, dietas alimentares, testes de produtos em animais, entre outros,” expressou.

Durante a abertura da conferência, Ana Paula Vasconcelos, vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos dos Animais da OAB/DF, afirmou que o congresso “é uma grande oportunidade para dialogarmos sobre os avanços e as deficiências que encontramos no ordenamento jurídico e na aplicação das normas relacionadas ao tema. Nosso objetivo é envolver os diversos operadores do direito em reflexões sobre uma área de tamanha importância, que repercute diariamente na sociedade.” 

O Simpósio de Direito Animal e suas Conexões Jurídicas

Durante os dois dias do evento, foram abordados diversos temas relevantes relacionados ao Direito Animal e suas conexões com outras áreas jurídicas. Os painéis apresentados incluíram:

  • Direito Processual Animal: Ministrado por Vicente de Paula Ataide Junior, professor de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), esse painel tratou de questões essenciais sobre os procedimentos legais relacionados aos direitos dos animais.
  • Direito Animal: Intersecções com o Direito Constitucional e com as Políticas Públicas:* Camila Prado, presidente da Comissão de Direito Animal da Associação Brasileira de Advogados, conduziu esse painel, explorando as conexões entre o Direito Animal, o Direito Constitucional e as políticas públicas.
  • Direito Animal e Direito Ambiental — Intercorrências e Desafios: Palestrado por Vanessa Negrini, diretora do Departamento de Proteção, Defesa e Direitos Animais do MMA, e Roberto Cabral, Analista Ambiental do IBAMA, essa discussão aprofundou as interseções e os desafios enfrentados ao conectar o Direito Animal com o Direito Ambiental.
  • Saúde Única em um Contexto Pandêmico: Conduzido pelos advogados e professores de Direito Animal, Rogério Rammê e Yuri Fernandes Lima, esse painel abordou a importância da abordagem de saúde única, reconhecendo a interdependência entre a saúde humana, animal e ambiental, especialmente em um contexto pandêmico.

No primeiro dia do evento, o palestrante Vicente de Paula Ataide Junior falou sobre o direito dos animais. Em sua colocação, ele ressaltou que “estamos construindo uma nova tecnologia de proteção animal pela consideração desses seres vivos como sujeitos de direitos. Temos, no Brasil, um exuberante conjunto de fontes normativas que possibilitam afirmar que animais não são coisas, são sujeitos de direitos. Assim sendo, eles merecem respeito por uma questão de justiça, não por piedade ou compaixão. Mais do que isso: se animais têm direitos, têm também a possibilidade de defender esses direitos perante o Poder Judiciário. É o que chamamos de Judicialização do Direito Animal.”

Já a presidente da Comissão de Direito Animal da Associação Brasileira de Advogados, Camila Prado, abordou a dignidade animal no Brasil. Em sua fala, a advogada observou a necessidade de “conscientizar a população em relação à implementação de políticas públicas efetivas, principalmente para o controle populacional, educação e conscientização dos tutores sobre a guarda responsável. Essa conquista animal será alcançada através da implementação de políticas públicas efetivas, promovidas pelos municípios, pelo estado e por todos no Brasil,” afirmou.

Finalizando o simpósio, o segundo dia de evento tratou, em especial, da Saúde Única em um contexto pandêmico. O advogado e professor de Direito Animal, Rogério Rammê, destacou, dentro do painel, a realidade e o problema social dos animais comunitários. “Animais comunitários são aqueles que vivem em situação de rua e estabelecem laços de dependência com cuidadores comunitários, pessoas da comunidade que fornecem cuidados básicos para seu bem-estar. Isso difere dos animais abandonados, que teoricamente têm o poder público como seu responsável,” disse Rogério. 

O advogado afirmou ainda que “os cuidadores comunitários cumprem um papel que, em teoria, caberia ao Estado. Eles garantem os cuidados básicos e a manutenção desses animais em vida livre, e é importante reconhecer seu papel fundamental. No entanto, é preciso garantir que os animais comunitários têm direitos e são protegidos, permitindo que continuem habitando seus territórios, sem serem tratados como animais de segunda classe,” concluiu.

Confira as fotos do evento

Comunicação OAB/DF — Jornalismo

Conselho Pleno da OAB/DF empossa novos conselheiros

Nesta quinta-feira (03/08), ocorreu a 34ª Sessão Ordinária do triênio 2022/2024 do Conselho Pleno da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados (OAB/DF). Durante essa sessão, o presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Jr., e o Conselho da Seccional empossaram os novos conselheiros, sendo: André Luís Callegari, Carolina Reis Magalhães e Murilo Soares de Castilho.

Na mesma ocasião, o conselheiro Luís Landers assumiu a presidência da Comissão de Fiscalização da Atividade Profissional da Advocacia da OAB/DF, enquanto o advogado Thiago Holanda Barbosa foi empossado como diretor da Caixa de Assistência dos Advogados do Distrito Federal (CAADF).

O presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Jr., expressou sua satisfação com os empossados, afirmando: “É com grande orgulho que empossamos os novos conselheiros da OAB/DF, que certamente contribuirão significativamente para a atuação da nossa Casa.”

Comunicação OAB/DF — Jornalismo

Conselho Federal atende OAB/DF e cobra STF em defesa das Prerrogativas dos Advogados

Na busca de garantir o pleno exercício da advocacia e o respeito ao devido processo legal, o presidente da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF), Délio Lins e Silva Jr, oficiou o presidente do OAB Nacional, Beto Simonetti, solicitando auxílio e apoio em questões cruciais relacionadas a constantes problemas enfrentados pela advocacia na condução dos processos no Supremo Tribunal Federal (STF) referentes aos atos do dia 08 de janeiro.

Segundo a declaração enviada pela OAB/DF ao presidente da OAB Nacional, a atuação dos advogados no STF tem enfrentado desafios significativos e violações de suas prerrogativas profissionais, especialmente nos processos relacionados aos eventos de janeiro de 2023.

Dentre as questões preocupantes, destaca-se a limitação de tempo concedida aos advogados para atenderem seus clientes presos antes das audiências de instrução e julgamento. Com apenas 5 a 7 minutos reservados para esses encontros, a defesa plena dos acusados fica prejudicada. Adicionalmente, a dificuldade em realizar atendimentos prévios aos presos, devido ao funcionamento regular da unidade prisional e questões estruturais, agravam a situação.

Leia o ofício enviado ao presidente do CFOAB

O presidente da OAB/DF apresentou relatos de advogados atuantes no STF, denunciando intimações inoportunas para audiências, ausência de intimações em tempo hábil para a preparação da defesa e tempo insuficiente para o atendimento reservado aos clientes presos antes das audiências de instrução e julgamento.

O presidente Délio Lins e Silva Jr., ressalta que “as prerrogativas dos advogados são instrumentos essenciais para o exercício efetivo da advocacia, e a sua preservação é fundamental para o bom funcionamento do sistema de justiça. A OAB atuará incansavelmente na defesa dessas prerrogativas, pois são pilares fundamentais do Estado de Direito e contribuem para a construção de uma sociedade justa e equilibrada,” pontuou.

Diante de todas as questões apontadas pela Seccional, o presidente Beto Simonetti, elaborou e oficiou o Ministro do STF, Alexadre de Moraes, afirmando que “a OAB Nacional segue vigilante para assegurar à advocacia e à cidadania brasileira o cumprimento estrito da lei e das garantias fundamentais.” O documento enviado pela OAB Nacional ainda pontua que “o papel institucional da OAB é de garantir o exercício livre e pleno da advocacia, a proteção dos direitos fundamentais, bem como de zelar pela estrita aplicação da lei.”

Confira o ofício encaminhado do CFOAB ao Ministro Alexandre de Moraes

Para o diretor de prerrogativas da OAB/DF, Newton Rubens, “a advocacia reitera seu compromisso em garantir os direitos fundamentais dos profissionais da área e de todos os cidadãos envolvidos nos processos, e espera que o diálogo entre a OAB, o Conselho Federal e o STF resulte em medidas que fortaleçam as prerrogativas dos advogados e assegurem um processo justo e equitativo para todas as partes envolvidas,” completou.

Comunicação OAB/DF — Jornalismo

CCJ da Câmara aprova PL que desobriga antecipação de custas para a execução de honorários

A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, na tarde desta terça-feira (1°/8), um Projeto de Lei (PL) de grande interesse da advocacia. Segundo a proposta, os advogados e advogadas não precisam pagar custas antecipadamente no caso de execução de honorários. Agora, o texto segue para a análise do Plenário da Casa Legislativa.

O Projeto de Lei 4538/2021 é de autoria da deputada Renata Abreu (Podemos-SP) e de relatoria do deputado Rubens Pereira Júnior (PT-MA), com parecer favorável. Na justificação, Renata Abreu ressalta: “O objetivo desta proposta é garantir os meios necessários ao exercício da advocacia, tendo em vista sua importância para a solução dos conflitos, como instrumento de pacificação social”. 

A redação inicial do projeto previa o acréscimo de um parágrafo (§ 3º) ao art. 82 (caput) do Código de Processo Civil, para estabelecer que “na execução de honorários advocatícios, o advogado ficará isento de pagar custas processuais”. 

O projeto foi aprovado pela Câmara em 2018 e encaminhado ao Senado, que modificou a redação do referido dispositivo. No substitutivo, foi feito o seguinte texto: “Nas ações de cobrança por qualquer procedimento, comum ou especial, bem como nas execuções ou cumprimentos de sentença de honorários advocatícios, o advogado ficará dispensado de adiantar o pagamento de custas processuais e caberá ao réu ou executado suprir, ao final do processo, o seu pagamento, se tiver dado causa ao processo”.

No parecer aprovado hoje na CCJ, o relator Rubens Pereira Júnior afirmou que são importantes as alterações feitas e ressaltou a natureza preponderantemente alimentar dos honorários advocatícios. 

“Não se pode deslembrar que, quando resultam frustrados a ação, cumprimento de sentença ou execução relativa a dívida de honorários advocatícios, não se encontrando bens do devedor para o seu pagamento, o advogado, além de ser privado da remuneração pelos serviços prestados – entre os quais se inclui o trabalho dispendido para cobrança judicial dos honorários advocatícios, suporta os ônus decorrentes de ter adiantado as custas judiciais”, disse, no texto. 

No momento da votação, o deputado Victor Linhalis (Podemos-ES) apoiou o projeto e fez a leitura do parecer do relator. “Dessa forma, entendemos pela aprovação tendo em vista que a advocacia é essencial ao exercício da Justiça, que a classe da advocacia já vem sofrendo quando não consegue receber os honorários aos quais fazem jus, e aí ser duplamente penalizada tendo que adimplir as custas judiciais de forma antecipada seria dobrar a punição que esse trabalhador já tem sofrido. E os honorários têm caráter alimentar e a aprovação faz justiça a toda a classe dos advogados do Brasil”, acrescentou o parlamentar.

Comunicação OAB/DF com informações da OAB Nacional

Após pleito da OAB, Banco do Brasil anuncia redução de prazos para pagamento de alvarás

Os prazos para o levantamento de precatórios, alvarás e requisições de pequeno valor (RPVs) no Banco do Brasil serão limitados a 48 horas, garantia dada pela instituição pública após pleito da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Até então, o tempo de espera para a quitação de alvarás, em alguns casos, era superior a 10 dias.

“É um avanço que beneficia a advocacia, que pode prestar um atendimento mais qualificado ao cidadão”, destaca o presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti.

Em situações de grandes remessas para pagamentos, o prazo para o pagamento pode chegar a 96 horas. Para quitação de valores em espécie, com exceção de pequenas quantias, o prazo para a liberação é de 72 horas.

O Banco também anunciou o atendimento à reivindicação da OAB para a retomada do convênio com as seccionais para o pedido de resgate de valores por e-mail, quando não houver sistema de interligação. A solicitação virtual dispensa a presença do advogado nas agências. Para a quitação de honorários advocatícios, as exigências serão simplificadas, podendo ser solicitada apenas a partir do pedido de documento de identificação oficial, salvo exceções previstas pelo Conselho da Justiça Federal (CJF).

“Conseguimos resolver diversas pautas junto ao Banco, que se colocou à disposição da OAB para pleitear avanços que dependem de outras instituições. Nosso foco será esse a partir de agora”, relata o diretor-tesoureiro da OAB Nacional, Leonardo Campos.

Entre os pleitos da OAB, está a construção de soluções para dar mais agilidade ao pagamento de alvarás, sem a necessidade de apresentação de certidões adicionais. O tema será encaminhado para o CJF, que possui regramento neste sentido, para a construção de uma alternativa que beneficie a celeridade na liberação de valores.

As respostas do Banco do Brasil serão debatidas com o Colégio de Presidentes de Seccionais e com a Procuradoria Nacional de Prerrogativas.

Interlocução

Em junho, um encontro foi realizado entre a OAB e o Banco do Brasil, na sede do Conselho Federal, em Brasília. Na ocasião, representantes da Ordem relataram as dificuldades encontradas pela advocacia nas agências e indicaram possíveis soluções para questões burocráticas e tecnológicas.

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Comunicação OAB/DF com informações da OAB Nacional

OAB/DF recebe 93 novos advogados e presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, prestigia cerimônia

Em duas cerimônias emocionantes, a Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) realizou nesta terça-feira (01/07) dois atos solenes para receber xx novos profissionais no quadro de Ordem. Pela manhã, 47 advogados e advogadas prestaram o juramento da advocacia, enquanto, pela tarde, 46 outros se comprometeram a seguir o Código de Ética e Disciplina da OAB.

Solenidade da manhã

Iniciando a solenidade, Délio Lins e Silva Júnior, presidente da OAB/DF, ressaltou o valor da ética e seriedade no trabalho dos advogados. “Tenham sempre seriedade ao tratar cada caso e levem a sério esse trabalho, sempre com ética. A maratona da advocacia leva muito tempo, mas para destruir é um sopro, o que pode acabar com a carreira de vocês. Tomem muito cuidado e tenham certeza de que sempre terão uma instituição forte. Uma instituição que lutará por vocês 24 horas por dia, 365 dias por ano, e é isso que é a nossa Casa,” declarou.

Em seu discurso, Maiara Alves de Sousa Xavier, oradora da turma, compartilhou com os colegas as atribuições da carreira na advocacia. “Ser advogado ou advogada é poder representar e empenhar-se em questões legais. Quando cada um de nós escolhemos essa profissão, assumimos o importante compromisso em garantir a aplicação da lei e resguardar o direito daqueles que necessitarem ou provocarem o judiciário. O compromisso com a advocacia que cada um de nós assumimos hoje, é o resultado de uma grandiosa escolha, para executar no amanhã com ética e moral.”

Na celebração, Jefferson Carús Guedes, paraninfo da turma, expressou aos novos advogados que “a jornada é repleta de desafios e expectativas. Certamente, ouvirão muitas recomendações e conselhos. Porém, minha principal mensagem é que sigam seus próprios princípios e valores, e não se deixem guiar apenas pelo que os outros dizem. Acredito que cada um de vocês tem o potencial para tornar-se um membro valioso e educado desta nobre profissão, que vai além do mero comércio por um dia de pagamento. Você deve se esforçar para superar a inércia e as dificuldades do dia a dia, em busca da justiça e do respeito pelos direitos humanos.”

Solenidade da tarde

Em nome da diretoria, a vice-presidente da OAB/DF, Lenda Tariana, encerrou a cerimônia ressaltando a importância de reconhecer sua própria trajetória. “uma etapa se encerra, uma nova etapa se inicia, hoje, aqui. Eu tenho certeza que todo mundo enfrenta dificuldades para chegar até aqui, e seu obstáculo é diferente do colega. Mas todo mundo se superou para chegar até aqui. A partir do momento que você olha para sua história com carinho, com emoção, com sensibilidade, cada passo que você der se torna uma grande vitória. Eu tenho certeza de que vocês vão poder olhar para o futuro esperançosos e que cada pequeno passo que você der vai ser transformador em sua vida, porque já vai ser uma grande vitória.”

Emocionada, a oradora da turma, Sara Brandão Dourado, pontuou em seu discurso que “a advocacia não é uma tarefa para covardes, como Sobral nos fala. Sejamos corajosos para explorar esse novo caminho em nossas vidas e recebê-lo com o pé direito. Apenas uma das tantas vitórias que estão por vir. Por fim, desejo que todos alcancem grandes conquistas e celebrem cada uma delas, mesmo que sejam difíceis, deixando suas marcas na sociedade para contribuir e torná-la mais justa e igualitária, com alegria e coragem,” expressou.

Em um discurso comovente, o paraninfo da ocasião e presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, observou a necessidade de ser grato por todo caminho até a coquista da carteira da Ordem. “Hoje não é apenas uma vitória para os colegas e colegas advogados que recebem suas credenciais. É uma vitória de todos aqueles que caminharam juntos, conviveram e compartilharam suas angústias. Não há sentimento que descreva esse momento, senão a gratidão! Não há nada na vida mais belo do que ser grato. Ser grato não é apenas durante os bons momentos, pois isso é fácil. É ser grato e reconhecer todos que atravessam conosco como tempestades que a vida nos impõe,” comemorou.

Confira fotos da solenidade da manhã/tarde

Comunicação OAB/DF — Jornalismo

OAB publica edital para formação de lista sêxtupla ao TRF-2

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB) publicou em seu Diário Eletrônico, nesta terça-feira (1º/8), edital de abertura de inscrições ao processo seletivo de formação da lista sêxtupla para o preenchimento da vaga destinada à advocacia no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2). O prazo para se inscrever começa em 24 de agosto de 2023 e termina em 22 de setembro de 2023.

O TRF-2 tem competência sobre os territórios do Rio de Janeiro e Espírito Santo, e a vaga surgiu em decorrência da posse do desembargador Messod Azulay Neto como ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Os advogados e advogadas interessados devem formalizar o pedido de inscrição por meio de requerimento ao presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil acompanhado da documentação descrita no edital

Entre as condições para a inscrição, os postulantes à vaga devem ter notório saber jurídico e  reputação ilibada, além de comprovar o efetivo exercício profissional da advocacia por mais de 10 anos anteriores ao requerimento.

Serão incluídos na lista os seis candidatos que obtiverem metade mais um dos votos das delegações presentes, na data da escolha. Em caso de empate, será escolhido aquele que detém a inscrição mais antiga e, persistindo o empate, o mais idoso.

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Comunicação OAB/DF — Jornalismo

Advocacia dativa em debate: OAB/DF promove palestra com TJDFT e SEJUS/DF e colegas sugerem criação de comissão

Com o objetivo de debater a atual situação do advogado dativo, a Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) promoveu nesta segunda-feira (31/07) uma palestra sobre o sistema de cadastramento para atuação na advocacia dativa, por meio do Programa Justiça Mais Perto do Cidadão. A iniciativa abordou os desafios e perspectivas da advocacia dativa, bem como a criação de uma comissão dedicada a essa área.

O evento conto com a presença de Marcela Passamani, secretária de Estado de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (SEJUS/DF), Jaime Santana de Sousa, secretário-Executivo da SEJUS/DF, Eduardo Rosas, juiz Auxiliar da Corregedoria do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), Pedro Zago, coordenador do Programa Justiça Mais Perto do Cidadão (SEJUS/DF), o secretário-geral da OAB/DF, Paulo Maurício Siqueira, e também o secretário-geral da Caixa de Assistência aos Advogados do Distrto Federal (CAADF), Márcio Oliveira.

Eduardo Rosas, juiz auxiliar do TJDFT, deu início ao evento destacando a eficácia social da advocacia dativa. “Atualmente, temos 167 profissionais já nomeados como advogados dativos em mais da metade das circunscrições do TJDFT. E quem mais faz a nomeação de advogado dativos, é um juizado de violência doméstica e familiar contra a mulher de Ceilândia. Isso demonstra a relevância social do programa, porque estimula o início do exercício da advocacia, mas, ao mesmo tempo, presta o atendimento nessa questão de natureza social,” pontuou.

Em sequência, a secretária de Estado de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (SEJUS/DF), Marcela Passamani, observou as vantagens e impactos da advocacia dativa no contexto jurídico e social. “Sabemos que é difícil ter essas experiências no início da nossa carreira. E aqui você tem a possibilidade, na advocacia dativa, de aprender, sendo remunerado, defendendo e atuando. Essa é uma abordagem muito atenta, pois entendemos a importância de impulsionar a economia, aumentar a produtividade e desencadear uma série de reações econômicas em cadeia. Tudo isso reflete o olhar do Estado perante a população.”

Reiterando o compromisso entre a Ordem e Secretaria de Justiça, o secretário-geral da OAB/DF, Paulo Maurício Siqueira, afirmou: “Através dessa colaboração, reafirmamos publicamente o comprometimento do Tribunal de Justiça, da Secretaria de Justiça e da OAB em fazer o programa funcionar. Nosso objetivo é estender esse serviço para atividades consultivas e preventivas, garantindo um atendimento efetivo à população mais necessitada. Com mais de dois mil inscritos até o momento, temos uma equipe ávida por ser nomeada, e acreditamos que, com o trabalho conjunto do Tribunal de Justiça, veremos melhorias significativas nas próximas semanas,” disse.

Já o coordenador do Programa Justiça Mais Perto do Cidadão, Pedro Zago, alertou aos presentes sobre o envio das documentações solicitadas no programa. “Os principais pontos de atraso para efetivar o cadastro estão relacionados a documentos. Às vezes, falta alguma informação ou comprovante de residência, e por vezes, temos casos em que o endereço é cortado do documento, ou que nos impossibilita de realizar o cadastro completo. Outra questão é quando as cópias dos documentos. que por vezes podem estar ilegíveis, dificultando o processo de cadastro efetivo.”

Ele ainda reforçou a importância do processo para a efetivação do advogado dativo. “Entendemos que esses requisitos podem parecer controlados, mas são importantes para garantir a veracidade das informações e a regularidade dos cadastros. Estamos à disposição para auxiliar os advogados em todo o processo e sanar qualquer dúvida relacionada aos documentos necessários para o cadastro,” explicou.

Comissão de apoio e acompanhamento da advocacia dativa

Buscando aprimorar e fortalecer a advocacia dativa, colegas presentes sugeriram a criação da comissão de apoio e acompanhamento da advocacia dativa, focada especificamente nessa área. Essa iniciativa representa um passo crucial para assegurar que os serviços jurídicos se tornem cada vez mais efetivos e abrangentes.

Para o secretário-geral da OAB/DF, Paulo Maurício Siqueira, a ideia é excelente e será muito bem recebida pela direção da OAB/DF: “precisamos criar mecanismos de diálogo para mostrar às pessoas como é o funcionamento do programa em nosso ponto de vista e, principalmente, ouvir quem está na ponta e está vendo o que não está funcionando, para assim aprimorarmos cada vez mais a advocacia dativa.”

Cadastramento

Os advogados interessados devem se cadastrar no programa por meio do site: https://justicamaispertodocidadao.sejus.df.gov.br/

Acesse as fotos do evento

Comunicação OAB/DF — Jornalismo

OAB oficia Casa Civil para retificar trechos do Estatuto da Advocacia em site do Planalto

A OAB Nacional enviou ofício à Casa Civil pedindo a retificação de alguns trechos do Estatuto da Advocacia (Lei n. 8.906/1994) no site do Planalto em que são divulgadas as normas em vigor no país, em razão de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

Um dos dispositivos é o artigo 7º, inciso IX, que se encontra inteiramente taxado no site. O que é incorreto, de acordo com o pedido da Ordem, uma vez que apenas parte da normativa foi suprimida, sendo considerada inconstitucional após o julgamento da ADI 1.127-8 e da ADI 1.105-7 pelo STF.

O texto deve, portanto, ser publicado da seguinte forma:

Art. 7º São direitos do advogado: (…) IX – sustentar oralmente as razões de qualquer recurso ou processo, nas sessões de julgamento, após o voto do relator, em instância judicial ou administrativa, pelo prazo de quinze minutos, salvo se prazo maior for concedido; (Vide ADIN 1.127-8) (Vide ADIN 1.105-7).

O ofício pede, também, a taxação do disposto nos §§ 3º e 4º, ambos do artigo 28 da Lei n. 8.906, incluídos pela Lei n. 14.365/2022. “Apesar de fazerem referência à ADI 7.227, encontram-se como se vigentes o fossem. No entanto, da análise do que restou decidido pelo STF ao julgar a referida ação, verifica-se que a Suprema Corte declarou a inconstitucionalidade dos citados dispositivos”, afirma o texto assinado pelo presidente nacional, Beto Simonetti.



Comunicação OAB/DF com informações da OAB Nacional

OAB pede à PF que advogados tenham acesso mais rápido a cópias de inquéritos

O Conselho Federal da OAB pediu à Polícia Federal que garanta acesso imediato a autos de inquéritos policiais e demais procedimentos a advogados e advogadas. A entidade manifestou preocupação em relação às prerrogativas da advocacia no âmbito da instituição pelo aumento do tempo de análise dos pedidos feitos por advogados e advogadas para terem acesso a cópias de peças de procedimento policial. A PF estendeu o prazo de 48h para três dias para a defesa obter cópia de inquérito policial.

As ponderações foram feitas por meio de ofício enviado ao diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, na quarta-feira (26/7). O documento é assinado pelo presidente do CFOAB, Beto Simonetti, e pelo procurador nacional de Defesa das Prerrogativas, Alex Sarkis. A OAB Nacional pede que a PF adote providências para que a advocacia tenha acesso às informações dos jurisdicionados o mais rápido possível.

O presidente Beto Simonetti destaca que o Conselho Federal está atento à defesa das prerrogativas em todas as instâncias do Poder Judiciário e demais instituições. “Temos atuado incansavelmente nesse sentido. Nós nos manteremos vigilantes e atuaremos institucionalmente para que todas as prerrogativas da advocacia sejam respeitadas”, afirmou.

Para Alex Sarkis, eventuais restrições às prerrogativas dos advogados não afetam somente a classe, mas toda a sociedade. “Trata-se de um obstáculo ao próprio equilíbrio necessário ao Estado Democrático de Direito, considerando que o advogado desempenha papel essencial na defesa dos direitos e liberdades fundamentais de seus representados, como já reconhecido pela Constituição da República”, ressalta.

Histórico

O prazo de 48 horas havia sido estabelecido em 7 de novembro de 2016, na Instrução Normativa n. 108-DG/PF, com o objetivo de regulamentar a atividade de polícia judiciária da Polícia Federal. No início do ano seguinte, o ato normativo foi alterado, conforme redação publicada no Boletim de Serviço n. 001, fixando o período de três dias.

A Lei n° 13.245, de 2016 alterou o art. 7º do Estatuto da Advocacia e da OAB e ampliou os direitos do advogado, garantindo o exame de autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza em instituição responsável por conduzir investigação.

“Nota-se, então, que a lei federal que regulamenta a matéria não traz previsão de prazo para a concessão, ao advogado, das cópias de procedimento policial, razão pela qual não pode a instrução normativa criar previsão inexistente na legislação, prejudicando o trabalho do advogado, uma vez que o prazo estipulado na norma retarda a análise do feito pelo profissional contratado pelo investigado”, diz o CFOAB no documento.

O ofício também cita a súmula 14, do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo a qual “é direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa”.


Comunicação OAB/DF com informações da OAB Nacional