Comissão de Prerrogativas aprova desagravo de advogado desrespeitado durante julgamento

Com objetivo defender as prerrogativas da advocacia do Distrito Federal, a Comissão de Prerrogativas da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) realizou a 27ª sessão ordinária na última terça-feira (03/05). A reunião ocorreu na Subseção de Ceilândia e, na ocasião, foi aprovado o desagravo em favor do advogado Anderson Pinheiro da Costa.

Relembre o caso

O desagravo aprovado trata-se de pedido de providências formulado pelo advogado Anderson Pinheiro da Costa em face de um promotor de justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). O requerente narra que no dia 09 de fevereiro de 2023, em sessão do tribunal do júri na sede do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), estava exercendo a defesa de seu cliente quando, durante a fala da defesa nos debates orais, o requerente teria se refererido a outro processo, em que a vítima respondia à acusação pelo crime de homicídio tentado.

Posteriormente, o promotor, que estava presente na sessão como orientador de um promotor de justiça recém-empossado, começou a proferir ofensas em público, chamando-o de mau-caráter e desleal em voz alta, devido à ausência dos documentos mencionados que não haviam sido anexados aos autos anteriormente.

Diante da atitude do requerido, o advogado Anderson se dirigiu ao promotor exigindo respeito e que parasse de se comportar daquela forma. Desde então, o promotor começou a agir de forma homofóbica e grotesca, proferindo diversas ameaças de agressão física ao requerente. Anderson, alega, ainda, que o promotor requerido precisou ser contido pela segurança do Tribunal, por solicitação da juíza que presidia o ato.

Os seguranças do Tribunal mandaram todos pararem de registar o incidente e até pressionaram algumas pessoas. Além disso, as pessoas presentes também tiveram que mostrar a galeria de imagens de seus celulares e apagar o que havia sido registrado, sob ameaças que não foram especificadas. A juíza que conduzia o ato, que estava sendo a responsável, escreveu na ata apenas que as partes estavam discutindo com animação, sem detalhar o que aconteceu, ao pensar que tudo já havia sido registado. No entanto, a gravação completa não foi incluída nos documentos, apenas os depoimentos.

Anderson Pinheiro afirmou que o promotor em questão “usou de ofensas dirigidas a mim, expôs minha vida íntima para inúmeras pessoas, com a clara intenção de me diminuir perante o conselho de sentença, além de ameaçar reiteradas diversas vezes que iria meter a mão na minha cara.” O advogado, ainda, lamentou a situação e expôs sua aversão ao ocorrido. “Nunca pensei que seria tão ultrajado durante o exercício de minha atividade profissional simplesmente porque um promotor estava com seu ego ferido por perceber que não teria êxito em sua sanha acusatória.”

Acolhimento

Para o procurador-geral da Comissão de Prerrogativas da OAB/DF, Inácio Alencastro, “o desagravo deferido é extremamente importante para a advocacia, devemos enaltecer a coragem de Anderson em tomar todas as providências contra esse promotor. A OAB/DF, principalmente a Procuradoria-Geral de Prerrogativas, não se calará e tomará todas as providências cabíveis contra esse promotor. Ele cometeu uma ilegalidade, uma ofensa e um crime no exercício da sua função, quando, na verdade deveria ser o fiscal da lei”, destacou.

O relator do caso e membro da Comissão de prerrogativas, Luiz Henrique Damasceno de Moura, expressou que “o julgamento foi fundamental para reforçar o compromisso da OAB de não admitir qualquer espécie de violação às prerrogativas dos advogados, como a ocorrida no caso, com ameaças de agressão física, expondo a vida privada do profissional com objetivo de diminuir sua capacidade e importância,” disse.

Segundo Maria Victoria Hernandez Lerner, conselheira seccional e secretária-geral da Comissão de Prerrogativas da OAB/DF, “o julgamento desse caso é emblemático porque trata de uma inadmissível violação de prerrogativas com viés preconceituoso e de uma violência absurda. A galhardia do conselheiro Anderson e a coragem em trazer o caso, que envolve aspectos pessoais, para a Comissão de Prerrogativas permite a atuação efetiva e exemplar da OAB. Não podemos aceitar a violência vivenciada pelo advogado que atingiu, em verdade, toda a advocacia do Distrito Federal.”

Comunicação OAB/DF — Jornalismo

Comunicado à Advocacia: alvarás de soltura de detentos do 8 de janeiro

A Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) recebeu informações e comunica que serão cumpridos alvarás de soltura de detentos envolvidos nos atos de 08/01. Atenção para as datas, horários e locais a seguir.

Sábado, 06/05, 9h, presos no 19o Batalhão;

Sábado, 06/05, 13h30, presas na PFDF;

Segunda-feira, 08/05, 8h, presos no CDP2.

Comunicação OAB/DF

Comissão da OAB/DF conclui pela inconstitucionalidade de emenda contra agências reguladoras

No mês de março, a Comissão de Assuntos Regulatórios da Seccional Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) organizou um evento para discutir a autonomia e independência das agências reguladoras. Estiveram presentes diretores de quatro importantes entidades reguladoras do país: Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

A iniciativa da Comissão de Assuntos Regulatórios da OAB/DF contou com a presença de importantes diretores de agências reguladoras do país: Veronica Sánchez da Cruz Rios (ANA), Paulo Rabello (ANS), Guilherme Theo Sampaio (ANTT) e Ricardo Bisinotto (ANAC). O evento teve como objetivo destacar a importância da independência dessas entidades para o adequado funcionamento do mercado, a proteção dos direitos dos consumidores e a promoção do desenvolvimento econômico do país.

A partir das discussões realizadas no evento, a Comissão elaborou um parecer jurídico que concluiu pela inconstitucionalidade da Emenda n.º 54, apresentada no âmbito da Medida Provisória n.º 1.154/2021, que prevê a criação de Conselhos para a edição de atos normativos. O documento foi assinado no último mês de abril.

O parecer destaca o impacto negativo que a referida emenda teria na independência e autonomia das agências reguladoras, que têm implementado importantes mecanismos, como audiências públicas e análise de impacto regulatório. A criação de conselhos compostos por representantes dos Ministérios, das Agências Reguladoras, dos setores regulados da atividade econômica, da academia e dos consumidores para a edição de atos normativos geraria uma grande insegurança jurídica no setor e afastaria investimentos no país.

A vice-presidente da OAB/DF, Lenda Tariana, aprovou o documento elaborado pela Comissão, e ressaltou a importância da autonomia das agências para o funcionamento do mercado. “A emenda afeta a independência e autonomia das agências reguladoras, que têm implementado importantes mecanismos, como audiências públicas e análise de impacto regulatório. A criação de conselhos compostos por representantes dos Ministérios geraria uma grande insegurança jurídica no setor e afastaria investimentos no país.”

Para a presidente da Comissão de Assuntos Regulatórios, Paola Aires Corrêa Lima, “além de toda a insegurança jurídica que irá trazer a criação de um conselho com competências normativas, ele não é o melhor caminho para se garantir a transparência e participação social nos processos decisórios das Agência.”

Nesse aspecto, o secretário-geral adjunto da Comissão, Hélio Roberto Silva de Sousa, afirmou que “as Agências Reguladoras representam importante inovação jurídico-administrativa no Estado brasileiro, fulcradas na governança, participação social e decisões tomadas em colegiados técnicos, o que garante previsibilidade, segurança jurídica e tecnicidade, tão necessários a um modelo regulatório robusto, moderno e que garante o aporte de investimentos no Brasil,” pontuou.

Confira o parecer.

Comunicação OAB/DF — Jornalismo

XIV Prêmio Conciliar é Legal reconhecerá boas práticas em saúde, educação e trabalho

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) regulamentou, por meio da Portaria n. 91/2023, a XVIII Semana Nacional da Conciliação e a XIV edição do Prêmio Conciliar é Legal, que premiará os tribunais que obtiverem maior pontuação em produtividade no ano de 2023 e também durante a XVIII Semana Nacional da Conciliação. Serão contempladas boas práticas em saúde, soluções fundiárias e de moradia, superendividamento, recuperação empresarial, educação e mundo do trabalho, que buscam a solução do litígio por decisão consensual entre as partes.

Arte: CNJ

A categoria “Saúde” abarca contribuições replicáveis na área da saúde pública e privada e que versem sobre conciliação, mediação judicial ou qualquer prática autocompositiva. Prevista no Código de Processo Civil, a autocomposição é uma forma de resolução de conflitos, por meio da estruturação do diálogo, que leva as partes a fazerem concessões para chegarem a um ponto em comum.

Em “Soluções fundiárias e de moradia”, serão premiadas iniciativas que visem à regularização de assentamentos, à titulação de seus ocupantes e ao acesso à moradia, entre outras medidas para assegurar o direito social à habitação, o pleno desenvolvimento das funções sociais da propriedade urbana ou rural e o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.

Na categoria “Superendividamento”, o foco será a aplicação da conciliação e mediação na situação em que consumidores de boa-fé registram sua impossibilidade de arcar com as dívidas que contraíram, no prazo contratado, sem comprometer o mínimo para sua sobrevivência, nos termos do Código de Defesa do Consumidor (Lei n. 8.078/1990).

Em “Recuperação empresarial”, estão incluídas as iniciativas que podem ser reproduzidas na seara falimentar e recuperacional de empresas, em prestígio à segurança jurídica, à saúde do ambiente de negócios no Brasil e à preservação dos interesses de credores, trabalhadores, sócios do negócio em reestruturação, fazendas públicas e sociedade.

No tema “Educação”, também serão reconhecidos programas que versem sobre a disseminação efetiva de conhecimento sobre a Política Nacional de Solução Adequada de Conflitos com reflexos positivos no ambiente escolar ou universitário. Já na categoria “Mundo do Trabalho”, serão avaliadas contribuições replicáveis que promovam o reconhecimento ou a proteção da dignidade humana no âmbito das relações de trabalho.

Inscrições

Podem inscrever-se na modalidade Boas Práticas membros da magistratura, servidores e servidoras, profissionais que realizam a instrução em mediação e conciliação, da advocacia, de instituições acadêmicas e de ensino, tribunais, empresas ou qualquer ente privado ou público, mediante a apresentação de práticas autocompositivas executadas individualmente ou em grupo.

As inscrições de boas práticas de magistrados, magistradas, servidores e servidoras deverão ser cadastradas até o dia 29 de setembro de 2023, no eixo temático “Conciliação e mediação” do Portal CNJ de Boas Práticas do Poder Judiciário, instituído pela Portaria CNJ n. 140/2019. Para os demais proponentes, as inscrições ocorrem no período de 11 a 29 de setembro de 2023, por meio do formulário disponibilizado no portal do CNJ, de acordo com as instruções também divulgadas no portal 

Desempenho em conciliação

Os tribunais estaduais, federais e trabalhistas que alcançarem o Índice de Composição de Conflitos (ICoC) mais elevado dentro de seu segmento de Justiça serão premiados com o Prêmio Conciliar é Legal, na modalidade Produtividade, independentemente de inscrições, sendo o índice calculado para o período de 30 de novembro de 2022 a 31 de outubro de 2023.

A divulgação e os resultados do ICoC acontecerá em painel específico produzido pelo Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ) do CNJ, a partir dos dados constantes da Base Nacional de Dados do Poder Judiciário (Datajud) instituída pela Resolução CNJ n. 331/2020.

XVIII Semana Nacional de Conciliação

A XVIII Semana Nacional da Conciliação acontecerá entre os dias 6 e 10 de novembro de 2023. Será conferida “menção honrosa” aos tribunais estaduais, federais e trabalhistas que alcançarem o ICoC mais elevado dentro de seu segmento de Justiça para o período-base dos dias do evento.

A atualização do Datajud com os processos movimentados durante a XVIII Semana Nacional da Conciliação e eventuais dados porventura necessários para monitoramento dos resultados do programa deverão ser enviados ao CNJ até dia 30 de novembro de 2023.

Comunicação OAB/DF com informações do CNJ

Câmara aprova PL que inclui assédio como infração ético-disciplinar

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira (4/5), o Projeto de Lei 1.852/2023, que inclui no Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/1994) a possibilidade de suspender o direito de advogar de pessoas que praticarem assédio moral, assédio sexual e discriminação. O projeto, agora, segue para o Senado e, se aprovado, fará com que essas práticas sejam tratadas como infrações ético-disciplinares.

O presidente da Seccional do Distrito Federal, Délio Lins e Silva Jr., celebrou a aprovação do PL. Segundo ele, a expectativa é que, finalmente, essa prática reprovável do assédio seja combatida. “Sem um ambiente digno e respeitoso, é impossível exercer o ofício pelo qual as mulheres tanto se dedicaram para alcançar. Consequentemente, a sociedade é beneficiada, pois suas representantes na advocacia terão um espaço seguro para atuar. É inadmissível que assediadores continuem exercendo a profissão que requer disciplina e uma postura ética em todas as suas ações.”

A vice-presidente da OAB/DF, Lenda Tariana, também comemorou a aprovação do PL. “Estamos felizes com essa vitória, que representa muito mais do que imaginamos. A mulher advogada tem que ter segurança para exercer sua profissão e não admiremos assédio onde quer que seja. Os danos afetam a profissional coagida, seu representado e o próprio mister da nossa profissão. A aprovação do PL vem coroar um novo tempo, tempo de mudança de cultura. As próximas gerações encontrarão um espaço muito melhor graças a esse trabalho!”

O texto do projeto foi elaborado sob coordenação da Comissão Nacional da Mulher Advogada (CNMA), presidida pela conselheira federal pela OAB/DF Cristiane Damasceno, e foi apresentado à Câmara pela deputada Laura Carneiro (PSD-RJ).

“A inclusão do assédio como infração ético-disciplinar coloca a OAB em sintonia com os objetivos de Desenvolvimento Sustentável para a agenda de 2030 da ONU, que tem como objetivo eliminar todas as formas de violência contra todas as mulheres e meninas nas esferas públicas e privadas. A OAB promovendo a alteração no Estatuto da Advocacia se aproxima desse objetivo. É um grande marco para a advocacia, principalmente, para as mulheres”, disse o presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti.

A advogada Cristiane Damasceno, presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada, agradeceu aos deputados pela atenção dada ao PL. No mês passado, ela esteve na Câmara ao lado de outros integrantes da OAB para articular a aprovação do regime de urgência, que foi bem recebido pelo presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL) e aprovado pelos deputados. “A alteração do Estatuto da Advocacia para inclusão do assédio como infração ético-disciplinar é um importante avanço para nós, mulheres advogadas. Certamente será um grande legado que estamos construindo para ter uma advocacia forte, em defesa da dignidade da mulher no ambiente de trabalho”, pontuou Damasceno.

Após a redação, a deputada Laura Carneiro agradeceu “em meu nome, em nome do presidente Beto Simonetti, em nome da presidenta da (Comissão Nacional da Mulher Advogada), Cristiane Damasceno, que construíram esse projeto junto com todas as seccionais no Brasil. Um projeto que torna infração ético-administrativa qualquer forma de discriminação, o assédio moral, o assédio sexual, condutas que essa Casa e o Brasil não aturam mais”. “Mas queria relevar a votação de hoje. Estamos no mês do combate ao assédio sexual. Estamos num mês absolutamente importante para as mulheres brasileiras. E ter aprovado um projeto da Ordem dos Advogados do Brasil mudando seu Estatuto é símbolo de que esta Casa defende todos os dias a mulher brasileira”, disse.

A relatora do caso, a deputada Maria Arraes (SD-PE), pontuou que “o aumento da atuação das mulheres nos espaços de poder deve estar aliado ao desenvolvimento de instrumentos de prevenção para que a atividade seja desenvolvida de maneira livre, qualificada e amparada”. Assim, “a atenção à punição às práticas que impedem, maculam ou dificultam o exercício da atividade profissional da advocacia visa, ao fim, a proteção da própria sociedade”, uma vez que há a previsão constitucional de que o advogado é “indispensável à administração da justiça enquanto postulante e defensor dos direitos do cidadão perante o judiciário”, finalizou em seu relatório

Leia aqui o PL na íntegra.

Comunicação OAB/DF com informações da OAB Nacional

Nota de Repúdio: advogada agredida por policiais

A Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) repudia a agressão à advogada Samira Aline Lima Souza, que no exercício da sua profissão, atuava em defesa de seus vizinhos em operação policial, quando foi agredida por policiais militares, mesmo após identificar-se como advogada e apresentar sua carteira profissional.

Vídeos gravados por vizinhos comprovam que a advogada foi encurralada, recebendo borrifada de spray de pimenta no rosto enquanto atuava legitimamente para impedir que esses policiais entrassem na residência de um morador daquela rua, sem mandado e sem autorização.

Assim, a OAB/DF não só repudia a ação truculenta, se solidariza com a advogada, como informa que aprovou admissibilidade de desagravo público e que entrará com representação no Ministério Público e na Corregedoria da Polícia Militar, além de ação civil pública e danos morais coletivos.

A agressão cometida afronta não só o livre exercício da advocacia, como viola as prerrogativas e expõe a advogada à discriminação de gênero e de raça, já que a vítima é mulher, negra e moradora de cidade periférica do Distrito Federal. Acredita-se que tais atitudes configuram preconceito e abuso de autoridade.

Ações dessa natureza representam uma ameaça à justiça e ao Estado Democrático de Direito. É necessário que medidas enérgicas sejam tomadas para proteger e assegurar o exercício da advocacia em sua plenitude e combater a discriminação racial, social e de gênero.


Diretoria da OAB/DF

Diretoria de Prerrogativas da OAB/DF

Diretoria de Igualdade Racial e Social da OAB/DF

Comissão da Mulher Advogada da OAB/DF




Comissão de Direito Previdenciário une forças para aperfeiçoar atendimento

Nesta terça-feira (02/05), a Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF), por meio da Comissão de Direito Previdenciário e Seguridade Social, participou de três importantes reuniões com o objetivo de unir forças com outros órgãos afim de trazer melhorias para a advocacia e para a sociedade.

A presidente da Comissão, Wanessa Aldrigues, também representou nos encontros a vice-presidência temática (INSS e Justiça Federal) da Comissão de Prerrogativas. “Nas últimas reuniões feitas, não somente relacionadas ao INSS do Distrito Federal, como também às questões previdenciárias nacionais, temos tido uma cooperação dos diversos órgãos para que os nossos pleitos, de fato, sejam atendidos. Assim, esperamos resultados eficientes em prol da advocacia e da população.”

Segundo ela, a primeira reunião foi com o ministro corregedor do Conselho de Justiça Federal (CJF), Og Fernandes, e a pauta foi a necessidade de mais agilidade na implementação das decisões judiciais previdenciárias pelo INSS, como a sentença amigável. Também foram abordados outros projetos em desenvolvimento.

A segunda reunião foi com o ministro da Previdência Social, Carlos Luppi, o presidente interino do INSS, Glauco Wanburg, e o diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão (Dirben), André Fidelis, com dois importantes avanços: a criação de um grupo de trabalho e a publicação do Ofício Circular 7/23 que garante a entrega das Telas dos sistemas de Benefício, como o Prisma e o Plenus, que ajudam nas análises de direitos. Confira aqui o documento.

O objetivo do GT é propor medidas que ofereçam um atendimento diferenciado aos advogados a fim de diminuir o fluxo de pessoas nas agências e dar mais celeridade aos processos represados.

Na ocasião, o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, destacou que o governo federal tem como prioridade a redução da fila para análise das demandas por benefícios, incluindo as decisões oriundas da Justiça em todo o país. Ele afirmou que, desde janeiro, o diálogo e as parcerias têm sido ampliados para esse fim, com investimentos em infraestrutura, contratação de servidores e ajustes gerenciais. O trabalho conjunto com a OAB no fluxo das demandas de julgamento é um dos destaques desse esforço.

O presidente interno do INSS, Glauco Wanburg, destacou que o diálogo com a OAB é fundamental para a efetivação da negociação que beneficia os advogados e os cidadãos. Ele considera que o acordo assinado é a continuidade de uma parceria proativa, que busca construir ideias e resultados.

Por sua vez, a presidente da Comissão Especial de Direito Previdenciário do Conselho Federal da OAB, Gisele Kravchychyn, elogiou o investimento em inovação e destacou que isso poderá potencializar a concessão de direitos. Ela considera que o acordo assinado representa um momento histórico, com grandes avanços efetivados pelo Ministério, INSS e OAB. Para ela, o diálogo entre as partes foi fundamental para entender a realidade de todos e buscar soluções de forma colaborativa.

A Comissão de Direito Previdenciário e Seguridade Social da OAB/DF encerrou o dia com uma reunião na Dirben. Foi apresentada uma solicitação para que os servidores do INSS que prestam atendimento presencial aos advogados na OAB ou através de guichês virtuais possam ter mais efetividade e agilidade nos acórdãos do Conselho de Recursos da Previdência Social. Acredita-se que isso também diminuirá a necessidade de judicialização de Mandado de Segurança.

Comunicação OAB/DF – Jornalismo

Caso Samira Aline: Comissão de Prerrogativas aprova desagravo em reunião na Subseção de Ceilândia

Nesta terça-feira (02/05), a 27ª sessão ordinária de julgamento dos processos em defesa das prerrogativas da advocacia do Distrito Federal foi realizada pela Comissão de Prerrogativas da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) na Subseção de Ceilândia. Durante a reunião, por unanimidade, foi aprovado o caso de desagravo da advogada Samira Aline.

A realização da reunião na subseção de Ceilândia faz parte do projeto “Prerrogativas em Movimento”, iniciativa da OAB/DF que visa levar a Comissão de Prerrogativas a todas as subseções do Distrito Federal. O projeto procura garantir que os advogados e advogadas em todas as regiões do DF tenham seus direitos respeitados e assegurados. Reafirmando o compromisso da OAB/DF em proteger a atuação dos advogados e advogadas em defesa da justiça e do Estado Democrático de Direito.

Estiveram presentes na reunião, o diretor de prerrogativas da Seccional do Distrito Federal e presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB/DF, Newton Rubens, o procurador-geral de prerrogativas, Inácio Alencastro, bem como os vice-presidentes da comissão: Renad Langamer, Bárbara Franco, Marcos Akaoni e Wanessa Aldrigues, a secretária-geral adjunta, Sibele Salgado, a secretária-geral, Maria Victoria, os membros Adriano Rafael, Anésia Tereza, Bruce Lemos, Bruno Leandro, Daniel Jonas Kaefer, Eduardo Cardoso, Felipe Augusto Viegas, Francinalva Gomes, Julio Cezar, Luiz Henrique Damasceno, Robinson Teixeira e Vinicius Cavalcante e a presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada, Cristiane Damasceno.

Da Subseção de Ceilândia, marcaram presença no encontro o presidente da Subseção de Ceilândia, Leonardo Rabêlo, a Coordenadora, Hanelise Justo, a secretária-geral, Ana Carla Paz, o tesoureiro, Wilmondes Viana, e os conselheiros Abilio Antônio, Fabio de Castro e Charles Eduardo.

Conforme o diretor de prerrogativas da Seccional do Distrito Federal, Newton Rubens, “desde o início da gestão, a diretoria da OAB/DF e a Comissão de Prerrogativas têm se empenhado em levar todos os serviços da seccional, especialmente os relacionados às prerrogativas, a todas as regiões do DF”. Ele enfatizou ainda que “essa foi uma sessão histórica na Subseção de Ceilândia, e agradecemos a toda a diretoria, na pessoa do presidente Leonardo.”

Já Leonardo Rabelo, destacou a importância da realização da sessão da Comissão de Prerrogativas da OAB/DF em sua região. “A realização da sessão na Subseção de Ceilândia, principalmente sobre os fatos ocorridos com a advogada moradora da cidade, tem uma relevância imensa, por demonstrar que esta gestão preza pela defesa intransigente das prerrogativas de toda a advocacia, principalmente nas Subseções. Foi uma honra imensurável, abrir as portas da casa da advocacia Ceilândia para mais uma sessão histórica em defesa das prerrogativas.”

Desagravo

O caso refere-se à violação às prerrogativas, se trata da advogada Samira Aline Lima Souza, que atuava em defesa de seus vizinhos em operação policial, onde foi agredida com spray de pimenta pelos policiais, mesmo após apresentar sua carteira da OAB/DF.

Como prova dos fatos ocorridos, foram anexados aos autos vários vídeos, gravados por vizinhos, onde se pode verificar a atuação da advogada Samira, que, ao ser acionada e contratada pelos vizinhos, se aproximou dos policiais identificando-se como advogada e apresentando sua Carteira da OAB/DF, e, ao mesmo tempo, solicitando calma e tentando dialogar com os policiais e moradores que ali se encontravam.

Em outro do vídeo, podemos observar a advogada encurralada entre 5 ou 6 policiais militares, onde recebeu novamente borrifada de spray de pimenta no rosto enquanto atuava para impedir que esses policiais entrar na residência de um morador daquela rua, sem mandado e sem permissão dos moradores.

Apoio

Expressando sua solidariedade aos advogados, Newton Rubens, afirmou que “a OAB/DF não vai admitir tamanha agressão a advogada no exercício do seu mister. Toda autoridade deve dispensar ao advogado ou advogada tratamento com a dignidade da advocacia (art.6, parágrafo único da lei 8906/94). Os fatos merecem o desagravo público, bem como as suas consequências em representações administrativas, criminais e cíveis.”

A presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada, Cristiane Damasceno, expressou que “é um verdadeiro absurdo a advocacia sem não ser respeitada. O que a colega Samira passou é inadmissível. A OAB/DF foi diligente para amparar a colega e ultimou todas as providências cabíveis contra o ato praticado pela autoridade policial. Faremos um ato de repúdio público, bem como as notificações necessárias ao ministério público para apurar os crimes praticados e a corregedoria da polícia militar.”

Nesse sentido, o presidente da subseção de Ceilândia, destacou a necessidade de ações concretas que garantam a atuação dos advogados e a proteção de seus direitos. “A violação das prerrogativas da advocacia é uma afronta inaceitável, ainda mais quando acompanhada de violência e abuso de autoridade. Tais atitudes representam uma ameaça à justiça e ao Estado Democrático de Direito. É necessário que medidas sejam tomadas para proteger e assegurar o exercício da advocacia em plenitude,” concluiu.

Foto: Roberto Rodrigues

Comunicação OAB/DF — Jornalismo

OAB/DF realiza mais uma edição do Projeto “Bem-Vindos”

A Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB/DF) realizou mais uma edição do Projeto “Bem-Vindos”, na tarde desta terça-feira (05/04), com o objetivo de apresentar aos jovens advogados os projetos, benefícios e apoio oferecidos pela Ordem aos que estão iniciando na profissão.

O projeto visa atender à advocacia iniciante, fornecendo acolhimento, orientação e esclarecimentos sobre a estrutura e o funcionamento da Ordem aos novos advogados e advogadas do Distrito Federal. Trata-se de uma oportunidade para os recém-formados se familiarizarem com os recursos e vantagens que a OAB/DF oferece, além de estabelecerem conexões com outros profissionais da área.

Durante o evento, foram apresentados vários pontos importantes, incluindo a OAB Digital, o Recorte Digital, o funcionamento da Advocacia Dativa, o Fundo de Assistência Judiciária (FAJ), os benefícios da anuidade, a apresentação dos cursos da Escola Superior da Advocacia (ESA) e o projeto Carreiras.

A vice-presidente da OAB/DF, Lenda Tariana, afirmou durante a abertura do evento que “o Projeto Bem-Vindos é uma oportunidade única para que os jovens advogados conheçam de perto todas as iniciativas e benefícios que a OAB/DF oferece para aqueles que estão iniciando na carreira. Além disso, é um momento para se conectar com outros profissionais da área e estabelecer importantes redes de contatos, o que pode ser fundamental para o sucesso na advocacia,” celebrou.

O diretor de Tecnologia da Seccional do Distrito Federal, Fernando Abdala, ressaltou a importância de orientar e acolher os novos advogados, enfatizando que “projetos como este nos ajudam a nos situar e receber um abraço caloroso após a emoção da entrega da carteira. É muito importante que possamos orientar vocês sobre o que fazemos pela advocacia e passar nossa alegria em poder fazer isso.”

O conselheiro seccional e presidente da Comissão de Seleção da OAB/DF, Thiago Guimarães, ressaltou a importância da Ordem na vida dos profissionais da advocacia. “Boas-vindas a todos! Começamos reforçando a importância da nossa paixão pela advocacia e incentivamos que vocês também compartilhem esse sentimento. Estamos prestando um serviço voluntário e abrindo as portas da nossa casa para que vocês conheçam, se aprofundem e compartilhem. Acreditamos na importância do diálogo e da união para entendermos as diferentes realidades da advocacia,” expressou.

Presidente da Comissão da Advocacia Jovem e Iniciante (CAJI) da OAB/DF, Lucas Viana Kauffmann, destacou o objetivo da comissão em auxiliar os advogados iniciantes. “Damos o nosso melhor para passar para o próximo que também dará o seu melhor. A Comissão da Advocacia Jovem Iniciante tem como objetivo receber e auxiliar nos primeiros desafios da carreira, fazendo parcerias para trabalhar em áreas em que não temos muita experiência, indicando colegas para ajudar em questões como PJe, recepcionando novos advogados para a entrega de carteiras e ajudando com dúvidas na advocacia,” enfatizou.

Por fim, Débora Dutra, diretora de comunicação da CAJI da OAB/DF, “a Comissão da CAJI está aberta para todos, e lá discutimos questões práticas e de convivência aqui na OAB, assim como questões de marketing, gestão e adaptação aos primeiros meses na advocacia, que podem ser bem difíceis.”

Comunicação OAB/DF — Jornalismo

Prazo para inscrição no 38º Exame de Ordem Unificado se encerra nesta terça

O prazo para inscrição no 38º Exame de Ordem Unificado se encerra nesta terça-feira (2/5), às 17h (horário de Brasília). O último dia para pagamento da taxa de inscrição é 2 de junho de 2022.

As inscrições são feitas exclusivamente pela internet, por meio da página do Exame de Ordem, no link http://oab.fgv.br/. A taxa de participação é de R$ 295. Todos os examinandos inscritos poderão reimprimir o seu boleto bancário, caso necessário, no máximo, até às 17h de 9 de junho, para pagamento neste mesmo dia, impreterivelmente. 

Clique aqui para ler o edital do 38º EOU 

A 1ª fase (prova objetiva) está programada para 9 de julho de 2023. A 2ª fase, prova prático-profissional, será realizada em 10 de setembro de 2023.


Comunicação OAB/DF com informações da OAB Nacional