Lula nomeou 40% dos ministros do Judiciário

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou, durante os dois mandatos, 40% dos ministros que compõem os tribunais superiores – Supremo Tribunal Federal, Superior Tribunal de Justiça, Tribunal Superior do Trabalho e Superior Tribunal Militar. Por determinação constitucional, as cortes brasileiras são compostas por um total de 80 ministros. Desses, Lula nomeou 33. A maioria no STJ, o segundo órgão mais importante do Judiciário.

Nos próximos dias, o presidente terá que nomear mais três ministros do STJ em virtude da aposentadoria dos titulares. Até o final do ano, Lula terá nomeado a metade dos ministros do Supremo e dos tribunais superiores. Dentre as 33 nomeações, Lula inovou ao indicar dois ministros negros, um para o STF – o mineiro Joaquim Barbosa – e outro para o TST – o baiano Horácio de Senna Pires. O primeiro ministro negro, porém, foi nomeado por Fernando Henrique Cardoso para o TST – o mineiro Carlos Alberto Reis de Paula.

Lula nomeou, também, a primeira mulher no tribunal mais antigo do país, o Militar, e a segunda mulher para o STF. A primeira mulher no Supremo foi nomeada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Lula ainda teve oportunidade de nomear mais três mulheres para o TST. A primeira mulher escolhida no órgão foi a carioca Cnéia Moreira, durante o governo José Sarney.

Nomeação recente A mais nova indicação do presidente Lula foi a do ministro do STJ, Carlos Alberto Menezes Direito, para a vaga aberta no Supremo, com a aposentadoria de José Paulo Sepúlveda Pertence.

Ministros nomeados por Lula STF — Cezar Peluzo, Carlos Ayres Britto, Joaquim Barbosa, Eros Grau, Ricardo Levandoswki, Cármen Lúcia Antunes Rocha e Carlos Alberto Direito. STJ — Teori Zavascki, Castro Meira, Denise Arruda, Hélio Quáglia, Arnaldo Lima, Massami Uyeda, Humberto Martins, Maria Theresa de Assis Moura, Herman Benjamin e Napoleão Maia Filho. TST — Aloysio Corrêa da Veiga, Horácio de Senna Pires, Rosa Maria Weber, Luiz Philippe Vieira de Mello, Alberto Bresciani, Maria de Assis Calsing e Dora Maria da Costa. STM — José Alfredo Lourenço dos Santos, Rayder Alencar da Silveira, Antonio Apparicio, Sérgio Ernesto Conforto, Renaldo Quintas Magioli, Francisco José Fernandes, Flávio de Oliveira Lencastre, Willian de Oliveira Barros e Maria Elizabeth Guimarães.

Com informações da Revista Consultor Jurídico

Seminário avalia um ano da Lei Maria da Penha

A Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, da presidência da República, realizará na primeira semana de outubro o seminário sobre a Lei Maria da Penha, que completou um ano de promulgação em 7 de agosto. O evento contará com a parceria da Câmara dos Deputados e do Senado e tem o apoio da OAB/DF. A lei

foi responsável pela mudança do Código Penal

a fim de

aumentar o rigor das penas contra os autores de crimes de violência doméstica e sexual contra as mulheres. O seminário reunirá representantes da sociedade civil, poder público e juristas. A presidente da OAB/DF, Estefânia Viveiros, será a palestrante do tema A Lei Maria da Penha e a Sociedade Civil. u003cp styleu003d”margin:auto 0cm 0pt”>Também serão debatidas a aplicabilidade e constitucionalidade da lei, além dos resultados e perspectivas. “O debate é uma iniciativa importante e merece o engajamento dos advogados”, diz o presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais da OAB/DF, Alberto Vasconcellos. “Ainda há resistências e apoiar a lei pode ser determinante”, completa. u003c/p> u003cp styleu003d”margin:0cm 0cm 0pt”> u003c/p> u003cp styleu003d”margin:0cm 0cm 0pt”>u003cb>Maria da Penhau003cbr>u003c/b>A biofarmacêutica Maria da Penha Maia lutou durante 20 anos para ver o próprio marido condenado por agressões e tornou-se símbolo contra a violência doméstica. Em 1983, o professor universitário Marco Herredia, com quem era casada, tentou matá-la duas vezes. Na primeira vez, deu um tiro que a deixou paraplégica. Na segunda, tentou eletrocutá-la. Oito anos depois, Herredia foi condenado, mas usou recursos jurídicos para protelar o cumprimento da pena. u003c/p> u003cp styleu003d”margin:auto 0cm 0pt”>O caso chegou à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). Pela primeira vez, foi acatada denúncia de um crime de violência doméstica. Herredia foi preso em 28 de outubro de 2002, quase 20 anos após as tentativas de homicídio. Ele cumpriu dois anos de prisão e hoje está em liberdade. Atualmente, Maria da Penha é coordenadora de movimentos sociais contra a violência doméstica no Ceará. u003c/p>u003c/blockquote>u003c/div> “,0] ); //–> Também serão debatidas a aplicabilidade e constitucionalidade da lei, além dos resultados e perspectivas. “O debate é uma iniciativa importante e merece o engajamento dos advogados”, diz o presidente da Comissão de Assuntos Constitucionais da OAB/DF, Alberto Vasconcellos. “Ainda há resistências e apoiar a lei pode ser determinante”, completa. Maria da Penha A

biofarmacêutica Maria da Penha Maia lutou durante 20 anos para ver o próprio marido condenado por agressões e tornou-se símbolo contra a violência doméstica. Em 1983, o professor universitário Marco Herredia, com quem era casada, tentou matá-la duas vezes. Na primeira vez, deu um tiro que a deixou paraplégica. Na segunda, tentou eletrocutá-la. Oito anos depois, Herredia foi condenado, mas usou recursos jurídicos para protelar o cumprimento da pena. O caso chegou à Comissão Interamericana dos Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). Pela primeira vez, foi acatada denúncia de um crime de violência doméstica. Herredia foi preso em 28 de outubro de 2002, quase 20 anos após as tentativas de homicídio. Ele cumpriu dois anos de prisão e hoje está em liberdade. Atualmente, Maria da Penha é coordenadora de movimentos sociais contra a violência doméstica no Ceará.

Estefânia elogia a indicação de Direito para o STF

A presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Distrito Federal, Estefânia Viveiros, exaltou a indicação do ministro do Superior Tribunal de Justiça Carlos Alberto Menezes Direito para integrar o Supremo Tribunal Federal. “É uma excelente indicação, visto todo o histórico do ministro, que o torna um dos mais bem preparados para a função”, disse Estefânia. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, encaminhou para o Congresso, hoje (28) pela manhã, a indicação de Direito para ocupar a vaga aberta pela saída de Sepúlveda Pertence. O ministro ainda terá que passar por uma sabatina no Senado a fim de obter a

aprovação para assumir o cargo. Influente e com grande capacidade de expressão, Direito é conhecido por atender bem os advogados. “Sempre tivemos uma ótima relação com ele”, garantiu a presidente da Seccional. Antes de ocupar o cargo no STJ, o ministro presidiu a Casa da Moeda, de 1985 a 1987, foi secretário de Educação do Rio de Janeiro e desembargador do Tribunal de Justiça do Estado.

Supremo defere liminar a favor de advogados

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, deferiu liminar em habeas corpus impetrado pelo Conselho Federal da OAB suspendendo oitiva dos advogados intimados a prestar depoimento na Polícia Federal nesta quarta-feira. Eles foram intimados, hoje (28), para deporem sobre o vazamento de informações sigilosas da Operação Hurricane. A ação rápida da Comissão de Prerrogativas da Ordem permitiu que o ministro tivesse condições de conceder a liminar na noite da véspera dos depoimentos. “Agora devemos aguardar o julgamento do mérito”, explicou o conselheiro da OAB/DF e membro da comissão, Ibaneis Rocha Barros Júnior, responsável pela conquista.

Curso de oratória começa em setembro

Os advogados e estudantes de Direito terão a oportunidade de aprender e aprimorar as técnicas para falar em público. A Escola Superior de Advocacia do Distrito Federal (ESA) promove, entre 10 e 13 de setembro, o curso de oratória com Jorge David Telles. O professor possui ampla experiência em Tribunal do Júri e é criador do método de discurso conhecido como Oratória Emocional. Serão 12 horas de aulas na sede da OAB/DF, 516 Norte, sempre às 19h30. Os interessados podem se inscrever pelo site da Seccional. O valor do curso é de 120 reais e os advogados jovens têm 30% de desconto e acadêmicos 50%. Mais informações pelo telefone 3223-5233. Palestrante Telles é economista e possui pós-graduação em Direito Público. Atua como instrutor de oratória há quinze anos. O objetivo do curso ministrado pelo profissional é habilitar pessoas a gerenciar conflitos e superar o desconforto de falar em público.

Inscrições abertas para palestra de Ney Moura Teles

Estão abertas as inscrições para palestra do advogado criminalista Ney Moura Teles, no dia 18 de setembro, às 19h30, na sede da OAB/DF (516 Norte). O tema envolverá os aspectos polêmicos da individualização da pena. A exposição faz parte do projeto Grandes Autores, promovido pela Comissão de Eventos da OAB/DF. Moura Teles é professor de Direito Penal da Escola Superior da Magistratura do Estado de Goiás e especialista em defesa criminal e Tribunal do Júri, tendo atuado em mais de uma centena de julgamentos. Em 1997, participou da Comissão de Reforma do Código Penal do Ministério da Justiça. O advogado é autor de obras sobre Direito Penal e Direito Eleitoral e também foi conselheiro da OAB/DF entre 1997 e 2000. Após a palestra, o professor

fará uma sessão de autógrafos. As inscrições devem ser feitas pelo site da Seccional.

A

Comissão de Eventos

pede apenas a contribuição de uma caixa de leite (1 litro)

de cada participante, que será doado a instituições carentes. Mais informações pelos telefones 305-7221 ou 3035-7244.

O exame não precisa ser anulado, diz Estefânia Viveiros

Em entrevista ao Correio Braziliense, publicada sábado (25), Estefânia Viveiros revela o resultado dos trabalhos da
comissão interna da OAB/DF designada para investigar a fraude no Exame de Ordem de 2006. A matéria é assinada pelas jornalistas Samanta Sallum e Elisa Tecles. Confira:

Depois de quatro meses de trabalho intenso, a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil no DF divulgou ontem (24) o resultado da investigação interna sobre irregularidades no Exame de 2006. Comissão criada especialmente para aprofundar as denúncias concluiu que nove candidatos fraudaram o processo, que mede o nível de conhecimento dos bacharéis para obter o direito de exercer a advocacia. Todas as provas dos três concursos realizados no ano passado foram analisadas. A apuração constatou que além dos três candidatos já identificados na seleção de dezembro daquele ano, outros seis também tinham sido beneficiados indevidamente.

Em entrevista exclusiva ao Correio, a presidente da OAB, Estefânia Viveiros, contou que a entidade está convicta de que não é necessário anular o processo de 2006, porque o resultado das investigações demonstrou que a fraude foi pontual e já localizada.“Seria uma injustiça com a maioria dos candidatos que passou legitimamente, que já estão advogando, anular o processo agora. No meu entendimento, o pedido do Ministério Público para que fosse realizada nova prova foi prematuro”, destacou Estefânia. No exame de dezembro passado, participaram cerca de 2,5 mil candidatos e cerca de 500 passaram.

Foram abertos processos internos contra os nove candidatos e uma professora da banca examinadora, apontada como a que ajudou a promover a fraude. O resultado das apurações da comissão, presidida pelo advogado Walter do Carmo Barletta, está sendo encaminhado à Polícia Federal, que também investiga o caso.

O que foi constatado na apuração interna sobre a fraude no exame? Nós temos uma comissão, composta por três conselheiros, que concluiu todos os trabalhos em relação à irregularidade no Exame de Ordem. Ontem (quinta-feira), houve a apresentação do relatório final que foi aprovado com unanimidade pelo conselho pleno da OAB. Estão identificadas fraudes em nove provas do exame. E elas referem-se a 2006.

Como foi esse trabalho de investigação? A comissão começou pelas provas de dezembro de 2006, quando foram detectadas cinco fraudes. Nessas provas, constam canetas diferentes, letras diferentes — a letra utilizada não é do candidato. Isso tudo com base em um laudo grafoscópico, diante de uma perícia feita para auxiliar os trabalhos. No total, eram 486 provas. No segundo exame, existem duas fraudes — a letra de uma das prova é da professora da banca, conforme comprova a perícia técnica. Em outra situação, por exemplo, vimos que a letra na prova é do candidato, mas o conteúdo é igual ao gabarito apresentado pela professora. Era tudo na penal, com a mesma professora, da mesma faculdade, a Uniero.

Foi um pente fino mesmo? Sim. A gente resolveu contratar um perito, porque nada como um perito para levantar essa questão do conteúdo. Identificamos também que a professora da banca beneficiou outro candidato na correção. Nós temos uma peça processual e quatro questões para responder na segunda prova. Na peça processual, o candidato colocou somente o cabeçalho e tudo em branco. Ainda assim a professora atribuiu pontuação a isso.

A nota estava muito alta, não correspondia ao conteúdo das respostas? Exatamente. E também teve prova em branco, não tinha nada, mas tinha nota. Foram atribuídos pontos pela professora de penal da mesma faculdade. Com isso, chegamos a nove fraudes em 2006. Então são 10 pessoas envolvidas, porque está comprovada a letra da professora na provas de um candidato.

Daqui para frente o que acontecerá com os candidatos e a professora? Quando tomamos conhecimento da perícia, que consta a letra da professora, de imediato eu determinei a abertura de dois processos internos: um de inidoneidade moral, que já teve o contraditório apresentado, e segundo, o encaminhamento para o Tribunal de Ética para averiguar a suspensão preventiva da carteira. O processo será julgado em 29 de agosto (próxima quarta-feira). Quais são as conseqüências: perder a carteira e deixar de advogar até o cumprimento de toda a penalidade.

Os resultados estão com a Polícia Federal e Ministério Público? Sim. A OAB detectou a fraude, e a própria Ordem levou à PF. Tudo o que a gente faz de perícia, encaminhamos para a PF, estamos colaborando com a polícia. A metodologia da comissão é ir de trás para frente, então agora ela deveria analisar as provas de dezembro de 2005. Mas o Ministério Público solicitou as provas, por isso encaminhamos 7.641 provas, referentes a 2004 e 2005, e registramos no ofício que a nossa investigação estaria fechando 2006, então não dava para mandar agora as de 2006. Registramos que não mandamos porque faltava conferir as provas.

Ontem, foi apresentada a conclusão da comissão, e agora sim vamos mandar as outras. Como avalia esse episódio? Houve falha de segurança? Lamento o ocorrido. Mas a fraude de 2006 veio da própria integrante da banca, que é professora. Quando há o convite para fazer a banca, você confia, seja pelo caráter ou pela confiança. No momento que você tem a quebra de confiança de um professor que elabora a prova, isso pode atingir todo e qualquer concurso.

E a polêmica sobre a saída de Délio Lins e Silva da presidência do Tribunal de Ética? Primeiro, convém explicar o processo de tramitação no Tribunal de Ética e o processo da comissão criada para a investigar o caso. Todos os processos que tramitam no tribunal são para analisar os atos praticados por advogados e por estagiários inscritos. As penalidades são suspensão, exclusão ou advertência. Em razão de ter configurado as três fraudes nos exames de dezembro de 2006, foi aberto por nós da OAB, o processo. O que poderia ser feito nesse processo? Analisar a conduta dos candidatos e poderia ocasionar a censura, expulsão, especificamente. O que aconteceu neste processo? Ele quis investigar os funcionários, mas não tem competência para tal porque só pode investigar advogado e estagiário. Quem investiga tudo é a comissão, até porque ele não tem penalidade para aplicar aos funcionários.

Como avalia o que aconteceu na OAB de Goiás há dois meses quando integrantes da direção foram presos pela PF por venderem as provas? São situações completamente diferentes. Lá, está em apuração. A Ordem prima pelo cumprimento das leis, que cada um responda pelos atos cometidos. Na minha gestão, nada vai para debaixo do tapete, porque nós tomamos a iniciativa e conseguimos detectar as fraudes. No momento que estiver pronta a apuração, todo mundo deve responder, seja quem for. Com relação a Goiânia, algumas medidas já foram tomadas, porque faziam parte pessoas da diretoria, o presidente da própria comissão, funcionários. O conselho federal está participando e fazendo um levantamento. Ficou comprovado que o presidente lá não está envolvido em nada, as pessoas já foram afastadas, e está em apuração. Sempre falo que a única coincidência com o DF foi o tempo, porque lá era uma quadrilha especializada em fraudes.

Há motivos para o Exame de 2006 ser anulado? No momento que a comissão interna conclui que em 2006 existiram nove provas fraudulentas, isso vem registrar que a fraude foi pontual. Se ela foi pontual em relação a uma matéria, a uma faculdade, em decorrência de uma professora na banca, não haveria necessidade de anulação do exame. O que já decidiu o próprio conselho pleno da OAB: não haveria que se falar em nulidade. A prova da OAB é diferente de um concurso público, quando um advogado é aprovado, ele não está tirando a vaga de ninguém, porque não existe número limitado para aprovação. Não há necessidade em anular esse exame. Até porque, seria punir todos aqueles que estudaram, que já estão advogando.

Espera que o Judiciário tenha o mesmo entendimento em relação ao pedido do MP? Analiso que o pedido no MP foi extremamente prematuro, até porque, quando foi feito, não tinha conclusão interna nem da Ordem, nem da Polícia Federal, nem do MP, que só recebeu as provas há uma semana. A Ordem tem um prazo para sua defesa, esse prazo ainda está em curso, e lá nós estamos defendendo a não anulação do exame considerando a pontualidade da fraude nesses exames. Eu acho que você estaria prejudicando aqueles que agiram de boa-fé, que se dedicaram e hoje estão com a carteira.

A entidade sofreu desgaste pelo caso? Quero enfatizar que foi a Ordem que descobriu a fraude, levou até a Polícia Federal. A entidade tem interesse em toda a apuração, e se ficar configurado todos irão responder. A ordem concluiu o trabalho de verificação das fraudes do exame da ordem de 2006. Enquanto nos empenhávamos em esclarecer tudo, tentaram usar o caso para fins eleitoreiros. Mas afirmo que hoje, depois de eleita, eu me considero presidente dos 25,6 mil advogados da Ordem.

O alto índice de reprovação no exame tem relação com a proliferação de faculdades de Direito? Direta. Das 23 faculdades de Direito do DF, apenas nove fazem exames de ordem, e sempre que existe a inclusão de mais uma faculdade com sua primeira turma, há uma diminuição na aprovação. Percebe-se que falta fiscalização do próprio Ministério da Educação e falta qualidade de ensino jurídico. A Ordem não é contra as faculdades, ela busca a qualidade do ensino jurídico.

Direito Tributário na OAB/DF

O curso Aspectos Constitucionais do Direito Tributário começa, segunda-feira (27), às 19h30, na Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. O tributarista Felipe Magalhães ministrará, até amanhã (28), seis horas de palestra sobre o assunto. Até o momento, 25 pessoas se inscreveram no curso promovido pela Escola Superior de Advocacia do Distrito Federal (ESA). Os interessados ainda podem fazer a inscrição na hora da palestra. Basta pagar, em cheque, o valor total do curso de sessenta reais. Jovens advogados e estagiários têm desconto de 30% e 50%, respectivamente. A ESA dará certificado àqueles que comparecerem aos dois dias de evento. Mais informações pelo telefone 3223-5233.

Matrículas para curso de inglês jurídico vão até sexta

Estudantes de Direito e advogados que realizaram o teste de nivelamento já podem se inscrever no curso preparatório de inglês jurídico. A Escola de Línguas da Universidade de Brasília efetuará a matrícula dos interessados até sexta-feira (31), das 8h às 21h. As aulas serão ministradas na Escola Superior de Advocacia da OAB/DF (ESA) às terças e quintas de 19h30 as 21h30. O início das aulas está previsto para 4 de setembro, com a carga horária de 60 horas semestrais. O valor é de novecentos reais, que pode ser dividido em cinco vezes. O pagamento pode ser realizado em dinheiro, cheque, boleto bancário ou cartão. O curso preparatório é promovido pela Comissão de Relações Internacionais da OAB/DF, em parceria com a UnB, e com o apoio da OAB Jovem. O curso é dirigido aos advogados e estudantes que desejam obter o certificado internacional de inglês jurídico (ILEC), da Universidade de Cambridge. O documento comprova a proficiência em inglês necessária para comunicar-se com clientes e profissionais de outros países. A próxima prova do ILEC será aplicada em 17 de novembro.

Matrícula Local: Escola de Línguas da UnB – Setor Comercial Sul, quadra 4, Edifício Anápolis, 5º andar Data: até sexta-feira (31), das 8 às 21h. Preço: R$ 900 Informações: 3035-7245

Candidatos receberão dois pontos na prova do 2º Exame de 2007

Todos os candidatos que realizaram o 2º Exame de Ordem de 2007 receberão dois pontos somados ao resultado final das provas objetivas. A decisão foi tomada depois da verificação da ausência de duas questões que abordassem o Estatuto da Advocacia e da OAB, o Regulamento Geral ou o Código de Ética. De acordo com provimento do Conselho Federal, pelo menos 10% das questões devem tratar sobre esses assuntos. A determinação foi tomada pelos presidentes das Comissões de Exame de Ordem das Seccionais da OAB. Eles consideram ser essa a melhor forma para não anular a seleção, o que acarretaria em prejuízos ao examinador do Exame, o Centro de Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe), e aos candidatos. De acordo com o Cespe, as duas questões estariam incluídas em outras partes da prova, mas o colégio de presidentes da Ordem não aceitou o argumento. Por isso, será publicada uma resolução sobre o acréscimo dos dois pontos para todos os candidatos. Não há necessidade de recurso para tanto. Após a correção das notas, o Cespe deverá encaminhar nova lista de aprovados às Seccionais que participaram do exame unificado. Ou seja: nove

da região Nordeste, mais Acre, Amapá, Amazonas, Espírito Santo, Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Tocantins. Na seccional do Rio de Janeiro os candidatos receberão oito pontos. Apesar da aplicação unificada, o conteúdo da prova foi elaborado pela seccional fluminense e não pelo Cespe. A Comissão de Exame de Ordem da OAB/RJ identificou diferença entre o número de questões aplicadas e o número indicado no edital. Os oito pontos devem-se à ausência de cinco questões na disciplina Direito Civil, duas questões em Direito Administrativo e uma em Tributário. No Distrito Federal, a prova prático-profissional será aplicada em 30 de setembro às 14h. Os locais de aplicação dos testes devem ser divulgados em 15 de agosto. Nesta segunda etapa, cada seccional escolhe o melhor dia para a realização da seleção. O primeiro exame unificado ocorreu em abril deste ano, com a participação de 17 seccionais.