OAB/DF debate atuação da advocacia nos Tribunais Internacionais

A atuação da advocacia brasileira em Tribunais Internacionais ganha espaço a cada dia que passa. A principal função dessas Cortes é resolver os conflitos jurídicos a eles submetidos por Estados e emitir pareceres sobre questões jurídicas apresentadas ordinariamente pela Assembleia Geral das Nações Unidas ou pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Por saber do interesse de inúmeros advogados em atuar fora do país a OAB/DF realizou, na noite de segunda-feira (19), um evento sobre a advocacia nos Tribunais Internacionais.

A presidente da Comissão, Clarita Costa Maia, realizou a abertura do evento e se disse grata por proporcionar essas discussões na Casa do advogado. Para ela “o evento foi esclarecedor quanto às competências técnicas e em esclarecer os principais nichos de atuação da advocacia perante tribunais e colegiados internacionais”.

O primeiro palestrante da noite foi Fernando Lusa, PhD pela Cantab e professor universitário. Por morar em Londres fez uma palestra por vídeo pela qual analisou casos de audiências internacionais e compartilhou algumas de suas experiências na advocacia fora do Brasil. Lusa também forneceu dicas e estratégias úteis para aqueles que desejam trabalhar no mercado internacional.

“Invistam no inglês. É importantíssimo o domínio da língua que hoje é a mais falada internacionalmente. Considerem fazer algum tipo de pós-graduação no exterior, qualquer estudo fora do Brasil ajuda muito no mercado de trabalho. Estejam atentos às oportunidades de estágios em Organizações Internacionais. Por fim, façam atividades extracurriculares, simulações da Organização Mundial das Nações Unidas – ONU e de Tribunais Internacionais que replicam as Cortes Internacionais”.

Ao comentar a explanação de Lusa, Clarita esclareceu que os estágios internacionais não são só para estudantes de graduação, como costuma ser aqui no Brasil. Segundo ela, inúmeras empresas oferecem estágios para pessoas formadas ou empregos de trainee.

Jorge Fontoura, árbitro no Tribunal Permanente do Mercosul, falou sobre o cenário brasileiro na arbitragem internacional. Segundo ele, o Brasil está presente em vários fóruns internacionais relevantes e em câmaras internacionais. Para Fontoura, a boa arbitragem se aprende em um curso de graduação bem feito, com muito estudo no Direito Privado e Civil. Por fim, falou sobre a arbitragem nos blocos econômicos.

Nitish Monebhurrun, professor do Uniceub e PhD em International Law, comentou casos concretos e famosos que correram em Tribunais Internacionais, como o caso das da Ilhas Maurício contra a Inglaterra, que ocorreu em 1992, quando o governo das Ilhas reivindicou à Corte Internacional de Justiça a posse do Arquipélago de Chagos, incluindo o atol Diego Garcia, parte do Território Britânico do Oceano Índico. Nitish debateu ainda técnicas para trabalhar em cortes internacionais.

“Para esse perfil de atuação, o açodamento e o imediatismo não apenas depõem contra o profissional, como são contraproducentes. A atuação internacional costuma ser o coroamento de uma carreira bem estruturada e planificada”, observou Clarita.

Mark Luz, senior Legal Counsel na Global Affairs Canada In Ottawa e na Embassy of Canada do Brazil em Brasília, falou principalmente sobre a arbitragem internacional e compartilhou suas práticas com o público. Segundo ele, o tratamento deve ser igual para investidores nacionais ou internacionais. “Então, esteja você representando o governo ou uma pessoa física, escolher o árbitro é o passo mais importante a dar e o árbitro escolhido tem que propor a melhor saída para o caso”.

Luz atentou ainda para um fator diferencial nas cortes internacionais: a apresentação de documentos importantes. Segundo ele, alguns arquivos íntimos como acesso ao conteúdo de e-mails podem ser requeridos. É necessário que o advogado tenha sensibilidade em tratar com essas papeladas. O palestrante concluiu ao atentar para a importância de desenvolver a oratória para se expressar em público.

Mark Luz também ressaltou a verdadeira arte que é a composição de árbitros, processo que leva em consideração não apenas a maestria em Direito, mas questões de ordem metajurídicas, como sociais e psicológicas, “às quais eu poderia acrescentar técnicas relacionadas a eventuais formações secundárias, culturais, religiosas e geopolíticas”.

Também compuseram a mesa do evento a secretária-geral da Comissão, Marielle dos Santos Brito; o secretário-geral adjunto, Guilherme Chamum; a presidente da Comissão de Relações Internacionais da OAB de Tocantins, Graziele Lopes Ribeiro. O vídeo de apresentação de Fernando Lusa ficará disponível na página da Comissão. Acesse aqui.

Entrega de Carteiras 21/02/2018

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OAB/DF é eleita como Organização de Defesa do Idoso

A Seccional do Distrito Federal foi eleita como Organização de Defesa do Idoso, na quinta-feira (8), durante a eleição para os membros do Conselho do Idoso. O órgão visa contribuir para a formulação da política do idoso, bem como acompanhar, fiscalizar e participar de discussões sobre políticas e ações voltadas para melhorar a qualidade de vida dos idosos no DF.

Na eleição, Liliana Marquez, presidente da Comissão de Direito das Famílias e Sucessões, observou que “a OAB/DF será muito útil ao fomentar os debates sobre o protagonismo das pessoas idosas e sobre o envelhecimento saudável”.

A gestão atual, que se iniciou em 2015, se encerra dia 17 de fevereiro deste ano e a nova gestão, que irá até 2020, iniciará após a publicação tanto da sociedade civil quanto dos conselheiros governamentais no diários oficial.

Conselho Jovem lança campanha de valorização da advocacia

 

A Seccional do Distrito Federal defende e trabalha em defesa das prerrogativas profissionais. Ciente de sua missão para com a advocacia e com a sociedade, o Conselho Jovem da Seccional veio até a OAB/DF, na tarde de segunda-feira (19), para apresentar uma proposta de continuidade da campanha de valorização da advocacia.

Ao conversarem com o presidente, Juliano Costa Couto, os conselheiros apresentaram a campanha, que foi acolhida pela Seccional e será lançada em breve. O principal objetivo é mostrar que o advogado é essencial à Justiça e à boa aplicação das leis.

Segundo Marcela Furst Signori Prado, secretária-geral adjunta do Conselho, a ideia principal é demonstrar que o advogado atua em defesa dos cidadãos. “Queremos que a sociedade se sinta segura em buscar um advogado caso ela tenha algum problema, seja na questão contratual, administrativa, trabalhista, enfim. Queremos respaldar os cidadãos”, esclareceu.

Para Ricardo Sakamoto, conselheiro jovem, a atuação do jurista possibilita a melhor solução dos conflitos jurídicos. “O projeto apresentado buscará a conscientização da relevância do papel do advogado para a sociedade”, destacou. Régis Teles, membro do Conselho, concordou com este posicionamento e acrescentou que a conscientização da sociedade da necessidade do advogado aumentará a procura pelos juristas no DF, logo as ofertas de trabalho também crescerão.

Costa Couto aprovou a iniciativa do Conselho Jovem. Para ele, projetos como este demonstram o interesse dos jovens conselheiros que, ao perceberem que o início de carreira não é fácil, trabalham em busca de soluções para melhorar o exercício da profissão. “A advocacia deve ser valorizada e reconhecida. Somente pelo intermédio de um advogado é possível se fazer justiça. Estamos juntos nessa luta”, enfatizou o presidente.

Valorização do piso do advogado privado
Durante a reunião, Camilo Noleto, presidente do Conselho Jovem, apresentou denúncia sobre uma oferta de vaga para analista jurídico de uma empresa. Ocorre que a referida vaga, oferecida exclusivamente para advogado inscrito na OAB/DF, oferece o salário abaixo do piso do advogado. A Seccional já oficiou a empresa para que ela cumpra os parâmetros estipulados na Lei Distrital n. 5.368/2014 e acompanhará de perto o caso.

Também participaram da reunião o diretor tesoureiro da OAB/DF, Antonio Alves; o conselheiro Seccional Fernando Assis; o ex-conselheiro da OAB/DF e membro do Tribunal de Ética e Disciplina (TED), Carlos Aureliano Motta.

Juízos não podem atribuir à parte digitalização dos processos

A partir de agora os magistrados do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) não podem atribuir às partes a responsabilidade de digitalizar, cadastrar e distribuir processos que tramitam fisicamente. A decisão atende pedido da Seccional da OAB do DF, tendo em vista que a conduta dos magistrados atenta contra o exercício da advocacia.

No pedido o presidente da OAB/DF, Juliano Costa Couto, alegou que a adoção de tal procedimento poderia macular toda a legalidade do processo judicial, “vez que a distribuição por dependência dos autos eletrônicos gerará nova numeração, com dois processos idênticos, com mesmas partes, mesma causa de pedir e mesmo pedido, e poderá haver consequências jurídicas, como interrupção da prescrição e a contagem de prazos decadenciais ou preclusivos”, disse Costa Couto no pedido da Seccional.

Hellen Falcão, conselheira seccional e vice-presidente da Comissão Especial de Direito da Tecnologia e Informação da OAB nacional, diz que foi necessário agir com rigor no presente caso, pois essa situação traz sérios prejuízos e insegurança jurídica ao jurisdicionado. “O tribunal mais uma vez reconheceu nosso pedido, pois demonstra bom senso e parceria para com a advocacia do DF. Esperamos que isso não venha mais a acontecer”.

Em sua decisão, o corregedor da Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, desembargador Cruz Macedo deferiu parcialmente o pedido, uma vez que não julgou necessária edição de normativo para comunicar os magistrados da mudança, mas determinou a expedição de ofícios aos juízos, bem como orientou as unidades judiciais a promoverem, mediante força própria, a digitalização de processos.

OAB/DF debate reconhecimento extrajudicial de paternidade socioafetiva

Em dezembro de 2017, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicou o Provimento 63, que disciplinou o procedimento de reconhecimento de filiação socioafetiva perante os Ofícios do Registro Civil das Pessoas Naturais e consolidou a possibilidade do reconhecimento da filiação ser efetivado nos cartórios de registro civil. Para esclarecer aspectos importantes sobre o tema a OAB/DF recebeu o tabelião titular do Cartório do 1º Ofício do Núcleo Bandeirante, Hercules Benício, na quarta-feira (7).

Benício explicou como se faz o registro de nascimento dessas crianças, falou sobre a evolução da extra judicialização do Direito de Família e expôs as perspectivas para a expansão da desjudicialização de inventários e divórcios. Destacou ainda a importância dos notários e registradores no conceito de acesso à Justiça. Além disso, mostrou quais são os requisitos para o reconhecimento extrajudicial da filiação socioafetiva.

“O que o CNJ fez com o provimento 63 foi evidenciar a importância de notários e registradores na concepção da Justiça. Agora, juntamente com os advogados, os notários e registradores podem instrumentalizar os documentos necessários para estabilizar meios de prova a fim de que o projeto de felicidade das famílias possa se concretizar de forma rápida, célere e desburocratizada”, disse o tabelião.

O encontro ocorreu durante reunião da Comissão de Direito das Famílias e Sucessões. A presidente da Comissão, Liliana Marquez, ressaltou que “é uma honra poder proporcionar aos advogados explanações sobre temas atuais e importantes para o aprimoramento na carreira”.

Confira mais eventos da OAB/DF aqui.

Foto de capa: Agência Brasil.

Prerrogativas: advogada é absolvida em caso de acusação de calúnia

A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Distrito Federal obteve êxito em mais uma defesa de prerrogativas da advocacia. A OAB/DF, por intermédio do procurador geral adjunto das prerrogativas, Joaquim Pedro Rodrigues, defendeu a advogada Maria Eliane perante à justiça, tendo em vista ação penal incondicionada movida pelo Ministério Público. Após prestar assistência à advogada acusada injustamente por calúnia, a justiça decidiu que não houve a intenção de difamar no exercício de direito de defesa. O caso ocorreu no Fórum Desembargador Hugo Auler, no Núcleo Bandeirante.

Ano passado, a advogada protocolou uma exceção de suspeição contra um membro do Ministério Público (MP). Porém, ao receber o pedido, a representante do MP se sentiu ofendida com o pedido. Logo em seguida, encaminhou o documento para outro membro do MP que ajuizou uma ação e ofereceu denúncia contra a advogada acusando-a de calúnia.

Para Joaquim Pedro Rodrigues, atuações assim demonstram que a OAB/DF está atenta para assegurar tranquilidade aos advogados ao se manifestar sem ter medo de que seus argumentos sejam utilizados contra eles próprios“.

Maria Eliane destacou que o apoio da OAB foi essencial na solução do imbróglio. “Sempre estive convencida de que o § 2º do artigo 31 da Lei 9.906/94 assegura ao advogado o direito de defender o cumprimento da legislação pátria e, para que esse direito seja exercido, o advogado não pode sentir receio de desagradar qualquer autoridade. Foi firme nessa convicção que busquei a Comissão de Prerrogativas da OAB/DF, que foi primorosa e não mediu esforços para fazer cessar a violação de minhas prerrogativas”.

O magistrado entendeu que não ocorreu a intenção de caluniar no exercício de direito de defesa. “Pelo fato de a suspeição ser de ordem subjetiva, a petição defensiva que tenta demonstrar a ocorrência de mácula subjetiva não representa, por si só, intenção inequívoca de caluniar o representante ministerial”.

O presidente da OAB/DF, Juliano Costa Couto, observou que a advogada estava no exercício da profissão e que a exceção de suspeição era apenas para tentar demonstrar o direito do cliente dela. “Continuaremos à disposição para respaldar os advogados que defendem seus clientes e exercem a advocacia de forma ética e dedicada”, ressaltou.

OAB/DF inaugura sede da Subseção do Bandeirante

Advogados do Núcleo Bandeirante, Guará e Riacho Fundo têm mais um ponto de apoio da OAB/DF. Foi inaugurada, na última sexta-feira (16), a nova sede da Subseção, no Núcleo Bandeirante, próxima ao Fórum. O espaço conta com salas de reunião, salas de atendimento privado, computadores conectados à internet, impressoras e auditório. A Subseção terá um espaço voltado à prática jurídica e continuará a oferecer cursos de especialização da Escola Superior de Advocacia.

Na mesma data foi realizada na sala da OAB, do Fórum, o projeto Seccional Itinerante. O objetivo da ação é levar os serviços da Seccional, tais como protocolo, tesouraria, certificado digital e os da Caixa de Assistência dos Advogados à advocacia.

Durante a inauguração, o presidente da Subseção do Núcleo Bandeirante, Sebastião Duque, agradeceu o empenho da OAB/DF na implementação da sede. “A Ordem precisa estar presente onde o advogado está. Aqui é a Casa do advogado. Sejam muito bem-vindos”.

O juiz diretor do Fórum do Núcleo Bandeirante, Marcelo Tadeu de Assunção Sobrinho, ressaltou a importância do espaço que agora poderá receber cursos da ESA. Antigamente o Foro cedia um local para as aulas. O magistrado ainda destacou que o espaço do Núcleo de Prática Jurídica é uma ação em prol da comunidade. “A gente observa que a falta de assistência jurídica prejudica o direito de defesa da parte. Ficamos felizes com a iniciativa”.

O secretário-geral da CAADF, Maxmiliam Patriota, registrou que “a inauguração da nossa sede é uma grande conquista, que vai possibilitar aos advogados daqui para palestras, cursos da ESA, para atender os clientes. Vamos utilizar o espaço para trazer nosso serviço de descentralização”.

Juliano Costa Couto, presidente da OAB/DF, enfatizou que a obra é uma realização conjunta da OAB/DF, da Caixa dos Advogados e do Conselho Federal da OAB. “Nesta Seccional do Distrito Federal andamos juntos, de mãos dadas nas gestões da CAADF e da OAB/DF e, juntos, temos conseguido concretizar e fazer obras como esta”.

Também compareceram na inauguração o secretário-geral da OAB/DF, Jacques Veloso; a diretora da CAADF, Daniela Caetano; a diretoria da Subseção, o vice-presidente, Rodrigo Bezerra Correia, a secretária-geral adjunta, Nilvânia do Prado Silva e o diretor tesoureiro, Gilberto Tiago Nogueira; o presidente da Subseção de Samambaia, José Antonio Gonçalves de Carvalho; o presidente e o vice-presidente da Subseção de São Sebastião, Valcides José Rodrigues de Sousa e Rodolfo Matos, respectivamente; o vice-presidente da Subseção do Paranoá, Valdir de Castro Miranda; o secretário-geral da Subseção da Ceilândia, Newton Rubens de Oliveira; os conselheiros Seccionais Thais Riedel, Ronald Barbosa, Divaldo Theophilo, Fernando Assis, Cleider Rodrigues; os procuradores de Prerrogativas Mauro Lustosa e João Paulo; o juiz Ben Hur Viza, além de outras autoridades.

PJe: implantação no Conselho Especial do TJDFT

A partir da próxima sexta-feira (23), o Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) passará a operar por meio do Processo Judicial Eletrônico (PJe) na impetração de mandados de segurança. A implantação faz parte cronograma estabelecido pelo Comitê Gestor do PJe. O sistema vem sendo implantado no TJDFT desde julho de 2014 e, até o final deste ano, estará presente em todas as serventias do Tribunal. Para saber onde o PJe já foi instalado, clique em “Aqui tem PJe“.

No início deste mês o Tribunal registrou o 500.000º processo eletrônico distribuído desde do início da implantação do sistema. Segundo o TJDFT, só nesse período, o PJe já proporcionou uma economia de quase R$4 milhões em material de expediente e correio, evitou o uso de mais de 30 toneladas de papel e reduziu gastos com transporte e armazenamento de autos.

O sistema PJe está presente em mais de 66% das unidades judiciais do TJDFT e, no ano de 2017, os processos eletrônicos representaram mais de 53% dos feitos distribuídos.

Para dirimir dúvidas técnicas de advogados e partes acerca do PJe, o TJDFT disponibiliza um Chat Online. O serviço atende das 8h30 às 18h30 e não fornece informações processuais. O Tribunal oferece também 13 salas com atendimento presencial a advogados e partes em questões relativas ao sistema PJe. Clique aqui para ver a localização das salas.

Com informações do TJDFT

Venda de mando de campo “fora do estado” é liberada

Brasília continuará a receber jogos de grandes equipes de futebol. Após a interferência e apelo da OAB/DF, o Conselho Técnico reunido na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) aprovou duas mudanças importantes no regulamento do Campeonato Brasileiro de 2018. A mais importante e que afeta diretamente o Distrito Federal é a liberação da venda de mando de campo fora do estado. A proibição, ocorrida em 2017, era altamente prejudicial ao Distrito Federal, ao Brasil e aos torcedores regionais em geral, comprometendo não só a manutenção do Estádio Nacional Mané Garrincha, como demais estádios legados da Copa de 2014. A outra mudança diz respeito ao uso de grama sintética, como da Arena da Baixada – estádio do Atlético/PR.

A Seccional da OAB no DF encaminhou ofício para os 20 Presidentes de Clubes de Série A, no qual explicou que a venda de mando de campo que é fundamental para a oxigenação do espetáculo que há muito deixou de ser apenas uma “paixão popular” para se transformar em verdadeira manifestação da cultura do Brasil. Leia mais

“A proibição da realização de jogos do Campeonato Brasileiro em Brasília além de implicar um grande prejuízo à Capital da República se traduz em um manifesto desrespeito ao torcedor de todas as entidades de prática desportiva do país, que são privados da oportunidade de assistir aos seus clubes em outras praças desportivas deste país continental”, diz o documento assinado pelo presidente da OAB/ DF, Juliano Costa Couto, e pelo presidente da Comissão de Direito Desportivo, Maurício Corrêa da Veiga.

O presidente Costa Couto destaca que a reavaliação do Conselho Técnico é muito expressiva para todo o país. “Ao receber jogos do Campeonato Brasileiro, o estádio passa a cumprir sua finalidade, na medida em que atrai milhares de torcedores em razão da Capital Federal ser reconhecidamente formada por torcedores de equipes de outros Estados da Federação, fomentando a economia local”.

O presidente da Comissão de Direito Desportivo, Corrêa da Veiga, disse que a proibição acarretaria um prejuízo enorme para o próprio Distrito Federal, uma vez que o Estádio Mané Garrincha tem um custo de 800 mil reais por mês. “Tivemos a iniciativa de mandar um ofício para cada um dos 20 clubes. Na reunião arbitral restou decidido por maioria que poderia haver a venda do mando de campo, com alguns limites”, afirmou Corrêa da Veiga ao explicar que agora os clubes podem vender, no máximo, cinco partidas.

Leia o trecho mudado pelo Conselho Técnico:
Art. 21 – O mando de campo das partidas será exercido no limite da jurisdição da Federação a que pertença o clube mandante, exceto em situações excepcionais, a critério da DCO, e de acordo com o RGC.
§ 1º – Cada clube poderá, como mandante, jogar fora do limite da jurisdição da Federação a que pertença em até 5 (cinco) partidas.