“O novo normal abriu as portas para a jovem advocacia porque igualou todos”, diz Daniela Teixeira

A conselheira federal Daniela Teixeira (foto), que recentemente passou o comando da Comissão Nacional da Jovem Advocacia a Amanda Magalhães, fez a primeira aula magna da I Semana da Jovem Advocacia do Distrito Federal. Ela tem sido uma incentivadora e uma inspiração para os profissionais da nova advocacia e foi homenageada pelos participantes da abertura do evento por sua trajetória de lutas pela inclusão de mulheres e de jovens no Direito. Segundo Daniela, a pandemia fez com que todos ficassem “igualados”.

“Não há nada de bom, na verdade, com a pandemia, mas o novo normal abriu as portas para a jovem advocacia porque igualou todos”, disse Daniela. Os mais experientes e os mais jovens têm de se atualizar a respeito de uma série de resoluções e de novas leis. “Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em três meses, caminhamos 10 anos. Cenário novo. Oportunidade para a jovem advocacia”, explicou.

Na visão de Daniela Teixeira, a juventude tem vantagens: “sustentação oral, audiências e outros procedimentos, agora, são feitos virtualmente”. Assim, “se um cliente for contratar alguém, vai escolher quem está preparado digitalmente”.

Antes, o que os advogados mais experientes ouviam dos mais jovens eram questões que envolviam saber, por exemplo, se compensaria montar um escritório. “O cliente vai entender que não tenho sede?”, perguntavam. “Isso está superado. Atendemos virtualmente, os processos são todos digitais. Assim, o advogado não precisa mais nem sequer vir a Brasília. Custo zero. É um Brasil de oportunidades.”

Outro aspecto interessante, segundo Daniela, é a formação. Está mais facilitada e valorizada pelo meio on-line. “Antes, as pessoas questionavam: pós-graduação on-line? Hoje, as melhores universidades oferecem cursos on-line”.

Ela sugeriu à jovem advocacia aproveitar a programação das Escolas Superiores de Advocacia (ESAs) das Seccionais. “Muitos cursos são gratuitos. Uma resolução que saiu em maio, por exemplo, é interessante para quem começou agora e para quem é mais experiente. A pandemia trouxe muitas mudanças e todos precisam estudar e atualizar conhecimentos.”

Presença digital

Para Daniela Teixeira, é importante entender que a OAB não aprova uma divulgação digital mercantilista. “Não posso fazer uma live para dizer ‘sou a rainha do divórcio’, mas posso fazer uma live para falar sobre questões de família etc. Vale a pena! Você pode tornar-se conhecida(o). As pessoas precisam ver que você tem uma especialidade em um ramo do Direito. Mostre conteúdo, fale do que sabe.”

Como fazer o conteúdo? Daniela entende que o profissional, primeiramente, precisa distinguir se quer firmar-se como perfil de pessoa “influenciadora” ou como de pessoa ligada à imagem da advocacia. “Se quiser destacar-se como advogada, precisa ter foco no cliente. Afinal, o que o cliente gostaria de ver nas suas redes digitais? O recado que você quer passar está claro o suficiente? O cliente entende? Faz que tenha segurança em contratar você? Se sim, publique! Se não, não publique! Não tenha a ilusão de que a sua rede social não será vista pelo seu cliente, pelo seu adversário, pelo juiz. Assim, faça da sua rede social um cartão de visita.”

Um conselho final de Daniela: “as redes sociais trazem o risco de você publicar algo que, amanhã, poderá prejudicar uma futura contratação”. Para ela, cada conteúdo deve ser pensado para o resultado imediato, mas de olho, também, no que trará de consequências no futuro.

A I Semana da Jovem Advocacia do Distrito Federal  é um evento inédito, on-line e gratuito. Continua hoje (16) e amanhã (17). Confira aqui a programação que está acontecendo. Participe!

Veja aqui no YouTube como foi a abertura do evento.

Comunicação OAB/DF

Texto: Montserrat Bevilaqua

Nota de Repúdio da Comissão da Mulher Advogada da OAB/DF

A COMISSÃO DA MULHER ADVOGADA – CMA/DF, com base no Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/1994, Art. 44) e do Provimento nº 164/2015-CFOAB (artigo 2º, inciso VI, alínea “c”), vem a público REPUDIAR os atos de violência praticados pelo motorista de um aplicativo, na noite do dia 04/9/2020, por volta de 22h, em Ceilândia, contra a motorista SHEILA GONÇALVES DE SOUZA SILVA. Sob a alegação de seu veículo ter sido atingido na sua parte traseira pelo automóvel da Sra. SHEILA, o motorista desferiu-lhes murros e pontapés, retirou-lhe as chaves do veículo, que, naquela ocasião, estava parado no semáforo em razão do sinal vermelho. Na sequência, uma patrulha da PMDF chegando ao local conduziu todos à 15ªDF. Feita a ocorrência sob o nº 9.152/2020-15ºDP, a motorista Sheila Gonçalves, sem teste de bafômetro, sem ser ouvida, foi autuada em flagrante delito e recolhida a uma cela, como se estivesse dirigido alcoolizada, o que não procede, conforme alegado pela condutora e demonstrado pelo Laudo do IML n° 24412/20; o laudo demonstra que a mulher sofreu ofensas à sua integridade corporal. Registre-se que o veículo de Sheila não apresentou, naquela ocasião, nenhum indício de colisão, fato que poderia, de pronto, ter sido constatado pelos policiais que chegaram ao local. Registre-se, ainda, que os fatos narrados na aludida ocorrência jamais poderão justificar a violência sofrida por Sheila Gonçalves ou qualquer outra mulher em situação semelhante. A violência contra a mulher, em todas as suas formas, preocupa sobremaneira esta e outras comissões desta Seccional da OAB, que têm atuado de forma incisiva e com o propósito de estancar esse mal social, e não poderia ser de outra forma diante da situação ora repudiada. Diante do ocorrido, espera-se apuração dos atos de violência física praticados pelo motorista de aplicativo, bem como das corregedorias das polícias civil e militar a devida apuração de possíveis omissões ou excessos praticados pelos integrantes dessas forças de segurança, tendo em vista a forma como a vítima SHEILA GONÇALVES DE SOUZA SILVA foi tratada durante o procedimento que resultou no registro da aludida ocorrência, configurando, em tese, violação aos direitos humanos de uma mulher.

Nildete Santana de Oliveira
Presidente da Comissão da Mulher Advogada

Joana d'Arc A. Barbosa Vaz de Mello
Secretária Geral da Comissão da Mulher Advogada

Anacy Nunes
Secretária Geral Adjunta da Comissão da Mulher Advogada

Flaviana de Moura Farias
Presidente em exercício da CMA da Subseção de Ceilândia

OAB diz que servidora do GDF foi agredida e presa injustamente por PMs (Metrópoles)

Sheila Gonçalves de Souza Silva foi presa, acusada de dirigir embriagada, provocar acidente e desacatar policiais militares

A Comissão da Mulher Advogada da Ordem dos Advogados do Brasil seccional do Distrito Federal (OAB-DF) se posicionou a favor da servidora pública da Administração Regional de Ceilândia, Sheila Gonçalves de Souza Silva, presa acusada de dirigir embriagada, provocar acidente e desacatar policiais militares. O caso foi mostrado com exclusividade pelo Metrópoles.

Reportagem publicada por Metrópoles em 15/09/20

Acesse aqui.

Projeto G.E.N.T.E levará virtualmente a advocacia às escolas

A Comissão da Mulher Advogada da OAB/DF lança, em outubro, o projeto GENTE (Gerando Expectativas Notáveis no Trato do Ambiente Escolar). É o desdobramento virtual do projeto “Comissão da Mulher Advogada Vai à Escola”. Em 2019, presencialmente, 3 mil alunos de seis escolas públicas do Distrito Federal participaram dessa iniciativa. Agora, os temas, que sempre são voltados para adolescentes, serão debatidos de modo virtual nas instituições de ensino. É um projeto gratuito, voltado a estudantes entre o 8º ano do Ensino Fundamental e o 3º ano do Ensino Médio.

Gravidez na adolescência, respeito e cidadania, violência doméstica, assédio, participação feminina nos centros de poder, valorização das mulheres no campo (escolas rurais), masculinidade tóxica são alguns dos temas previstos para tratar nesta edição virtual.

A presidente da Comissão da Mulher Advogada, Nildete Santana, explica como se dá a escolha dos assuntos: “A abordagem varia conforme a necessidade e a realidade de cada escola, mas a pretensão é falar acerca de temas relativos à dignidade humana, tanto para a temática feminina, ao tratar sobre feminismo e assédio, quanto para a masculina, falando de machismo e masculinidade tóxica. São questões que relacionamos à compreensão e ao desenvolvimento das relações humanas.”

Abordagem

Vídeos serão gravados para responder perguntas feitas por estudantes; pequenas palestras poderão ser utilizadas em sala de aula. Esses materiais pedagógicos serão desenvolvidos pelos membros da Comissão, como ocorria no ano anterior.

“Toda a Comissão está engajada! No ano passado, as visitas foram muito gratificantes! Olhar para os estudantes perguntando, querendo entender e demonstrando curiosidades não tem preço”, conta Nildete Santana.

A comissão já entrou em contato com a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEEDF), por e-mail, e, também, está firmando parcerias com as Regionais de Ensino do DF, para que o projeto possa circular em diversas instituições e atender mais alunos.

Comunicação OAB/DF

Texto: Neyrilene Costa (estagiária sob a supervisão de Montserrat Bevilaqua)

Foto de capa: mindandi – br.freepik.com

“Você em conexão com o futuro do Direito”. Hoje (15), tem início a I Semana da Jovem Advocacia do DF! Não perca!

O evento é inédito, on-line e gratuito, organizado pela Comissão da Advocacia Jovem e Iniciante (CAJI) e pelo Conselho Jovem da OAB/DF. A programação vai até o dia 17 e você pode inscrever-se e conferir na íntegra aqui.

A abertura será prestigiada pela presidente da Comissão Nacional da Advocacia Jovem, Daniela Teixeira, e por Francisco Antunes Maciel Müssnich, que é sócio do BMA – Barbosa Müssnich Aragão Advogados, professor de Direito Societário da PUC-Rio há 40 anos, autor dos livros: Cartas a um Jovem Advogado e O Insider Trading no Direito Brasileiro.

Daniela Teixeira já faz o convite à participação: “É um seminário imprescindível para que a jovem advocacia venha debater com a OAB quais são os rumos da Justiça no novo judiciário digital. Um evento preparado com muito cuidado para ser útil e prático. Venha ouvir os especialistas e se antecipe às novas tendências.

A I Semana da Jovem Advocacia do Distrito Federal 2020 (SJADF) quer apoiar o profissional em início de carreira, visando o seu desenvolvimento de maneira sistêmica, integral, explica a presidente do Conselho Jovem, Isabella Correia. “Vamos falar de inteligência emocional, de finanças, de negociação”.

Desde que assumiu a presidência do Conselho Jovem, em março, Isabella Correia, disse que vem percebendo que mais jovens advogados têm dores parecidas com as dela no início de carreira. “Aprendemos na faculdade o Direito Civil, o Penal, o Tributário, Processo e muitas coisas mais, porém não aprendemos soft skills, competências comportamentais que são importantes para conquistar clientes, ou para destacar-se em um escritório”, conta.

A presidente da CAJI, Amanda Marques, explica que a programação “está mesmo imperdível” para quem inicia a carreira. “Elaboramos uma grade de debates com foco em áreas que, se bem dominadas, farão toda a diferença para o profissional.”

Realizar um evento desse porte e on-line, segundo Amanda, traz a vantagem de não ficar restrito à advocacia do Distrito Federal. “Quem estiver em qualquer lugar do Brasil e do mundo poderá participar. Já está convidado!”

Rafaela Alves, organizadora do evento, pela CAJI, fala da importância da diversidade de temas nesse encontro, que é abrangente, e do momento de se discutir com profundidade, em especial, a questão do racismo estrutural na advocacia. “Esse é um debate essencial, pois é preciso ampliar os espaços de representatividade. Precisamos dar visibilidade aos juristas negros para que as jovens advogadas e jovens advogados negros possam se reconhecer em espaços de destaque.”

O presidente da Seccional, Délio Lins e Silva Jr., destaca que “a I Semana da Jovem Advocacia reafirma o compromisso da atual gestão de trazer a OAB/DF para o século 21, chamando a atenção para novos nichos de trabalho que a tecnologia pode proporcionar à advocacia iniciante”.

Além de palestras e debates, foram pensadas e programadas oficinas de conhecimentos práticos. Daí a importância de inscrever-se para o evento, mesmo sendo livre o acesso pelo YouTube das palestras. Só terão acesso às oficinas os que se inscreverem para acompanhá-las.

Na quarta-feira (16/9), vão tratar de Precificação de Honorários e de Excel. Na quinta-feira (17/9), as oficinas serão de Design Gráfico e de Oratória. “Com as oficinas práticas, os participantes poderão ter o conhecimento teórico e colocar a mão na massa!”, acrescenta a presidente da CAJI.

Você pode participar da I Semana da Jovem Advocacia do Distrito Federal pelo Canal da OAB/DF no YouTube.

Participe e fique por dentro de temas como Fake News e linchamento virtual, o impacto da tecnologia na advocacia, inteligência artificial, proteção de dados pessoais, enfrentamento do racismo estrutural, entre outros.

Comunicação OAB/DF
Texto: Montserrat Bevilaqua e Neyrilene Costa (estagiária sob a supervisão de Montserrat Bevilaqua)

OAB/DF retoma gradualmente o atendimento presencial

A partir desta terça-feira (15/9), a OAB/DF retoma, gradualmente, o atendimento presencial às advogadas e aos advogados, bem como ao público em geral, no âmbito da Seccional, da Fundação de Assistência Judiciária da OAB/DF e das Subseções da OAB/DF que possuem sede própria. Serão observados os protocolos de segurança sanitária e da legislação aplicável no âmbito do Distrito Federal para evitar a contaminação por coronavírus.

O atendimento deverá ser agendado pelos canais de comunicação setoriais, a fim de evitar aglomeração nas estações de trabalho. Se não for feito o agendamento, o atendimento presencial será realizado de acordo com a possibilidade limitada de circulação de pessoas nas dependências das entidades.

Segundo a portaria nº 58, que determina o retorno gradual do atendimento presencial, o horário de atendimento aos profissionais e ao público externo em geral, nas dependências do edifício-sede da OAB/DF, será das 13h às 19h.

Já o horário de atendimento nas dependências da Fundação de Assistência Judiciária da OAB/DF será das 14h às 18h; nas dependências das Subseções da OAB/DF que possuem sede própria será das 13h às 19h, sem restrição de atendimento aos advogados acompanhados de clientes.

Ainda, de acordo com a portaria, o horário de atendimento nas salas do sistema prisional (PDF e CDP) será das 9h às 16h; nas dependências da sala de apoio da Penitenciária Feminina do Distrito Federal (Colmeia), das 9h às 17h.

Por fim, o horário de atendimento na sala de apoio no Departamento de Polícia Especializada (DPE) será das 8h às 19h; na sala de apoio do Edifício Ok Office Tower, das 10h às 18h.

SETORES

O retorno gradual contemplará atendimento presencial para os seguintes setores:

Comissão de Seleção;
Comissão de Sociedade de Advogados;
Setor de Cobrança;
Orçamento e Finanças;
Setor de Protocolo;
Setor de Cadastro;
Tribunal de Ética e Disciplina.

As demais áreas continuarão a trabalhar na forma telepresencial pelos canais de comunicação da OAB/DF já disponibilizados.

Confira a íntegra da portaria nº 58, que dispõe da retomada gradual ao atendimento presencial.

Medidas anteriores

A Portaria nº 58 não revoga totalmente os efeitos da Portaria nº 46 , que define o teleatendimento na Seccional, na Fundação de Assistência Judiciária da OAB/DF, no Tribunal de Ética e Disciplina e na Escola Superior da Advocacia da OAB/DF. Continuam mantidas as suspensões de todos os eventos e reuniões institucionais presencialmente e, também, os artigos 2º, 5º e 6º sobre os procedimentos dos funcionários da Ordem.

Comunicação OAB/DF

 

“Até oradores natos, preparam-se muito!”, aconselha Presidente da OAB/DF em live com foco em dicas para a nova advocacia

Na véspera de a OAB/DF abrir a I Semana da Jovem Advocacia do Distrito Federal 2020 (#SJADF), o presidente da Seccional, Délio Lins e Silva Jr, participou, nesta segunda-feira (14), da live “A Oratória e a Comunicação na Nova Advocacia”, a convite do Instituto Verbalize.

Destacando a importância da Comunicação neste momento de crescentes canais por meio da tecnologia, Délio pontuou questões-chave para o bom desempenho profissional, seja em apresentações ou palestras, seja na sustentação oral: “é preciso ser objetivo e claro, identificando o argumento principal da causa que você defende”.

Hoje, até WhatsApp tem sido usado para rápidas audiências com magistrados. “O que faz a objetividade tornar-se ainda mais imprescindível”, observa Délio. Segundo ele, convencimento não está em uma enormidade de argumentos que não contextualizam o cerne da defesa. “Afinal, tempo vale ouro!”

DESAFIOS

O medo é um fator que acompanha o profissional iniciante. “É preciso vencê-lo. Ninguém nasce pronto. Até oradores natos, preparam-se muito!”, disse Délio, que confessou não ser um dos natos. “Desenvolvi a minha oratória com muito esforço e dedicação. Lembro que não era minha melhor habilidade, quando estava na faculdade, ou era estagiário, mas entendi que uma boa preparação ajudaria e fiz isso.”

Após 20 anos na profissão e com muita experiência acumulada, Délio falou, também, sobre a necessidade de o profissional perceber que cada caso sempre será um desafio. “Fique preocupado, se for fazer o júri e não sentir um friozinho na barriga”, dizia o meu tio, que foi grande jurista, Evandro Lins e Silva.

Para Délio, a “humildade” é uma grande aliada dos profissionais, sobretudo neste período em que os julgamentos são virtuais e ao vivo, sendo que, depois, ficam disponíveis para quem mais quiser ver. “A boa preparação para cada situação é o segredo para o sucesso. Perder ou ganhar causas faz parte da carreira, mas é fundamental ter a capacidade de fazer a argumentação certa, expressar-se com o gestual adequado ou mesmo manter o silêncio no momento necessário.”

A live foi conduzida pelo advogado Diogo Póvoa, sócio do Instituto Verbalize, especialista em Comunicação e Oratória para advogados. Póvoa reforçou a importância da espontaneidade: “Gosto de tópicos e creio que ajudam na maneira de conduzir uma boa sustentação, sendo que não é necessário usá-los de maneira rígida.” Délio concorda: “Tirando o discurso de posse que fiz na solenidade da OAB/DF, sempre evitei ler textos.”

CURSO

Na live, Póvoa anunciou a parceria que o Instituto Verbalize fechou com a Caixa de Assistência dos Advogados do Distrito Federal (CAADF), com 10% de desconto para toda a advocacia no lançamento. O conteúdo está organizado em módulos e focado em aperfeiçoamento profissional, compreendendo comunicação e oratória, como realizar reuniões, sustentação oral, entre os destaques.

Saiba mais aqui (informações do curso nas redes sociais).

Comunicação OAB/DF
Texto: Montserrat Bevilaqua

“Com que roupa eu vou?” A advocacia pede um estilo elegante, tradicional e clássico

 

Vestir-se bem é um desafio para quem está começando na profissão e até para os que já têm mais tempo no mercado. Nas palavras da professora Cíntia Castro Tirapelle (foto), especialista em dress code, proprietária do Atelier de Imagem Corporativa, mais do que trajar-se de uma maneira adequada para eventos sociais, ambientes de trabalho ou faculdade, o profissional precisa pensar na construção de “uma imagem positiva junto aos colegas de profissão e ao mercado de trabalho”.

Para entender como fazer isso, a equipe de Comunicação da OAB/DF a entrevistou e você confere, a seguir, os principais trechos da conversa.

OAB/DF: Dra. Cíntia, quais são as regras? Como uma advogada ou um advogado deve vestir-se?

Cíntia Castro Tirapelle: Não existe um manual dos Tribunais, mas há regras universais do dress code profissional, que têm sua rigidez, principalmente para carreiras mais formais como o Direito, pois consagraram-se com o uso e o costume, desde a faculdade e até aqui na OAB também. Estão claras, na verdade, e é fundamental pautar-se pelo bom senso sempre. Quando falamos em um dress code, estamos tratando de uma adequação para cada situação de vida. Há um dress code profissional, outro para eventos, outro para os finais de semana. Isso quer dizer que, ao falar desse tema, não estamos tratando tão somente de vestimentas para o uso profissional. Temos de estudar mais amplamente ensinamentos do dress code.

OAB/DF: Vestir-se adequadamente é fundamental, mas não é tudo?

Cíntia Castro Tirapelle: Exatamente. A imagem visual nunca pode ser desassociada dos comportamentos profissional e corporativo, que possuem, também, suas regras. Não adianta você estar bem vestido se você não tem postura profissional adequada. A sua aparência vai cair por terra. Em vista disso, não haveria coerência e consistência em sua imagem, não levando confiabilidade e autoridade aos seus empregadores e/ou clientela.

OAB/DF: A advocacia tem uma forma considerada clássica de vestir-se. Por quê?

Cíntia Castro Tirapelle: A advocacia é um dos segmentos profissionais mais formais que existem. Isso vem de séculos! Não conseguimos romper com a formalidade, pois estamos ligados a estruturas que são muito formais em suas essências: OAB, tribunais, ambientes com autoridades presentes.

OAB/DF: Há margens para flexibilizações?

Cíntia Castro Tirapelle: Flexibilizações são pequenas. No ano 2000, por exemplo, o Supremo Tribunal Federal (STF) passou a permitir que mulheres adentrassem usando calça. Antes, não podiam. Mesmo que usassem calças sociais, de alfaiataria, não se aceitava. A permissão de acesso era para mulheres trajando saias ou vestidos. O que advogadas e advogados precisam ter em conta é que escolheram uma carreira com formalidade. Precisa haver bom senso. Distinguir, primeiramente, o que é formal e o que é informal.

OAB/DF: Acha que as flexibilizações em outras áreas poderão em algum momento chegar à advocacia?

Cíntia Castro Tirapelle: Importante perceber que a flexibilização do dress code para profissionais de startups e empresas de publicidade, por exemplo, não chegou ainda a profissões mais formais. É muito difícil que chegue a segmentos como a advocacia. Isso porque a formalidade é parte do exercício profissional da advogada e do advogado. As pessoas mais jovens não podem confundir-se. As campanhas que falam da valorização da pessoa como ela é e da sua marca pessoal não se aplicam, muitas vezes, nem em ambientes que buscaram dar uma impressão de mais flexibilidade. Quando entramos em bancos, o gerente, os profissionais estão formalmente vestidos. Não mudaram.

OAB/DF: Qual é o estilo para as mulheres?

Cíntia Castro Tirapelle: Para mulheres: vestidos um pouco mais fechados, sem transparência, sem decotes, saia mais comprida observando a regra de três dedos, no máximo, acima do joelho. As saias não podem ter fendas, a não ser as formais e pequenas. Alcinhas muito finas e costas de fora não fazem parte do dress code corporativo. É interessante que a advogada tenha uma movimentação e conforto maior ao trabalhar. Se usar o decote, ou a alcinha, ao abaixar, por exemplo, poderá ter constrangimento. Devemos evitar a sensualidade. A sandália aberta e de salto alto traz sensualidade. Então, devemos usar scarpins, sapatos mais fechados, sandálias mais discretas.

OAB/DF: Qual é a forma adequada para homens?

Cíntia Castro Tirapelle: Para advogados, eles devem sempre usar um costume ou um terno. Qual a diferença entre os dois? O terno tem três peças: blazer, calça e colete interno. O costume é o blazer e a calça sociais, de alfaiataria. O terno é mais elegante, formal e sofisticado. O normal, a regularidade, pede o costume e a camisa social e a gravata.

OAB/DF: Como funciona o casual day na advocacia?

Cíntia Castro Tirapelle: É um dia para trabalhar mais à vontade, sextas-feiras, em geral. Mas, veja que alguns grandes escritórios, tradicionais, não permitem isso. Não adotam em sua política interna. Outros usam. A pessoa precisa saber se a prática do escritório compreende o casual. E se adotar, aí precisa perceber que não é qualquer roupa. É um jeans escuro porque já traz a formalidade. Jeans claro? Nem pensar! Risquem! Sempre usar esse jeans escuro com camisa social e, de preferência, um blazer. Chegando ao escritório, dependendo da cultura interna, a pessoa poderá tirar o blazer para ficar mais à vontade, lembrando de recolocá-lo para atender um cliente ou ir a algum Tribunal. Um dos itens de roupas mais formais e que impõe respeito é o blazer. Serve para qualquer segmento profissional. Passa a imagem de mais autoridade, confiabilidade. É a melhor peça de roupa para isso.

OAB/DF: Alguma recomendação especial para o casual day das mulheres?

Cíntia Castro Tirapelle: Se uma advogada usar jeans escuro, pode colocar uma camisa mais simples por baixo e um blazer, que estará muito bem. Se ela evitar decotes, alcinhas muito finas, poderá tirar o blazer no escritório. Daí, se tiver de sair e ir ao tribunal, por exemplo, é só colocar o blazer. Ficará adequada. Serve para o advogado também. Camisa social boa, tecido bom, sem desgaste, sem estar desbotada, dará a ele uma imagem visual que impressionará bem seus colegas de trabalho e clientes.

OAB/DF: Sapatos e acessórios têm importância?

Cíntia Castro Tirapelle: Sim. As pessoas conhecem as outras pelos sapatos que usam. Os homens têm de estar com os sapatos bem engraxados. Não precisa ser um par de sapatos italiano, caro, mas bem cuidados, limpos. As mulheres, também, devem se preocupar em manter os seus calçados com todos os detalhes. Se começar a desgastar e/ou quebrar o salto, mandar consertar imediatamente. O que não pode é, pelo uso do calçado, passar imagem ruim, de desleixo, de descuido. Precisa passar uma imagem de cuidado para a empresa que trabalha e para quem é o seu cliente.

OAB/DF: Há uma contestação para esses usos e costumes?

Cíntia Castro Tirapelle: Sei que temos alguns problemas. Aqui, em Brasília, e em outras localidades do Brasil, acerca das regras. Há uma reivindicação de advogadas mais jovens, principalmente, que estão protocolando junto a ouvidorias queixas sobre proibições ao uso de vestimentas. A questão é que, nos Tribunais, a regra é não chamar atenção para si. Essas regras visam que os trabalhos transcorram sem atrapalhar o andamento regular da audiência, ou do despacho, ou da sustentação oral. Não devemos chamar a atenção para a própria imagem, para o corpo.

OAB/DF: Na pandemia, as pessoas têm observado esses usos e costumes?

Cíntia Castro Tirapelle: As pessoas, na pandemia, começaram a trabalhar em casa e estão sentindo-se muito à vontade. Deveriam pensar e imaginar que, ao entrar em uma chamada, ou videoconferência, audiências, sessões, estão no escritório. Não dá para flexibilizar isso! Vale o dress code. Não precisa usar o terno, o costume, se não for em audiência já designada, ou marcada, mas uma camisa social tem de ser. Outro dia, durante audiência virtual, vimos um juiz, o promotor, o escrevente, as partes e os advogados, sendo que um dos advogados estava vestido informalmente e estava sentado em uma rede (rs) . Total falta de bom senso! É inaceitável esse tipo de situação.

OAB/DF: As pessoas estão percebendo que precisam de ajuda ou orientação sobre vestir-se e comportar-se?

Cíntia Castro Tirapelle: O jornal The New York Times e a revista Exame fizeram um estudo de profissões mais procuradas, do ano passado para cá. E uma das mais buscadas é a consultoria de imagem e de comportamento. As pessoas estão com dificuldades, neste momento, de saber o que usar e o que não usar. Mas, digitalmente, é muito importante entender que o uso dos meios faz com que a pessoa pense em enquadramento, iluminação etc. Também, na adequação do que está vestindo e do que as pessoas verão ao fundo da imagem. As mulheres devem maquiar-se, como se estivessem indo ao trabalho. Precisam ter presença. Precisam ser vistas, visualizadas. As pessoas prestarem atenção no que estão falando. Há uma “netiqueta”, que é a etiqueta da Internet. Nela, compreendemos como escrever e-mails, como usar WhatsApp, o que falar em grupos, como fazer chamadas, videoconferência. Aprender os detalhes e aplicar.

OAB/DF: Qual é a sua dica final?

Cíntia Castro Tirapelle: Sensibilidade é tudo. Qual é a imagem que a empresa que você trabalha tem? Como os colegas que trabalham há mais tempo se vestem? Vamos dizer que a advocacia pede um estilo elegante, tradicional e clássico. Observe isso. A imagem que você deve passar, seja nos escritórios, seja nos tribunais ou seja em eventos jurídicos precisa ter coerência e consistência. Isso é vestir-se bem, mas não esqueça de comportar-se bem. Senão, você vira uma personagem. Tenho o caso de um grande profissional, jovem, brilhante, mas que fora do ambiente formal de trabalho sempre foi extremamente informal, passando a ideia de ser até mais novo do que era. Alcançou antiguidade para passar de juiz de 1ª instância para o de 2ª instância, mas não conseguiu ascender. Merecimento ele tem de sobra. Poderia estar na 2ª instância, porém ao pesquisar viu que não passava a imagem de amadurecimento para esse passo. Austeridade. Autoridade. Isso, também, você passa ao criar sua marca pessoal e profissional, importantíssimas nos dias de hoje para lhe identificar em um mercado tão competitivo e desafiador e na sociedade. Criação de imagem estratégica e reputação estão diretamente associadas. Ao longo do tempo, você vai criando sua melhor imagem e comportamento profissional e consolidando sua reputação.

OAB/DF: Se a pessoa não tiver muito dinheiro, ainda dá para seguir essa dica?

Cíntia Castro Tirapelle: Dou aula na ESA/DF em turmas regulares e participo do projeto Carreiras da OAB/DF – uma residência jurídica com foco em pessoas que acabaram de se formar ou que se aposentaram e eram bacharéis de Direito e, agora, estão advogando. Ensino que, para vestir-se bem ou formalmente, você não precisa de muitos recursos financeiros. Há opções de vestir-se com tecidos bons. Tem de evitar comprar os tecidos com muito poliéster porque serão de roupas que vão durar pouco. Elas não resistem nas lavagens. Daí que é o barato nem sempre compensa. Se você tiver de trocar aquela roupa várias vezes, gastará mais do que se comprar uma peça boa. Onde e o que comprar? Consultores de imagem corporativa ajudam nisso. A pessoa pode e deve buscar apoio até mesmo na internet. Reforçando sempre que dress code, simplesmente, não é tudo! Comportamento é fundamental e tem de ser condizente com a imagem que se passa.

SERVIÇO

Entre 21 e 25 de setembro, a OAB/DF realizará o III Congresso de Gestão Jurídica do Distrito Federal, evento virtual e totalmente gratuito, iniciativa da Comissão de Gestão de Escritórios de Advocacia. Um dos destaques dessa programação é o painel Gestão de Pessoas/Liderança, palestra sobre “Imagem e Etiqueta Corporativa Voltada à Advocacia”, a ser ministrada, no dia 24, pela professora e advogada Cíntia Castro Tirapelle.

Você poderá ter mais informações na página do evento, que está com inscrições abertas. Participe!

Tire dúvidas sobre dress code com a professora Cíntia Castro Tirapelle. Escreva para [email protected]

Comunicação OAB/DF

Texto: Montserrat Bevilaqua

Foto de capa- br.freepik.com

Foto do post: Cíntia Castro Tirapelle (divulgação)

Começa hoje o II Seminário Anual de Bioética e Biodireito: Pandemia e os Desafios da Bioética

A Comissão de Bioética e Biodireito da OAB/DF promove, entre esta segunda-feira (14/9) e quarta-feira (16/9), o II Seminário Anual de Bioética e Biodireito: Pandemia e os Desafios da Bioética. O evento será por meio de plataforma virtual (zoom) e é gratuito.

Nesta segunda, a abertura contará com os painéis “O contexto da pandemia – Por que a Bioética está no centro das discussões?” e “Promoção da autonomia do paciente em meio à pandemia“, programados para acontecer a partir das 19h.

A presidente da Comissão de Bioética e Biodireito da OAB/DF, Thais Maia, destaca a importância do Seminário: “A ciência da bioética ganhou muita relevância, durante este período de pandemia, porque levantou conflitos tanto de saúde pública quanto privada e aspectos relacionados aos limites do Estado, como a capacidade de cuidar de todos.”

Thais Maia diz que os profissionais do Direito e da sociedade começaram a debater sobre bioética sem saber que estavam falando dela. “O objetivo do seminário é contribuir e esclarecer dilemas que a pandemia trouxe e estão no cerne dela”, explica.

O presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Jr., enfatiza que a sociedade passa por um período de muitas transformações e o mercado de trabalho anda ainda mais dinâmico. “Temos muitos desafios para o exercício da profissão e a Seccional está aqui para ajudar quem está começando e os que estão reciclando conhecimentos. Direito  exige que o profissional estude a vida inteira.”

O seminário conta com a presença de renomados especialistas para debater temas relevantes nos painéis “O contexto da Pandemia – Por que a bioética está no centro das discussões?”, “Promoção da autonomia do paciente em meio à pandemia”, “Diretivas antecipadas enquanto uma expressão da autonomia do paciente” e “O momento pós-pandemia e a bioética”, além da “Oficina de diretivas antecipadas e a realidade da pandemia”, que ocorrerá na terça-feira (15/9).

De acordo com Thais Maia, “os temas tratados pela bioética são delicados e polêmicos”. Ela ressalta que serão tratados, com muito cuidado. “Vamos abordá-los considerando os aspectos jurídicos, os da saúde e os acadêmicos. Queremos trazer esclarecimentos no sentido de demonstrar a importância dessa ciência para as discussões atuais da advocacia”, completa a presidente da Comissão de Bioética e Biodireito da OAB/DF.

Atenção! As transmissões dos painéis terão início sempre às 19h, porém por meio de salas diferentes. Veja abaixo o link para cada dia de debates:

14/9ID: 95920872124
15/9ID: 99253780927
16/9ID: 99784837794

Para mais informações, acesse aqui.

Comunicação OAB/DF
Texto: Neyrilene Costa (estagiária sob a supervisão de Montserrat Bevilaqua)

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA:

Segunda-feira (14/9)

Mesa de Abertura

PAINEL I: O contexto da Pandemia – Por que a bioética está no centro das discussões?

Palestrantes:
Henderson Fürst, presidente da Comissão Especial de Bioética e Biodireito do Conselho Federal da OAB (CFOAB)
Farid Buitrago, médico e presidente do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF)
Mediadora: Thais Maia, presidente da Comissão de Bioética e Biodireito da OAB/DF

PAINEL II: Promoção da autonomia do paciente em meio à pandemia

Palestrantes:
Alexandra Moreschi, presidente da Comissão de Direito à Saúde da OAB/DF
Priscila Alves, médica intensivista e bioeticista
Mediadora: Andressa Pasqualini, advogada e membro da Comissão de Bioética e Biodireito da OAB/DF

Terça-feira (15/9)

PAINEL I: Oficina de diretivas antecipadas e a realidade da pandemia

Palestrantes:
Nelma Melgaço, advogada, membro da Comissão de Bioética e Biodireito da OAB/DF e bioeticista
Luciana Munhoz, secretária-geral adjunta da Comissão de Bioética e Biodireito da OAB/DF e advogada bioeticista
Luis Vicente Garcia, médico e professor da USP
Mediador: Pedro Costa, advogado e membro da Comissão de Bioética e Biodireito da OAB/DF

Quarta-feira (16/9)

PAINEL I: Diretivas antecipadas enquanto uma expressão da autonomia do paciente

Palestrantes:
Luciana Dadalto, advogado e doutora em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina da UFMG
Mediadora: Isis Laynne, vice-presidente da Comissão de Bioética e Biodireito da OAB/DF e advogada bioeticista

PAINEL II: O momento pós-pandemia e a bioética

Palestrantes:
Thais Maia, presidente da Comissão de Bioética e Biodireito da OAB/DF
Leonardo Aguiar, médico, cirurgião plástico e pós-graduado pelo Instituto Ivo Pitanguy

ESA/DF oferta curso sobre Direito e Racismo

A Escola Superior de Advocacia do Distrito Federal (ESA/DF) está com inscrições abertas para o curso “Direito e Racismo: perspectivas e enfrentamentos críticos do debate étnico-racial”. É um conteúdo voltado aos advogados, estudantes e profissionais que atuam na área ou que desejam aprimorar seus conhecimentos acerca das questões de caráter étnico-racial no cenário jurídico brasileiro.

A iniciativa conta com o apoio da Comissão de Igualdade Racial da OAB/DF e ocorre nos dias 19 e 26 de setembro e 3 e 10 de outubro, de forma virtual. São aulas somente aos sábados, das 9h às 12h, por meio da plataforma virtual Zoom. A capacitação tem vagas limitadas e as inscrições já podem ser feitas no site da ESA

A presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB/DF, Josefina Serra, destaca a importância da parceria da OAB/DF com a ESA/DF nessa iniciativa. “A OAB/DF preocupa-se com o combate à discriminação racial na sociedade e na advocacia, o que a torna um exemplo. E nós, da população negra do DF, onde somos mais de 56%, só temos a agradecer porque a Casa é referência na luta por direito e respeito a todos. A advocacia negra existe e está preparada para atuar em todos os ramos do direito.”

O curso será ministrado pelo doutor em Direito, advogado e professor, Hector Vieira. Serão aulas expositivas, com debates conceituais, a partir de textos indicados. Haverá abordagem crítica de situações reais.

Para o professor Vieira, a disponibilização de um curso em que se oportuniza o debate da questão racial pela ESA/DF é um grande avanço institucional e estratégico. “Representa um marco histórico da instituição, tanto da ESA/DF quanto da OAB/DF, que se comprometem com o alcançar da igualdade e da justiça racial.”

Segundo o professor, “antes de ser um resultado de um esforço, a expectativa é de o curso marcar o início de um caminho a ser trilhado”. Ele pontua que, ao final, o público-alvo poderá compreender melhor um “sistema profundamente marcado pela desigualdade racial; delineado por um racismo estrutural”. A proposta compreende a defesa dos princípios de liberdade, igualdade e justiça.

O investimento é de R$ 120 sem desconto e de R$ 84,00 com desconto.

Para saber mais sobre o curso acesse o site da ESA/DF

Comunicação OAB/DF
Texto: Neyrilene Costa (estagiária sob a supervisão de Montserrat Bevilaqua)