Evolução e protagonismo marcam 4ª Conferência Nacional da Mulher Advogada

Com uma vasta programação e com um público de 4 mil inscritos, chega ao fim a 4ª Conferência da Mulher Advogada, organizada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB), por meio de sua Comissão Nacional da Mulher Advogada (CNMA), que é presidida pela conselheira Federal do DF, Cristiane Damasceno. 

O evento, que aconteceu nos dias 14 e 15 de março, foi marcado por debates, palestras, painéis e troca de experiências. O segundo e último dia de Conferência contou com 2 palestras, 5 oficinas e 13 painéis, que abordaram variadas temáticas, dentre elas: Etarismo; Oratória; Advocacia Internacional; Mulher na Política Eleitoral; O Uso da Inteligência Artificial na Advocacia; Novos Nichos de Mercado.

E para fortalecer o protagonismo feminino na advocacia, o encerramento da Conferência contou com uma carta aberta dos participantes que convocam a advocacia para um ambiente jurídico ético, justo e inclusivo. Leia mais.

Cristiane Damasceno enalteceu a qualidade da programação da Conferência, enfatizando a importância da participação das mulheres em toda sua diversidade. “A IV Conferência Nacional da Mulher Advogada foi o maior evento da advocacia feminina realizada em Curitiba. Com quase 40 palestras, com mulheres das subseções, negras, mães, trans, deficientes e indígenas. Com espaço adaptado para as crianças, recebemos 22 crianças bebês. O evento renovou as energias das advogadas e proporcionou crescimento profissional.”

4ª Conferência Nacional da Mulher Advogada

O presidente da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB/DF), Délio Lins e Silva Jr., elogiou o evento e destacou a relevância da presença feminina na advocacia. “A Conferência da Mulher Advogada foi um evento histórico, de altíssimo nível, que agregou a todos nós mais conhecimento e admiração pela advocacia feminina, que cresce e se qualifica cada vez mais.” 

A vice-presidente da OAB/DF, Lenda Tariana, definiu a Conferência como parte da mudança da história. “A conferência nacional já mostrou que um novo tempo chegou e, ao mesmo tempo, é evidente, precisamos muito de lutar e evoluir e que muitas batalhas ainda existem. O novo tempo é o tempo da paridade, da inclusão, da voz feminina e precisamos, ainda, de mais conquistas: precisamos nos solidificar como advogadas, como empreendedoras, como protagonistas e precisamos, muito, por fim à violência contra as mulheres.”

Roberta Queiroz, secretária-geral adjunta da OAB/DF, expressou a importância do encontro. “A conferência da mulher Advogada foi um momento muito especial de aproximação das mulheres e reafirmação de que a representação feminina na advocacia não é apenas uma questão social, mas também uma necessidade para construção de um sistema jurídico mais inclusivo e eficiente. O encontro foi muito importante, sobretudo para nós da OAB/DF que, por meio da liderança do presidente Délio, pois temos trabalhado incansavelmente pela paridade e em favor das perspectivas femininas que enriquecem a construção da nossa democracia diária.”

A presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/DF, Nildete Santana de Oliveira, definiu a Conferência como um marco para a advocacia feminina. “A Conferência Nacional da Mulher Advogada trouxe discussões e análises fundamentais para as mulheres, levou em consideração a Agenda 2030, principalmente o objetivo 5, que é alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas; o protocolo de Julgamento com Perspectivas de Gênero; a igualdade; a participação feminina nos centro de poder na OAB e demais órgãos; a proteção as advogadas contra todo tipo de discriminação, dentre outros.”

Nildete Santana acrescenta que o evento demonstrou a força e capacidade das mulheres de ocupar o espaço que é seu por direito. “A advocacia e a sociedade avançam com a Carta da IV Conferência Nacional da Mulher Advogada. A advocacia feminina do DF esteve muito bem representada com a maior bancada de todos os tempos. Viva a mulher advogada.”

Confira mais detalhes do último dia da 4ª Conferência Nacional da Mulher Advogada:

Em carta, participantes da 4ª CNMA convocam advocacia para um ambiente jurídico ético, justo e inclusivo

Presidentes de seccionais mostram as vantagens de uma “gestão por elas”

Liderança feminina e seguridade são temas de palestras do 4º CNMA

Advogadas debatem temas de interesse da classe durante 1º Colégio de Ouvidoras da Mulher

Concad Mulher planeja ações voltadas à saúde, esporte e combate à violência doméstica

Lawfare de gênero, IA e atuação nos Tribunais Superiores marcam segundo dia de palestras

Jornalismo OAB/DF

OAB/DF prestigia abertura da IV Conferência Nacional da Mulher Advogada

A Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) participou nesta quinta-feira (14/03) da abertura da IV Conferência Nacional da Mulher Advogada, organizada pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (CFOAB), em Curitiba, por meio de sua Comissão Nacional da Mulher Advogada (CNMA), presidida pela conselheira Federal do DF e presidente do CNMA, Cristiane Damasceno. O evento acontece de hoje até amanhã (15/3), tendo como tema central “Evolução e Protagonismo”, cujo objetivo é levantar as principais bandeiras do universo feminino frente aos desafios da advocacia contemporânea.

Cerca de 4 mil pessoas participaram dos 13 painéis e sete oficinas do primeiro dia deste evento que amanhã contará com mais 13 painéis. “Nossa Seccional veio prestigiar em peso e sentimos aqui o quão bem representadas estão as mulheres da advocacia. Um evento histórico”, disse o presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Jr.

A vice-presidente da OAB/DF, Lenda Tariana, já em Curitiba, destacou a importância de ações voltadas para a profissionalização da advocacia feminina, parabenizou a Seccional do Paraná pelo acolhimento e comemorou em suas redes sociais: “Viva a advocacia feminina”. Lenda participou do Painel 7, como relatora. A mesa tratou da temática “Novos Nichos de Mercado” e ocorreu no período da tarde.

4ª Conferência Nacional da Mulher Advogada

Assim como Lenda, a presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/DF, Nildete Santana de Oliveira, está trazendo contribuições ao evento como painelista e esteve na mesa de abertura da solenidade. “Uma abertura forte, marcante e histórica, destacando a importância da mulher advogada, a necessidade de acolhimento do sistema OAB para inclusão real das mulheres na ocupação dos espaços de poder. A maior bancada do DF. Sem dúvida, um divisor de águas na história da Advocacia feminina. A Conferência mais inclusiva, representativa é diversa”, destacou Nildete.

O evento foi conduzido pela presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada (CNMA), Cristiane Damasceno, pela secretária-geral adjunta do CFOAB, Milena Gama, e pela presidente da OAB Paraná, Marilena Winter.

Dentre os painéis abordados, no primeiro dia, estavam: Prerrogativas da Mulher Advogada; Comunicação Persuasiva; Enfrentamento à Violência de Gênero e Marketing Jurídico e Geração de Negócios. Também foram apresentadas oficinas que abordaram temas como a advocacia com Perspectiva de Gênero, Descomplicando a Advocacia Criminal: da Atuação em Delegacia aos Tribunais Superiores e a Importância do autoconhecimento, autocuidado e autorresponsabilidade.

Eduardo Uchôa Athayde, presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do Distrito Federal, celebrou como “grandíssimo” o evento e destacou a relevância de temas para “a advocacia feminina brasileira”.

Abertura

Em ato simbólico, durante a abertura da 4ª Conferência Nacional da Mulher Advogada, o presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, transmitiu a presidência da entidade para a secretária-geral adjunta, Milena Gama. Leia mais aqui.

“Esta conferência é sua, e nós precisamos de todas vocês”.

A presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada da OAB, Cristiane Damasceno, se dirigiu a todas as participantes do maior evento da advocacia feminina do Brasil acentuando: “Esta conferência é sua, e nós precisamos de todas vocês”. Cristiane Damasceno, assim, assinalou a luta institucional do Conselho Federal em prol da equidade e da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres no campo jurídico. Ela, também, enfatizou a importância de dar voz e espaço a todas as mulheres. “Eu quero ouvir vocês!” Nós estamos aqui no front por você e fiquem aqui. Ficaremos até o fim.”

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Conferência Magna de abertura

Após a abertura da cerimônia, teve início a palestra magna conduzida pela ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Daniela Teixeira.

Em sua fala, a ministra ressaltou a importância do avanço das gerações, especialmente no que diz respeito ao papel das mulheres na sociedade. “A cada geração nós estamos avançando. Acreditem, nós estamos avançando mulheres. Não desanimem, não se deixem abater. A revolução é silenciosa, mas ela é muito rápida e ela está acontecendo. Sejamos otimistas. A nova geração da minha filha, que hoje tem dez anos, é infinitamente melhor do que a geração da minha avó quando ela tinha dez anos, há cem anos atrás. Não tem comparação. A empatia, a luta real de mulher por mulher, uma pelas outras. A metade mulher do mundo está se juntando cada dia mais,” ressaltou Daniela.

Veja matérias publicadas sobre o evento:

Evolução e protagonismo pautam a 4ª Conferência Nacional da Mulher Advogada

4ª CNMA: Simonetti destaca trabalho da OAB em prol da proteção à mulher advogada 

Primeira mulher a receber a Medalha Rui Barbosa, Cléa Carpi é homenageada durante a 4ª CNMA

Conquistas femininas e novas perspectivas são as lições da ministra Daniela Teixeira na 4ª CNMA

 Jornalismo OAB/DF

Representatividade: Comissão da Mulher Advogada da OAB/DF lança e-book exclusivamente com autoras mulheres 

A Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) realizou uma ação inédita em parceria com a Comissão da Mulher Advogada, lançando nesta terça-feira (28/03) um e-book intitulado “As Mulheres da Advocacia: Pensamentos e reflexões sobre o direito”. O livro digital reúne ideias e reflexões de mulheres advogadas sobre questões relacionadas ao direito, oferecendo uma perspectiva única sobre a profissão.

Com base nas experiências pessoais e profissionais das mulheres advogadas, o livro reúne uma gama de ideias e reflexões sobre o direito, abordando temas como igualdade de gênero, diversidade e inclusão, direitos humanos, justiça social, entre outros. O resultado é um trabalho enriquecedor e inspirador que contribui significativamente para a promoção de uma advocacia mais justa, igualitária e inclusiva.

Na abertura do evento, o presidente da Seccional do Distrito Federal, Délio Lins e Silva Jr, enfatizou a relevância da iniciativa para fortalecer a presença feminina na advocacia. “Ter todo o nosso sistema OAB engajado nessa causa, apoiando e reconhecendo o trabalho da comissão da mulher advogada, é uma honra para nós. Fazer parte desse momento histórico e colaborar para o avanço da igualdade de gênero na profissão é essencial para disseminar ainda mais conhecimento e incentivar a participação das mulheres na advocacia,” declarou.

Para celebrar a ocasião, a Ministra Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), foi convidada para palestrar sobre democracia e representatividade feminina. Durante o debate, a ministra enfatizou que “é preciso que elas sejam valorizadas e reconhecidas por suas competências e habilidades, e não discriminadas por sua condição de gênero,” expressou. 

Segundo ela, “é imprescindível discutir a representatividade feminina na política e em outras esferas de poder para garantir uma democracia mais inclusiva e representativa. Dessa forma, é importante que as mulheres estejam presentes em todos os espaços de poder, a fim de que possam lutar pelos seus direitos e interesses.”

Nesse aspecto, a vice-presidente da OAB/DF, Lenda Tariana, comemorou que as mulheres têm conquistado novos espaços e desbravado novas áreas. “É chocante o fato de estarmos, em 2023, comemorando o primeiro livro/e-book publicado por mulheres nesta casa. Estamos, sem dúvida, conquistando muito, mas há muito o que ser conquistado. A liberdade e a igualdade de gênero já estão protegidas constitucionalmente. No entanto, precisamos continuar lutando para conquistar mais espaços de representação, de termos efetiva igualdade. Somos maioria da população, mas não somos representadas na mesma proporção no parlamento, por exemplo. É tempo de lutar,” afirmou.

Além disso, a vice-presidente destacou que a Ordem tem um papel importante nessa luta pela igualdade de gênero. “A OAB tem um papel importante nessa luta pela igualdade de gênero. Desde 2015, a instituição se comprometeu a promover a igualdade e a inclusão efetivas. A presença feminina no Conselho é um exemplo para toda a sociedade e para outras instituições. Nosso papel é mudar a sociedade e incentivar as mulheres a serem quem são, sem julgamentos ou delimitações.”

A presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada do Conselho Federal, Cristiane Damasceno, expressou sua felicidade destacando o papel de todas as mulheres e advogadas. “Quando vejo um livro em que as mulheres podem falar, fico feliz, pois sabemos escrever e falar sobre diversos assuntos. E quando uma mulher chega, todos nós chegamos juntas. O protagonismo não é só dela, mas de todos nós. Na OAB, movimentos como esse são antigos, existindo antes mesmo da regra de 2020 que exigia uma diretoria equilibrada por gênero. Não precisamos de regras para reconhecer que as mulheres e as pessoas negras precisam ocupar espaços de poder,” disse.

Por fim, a presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/DF, Nildete Santana, destacou a importância do E-book escrito somente por mulheres, como uma iniciativa inédita e vanguardista. “Este é um espaço concedido às advogadas, e é um espaço eterno porque um livro se perpetua e demonstra a capacidade que as mulheres possuem de escrever sobre qualquer tema jurídico. Parabéns a todas as autoras,” comemorou.

Finalizando a cerimônia de lançamento, Nildete Santana agradeceu a todos os presentes pelo apoio. “Gostaria de expressar minha gratidão ao Eduardo Uchôa, presidente da Caixa de Assistência, por ter financiado e acreditado no projeto, assim como a todos os diretores da OAB, nas pessoas do presidente Délio Lins e Silva Jr., e da vice-presidente Lenda Tariana, bem como a Conselheira Federal e Presidente da Comissão Nacional da Mulher Advogada, Cris Damasceno que nos apoiaram nesta empreitada. Sem a colaboração de cada um de vocês, não seria possível tornar este projeto uma realidade. Minha gratidão!”

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Fotos: Roberto Rodrigues

Comunicação OAB/DF — Jornalismo

Subseção de Ceilândia promove palestra sobre a autoconhecimento e inteligência emocional

A Subseção de Ceilândia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) realizou um debate nesta terça-feira (14/03) sobre a “Liderança da Mulher Advogada: Os Super Poderes do Autoconhecimento e da Inteligência Emocional”, visando fortalecer e promover a luta pelos direitos das mulheres na sociedade e na advocacia. O evento contou com a participação de homens e mulheres interessados no tema.

Hanelise Justo, presidente em exercício da Subseção de Ceilândia

No início do evento, Hanelise Justo, presidente em exercício da Subseção de Ceilândia, expressou sua alegria em receber o debate. “Nossa casa está cheia como não a víamos há muito tempo devido à pandemia. Meu coração se enche de emoção ao ver que a advocacia de Ceilândia está evoluindo e procurando se qualificar por meio da nossa casa. Tenho certeza de que todos saíram do evento enriquecidos e transformados. Só tenho a agradecer aos que compareceram e, ainda mais, aos que tornaram possível a realização do nosso treinamento, gratidão,” agradeceu

Nildete Santana, presidente da Comissão da Mulher Advogada

A presidente da Comissão da Mulher Advogada da Seccional do Distrito Federal, Nildete Santana, destacou a relevância do o evento, ressaltando a luta histórica pela igualdade de gênero e a importância de refletir sobre esse tema tão significativo para a mulher e a sociedade atual. “É tempo rememorar as conquistas, pugnar pela igualdade e ocupar os espaços de poder e decisão. A representatividade feminina é indispensável à democracia,” disse.

Palestra

A palestra intitulada “Liderança da Mulher Advogada: Os Super Poderes do Autoconhecimento e da Inteligência Emocional”, ministrada pela diretora de comunicação da OAB/DF, Raquel Cândido, abordou a importância do autoconhecimento e da inteligência emocional para o desenvolvimento pessoal e profissional.

Raquel Cândido, diretora de comunicação

Raquel pontuou que “o autoconhecimento envolve entender suas próprias emoções, pensamentos e comportamentos, conhecer seus valores, dons e talentos. Quando você tem um alto grau de autoconhecimento, é mais fácil identificar seus pontos fortes e compreender, reconhecer padrões de pensamento ou comportamento que podem estar te impedindo de alcançar seus objetivos e identificar áreas em que podem precisar de aprimoramento,” apresentou.

Por fim, a diretora de comunicação esclareceu que “a inteligência emocional, por sua vez, envolve a habilidade de identificar e gerenciar suas emoções e se relacionar bem com os outros. Pessoas com alta inteligência emocional são capazes de se colocar no lugar dos outros, entender suas perspectivas e se comunicar de forma clara e eficaz. Além disso, elas são capazes de lidar com situações difíceis sem se deixar levar por atitudes impulsivas.”

Depoimentos

A vice-presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do Distrito Federal (CAADF), Bernadete Teixeira, destacou que a palestrante apresentou diversas ferramentas que foram úteis na compreensão dos perfis de personalidade e temperamento. “Ela nos incentivou a olhar para dentro de nós mesmos, o que é extremamente relevante, uma vez que as atividades da OAB demandam muito trabalho em um processo célere, que não pode parar.” disse Bernadete.

Segundo a advogada Ênia Duarte, “se conhecer é primordial para desenvolver a capacidade humana de lidar com as próprias emoções.” Ênia, também, disse que “a palestra trouxe uma avaliação dos nossos comportamentos, e assim diagnosticamos nossos pontos fortes e o que precisamos melhorar.”

Nesse sentido, a advogada Cristiane Escorcio de Melo manifestou sua experiência no bate-papo. “A palestra foi muito importante para mim, saí renovada. Tenho certeza que impactou todas as pessoas que estavam presentes. Entendi que sou capaz de chegar aonde eu quiser,” afirmou.

Cristiane conta que começou a estudar sobre autoconhecimento e inteligência emocional recentemente, “e tudo que a palestrante falou, foi perfeito. Foi um evento enriquecedor, valeu a pena ter participado.”

Fotos: Roberto Rodrigues

Comunicação OAB/DF — Jornalismo

OAB/DF discute o assédio moral no ambiente de trabalho

Infelizmente, 503 mulheres foram vítimas de agressão física a cada hora em 2016, isso equivale a 4,4 milhões de agressões por ano. Destas, 40% contaram sofrer assédio dos mais variados tipos. Esses são dados da pesquisa “Visível e Invisível: a Vitimização de Mulheres no Brasil”, realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Para tratar da questão do assédio moral no ambiente de trabalho, a OAB/DF realizou, por intermédio da Comissão da Mulher Advogada, na noite desta segunda-feira (26). O tema foi debatido em diferentes vertentes, como a questão trabalhista, administrativa e criminal.

Daniela Teixeira, vice-presidente da Seccional, endossou a necessidade do empoderamento feminino para que não exista o medo de denunciar o assédio assim que ele ocorra. “Para que possamos combater a violência, seja ela psicológica ou física, devemos conversar sobre as diversas formas que acometem as mulheres. Nós nos empenhamos diariamente em garantir os direitos, não só das advogadas, mas também de todas as mulheres do nosso país porque sabemos do valor que temos e da dor que é ser assediada. Lutaremos até o fim para garantir todos os direitos das mulheres”.

Cristina Alves Tubino, presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/DF, conta que uma das armas para combater o assédio é o conhecimento. “Temos que ter sororidade. Devemos olhar todas as colegas com empatia e perceber que já estivemos e provavelmente voltaremos a estar no lugar delas. A coragem é o que nos move na luta contra o assédio, venha ele de onde vier”, disse.

A promotora de Justiça Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, Larissa Bezerra Luz, tratou de questões práticas como as provas que a vítima pode apresentar e a forma de abrir um processo contra o agressor. Além disso, conversou também sobre as consequências psicológicas das vítimas de assédio sexual em ambientes de trabalho e as possíveis indenizações que podem ser pedidas. Larissa ressaltou ainda que, seja onde for que ocorra o assédio, o essencial é não ter medo de denunciar.

Ana Paula Machado Amorim, presidente da Comissão Nacional de Direito do Trabalho da ABA, explica que é importante que todas as mulheres tenham a consciência que no contrato individual de trabalho existe uma legislação que deve ser respeitada. A legislação a protege, e o assédio pode ser penalizado sim, seja com a rescisão direta do contrato de trabalho ou ainda com a condenação do assediador em danos morais. “Com a denúncia, ela não só está conseguindo direitos para ela mas também para todas as outras advogadas”.

Marília Gabriela Gil Brambilla, presidente da Comissão da Mulher da Associação Brasileira das Advogadas (ABA), falou sobre a necessidade da criminalização do assédio moral como crime contra a liberdade individual. Para Marília é essencial que a vítima busque as autoridades, como por exemplo a delegacia da mulher, para a apuração dos fatos.

Ao final do evento foi aberto um espaço para que as presentes dividissem suas histórias e tirassem suas dúvidas. Liliana Marquez, presidente da Comissão de Direito de Família, também compôs a mesa do evento.