Presidente e vice da Seccional DF discutem prerrogativas em encontro na OAB Nacional

Em encontro no Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, o presidente da Seccional do Distrito Federal, Délio Lins e Silva Júnior, alertou a advocacia que se mantenha vigilante para que não haja retrocesso nos avanços garantidos pela lei de abuso de autoridade (lei 13.869/2019).

“Não pensem que as nossas vitórias asseguradas pela lei serão engolidas por aqueles que estão acostumados a violar as prerrogativas da advocacia, que não são nossas, mas dos cidadãos que defendemos no exercício da profissão”, afirmou, em sua palestra no Encontro Nacional sobre os Crimes de Violação das Prerrogativas, realizado nesta segunda-feira (3/2). Para ele, a mensagem mais importante da lei é mostrar que todos os integrantes do sistema jurídico devem se respeitar. “Esse para mim é o grande efeito da lei: mostrar àqueles que se acham acima do bem e do mal que existe uma lei que pode puni-los”, disse.

Délio Lins destacou o papel da OAB na derrubada do veto ao artigo da lei de abuso de autoridade que criminaliza prerrogativas da advocacia. Numa ampla articulação, ele, outros representantes do sistema OAB e o presidente do Conselho Federal, Felipe Santa Cruz, apresentaram aos parlamentares diversos argumentos em favor da criminalização. “Aquele dia, em que fomos de gabinete em gabinete, mostramos a força da advocacia”, lembrou.

Avanços
Também palestrante, a vice-presidente da OAB/DF, Cristiane Damasceno, fez uma rápida retrospectiva dos avanços desde a primeira versão da lei, em 1965, até a atual e destacou algumas das previsões frequentemente violadas desde então. “Quando a primeira lei surgiu, na década de 1960, já nos queixávamos das violações frequentes de prerrogativas e de outros direitos e tivemos a esperança de que a nova legislação traria mudanças. Entretanto, estamos até hoje lutando por avanços, trazidos agora com esta evolução da lei de 1965, que criminaliza condutas abusivas”, disse.

Uma das condutas citadas pela criminalista foi a de constranger o preso ou o detento a depor. A lei de abuso de autoridade prevê pena de detenção de até 4 anos e multa para este tipo de prática. “É muito comum a polícia, quando faz apreensão, filmar, fotografar os presos e colocar em grupos de whatsapp. A maior parte dos que são vítimas deste sistema estão desacompanhadas dos advogados. A lei anterior já impedia isso, mas a atual, em seus artigos 13 e 14, deixa mais evidenciado”, comentou.

Para Alynne Patrício, vice-presidente da Seccional do Piauí, “a advocacia foi a instituição mais vitoriosa com a lei de abuso de autoridade”. “Não porque derrubaram o veto, mas porque ela representa uma vitória de anos. O artigo que criminaliza prerrogativas foi uma conquista histórica, mas a lei só vai representar uma vitória na prática se formos guerreiros na preservação destes direitos da advocacia”, disse.

Conquista histórica
O encontro reuniu presidentes das comissões que tratam do tema nas seccionais, procuradores de prerrogativas, membros da procuradoria nacional, advogados, criminalistas e diretores da Ordem. “Que a tônica em nosso país seja, cada dia mais, a eficácia desta importante lei”, disse o secretário-geral da OAB Nacional, José Alberto Simonetti Cabral, ao abrir o evento. 

O presidente da Comissão Nacional de Defesa de Prerrogativas e Valorização da Advocacia da OAB, Alexandre Ogusuku, destacou a importância do livre exercício da advocacia para garantir o direito de defesa do cidadão. “O advogado do bandido, bandido não é. Este é um herói que exerce aquilo que Sobral Pinto apregoou: a advocacia não é profissão para covardes”, apontou.

O membro honorário vitalício Marcus Vinicius Furtado Coêlho, que presidiu a OAB Nacional entre 2013-2016, ressaltou que “não há cidadania sem democracia e nem estado de direito sem advogado valorizado”. “Todo o concerto constitucional seria mera letra morta sem o advogado livre, isento, altivo para fazer prevalecer as garantias da Constituição. Estamos em igualdade absoluta com o Ministério Público e a magistratura, ninguém pode sindicar nossa atuação”.  

O procurador nacional de Defesa das Prerrogativas da OAB, Alex Sarkis, também falou sobre a entrada da lei em vigor. “É um momento histórico para a advocacia, de materialização normativa de algo sempre buscado por nós. A atividade do advogado é um dos pilares do Estado Democrático de Direito, por isso não há que se falar em uma democracia madura sem que se tenha respeito pleno ao direito de defesa”, afirmou. 

 

Comunicação OAB/DF com informações do Conselho Federal da OAB
Texto: Ana Lúcia Moura
Fotos: Eugênio Novaes

OAB/DF alerta instituições para cumprimento da lei de abuso de autoridade

A OAB/DF oficiou 15 instituições para que adequem seus procedimentos ao que dispõe a lei de abuso de autoridade (lei 13.869/2019). Entre as instituições, estão cinco tribunais (TJDFT, TRE-DF, TRF-1ª Região, TRT-10 e TCU), o Ministério Público Federal (MPF) e do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), a Controladoria-Geral da União (CGU), a Advocacia-Geral da União (AGU), as polícias Civil e Militar do DF, além do Governo do Distrito Federal (GDF), a Receita Federal e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Promulgada em setembro de 2019, depois de dois anos de debates no Congresso Nacional, a lei está em vigor desde o dia 3 de janeiro deste ano e considera crime negar ao interessado ou ao seu advogado “acesso aos autos de investigação preliminar, ao termo circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer outro procedimento investigatório de infração penal, civil ou administrativa”. A lei também proíbe impedir a obtenção de cópias, exceto em processos cujo sigilo seja imprescindível.

“A maior parte das garantias trazidas pela lei de abuso de autoridade já estão previstas no ordenamento jurídico brasileiro, mas não são respeitadas. É lamentável que se faça necessária uma nova lei para garantir o que é devido”, comenta o presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Júnior.

A Lei 8.906/1994 (Estatuto da Advocacia), por exemplo, estabelece desde de 1994 como direito do advogado “examinar, em qualquer instituição responsável por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos de flagrante e de investigações de qualquer natureza”. A lei garante ainda ao advogado o direito de copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico ou digital.

Prerrogativas
A lei de abuso de autoridade expande as condutas descritas como abusivas em legislação anterior e estabelece que seus dispositivos se aplicam a servidores públicos e autoridades civis e militares dos três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário) e do Ministério Público.

“A conduta da OAB/DF de oficiar vários órgãos estatais pertencentes a todos os poderes mostra-se fundamental para que as autoridades adequem os seus procedimentos e divulguem entre os servidores não só a entrada em vigor da nova lei como, principalmente, suas consequências”, comenta o presidente da Comissão de Prerrogativas da OAB/DF, Rafael Martins.

No total, 53 condutas foram definidas inicialmente como abusos de autoridade. O presidente Jair Bolsonaro vetou 23, mas 15 acabaram restauradas ao texto após análise dos parlamentares. Entre os dispositivos vetados estava o que criminaliza as prerrogativas da advocacia de inviolabilidade do escritório do advogado e de seus instrumentos de trabalho; o direito do advogado de se comunicar com seus clientes, pessoal e reservadamente, mesmo sem procuração, quando estes se acharem presos, detidos ou recolhidos em estabelecimentos civis ou militares; o direito de ter a presença de representante da OAB, quando preso em flagrante, por motivo ligado ao exercício da advocacia; e ainda o direito de não ser recolhido preso, antes de sentença transitada em julgado.

A derrubada do dispositivo vetado foi uma vitória da Ordem dos Advogados do Brasil. Numa ampla articulação, o presidente do Conselho Federal, Felipe Santa Cruz, acompanhado do titular da OAB/DF, Délio Lins, e de representantes do sistema OAB apresentaram aos parlamentares diversos argumentos em favor da criminalização.

Assim, a lei define que 45 condutas poderão ser punidas com até quatro anos de detenção, multa e indenização à pessoa afetada. Em caso de reincidência, o servidor também pode perder o cargo e ficar inabilitado para retornar ao serviço público por até cinco anos.

A lei ressalta, no entanto, que só ficará caracterizado o abuso quando o ato tiver, comprovadamente, a intenção de beneficiar o autor ou prejudicar outra pessoa. A mera divergência interpretativa de fatos e normas legais (a chamada hermenêutica) não configura, por si só, conduta criminosa.

A OAB/DF atua diariamente na defesa dos direitos de advogados e advogadas por meio de sua Procuradoria de Prerrogativas e pela Comissão de Defesa das Prerrogativas. “Caso o advogado seja vítima de abuso de autoridade, a Comissão de Prerrogativas da OAB/DF se encontra à disposição para prestar o auxílio necessário”, ressalta Rafael Martins.

Serviço
As denúncias de violação de prerrogativas podem ser feitas pelos telefones (61) 99166-9555/ 98570-6040/ 98570-5666/ 98424-7070/ 3035-7268 ou pelo e-mail [email protected]. Saiba mais na página de Prerrogativas da OAB/DF do site da instituição: https://oabdf.org.br/prerrogativas/

Encontro discute ações para fortalecer as subseções

O Colégio de Presidentes das Subseções da OAB/DF realizou, nesta sexta-feira (31/1), a primeira reunião do ano. No encontro, do qual participaram os diretores da Seccional e representantes das 12 subseções, foram discutidas ações para fortalecer as prerrogativas da advocacia. Também foram tratadas as regras dos repasses periódicos do duodécimo, que vem sendo feitos desde o ano passado e estão sendo regulamentados no novo regimento. Foram debatidas ainda na reunião medidas para aumentar a participação da Caixa de Assistência dos Advogados do Distrito Federal (CAADF) nas subseções e ampliar os cursos da Escola Superior de Advocacia (ESA/DF) voltados para os advogados que militam fora do Plano Piloto. 

Entre as ações no campo da defesa de prerrogativas está o desenvolvimento de um aplicativo para facilitar e ampliar os canais de denúncias à Seccional por advogados e advogadas. Outra ação é a realização de intervenções nos fóruns, a exemplo do ocorrido em agosto e setembro do ano passado.Na ocasião, o presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Júnior, e representantes das subseções, da Procuradoria de Prerrogativas e da Comissão de Defesa das Prerrogativas, percorreram os principais fóruns das regiões administrativas sensibilizando magistrados e diretores de secretarias para os direitos da advocacia.

“A ideia agora é alertar principalmente quanto ao cumprimento da lei de abuso de autoridade e verificar, na prática, se as prerrogativas estão sendo respeitadas, especialmente nas portarias de acesso aos fóruns, uma das maiores reclamações da advocacia”, explicou o presidente da Seccional durante a reunião.

Para alertar as instituições para adequação dos procedimentos de forma a atender a lei de abuso de autoridade (lei 13.869/2019), a OAB/DF oficiou essa semana mais de 10 tribunais, Ministério Público e órgãos da administração direta. A lei de abuso de autoridade entrou em vigor no último dia 3 e considera crime negar ao interessado ou ao seu advogado “acesso aos autos de investigação preliminar, ao termo circunstanciado, ao inquérito ou a qualquer outro procedimento investigatório de infração penal, civil ou administrativa”. A lei também proíbe impedir a obtenção de cópias, exceto em processos cujo sigilo seja imprescindível.

Presente na reunião, presidente da CAADF, Eduardo Uchôa Athayde, detalhou o projeto de imersão da Caixa nas subseções, entre outras propostas para ampliar a presença da entidade nas regiões administrativas. O diretor da ESA/DF, Fabiano Jantalia, também falou sobre as tratativas que vem fazendo para ampliar a oferta de bolsas e cursos dirigidos ao público das subseções.  

O Colégio de Presidentes das Subseções ocorrerá todos os meses com o intuito de debater os temas de relevância da advocacia e ações conjuntas com a Seccional. “A integração da Seccional com as subseções é de suma importância para o desenvolvimento dos trabalhos em prol de toda a advocacia do Distrito Federal”, comentou o coordenador do Colégio de Presidentes da Subseções, o presidente da subseção de Ceilândia, Leonardo Alves Rabelo”. Para ele, “o colégio de presidentes tem se mostrado altamente produtivo”. 

Abertas inscrições para o Campeonato Society Legends

O Clube da Advocacia da OAB/DF abriu nesta quinta-feira (30/1) as inscrições para o Campeonato Society Legends 2020, que será realizado em março deste ano com apoio da Caixa de Assistência dos Advogados do Distrito Federal (CAADF).

Os participantes devem ter nascido até 1974, permitidas duas exceções de nascidos até 1979. As inscrições podem ser feitas até o dia 28 de fevereiro. Basta acessar o formulário aqui, preenchê-lo e enviá-lo para [email protected] junto com o comprovante de pagamento.

Primeira cerimônia do ano reúne 63 novos profissionais

A OAB/DF recebeu nesta terça-feira (28/1), em cerimônia no auditório da Seccional, os primeiros inscritos de 2020. São 63 novos advogados e advogadas que receberam as suas carteirinhas da Ordem e passaram a integrar os quadros da instituição. “Mantenham seus pés no chão, cuidado com o excesso de vaidade, não parem de estudar e cuidem de seus nomes e sobrenomes, pois estes serão seus principais patrimônios profissionais”, aconselhou a paraninfa da solenidade, a conselheira Célia Arruda, ao recepcionar os novatos.

O presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Júnior, e a vice-presidente, Cristiane Damasceno, apresentaram aos novos profissionais os serviços criados no último ano para apoiar a jovem advocacia. Entre eles, o programa de residência jurídica; a central de apoio aos processos eletrônicos; o Vagas, um portal de ofertas de oportunidades no mercado de trabalho; o EasyJur, um software de gestão de escritórios; e os cursos da Escola Superior de Advocacia voltados para a prática profissional cotidiana.

A maior parte destes projetos funciona sob o guarda-chuva do Carreiras OAB/DF, programa criado em 2019 para oferecer à jovem advocacia cursos, palestras, programas de mentoria, de estágio supervisionado e outras oportunidades com o propósito de ajudar os novos profissionais a se inserirem no mercado de trabalho. “Estamos proporcionando o máximo que podemos para dar a vocês a oportunidade de sucesso”, afirmou Cristiane Damasceno, durante a cerimônia. “Chegar até aqui é uma oportunidade ímpar de dar início com todo vigor àquilo que vocês querem. Criem os sonhos, corram atrás deles e saibam que a OAB/DF está de mãos dadas com vocês para que possam chegar lá”, completou.  


Elwys Presley recebe a carteira do presidente da OAB/DF e da conselheira Célia Arruda 

O presidente da Seccional lembrou que a OAB/DF oferece hoje a menor anuidade para a jovem advocacia do país. “Foi uma promessa que muitos duvidaram da possibilidade de ser cumprida, mas ela está aí, entregue, porque sabemos que faz muita diferença para os profissionais que acabam de ingressar na Ordem”, afirmou Délio Lins, destacando também a luta da Seccional pela redução da cláusula de barreira para três anos, em vigor desde o ano passado.

O presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do Distrito Federal, Eduardo Uchôa Athayde, falou sobre os benefícios que a entidade oferece à advocacia, como descontos em diferentes estabelecimentos de saúde, educação e lazer. “Trabalhamos diariamente para garantir conforto à advocacia”, destacou.

Cidadania
Os novos advogados foram representados na cerimônia por Elwys Presley dos Reis, orador da turma, que, em seu discurso, destacou a importância da conquista. “O nosso ingresso nos quadros da Ordem representa não só uma conquista, mas também o surgimento de várias possibilidades profissionais. E nossos próximos passos profissionais estarão respaldados, a partir de hoje, por essa instituição quase centenária, que é a Ordem dos Advogados”, disse.

Elwys lembrou que os advogados e advogadas são essenciais à administração da justiça. “E é por isso que temos a garantia não só de exercer a nossa profissão, mas de exercê-la com liberdade. A partir de hoje, somos defensores de liberdades e de cidadania, bens que fazem parte do que é mais sagrado do rol de direitos do cidadão”, concluiu.

 

Comunicação OAB/DF
Texto: Ana Lúcia Moura
Fotos: Valter Zica

 

 

Advocacia recebe sala revitalizada no Foro Trabalhista

A OAB/DF e a Associação de Advogados Trabalhistas do Distrito Federal (AAT) entregaram à advocacia trabalhista uma sala de apoio mais ampla e confortável. Com um novo espaço de convivência, a sala revitalizada foi inaugurada na manhã desta terça-feira (28/1), na presença das diretorias da Seccional, da Caixa de Assistência dos Advogados do DF e da Associação dos Advogados Trabalhistas (AAT), além da presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, Maria Regina Machado Guimarães.

Localizado no térreo do Foro da Justiça do Trabalho, na 513 Norte, a sala oferece, além do espaço de convivência, 16 pontos reservados de trabalho, duas salas privativas de atendimento, banheiros e área de apoio com copiadoras e outros materiais. “Nossa preocupação com a advocacia do trabalho é e sempre foi muito grande”, afirmou o presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Júnior, antes de descerrar a placa. “Esta é uma sala de todos nós”, completou a presidente da AAT, Elise Ramos Correia. “Fica minha gratidão à OAB/DF e a Caixa de Assistência, que sempre deram atenção especial à advocacia trabalhista”, disse.

O presidente da Caixa de Assistência, Eduardo Athayde, destacou a praticidade do local. “As salas de apoio são pontos de apoio fundamentais no cotidiano da advocacia e é sempre um motivo de orgulho melhorar o conforto dos advogados e das advogadas”, disse.

A presidente do TRT-10 destacou a importância do trabalho conjunto. “Estou no final da minha gestão e, se tive uma administração tranquila, devo esta deferência à boa relação que sempre mantive com a advocacia, que é de onde venho”, comentou a desembargadora, escolhida por meio do Quinto Constitucional. “Sempre trabalhamos integrados e precisamos, cada vez mais, fortalecer a advocacia trabalhista, especialmente no plano nacional”, completou. No mesmo tom, o diretor do Foro, Rubens Curado, afirmou que o espaço é resultado de uma relação harmoniosa entre a magistratura e a advocacia.

OAB/DF leva pautas da advocacia trabalhista ao TRT-10

A OAB/DF pediu ao Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) que avalie a possibilidade de um convênio com o Banco de Brasília (BRB) para que a advocacia possa levantar os alvarás diretamente na central que será instalada pela instituição financeira na Seccional. Na central, prevista para inaugurar no próximo mês de março, advogados e advogadas poderão transferir os valores de honorários com agilidade e sem burocracia.

O pedido do convênio da Corte com o BRB foi feito pelo presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Júnior, à titular do TRT-10, a desembargadora Maria Regina Machado Guimarães. Do encontro, ocorrido nesta segunda-feira (27/1), participaram também a presidente da Associação dos Advogados Trabalhistas, Elise Ramos Correia, e o titular da Comissão de Direito do Trabalho e Sindical da OAB/DF, Fernando Abdala.

A central de alvarás da OAB/DF é fruto de acordo de cooperação firmado com o Banco de Brasília (BRB) em dezembro de 2019 para oferta de benefícios e serviços. Atualmente, os profissionais da advocacia precisam recorrer às agências localizadas nos tribunais para transferirem os valores provenientes de honorários para suas contas “Esta é uma das maiores queixas da advocacia. A central vai facilitar muito a vida de todos os profissionais”, comentou Délio Lins.

Além do convênio, a OAB/DF pediu à desembargadora prioridade na instalação do sistema de alvarás eletrônicos em parceria com a Caixa Econômica Federal. “Essa é uma demanda que queremos viabilizar. Nossos empecilhos neste momento são técnicos. Envolvem o diálogo dos nossos sistemas com os do banco, mas estamos trabalhando para solucionar essa questão”, respondeu a desembargadora.

PJe
O presidente da OAB/DF também solicitou a suspensão dos prazos da última semana nos processos judiciais em razão dos problemas do PJe. A última versão do sistema instalada pelo TRT-10 vinha causando intermitência e dificultando a utilização pelos usuários externos.

A presidente do TRT-10 afirmou que a nova versão já está funcionando e os problemas foram solucionados. Ela informou que as certidões de indisponibilidade estão disponíveis no site da Corte e os advogados e advogadas que eventualmente tenham sido prejudicados podem solicitar individualmente o pedido de revisão dos prazos.

Outro pedido feito pela OAB/DF na reunião foi de participação da Seccional no comitê gestor do PJe da Corte, a exemplo do que ocorre no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF 1) e no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT). “É um espaço de aproximação da advocacia com o tribunal. Como participantes, podemos levar diretamente à magistratura as dificuldades da advocacia na utilização dos sistemas. Instalamos, inclusive, uma central do PJe na Seccional para auxiliar advogados e advogadas”, explicou o presidente da OAB/DF à desembargadora.

Délio Lins também registrou no encontro agradecimento pela realização na Seccional dos cursos de PJe-Calc com Noções de Cálculo ministrado pelo servidor Eduardo de Oliveira Ramos, secretário de Cálculos Judiciais e Assessoramento Econômico do TRT-10. Os cursos foram realizados em junho e julho de 2019.

 

 

 

 

Seccional obtém vitória em defesa das prerrogativas: posto exclusivo no INSS para atendimento da advocacia

A OAB/DF obteve mais uma vitória na defesa das prerrogativas da advocacia. A Superintendência Regional do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) informou à Seccional que disponibilizará guichê exclusivo para atendimento dos advogados e advogadas, sem necessidade de senha ou agendamento. O atendimento será realizado durante o horário de expediente da unidade.

A decisão atende pedido da OAB/DF para que o Instituto respeitasse a decisão da 17ª Vara da Justiça Federal que garantiu o atendimento diferenciado aos advogados nas agências do INSS, por se tratar de serviço indispensável à administração da Justiça. “Recebemos inúmeras reclamações de advogados e advogadas que não conseguem atendimento, especialmente nas agências da 502 Sul e de Taguatinga, o que demonstra a falta de respeito às prerrogativas profissionais da advocacia”, explica o presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Júnior.

Em documento encaminhado à superintendência do INSS, em 28 de maio de 2019, Délio Lins menciona diferentes casos registrados pela OAB/DF. Detalha, em especial, o de um advogado que, mesmo portando sua carteira profissional e procuração do cliente para resolução de problemas junto ao INSS, teve o atendimento recusado em uma das agências.

O argumento do funcionário e da gerente da agência que atenderam o citado advogado foi de que seu nome não constava no Cadastro Nacional de Advogados. O episódio ocorreu em 24 de maio. “Ora, tal consulta sequer era necessária ser feita, uma vez que a carteira da Ordem possui fé pública em todo o território nacional”, argumenta o presidente da OAB/DF. “O advogado só conseguiu atendimento após a intervenção de nossa Procuradoria de Prerrogativas. E, mesmo assim, após aguardar por quase duas horas. Tal situação constrangedora, além de violar as prerrogativas da advocacia, descumpriu decisão judicial. A resposta do INSS é mais uma vitória em defesa das prerrogativas”, afirma Délio Lins.

Serviço
A OAB/DF atua diariamente na defesa dos direitos de advogados e advogadas por meio de sua Procuradoria de Prerrogativas e pela Comissão de Defesa das Prerrogativas. As denúncias podem ser feitas pelos telefones (61) 99166-9555/ 98570-6040/ 98570-5666/ 98424-7070/ 3035-7268 ou pelo e-mail [email protected]. Saiba mais na página de Prerrogativas da OAB/DF do site da instituição: https://oabdf.org.br/prerrogativas/

Piso salarial da advocacia do DF é reajustado em 5,48%

O Conselho Pleno da OAB/DF aprovou nesta quinta-feira (23/1) o novo piso salarial dos advogados e advogadas de empresas privadas do Distrito Federal. Com reajuste de 5,48%, o valor passa dos atuais R$ 4.159,53 para R$ 4.389,82, no caso da jornada de até oito horas diárias ou 40 horas semanais. Para a jornada de até quatro horas diárias ou 20 horas semanais, o piso aumenta de R$ 2.788,60 para R$ 2.962,45.

Confira a publicação no Diário Eletrônico da OAB.

O aumento foi calculado com base na variação acumulada do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), acrescido de 1%, como prevê a Lei Distrital 5.368, de 9 de julho de 2014, que criou o piso o salarial. “Foi uma vitória da advocacia jovem e de toda a categoria”, comentou o presidente da OAB/DF, Délio Lins e Silva Júnior, que propôs a lei há quase 10 anos, quando presidia a Comissão de Apoio ao Advogado Iniciante. Segundo ele, havia na época uma grande preocupação quanto aos salários oferecidos pelo mercado, que eram incompatíveis com o trabalho exigido pelos profissionais, prejudicando principalmente jovens advogados e advogadas.

Aprovada pelo Conselho Pleno, a proposta foi levada pelo então presidente da OAB/DF, Francisco Caputo, ao Poder Executivo, que a encaminhou ao Legislativo. Aprovada pelos distritais, a lei foi sancionada em 2014. O piso ficou estabelecido na época em R$ 3 mil para a jornada de 40 horas semanais e R$ em 2 mil para a jornada de 20 horas semanais. De lá para cá, os reajustes acumulados já somam 31%. “É uma garantia que conseguimos para a advocacia do Distrito Federal”, lembra Délio Lins.

O relator da matéria no Conselho Pleno, o conselheiro Luís Claudio de Moura Landers, enfatizou em seu voto a necessidade de se intensificar a fiscalização quanto ao cumprimento da lei. “Tem muitos escritórios descumprindo o piso. O papel da Ordem agora é garantir a devida aplicação da lei, que representa uma vitória da jovem advocacia e da categoria”, disse.