Importância da educação domiciliar é debatida na OAB/DF

Um assunto pouco debatido e muito ansiado por pais – educação domiciliar – foi tema de evento na Seccional da OAB do Distrito Federal, nesta quinta-feira (22). A Comissão de Educação da OAB/DF realizou seminário com presença de diversas autoridades e especialistas no tema, nacionais e internacionais. Com auditório lotado de pais, crianças, estudantes e público em geral, os debates foram unânimes no sentido de que a educação domiciliar deve ser regulamentada no Brasil.

Durante a abertura, Juliano Costa Couto, presidente da OAB/DF, comentou que o assunto em questão é frequente hoje em dia, tornando-se necessário seu debate. “A OAB/DF é a Casa da democracia, não só debatemos mas também agimos. As conclusões e posições adotadas, serão objeto de ofício e providências. A Ordem passa a ser autora de propostas para implemento da nossa sociedade”.

Luis Claudio Megiorin, presidente da Comissão de Educação da OAB/DF, destacou que é dever Constitucional  da Ordem ouvir os anseios da sociedade. “Estamos num momento crucial. O destino de várias famílias será decidido nas próximas semanas e por isso a importância desse seminário. Devemos lembrar as autoridades que estamos aqui, existimos e não vamos parar”.

Raph Gomes Alves, diretor do currículo e educação integral do Ministério da Educação (MEC), abordou a perspectiva da educação domiciliar do ponto de vista do Estado. “É importante destacar que é um encaminhamento razoável e precisamos ampliar o debate com outros setores, estados, municípios e com o Conselho Nacional de Educação [CNE]”.

Segundo ele, mesmo que o aluno seja adepto da educação domiciliar, precisa estar matriculado em instituição de ensino. A sugestão será encaminhada para discussão no CNE e enviada para conhecimento do Supremo Tribunal Federal. Raph Alves sinalizou que pais que optarem pela educação domiciliar devem apresentar uma proposta de estudo ao conselho de educação municipal, que poderá validar ou não a proposta.

José Pacheco, educador e Fundador Escola Ponte, em Portugal, trouxe aos presentes sua experiência com um novo modelo de educação em que não existe sistema baseado em seriação ou ciclos. Em sua escola, os professores não são responsáveis por uma disciplina ou por uma turma específicas. As crianças e os adolescentes definem quais são suas áreas de interesse e desenvolvem projetos de pesquisa, tanto em grupo como individuais. “O que nós temos assistido é esse genocídio educacional”, disse o educador ao se referir ao modelo educacional imposto no Brasil. “Eu defendo a educação que os pais pretendam dar aos filhos”.

Mike Donelly, diretor internacional da Homeschool Legal Defense Association, destacou que a educação domiciliar está em crescimento no mundo todo e acredita que em 20 ou 30 anos já será uma realidade no Brasil. Donelly vive a experiência da educação domiciliar em casa. Ele e a esposa educam os sete filhos.

Segundo Donelly os pais optam pela educação domiciliar por diferentes motivos. “O primeiro motivo é que as pessoas estão preocupadas com o meio dentro das escolas, a segunda razão é que as escolas querem fazer ensinamentos morais ou religiosos, a terceira é que eles não estão felizes com as instruções dentro das escolas e querem uma educação melhor. Outra razão é que querem ter uma perspectiva diferente de educação, pois as escolas são muito institucionais. Muitas famílias fazem educação domiciliar porque seus filhos não se encaixam bem dentro do ambiente escolar”.

Ao citar os benefícios da educação domiciliar, contou que os Estados Unidos têm quase 3 milhões de crianças que são educadas desta forma e que são quase 60 anos de experiência. “A educação domiciliar permite criar um ensino para que a criança goste e queira aprender. Educação domiciliar funciona, as crianças que têm educação assim são bem educadas, bem socializadas. Educação domiciliar é um direito”.

Também estava presente no evento o deputado Lincoln Portela, autor do Projeto de Lei (PL) 3179/2012,  que acrescenta parágrafo ao Art. 23 da Lei nº 9.394, de 1996, de diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a possibilidade de oferta domiciliar da educação básica.

O parlamentar explicou que existe hoje no Brasil uma evasão escolar no segundo grau de 53% de alunos, na escola pública. “Os pais desses alunos não são chamados pelo Conselho Tutelar, mas pais que dedicadamente que estão educando seus filhos são massacrados existencialmente, psicologicamente, moralmente, ameaçados da perda dos filhos. O Estado não é dono do nosso filho, se dono fosse deveria fazer as compras e colocar na geladeira da nossa casa”, desabafou.

“A educação domiciliar é uma modalidade, ela é pró-ativa e desperta nas nossas crianças o respeito à família, o autodidatismo, o interesse, produto cultural final”, disse. “Aí vem a tolice absurda de que escola é socialização. Socializamos dentro de casa, nas praças, nas ruas, nos clubes, academias, igrejas, festas”, destacou o deputado.

O evento contou com a presença de famílias, de vários Estados, interessadas na homeschool. Compareceram pessoas de Recife, Natal, São Paulo, Minas Gerais e Goiânia. O evento foi transmitido ao vivo e visualizado por milhares de pessoas pela página Facebook da Comissão de Educação do Facebook.

Parceria com a Secretaria do Meio Ambiente

Na última quinta-feira (15), o presidente da Seccional, Juliano Costa Couto, em conjunto com a Comissão de Sustentabilidade da OAB/DF, esteve reunido com o secretário do Meio Ambiente do Distrito Federal, Igor Tokarski. Na ocasião, Costa Couto apresentou diversas demandas relacionadas ao tema, como a importância da participação de advogados nos estudos ambientais endereçados ao Instituto Brasília Ambiental, a manutenção da parceria entre a Secretaria e a OAB Verde, IPTU Verde e a Lei Distrital 5446/2015, que estabelece ao governo dar prioridade nas aquisições e contratações governamentais a produtos reciclados e recicláveis.

O presidente da Seccional, Juliano Costa Couto, destacou que o projeto OAB verde foi criado pela Seccional como forma de compensação ambiental. “A cada evento realizado pela OAB/DF, são plantadas duas mudas em áreas degradadas de nascentes”, explicou o presidente. Ficou firmada uma parceria para plantio de mudas no Bosque dos Advogados, localizado na Granja do Torto. Com o plantio de mudas de árvores nativas do bioma cerrado, a entidade pretende contribuir com a neutralização do carbono e melhorar a qualidade do ar no Distrito Federal.

O secretário do Meio ambiente, Igor Torkalski, foi solícito ao pedidos da Seccional e reafirmou a importância da união entre a OAB/DF e a Secretaria, validando a OAB Verde e outros projetos que possam ser criados pela Seccional em prol da sustentabilidade. “Temos todo o interesse em continuar a parceria com a Comissão de Sustentabilidade da OAB/DF.”

Outro ponto na reunião foi a Lei Distrital n. 5.965/2017, que estabeleceu o programa IPTU Verde, programa esse que disponibiliza desconto de até 30% no pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para imóveis que adotam medidas sustentáveis, visando reduzir o uso de recursos e os impactos ambientais.

O presidente da comissão de Sustentabilidade, Rodrigo Figueiredo, destacou o apoio e compromisso com a Secretaria. “Vamos trabalhar na Comissão para regulamentar o IPTU verde e buscar apoio em regulamentar, também, a lei 5.446/2015 que estabelece a compra de produtos sustentáveis”.

Também participaram da reunião o advogado, Fernando Carvalho e o membro da Comissão de Sustentabilidade, Eric Luis Chules.

Saiba mais
A Lei Distrital 5446/2015 estabeleceu os princípios, diretrizes objetivos e instrumentos para a Política de Produção e Consumo Sustentáveis do Distrito Federal, afirmando que o governo deve dar prioridade nas aquisições e contratações governamentais a produtos reciclados e recicláveis e a bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis com padrões de consumo social e ambientalmente sustentáveis.

OAB promoverá audiência pública sobre o crime de desacato no dia 26

O Conselho Federal será sede de evento realizado na próxima segunda-feira (26), a partir das 10h. A solenidade de abertura será feita pelo presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia. Outros grandes representantes da advocacia também participarão do evento. No debate, o tema a ser abordado é o desacato ao agente público sob o aspecto da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 496 (ADPF).

Marcus Vinicius Furtado Coêlho, membro honorário vitalício da Ordem, conta que o evento é de suma importância a todos por se tratar de um tema de resistência de defesa dos direitos humanos.

“Será uma boa oportunidade de saudarmos a feliz decisão do STF em conceder o habeas corpus coletivo as mães de filhos até 12 anos e de deficientes, independente da idade. O desacato fere a convenção interamericana de direitos humanos, o direito à liberdade de expressão, os princípios republicano e de igualdade, além de ser um tipo penal aberto utilizado ordinariamente contra pobres, negros e vulneráveis da sociedade brasileira”.

As inscrições são gratuitas, para mais informações ligue: 2193-9818/ 9824.

Confira aqui a programação completa.

OAB/DF firma parceria com a Anamatra em pós-graduação

O presidente da OAB/DF, Juliano Costa Couto, assinou parceria com a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) que concede aos advogados regularmente inscritos na Ordem 10% de desconto na pós-graduação em Direito do Trabalho, Processo do Trabalho e Seguridade Social, que será realizada no Centro Universitário do Distrito Federal (UDF). O acordo foi firmado em reunião realizada na noite de quarta-feira (21).

O curso foi uma iniciativa da Escola Nacional da Magistratura do Trabalho (Enamatra), em parceria com o UDF, e conta com apoio institucional da OAB/DF. A pós terá duração de 14 meses e o início será no próximo dia 3 de março. As aulas ocorrerão na UDF, às sextas, das 19h às 22h20, e aos sábados, das 8h às 12h20 e das 13h30 às 18h50. A especialização tem o investimento de 14 parcelas de R$700, além da taxa de inscrição de R$50. A carga horária é de 360h/a.

Para Costa Couto, parcerias como esta, que vêm para acrescentar na capacitação dos advogados, sempre têm espaço na instituição. “A reforma trabalhista ainda é muito recente, por isso os profissionais têm que atualizar a aprimorar seus conhecimentos sobre o tema, esta pós-graduação veio em boa hora”, afirmou.

Noêmia Aparecida Garcia Porto, vice-presidente da Anamatra, contou que o público alvo do curso “é o profissional que ainda não ingressou em um mestrado mas que está interessado em debater as questões dos direitos sociais e do trabalho e também promover sua iniciação científica para pesquisa”. A advogada Patrícia Naves intermediou o convênio e afirmou que “a parceria com a OAB/DF é muito valiosa”.

Entre as disciplinas oferecidas na pós estão seguridade social e seus regimes, conciliação, mediação e arbitragem, Direito do trabalho, didática do ensino superior e metodologia científica, meio ambiente do trabalho e saúde e segurança do trabalho, economia do trabalho e cálculos trabalhistas. Confira mais informações do curso aqui.

Também participaram da reunião o diretor de Prerrogativas e Assuntos Jurídicos da Anamatra, Luiz Antonio Colussi; o diretor de Assuntos Legislativos da Anamatra, Paulo da Cunha Boal.

OAB/DF prestigia primeira sessão do Conselho Pleno de Sobradinho

Ocorreu na noite dessa terça-feira (20), a primeira sessão do Conselho Pleno da Subseção de Sobradinho do ano de 2018. A abertura dos trabalhos dá início aos julgamentos do ano e contou com a presença do presidente da OAB/DF, Juliano Costa Couto, de conselheiros Seccionais e da diretoria da Subseção.

Costa Couto deu boas-vindas aos presentes e lembrou que a OAB/DF está atenta a respaldar os advogados em todos os âmbitos profissionais. “Lutamos por isso diariamente, não à toa criamos nesta gestão o Seccional Itinerante, que foi aos Fóruns, às Subseções, às empresas públicas e buscou de todas as formas defender os interesses profissionais da advocacia do DF”. Além disso, o presidente fez uma palestra sobre as prerrogativas profissionais.

Ao todo, o Conselho da Subseção possui 22 conselheiros, incluindo a diretoria. O presidente da Subseção, Márcio de Souza Oliveira, contou que esta foi a maneira mais eficaz encontrada para aumentar a celeridade dos processos que agora passam pelo filtro do Conselho da Subseção.

Durante o evento, o presidente Oliveira agradeceu a presença de todos e se disse muito satisfeito por mais esta realização da Subseção. “O que queremos para esse ano é que as Comissões trabalhem com autonomia para levarmos ao crivo da Seccional ideias boas e benéficas para os advogados que aqui militam”, pontuou.

Sobre as características de um bom advogado na atualidade o presidente destacou a vontade de resolver conflitos de formas inovadoras, por meio da mediação e conciliação. Segundo ele, todos devem ter o ímpeto acusatório e contraditório em si e trabalhar com a variedade de argumentos na hora de defender seu cliente.

Também compuseram a mesa da sessão os conselheiros Fernando Martins e Wendel Farias; a vice-presidente, Aline Guida de Souza; o secretário-geral, Márcio Eduardo Caixeta Borges, o secretário-geral adjunto, Márcio Luiz Rabelo, a diretora tesoureira, Flávia Adriana Ramos e o deputado Raimundo Ribeiro.

Nos compete brigar por uma Constituição que seja respeitada, Kakay

“Compete a nós – advogados – brigarmos por uma Constituição que seja respeitada, não por qualquer interpretação, como se fosse possível a moral ser superior ao Direito, mas com compromisso com a verdade”, disse o paraninfo e advogado criminalista, Antonio Carlos de Almeida Castro, Kakay, durante solenidade de entrega de carteiras realizada na OAB/DF, na quarta-feira (21).

Durante a solenidade, o presidente da Seccional, Juliano Costa Couto, destacou que o que diferencia o sonho da realidade é a ação. “A coragem para fazer sempre o melhor é um combustível para o advogado”, completou.

“Devemos ter em mente que é preciso solidificar o nosso entendimento no sentido de que, havendo o conflito entre o Direito e a Justiça, devemos ficar esteio junto a justiça”, comentou o orador da turma, Rodrigo Augusto Chaves, ao expôr aos colegas de turma que a ética na advocacia deve estar sempre ao lado da Justiça, e que o Direito é a bússola para esse caminho.

Compuseram a mesa da solenidade o presidente da Seccional, Juliano Costa Couto; o advogado criminalista e paraninfo Antonio Carlos de Almeida Castro; a vice-presidente da Seccional, Daniela Teixeira; o diretor tesoureiro da Seccional, Antonio Alves; os conselheiros federais, Severino Cajazeiras e Marcelo Lavocat; o secretário-geral da CAADF, Maxmillian Patriota; o diretor tesoureiro, Marcelo Lucas; o presidentes das Subseções de São Sebastião e Sobradinho, Valcides José Rodrigues e Marcio de Souza; os conselheiros Seccionais, Ana Carolina Reis, Liliana Marquez, Maria Dionne de Araújo, Renata Vianna, Thais Riedel, Claudio Santos da Silva, Wesley Bento; o presidente da Comissão de Direito Autoral, Rafael Oliveira; a vice-presidente da Comissão da Mulher Advogada, Thayrane Silva, o presidente da Comissão de Apoio ao Advogado, Tiago Santana; a secretária-geral adjunta da Subseção de Ceilândia, Cecilia Viana Cordeiro; o secretário-geral da Subseção do Paranoá, Kendrick Balthazar; o diretor-tesoureiro da Subseção de Samambaia, Juliano Caland; o conselheiro da Subseção de Sobradinho, Nery Kluwe; a juíza do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, Magáli Dellape; os advogados Marcelo Turbay e Vicente Reis e a professora Maria Cristina.

Participe da Revista Jurídica da OAB/DF

A Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Distrito Federal convida bacharéis e acadêmicos de Direito a submeter artigos científicos, resenhas críticas e ensaios para publicação na Revista Jurídica.

A linha editorial da Revista da OAB/DF volta-se para a pesquisa do Direito em seus diversos ramos sem descuidar da teoria e da dogmática, estimulando o debate acadêmico. Confira o edital aqui.

Os trabalhos devem ser enviados de 22 de fevereiro a 4 de março, por meio de correio eletrônico: [email protected]. Não perca!

 

OAB/DF debate atuação da advocacia nos Tribunais Internacionais

A atuação da advocacia brasileira em Tribunais Internacionais ganha espaço a cada dia que passa. A principal função dessas Cortes é resolver os conflitos jurídicos a eles submetidos por Estados e emitir pareceres sobre questões jurídicas apresentadas ordinariamente pela Assembleia Geral das Nações Unidas ou pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas. Por saber do interesse de inúmeros advogados em atuar fora do país a OAB/DF realizou, na noite de segunda-feira (19), um evento sobre a advocacia nos Tribunais Internacionais.

A presidente da Comissão, Clarita Costa Maia, realizou a abertura do evento e se disse grata por proporcionar essas discussões na Casa do advogado. Para ela “o evento foi esclarecedor quanto às competências técnicas e em esclarecer os principais nichos de atuação da advocacia perante tribunais e colegiados internacionais”.

O primeiro palestrante da noite foi Fernando Lusa, PhD pela Cantab e professor universitário. Por morar em Londres fez uma palestra por vídeo pela qual analisou casos de audiências internacionais e compartilhou algumas de suas experiências na advocacia fora do Brasil. Lusa também forneceu dicas e estratégias úteis para aqueles que desejam trabalhar no mercado internacional.

“Invistam no inglês. É importantíssimo o domínio da língua que hoje é a mais falada internacionalmente. Considerem fazer algum tipo de pós-graduação no exterior, qualquer estudo fora do Brasil ajuda muito no mercado de trabalho. Estejam atentos às oportunidades de estágios em Organizações Internacionais. Por fim, façam atividades extracurriculares, simulações da Organização Mundial das Nações Unidas – ONU e de Tribunais Internacionais que replicam as Cortes Internacionais”.

Ao comentar a explanação de Lusa, Clarita esclareceu que os estágios internacionais não são só para estudantes de graduação, como costuma ser aqui no Brasil. Segundo ela, inúmeras empresas oferecem estágios para pessoas formadas ou empregos de trainee.

Jorge Fontoura, árbitro no Tribunal Permanente do Mercosul, falou sobre o cenário brasileiro na arbitragem internacional. Segundo ele, o Brasil está presente em vários fóruns internacionais relevantes e em câmaras internacionais. Para Fontoura, a boa arbitragem se aprende em um curso de graduação bem feito, com muito estudo no Direito Privado e Civil. Por fim, falou sobre a arbitragem nos blocos econômicos.

Nitish Monebhurrun, professor do Uniceub e PhD em International Law, comentou casos concretos e famosos que correram em Tribunais Internacionais, como o caso das da Ilhas Maurício contra a Inglaterra, que ocorreu em 1992, quando o governo das Ilhas reivindicou à Corte Internacional de Justiça a posse do Arquipélago de Chagos, incluindo o atol Diego Garcia, parte do Território Britânico do Oceano Índico. Nitish debateu ainda técnicas para trabalhar em cortes internacionais.

“Para esse perfil de atuação, o açodamento e o imediatismo não apenas depõem contra o profissional, como são contraproducentes. A atuação internacional costuma ser o coroamento de uma carreira bem estruturada e planificada”, observou Clarita.

Mark Luz, senior Legal Counsel na Global Affairs Canada In Ottawa e na Embassy of Canada do Brazil em Brasília, falou principalmente sobre a arbitragem internacional e compartilhou suas práticas com o público. Segundo ele, o tratamento deve ser igual para investidores nacionais ou internacionais. “Então, esteja você representando o governo ou uma pessoa física, escolher o árbitro é o passo mais importante a dar e o árbitro escolhido tem que propor a melhor saída para o caso”.

Luz atentou ainda para um fator diferencial nas cortes internacionais: a apresentação de documentos importantes. Segundo ele, alguns arquivos íntimos como acesso ao conteúdo de e-mails podem ser requeridos. É necessário que o advogado tenha sensibilidade em tratar com essas papeladas. O palestrante concluiu ao atentar para a importância de desenvolver a oratória para se expressar em público.

Mark Luz também ressaltou a verdadeira arte que é a composição de árbitros, processo que leva em consideração não apenas a maestria em Direito, mas questões de ordem metajurídicas, como sociais e psicológicas, “às quais eu poderia acrescentar técnicas relacionadas a eventuais formações secundárias, culturais, religiosas e geopolíticas”.

Também compuseram a mesa do evento a secretária-geral da Comissão, Marielle dos Santos Brito; o secretário-geral adjunto, Guilherme Chamum; a presidente da Comissão de Relações Internacionais da OAB de Tocantins, Graziele Lopes Ribeiro. O vídeo de apresentação de Fernando Lusa ficará disponível na página da Comissão. Acesse aqui.

OAB/DF é eleita como Organização de Defesa do Idoso

A Seccional do Distrito Federal foi eleita como Organização de Defesa do Idoso, na quinta-feira (8), durante a eleição para os membros do Conselho do Idoso. O órgão visa contribuir para a formulação da política do idoso, bem como acompanhar, fiscalizar e participar de discussões sobre políticas e ações voltadas para melhorar a qualidade de vida dos idosos no DF.

Na eleição, Liliana Marquez, presidente da Comissão de Direito das Famílias e Sucessões, observou que “a OAB/DF será muito útil ao fomentar os debates sobre o protagonismo das pessoas idosas e sobre o envelhecimento saudável”.

A gestão atual, que se iniciou em 2015, se encerra dia 17 de fevereiro deste ano e a nova gestão, que irá até 2020, iniciará após a publicação tanto da sociedade civil quanto dos conselheiros governamentais no diários oficial.

Conselho Jovem lança campanha de valorização da advocacia

 

A Seccional do Distrito Federal defende e trabalha em defesa das prerrogativas profissionais. Ciente de sua missão para com a advocacia e com a sociedade, o Conselho Jovem da Seccional veio até a OAB/DF, na tarde de segunda-feira (19), para apresentar uma proposta de continuidade da campanha de valorização da advocacia.

Ao conversarem com o presidente, Juliano Costa Couto, os conselheiros apresentaram a campanha, que foi acolhida pela Seccional e será lançada em breve. O principal objetivo é mostrar que o advogado é essencial à Justiça e à boa aplicação das leis.

Segundo Marcela Furst Signori Prado, secretária-geral adjunta do Conselho, a ideia principal é demonstrar que o advogado atua em defesa dos cidadãos. “Queremos que a sociedade se sinta segura em buscar um advogado caso ela tenha algum problema, seja na questão contratual, administrativa, trabalhista, enfim. Queremos respaldar os cidadãos”, esclareceu.

Para Ricardo Sakamoto, conselheiro jovem, a atuação do jurista possibilita a melhor solução dos conflitos jurídicos. “O projeto apresentado buscará a conscientização da relevância do papel do advogado para a sociedade”, destacou. Régis Teles, membro do Conselho, concordou com este posicionamento e acrescentou que a conscientização da sociedade da necessidade do advogado aumentará a procura pelos juristas no DF, logo as ofertas de trabalho também crescerão.

Costa Couto aprovou a iniciativa do Conselho Jovem. Para ele, projetos como este demonstram o interesse dos jovens conselheiros que, ao perceberem que o início de carreira não é fácil, trabalham em busca de soluções para melhorar o exercício da profissão. “A advocacia deve ser valorizada e reconhecida. Somente pelo intermédio de um advogado é possível se fazer justiça. Estamos juntos nessa luta”, enfatizou o presidente.

Valorização do piso do advogado privado
Durante a reunião, Camilo Noleto, presidente do Conselho Jovem, apresentou denúncia sobre uma oferta de vaga para analista jurídico de uma empresa. Ocorre que a referida vaga, oferecida exclusivamente para advogado inscrito na OAB/DF, oferece o salário abaixo do piso do advogado. A Seccional já oficiou a empresa para que ela cumpra os parâmetros estipulados na Lei Distrital n. 5.368/2014 e acompanhará de perto o caso.

Também participaram da reunião o diretor tesoureiro da OAB/DF, Antonio Alves; o conselheiro Seccional Fernando Assis; o ex-conselheiro da OAB/DF e membro do Tribunal de Ética e Disciplina (TED), Carlos Aureliano Motta.