Conselheiro sugere que OAB crie órgão para resolver problemas envolvendo honorários (Metrópoles)

Coluna Grande Angular (Metrópoles) destaca, nesta terça-feira (22), ofício que o conselheiro federal Rodrigo Badaró encaminhou à Presidência da OAB Nacional para que seja instituída a Câmara de Mediação, Conciliação e Arbritagem de Honorários, visando resolver problemas envolvendo honorários.

No ofício enviado ao presidente Felipe Santa Cruz, da OAB Nacional, Badaró diz que, se criada, a Câmara de Mediação, Conciliação e Arbitragem de Honorários do Conselho Federal, também, seria responsável por mediar e conciliar questões surgidas durante a dissolução de sociedades.

“A arbitragem é uma excelente alternativa para aqueles que desejam uma solução eficaz, com prazos mais curtos que o Judiciário”, alegou o conselheiro federal da OAB.

Leia na íntegra a notícia de Isadora Teixeira, Coluna Grande Angular, Metrópoles

Comunicação OAB/DF / OAB na Mídia

Conselheiro Rodrigo Badaró propõe criação de Câmara de Mediação, Conciliação e Arbitragem na OAB para solucionar conflitos sobre honorários

Diante do impacto que o grande volume de casos tratando sobre honorários vem causando ao Judiciário, cabe ao Conselho Federal criar condições para resolver conflitos “de forma rápida e pacífica”, no entendimento de Badaró (foto)

O conselheiro federal Rodrigo Badaró requereu ao presidente da OAB Nacional, Felipe Santa Cruz, a criação da Câmara de Mediação, Conciliação e Arbitragem em matéria de honorários, no âmbito da OAB-Conselho Federal.

A proposta prevê que, por arbitragem, possam ser resolvidos problemas relativos aos honorários advocatícios surgidos entre sociedades de advogados e entre os integrantes das sociedades. Também, pela Câmara, seria possível mediar e conciliar questões em momentos de dissolução de sociedades.

Ressalta Badaró: “A arbitragem é excelente alternativa para aqueles que desejam uma solução eficaz e com prazos mais curtos do que o Judiciário.”

Badaró lembra que “já existe previsão expressa, no art. 71 do Código de Ética da OAB, estendendo a possibilidade de os Tribunais de Ética atuarem como órgão mediador ou conciliador nas questões envolvendo partilha de honorários contratados em conjunto ou decorrentes de substabelecimento, bem como os que resultem de sucumbência, nas mesmas hipóteses, que também pode ser aplicado em âmbito nacional”.

PREVISÕES DO NOVO CPC

Outro amparo, lembrado por Badaró, para a criação da Câmara de Mediação, Conciliação e Arbitragem pela OAB Nacional é o Novo Código de Processo Civil prever realização de sessões de mediação antes mesmo da apresentação de determinadas demandas ao Judiciário, o que vem estimulando a criação de Centros de Mediações em Tribunais de Justiça.

O conselheiro federal, membro da bancada da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF), compreende em sua abordagem ao presidente do CFOAB que o “grande avanço jurídico” da mediação e da conciliação poderia ser exercido pelas Seccionais, “caso o Conselho Federal não entenda ser viável avocar a proposta”. A alternativa seria autorizar a criação de Câmaras Seccionais de Arbitragem nos Estados que tiverem interesse em aderir à proposta.

Por fim, na base de argumentos, Badaró contempla que essa proposta tem consonância com resoluções do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em busca de mais eficiência no julgamento de causas no Judiciário.

LEIA O OFÍCIO ENCAMINHADO À PRESIDÊNCIA DO CFOAB NA ÍNTEGRA

COMUNICAÇÃO OAB/DF

Jovem Advocacia da OAB/DF analisa votação do novo provimento sobre a publicidade pelo CFOAB

O Conselho Pleno da OAB Nacional se reuniu em sessão virtual extraordinária, nesta quinta-feira (17), para analisar o texto do novo provimento sobre a publicidade. A proposta visa atualizar o provimento 94/2000 e reúne o trabalho de mais de dois anos de audiências públicas e de consulta à advocacia em todas as seccionais do país.

Os debates se debruçaram sobre a proposta da relatora, conselheira federal Sandra Krieger (SC), além das sugestões do colégio de presidentes das seccionais e de representantes da jovem advocacia. O tema é bastante complexo e irá estabelecer um novo marco para a publicidade na advocacia definindo o que será permitido pelo marketing jurídico. Os conselheiros federais estão analisando questões como a forma de utilização das redes sociais, bem como a participação de advogados em veículos tradicionais de mídia, entre outros.

A decisão dos conselheiros que compõem o Pleno da OAB Nacional foi pela votação artigo por artigo do texto do novo provimento. O objetivo é permitir a avaliação detalhada e a apresentação de emendas e propostas que serão analisadas uma a uma, tendo em vista e importância do novo marco da publicidade para a advocacia. Dessa forma, foram analisados e já aprovados os dois primeiros artigos do provimento, que tratam de definição de diversos conceitos, com marketing jurídico, publicidade, publicidade de conteúdos jurídicos e publicidade ativa e passiva.

O tema será retomado nas próximas sessões do Conselho Pleno da OAB Nacional. A votação seguirá sendo feita artigo por artigo.

RETROSPECTIVA SOBRE O TEMA NO ÂMBITO DA OAB/DF

No âmbito da OAB-DF, nas primeiras sessões do Conselho Jovem em 2019, foi formada uma coordenadoria com o objetivo de compreender as regras vigentes sobre o marketing jurídico. Posteriormente, se juntaram a esta Coordenadoria alguns membros da Comissão da Advocacia Jovem e Iniciante (CAJI), passado a ser formado por: Isabella Correia, Matheus Eleutério, Monise de Souza Lima, Gabriella Lorrine, Caio Caputo, Amanda Marques, Francisco Wellington e Gabriel Frezza.

O grupo apresentou estudo e sugestões ao CFOAB, com o apoio da diretoria da seccional, e ao final aprovado por unanimidade pelo Conselho Seccional e encaminhado ao Conselho Federal da OAB.

Nesse mesmo período, um Grupo de Trabalho do Conselho Federal formado pelos doutores Ary Raghiant Neto (MS), Greice Fonseca Stocker (RS) e Carlos Kauffmann (SP), rodou o Brasil buscando colher a opinião da advocacia sobre os rumos que deveriam ser tomados pela OAB sobre o tema.

Por fim, os dois grupos chegaram a conclusões semelhantes: a advocacia urge por uma modernização nas regras sobre marketing, especialmente pela flexibilização das regras para a atuação na internet, para das à jovem advocacia condições de alcançar clientes, construir autoridade e, ao fim, se consolidar na advocacia.

Assim, o Grupo de Trabalho apresentou sua proposta que reflete grande parte do posicionamento da Advocacia Jovem do DF. Essa proposta foi acatada pela relatora do projeto no Conselho Federal, Sandra Krieger Gonçalves (SC), com algumas alterações pontuais em atendimento a sugestões apresentadas pelo Colégio de Presidentes Seccionais, em seu voto apresentado na sessão anterior do Conselho Federal.

ANÁLISES DA VOTAÇÂO DE 17 DE JUNHO

Para Matheus Eleutério e Monise de Souza Lima, a discussão de quinta-feira apreciou alguns pontos bastante controversos, sendo o primeiro deles a terminologia a ser adotada.

“O Grupo de Trabalho do Conselho Federal apresentou sua proposta utilizando o termo ‘Marketing Jurídico’ para designar as mais diversas estratégias utilizadas pela advocacia para construir autoridade e alcançar seus potenciais clientes, no mesmo sentido que a pesquisa elaborada no âmbito da OAB-DF e a posição da imensa maioria dos profissionais da área, substituindo o antigo e controverso ‘publicidade e propaganda’. Consideramos importante vitória essa decisão”, disse Matheus Eleutério.

Por outro lado, nesse debate, a divergência afirmou que a terminologia levaria à mercantilização da profissão, por derivar de “mercado” em inglês, tendo sido defendida a utilização de termos como “metodologias publicitárias”, dentre outros.

“O objetivo não era um ‘libera geral’, mas sim o estabelecimento de regras objetivas para a atuação da advocacia em relação ao marketing. Nesse sentido, para combater possíveis práticas abusivas por parte de escritórios, foi aprovada a proposição em que os sócios administradores respondem junto com a sociedade nos casos de eventuais excessos”, esclarece Monise.

O texto inicial estabelecia a responsabilidade solidária entre os sócios, porém a relatora, em conjunto com os membros do Grupo de Trabalho, acatou a divergência para suprimir o termo “solidariamente”, de modo que a responsabilização dos sócios administradores deverá ser apurada caso a caso, de acordo com as circunstâncias específicas.

Passando ao segundo artigo, que trata dos conceitos operacionais para o provimento, foram levantadas três discussões especialmente relevantes em ralação aos conceitos de: Propaganda; Captação de clientela; e Mercantilização.

Em relação à propaganda, foi apontado que a proposta não estabelecia um conceito de “propaganda”, a despeito do termo ser utilizado em alguns pontos do texto. Frente a Conselheira Greice Stocker pontou que a exclusão do conceito teria sido proposital, em parte pela dificuldade em se ter uma conceituação precisa do termo e, por outro lado, em razão da propaganda, segundo o conceito popular, ser vedada à advocacia.

Frente a esta situação, optou-se por retirar do texto do futuro provimento, qualquer menção ao termo “propaganda”.

À frente, passou-se a discutir se o conceito de “Mercantilização” trazido no inciso IX do art. 2º da proposta poderia restringir sua aplicação e gerar uma defesa para o abuso por parte da advocacia.

“Nesse ponto, o amplo estudo realizado pela Advocacia Jovem do DF que analisou decisões de diversos tribunais de ética pelo Brasil concluiu que a imprecisão terminológica do que seria considerado, ou não, mercantilização é uma das grandes causas da existência de divergências entre os entendimentos das Seccionais”, comentou Matheus Eleutério.

Para ele, isso leva à insegurança dos advogados por permitir que a [i]licitude das condutas seja determinada após sua ocorrência. “Devemos lembrar que este é justamente o argumento utilizado por diversas seccionais para proibir a utilização de ferramentas pagas de marketing, por entender que configurariam condutas mercantilistas, enquanto outros tribunais entendem que tais ferramentas são permitidas”, explicou. A despeito disso, o Conselho optou por excluir o conceito da proposta de provimento.

O presidente da CAJI da OAB/DF, Gabriel Frezza, concorda com a visão sobre a aceitação do termo ‘Marketing Jurídico’, pois “abre espaço para que a jovem advocacia se apresente ao mercado de trabalho com maior automomia”, e pensa que não conceituar ‘mercantilização’ complica visto que é necessário um amparo claro, expresso, para assegurar que não ocorrerão punições por casuísmos. Segundo Frezza: “além da clara insegurança jurídica de definir as práticas infracionais no caso-a-caso, a ausência de previsão anterior e expressa, também, continuará sobrecarregando as estruturas dos Tribunais de Ética das Seccionais, posto que, certamente, serão levadas à análise condutas que não possuem o condão de ofender o Código de Ética”. Porém, mesmo com essas dificuldades, o sistema OAB, na opinião de Frezza, caminha para “trazer maior competitividade ao ambiente de trabalho”.

Comunicação OAB/DF, com informações da OAB Nacional

NOTA DE REPÚDIO À VIOLÊNCIA CONTRA MULHER

A COMISSÃO DA MULHER ADVOGADA – CMA/DF, com base no Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/1994, Art. 44) e do Provimento nº 164/2015-CFOAB (artigo 2º, inciso VI, alínea “c”), vem a público REPUDIAR a violência sofrida por MELISSA MAZZARELLO, vítima de possível feminicídio, na manhã do dia 17 de junho do corrente ano, por volta das 9h, na Região Administrativa de Sobradinho/DF. O caso é investigado pela Polícia. No entanto, a violência contra a mulher, em todas as suas formas, é inaceitável e preocupa, sobremaneira, esta e outras Comissões desta Seccional da OAB, que têm atuado de forma incisiva no apoio às medidas de conscientização e enfrentamento de agressões, com o propósito de estancar esse mal social.

Nildete Santana de Oliveira
Presidente da Comissão da Mulher Advogada

Veranne Cristina Melo Magalhaes
Secretária-Geral da Comissão da Mulher Advogada

Joana d'Arc A. Barbosa Vaz de Mello
Vice-Presidente da Comissão da Mulher Advogada

Ana Paula de Oliveira Tavares
Secretária-Geral Adjunta da Comissão da Mulher Advogada

Subscrevem

Selma Carmona
Presidente da Comissão de Combate à Violência Doméstica e Familiar da OAB/DF

Joana d'Arc A. Barbosa Vaz de Mello
Presidente da Associação Brasileira de Advogadas (Abra)

“Pandemia: luta diária para fazer valer o direito da advocacia e de seus clientes”, artigo de Délio no JOTA

O presidente da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF), Délio Lins e Silva Jr., escreveu ao JOTA, falando das ações da atual gestão da OAB/DF para garantir as prerrogativas de advogados e advogadas. “Advocacia fortalecida é garantidora de paz social, de liberdade e de respeito às instituições pública”, assinala Délio.

A SEGUIR A REPRODUÇÃO DO TEXTO PUBLICADO PELO JOTA. PARA BAIXAR PDF CLIQUE AQUI.

A Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) firmou, junto à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Governo do Distrito Federal (SEAPE), um cronograma de ações em que acordamos, mutuamente, a adoção de protocolo único de procedimentos em todas as unidades do Distrito Federal (DF) para o atendimento da advocacia. A boa notícia e de imediato é que já foram retiradas todas as restrições impostas pela pandemia na última sexta-feira (4/6).

Teremos avanços como: a disponibilização de um telefone celular, por unidade prisional, para contato dos advogados com o servidor responsável pelos agendamentos. Ainda está certa a inauguração de uma nova sala da advocacia e de central de videoconferência até o final de julho de 2021 em novos Centros de Detenção Provisória (CDPs 1 e 2).

Isso está acontecendo depois que tivemos audiência virtual com o governador do DF, Ibaneis Rocha, para levar os problemas que enfrentamos, não só pela OAB/DF, por advogadas e advogados, como, também, pelo Judiciário e pelo Ministério Público, que estiveram presentes na reunião. Foi esse encontro que nos levou ao anúncio que agora fazemos de entendimentos com a SEAPE, que está sob nova direção desde então.

Assim, estamos dando passos firmes em relação ao cumprimento de uma das mais sagradas missões aos que dirigem uma Seccional de OAB: o respeito e a defesa das prerrogativas profissionais.

Recordo que, desde o início da pandemia, no país, temos vivido dificuldades jamais experimentadas antes. Evidentemente, defendemos que as restrições de ordem sanitária precisam ser observadas e estamos compreendendo e apoiando todos os esforços nesse sentido.

Porém, tivemos de ir às ruas de máscaras, com distanciamento e álcool em gel nas mãos, em algumas ocasiões, porque as medidas de restrição para preservar vidas viraram desculpa para não atender a advocacia e para desrespeitar os seus profissionais.

Exemplo: no ano passado, fomos à porta da 16ª Delegacia de Polícia, em Planaltina, protestar porque um advogado foi preso e algemado, pelas mãos e pelos pés, sendo chamado de “advogadinho de bandido”, segundo nos relatou. Episódio de profundo desrespeito por parte de delegado e investigadores da unidade. Tivemos, depois, o êxito de ver arquivadas as injustas acusações de desacato contra esse advogado, quando estava ali apenas para defender os interesses de seu cliente. Tramitam, também, em face do delegado e do agente responsável pelo ato, por iniciativa da OAB/DF, representações por abuso de autoridade no âmbito criminal e disciplinar.

Não só bradamos quando necessário, mas cooperamos com o Poder Público. Instituímos o parlatório virtual no sistema penitenciário fazendo com que o DF tenha sido uma das únicas unidades da federação que não fechou os presídios à advocacia. Não houve interrupção do atendimento à advocacia, mas somente uma adequação à realidade imposta pela pandemia.

Uma outra ação significativa, por parte da OAB/DF, em favor da advocacia, foi estabelecer o convênio que possibilita o saque de depósitos judiciais por meio de transferência eletrônica, dispensando os alvarás de levantamento. Ação que teve sucesso e aconteceu logo no início da pandemia, possibilitando à advocacia continuar levantando valores depositados judicialmente sem a exposição da presença física nos bancos.

No âmbito do Judiciário tivemos de agir para garantir, por meio do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o direito de os profissionais da advocacia suspenderem, unilateralmente, a tramitação de processos por total inviabilidade de trabalhar durante a pandemia.

Fomos ao CNJ para que uma desembargadora do Trabalho recebesse advogados! Representamos contra desembargadores do TRF1 que se negam a receber a advocacia. Expedimos dezenas de ofícios a magistrados que se negavam a receber a advocacia. Mais ainda, requeremos ao Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) a reabertura do Fórum. Sustentamos oralmente e fizemos protesto na frente do Fórum para que isso acontecesse.

Depois de implantarmos a Diretoria de Prerrogativas, na OAB/DF, algo inédito, inovador, agora, estamos criando e dando posse a integrantes do mais novo colegiado da Casa: a Comissão de Celeridade Processual da OAB/DF, que será presidida pela conselheira Magda Ferreira de Souza, uma pioneira em presidir a Comissão de Prerrogativas na Seccional, na nossa gestão, em 2019.

A proposta é ser um braço da Comissão de Prerrogativas. Queremos não só cobrar, mas ampliar o diálogo diretamente junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), ao Supremo Tribunal Federal (STF) para buscar aperfeiçoamentos. Vamos, também, trabalhar para premiar os bons exemplos em celeridade processual. Após a Seccional do Rio de Janeiro, somos a segunda a instituir essa comissão no sistema da Ordem dos Advogados do Brasil.

A advocacia é, na prática, a voz dos cidadãos. Uma advocacia fortalecida é garantidora de paz social, de liberdade, de respeito às instituições públicas. O exercício da advocacia não pode ser diminuído nem aviltado. É nossa profissão de fé! Estamos de pé pela advocacia!

Delio Lins e Silva Junior – Presidente da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF)

Entrevista:CAADF investe em obras de infraestrutura e recupera patrimônio da OAB/DF

Presidente da Caixa de Assistência dos Advogados do Distrito Federal (CAADF), Eduardo Uchôa Athayde, aborda principais ações da atual gestão e destaca que fundamental para os bons resultados obtidos foram a “análise e a forma profissional de ver as necessidades de investimentos, bem como a união de todo o sistema OAB/DF no empenho de captar recursos e realizar as ações necessárias”.

“Entramos e identificamos que havia uma grande necessidade de recuperação de todos os equipamentos da Ordem. O prédio da OAB/DF, por exemplo, não era acessível. A fachada precisava ser recuperada por questões de segurança. Na verdade, o prédio nem sequer resistia a uma vistoria do Corpo de Bombeiros. Pelo que me lembro, havia mais de 80 pendências levantadas pelo Corpo de Bombeiros. Para enfrentar esse problema, tivemos de agir com muito planejamento, organização e capacidade de realizar os investimentos”, detalha Eduardo.

Tudo o que foi feito, segundo o presidente da CAADF, teve como base estudo da Deloitte, empresa que presta serviços de auditoria e que apontou os investimentos mais urgentes.

Amanhã (18/06), a OAB/DF inaugura seu novo auditório. Eduardo Uchôa Athayde fala em um pingue-pongue tudo o que você precisa saber sobre a recuperação do prédio-sede e de investimentos em obras no Sistema OAB/DF.

Quais foram os investimentos na sede da OAB/DF?

Eduardo Uchôa Athayde: Investimos na recuperação da fachada, na revitalização do auditório e nas obras de acessibilidade no prédio-sede. Interessante destacar que, agora, o prédio todo passa a ser acessível, com nosso auditório pronto para receber pessoas com deficiência. Vamos entregar, em breve, uma reforma estrutural grande para adequar o prédio às exigências do Corpo de Bombeiros, o que inclui a fachada do prédio. O primeiro intuito foi de recuperação dos equipamentos, pois o abandono era tal que havia riscos ao prédio e aos usuários, visto que o revestimento da fachada podia descolar.

As Subseções foram incluídas nesses investimentos prioritários da OAB/DF?

Eduardo Uchôa Athayde: Sim. Temos feito investimentos de recuperação e revitalização nas Subseções, deixando prédios bem equipados. Lembro aqui que está em estágio já adiantado a obra da Subseção do Guará e que serão feitos outros investimentos em Subseções no decorrer do ano. Temos encaminhado, por exemplo, investimentos para as Subseções de Taguatinga, de Sobradinho, do Gama e Santa Maria, de Riacho Fundo, do Paranoá e de Samambaia. Queremos melhorar as estruturas e dar segurança, também, para suprir questões levantadas pelo Corpo de Bombeiros. Já nesta gestão, importantíssimo recordar, inauguramos novas sedes em Ceilândia e em Águas Claras.

Houve investimento no Clube da Advocacia. Também recursos por meio da CAADF?

Eduardo Uchôa Athayde: No Clube da Advocacia tivemos as reformas na arquibancada e vestiário (masculino e feminino), a impermeabilização da laje de cobertura do restaurante e a nova churrasqueira.

Quanto à própria CAADF?

Eduardo Uchôa Athayde: Lá os investimentos principais foram referentes à construção de nossa clínica (PrecAAver), cujo foco principal é o atendimento da saúde primária de toda a advocacia, especialmente dos usuários dos nossos planos de saúde. Mas também foram realizados ajustes de segurança, ditados pelo Corpo de Bombeiros, e a recuperação da calçada, além da manutenção predial básica, que não era realizada há muitos anos.

Como foi possível realizar tudo isso em apenas uma gestão?

Eduardo Uchôa Athayde: Num primeiro momento, identificamos que era necessário um profundo equilíbrio financeiro para conseguirmos avançar em projetos que atendessem à advocacia e criassem uma identidade maior entre as ações da CAADF e os colegas e familiares. A questão da readequação dos equipamentos da OAB-DF também era um desafio que só poderia ser vencido através de um trabalho conjunto entre a CAADF e OAB-DF. Juntas, CAADF e OAB-DF captaram recursos recebidos por meio do FIDA (Fundo de Integração e Desenvolvimento Assistencial dos Advogados). O FIDA foi criado pelo Conselho Federal da OAB e é instrumento de investimento em estrutura para todo o sistema OAB. Fundamentalmente, o FIDA presta suporte financeiro para as Caixas no que se refere a investimentos em equipamentos e estrutura para realização da missão institucional.

Essa união OAB/DF e CAADF é uma articulação diferenciada?

Eduardo Uchôa Athayde: Sem dúvida, desde sempre, tivemos entendimento que faríamos muito mais se a OAB/DF e a CAADF estivessem juntas. Isso é um grande diferencial do projeto de Brasília: a liderança do presidente Délio Lins e Silva Jr. e de nossa copresidente Cristiane Damasceno sempre deu norte para a diretoria da CAADF trabalhar. Isso facilita muito as coisas. Foi mais fácil obter recursos no âmbito do Conselho Federal. A gente, falo a gente porque é conquista das duas diretorias, fez muito mais porque houve esforço conjunto para obter esses valores. Se tivéssemos uma visão da Caixa e uma visão da Ordem, não teríamos essa fluidez. Alcançamos muito em assistência e reconstrução da estrutura da Ordem porque todos olhamos, sempre, para o mesmo lado. Remamos juntos e assim chegamos mais rápido aos objetivos.

A CAADF ainda conseguiu distribuir alimentos e realizar campanhas de vacinação, enfrentando pandemia, aumento de inadimplência, dificuldades que poderiam ter sido fortes obstáculos às realizações, qual foi a fórmula mágica?

Eduardo Uchôa Athayde: Organização, identificação de prioridades, controle de despesas e, principalmente, respeito ao orçamento. O que se fez não é mágica. Apenas olhamos para todas as despesas de antes e cortamos as que não atendiam ao conjunto da advocacia. A partir daí, concentramos nossas forças em nossas prioridades: saúde (com a criação da clínica e nosso plano de saúde exclusivo) e auxílios financeiros (com a ampliação das hipóteses de pedidos, a inclusão dos jovens advogados entre os elegíveis para solicitar os benefícios além da criação do programa da CAAIXA DE ALIMENTOS que distribuiu mais de 63 toneladas de alimentos e produtos de higiene para os colegas). Não foi fácil realizar tudo isso em meio a pandemia, com diminuição de receitas, mas era necessário e absolutamente pertinente nesse período tão duro que enfrentamos.

Qual a importância de toda a realização no aspecto mais amplo, para a sociedade?

Eduardo Uchôa Athayde: O investimento na recuperação de nosso prédio e do nosso auditório não é só simbólico. É essencial uma Ordem fortalecida e capaz de atender as demandas da sociedade civil. Mais que isso, há o aspecto político representado pela luta da Ordem em prol da democracia. Foi no prédio da Ordem que os colegas de braços dados resistiram à invasão da ditadura. Também, foi em nosso prédio que a sociedade civil organizou e gestou o movimento que impediu a intervenção federal no DF na época em que o então Chefe do Governo Estadual foi preso. Através dos investimentos estruturais que estamos realizando, a sociedade seguirá bem abrigada em nosso prédio, agora inteiramente acessível às pessoas com deficiência. E a OAB-DF seguirá como referência para a sociedade do Distrito Federal, abrigando toda nossa sociedade.

Comunicação OAB/DF

OAB Social apoia as famílias carentes no enfrentamento à pandemia

A Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF), por meio da “OAB SOCIAL”, desde o início da pandemia, faz entrega de alimentos e materiais de higiene para populações carentes. Neste final de semana, sábado (19/6), vai entregar cestas básicas para o Jardim Ingá. Na próxima semana, será para Cidade Ocidental. Antes dessas duas comunidades, outras famílias e instituições receberam doações, dentre elas: creche Nazaré, de Cidade Estrutural; Santos Inocentes, de Samambaia, e Movimento Maria Cláudia pela Paz, Lago Sul.

Dra Francisca Aires de Lima Leite, presidente da Comissão Social da OAB/DF, explica que recebeu 300 quilos de arroz, feijão e macarrão a partir de doações de amigos e familiares. Assim, foi possível montar cestas básicas com 12 itens.

Roupas móveis e utensílios, também, foram arrecadados pela OAB Social e encaminhados para doações feitas pelo Movimento Maria Cláudia pela Paz, no entorno e DF.

“Estamos na batalha para melhorar as condições de vida das populações mais carentes”, explica Francisca Aires, que compartilha algumas imagens de doações já entregues; dentre elas para uma organização que atende pacientes de hanseníase.

Por fim, esclarece a OAB Social que, no ano passado, a preocupação foi confeccionar máscaras e distribuir a comunidades carentes e entidades como as já citadas.

Confira, a seguir, imagens de doações realizadas

Móveis doados chegando a comunidade carente do DF
Cidinha, filha da dona Conceição, criadora e gestora do Grupo Voluntários do Caminho, levou a comunidade carentes preciosas doações obtidas pela Dra Francisca, da OAB Social, e de suas amizades solidárias
Colaboradores da OAB Social entregando doações
Carro lotado de doações e pronto para levar socorro a comunidades extremamente carentes do DF
Dra Francisca Aires em momento de entrega de doações: produtos de higiene
Moradores do DF recebendo doações por meio da OAB Social
O atendimento da OAB Social chega a pessoas em condições de extrema pobreza, muitas mães solos, crianças e adolescentes
Rita Gusmão, presidente do Grupo Fraterno Estrela do Oriente, que atua no Plano Piloto (Bloco C – Loja 92 – Subsolo, SHCN Cl Q 108 – Asa Norte). Ela recebeu roupas e transformou em colchas de retalhos, para atender 50 famílias de pessoas com hanseníase

SERVIÇO:
Campanha de doações da OAB SOCIAL
Neste sábado: 19 de junho, pela manhã
Entregas no Instituto Social Brigada de Infantaria Mirim
(Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo)
End. Rua Epaminondas Roriz, Quadra 17, Lote 42, Jardim Ingá

OAB-DF se reúne com a Secretaria da Mulher do GDF para discutir a CPI do feminicídio

Ocorreu, nesta quarta-feira (16/06), uma reunião virtual da Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados Brasil (OAB/DF) com a Secretaria da Mulher do GDF, ocasião em que foi discutida a CPI do feminicídio.

Estiveram presentes nesse encontro a presidente da Comissão da Mulher da OAB/DF, Nildete Santana de Oliveira, a presidente da Comissão de Violência Doméstica e Familiar da OAB/DF, Selma Frota Carmona, e a conselheira e secretária-geral da Comissão da Mulher, Veranne Magalhães.

O relatório da CPI faz recomendações para o governo do GDF, para o Ministério Público e para a Justiça, sendo a maioria destinada ao governo do GDF.

Nildete explicou alguns pontos abordados: “As recomendações eram no sentido de prestar um melhor atendimento para as vítimas visando que não sejam revitimizadas, para que os policiais sejam melhor capacitados, para que os atendimentos sejam mais céleres”.

Segundo Nildete, a reunião tratou, assim, de temas de extrema relevância para a sociedade e em especial para as mulheres. “O feminicídio precisa ser enfrentado com políticas públicas de educação, precaução e combate, ou seja, medidas sérias e eficientes. A prevenção e a denúncia são sempre as melhores alternativas para mitigar esse mal que precisa ser extirpado na sociedade atual.”

“É um tema muito valioso para a sociedade e de extrema relevância para a OAB. A reunião foi muito proveitosa e o marco inicial das tratativas sobre o tema”, concluiu Nildete.

Confira aqui o relatório final da CPI do Feminicídio.

Texto: André Luca (estagiário sob supervisão de Montserrat Bevilaqua)

Comunicação OAB/DF

OAB/DF apoia pedido da ABC SISTEMAS para que CNJ regulamente a prática sistêmica no Judiciário

A Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF), por meio do presidente Délio Lins e Silva Jr., e do presidente da Comissão de Direito Sistêmico, Rodrigo Freitas Rodrigues Alves, apoia o Pedido de Providências (PP) proposto pela Associação Brasileira de Constelações Sistêmicas (ABCSISTEMAS) junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para “a inclusão da prática sistêmica nas políticas públicas de tratamento adequado de solução consensual de controvérsias jurídicas”.

“Falta previsão de carga horária mínima, não há procedimentos comuns, padronizados, o que ocasiona insegurança jurídica. No entanto, os excelentes resultados obtidos com a aplicação da técnica, voltada à resolução de conflitos a partir do reequilíbrio dos sistemas das partes envolvidas em litígios, justificam, por si só, o acolhimento do pleito”, diz Rodrigo Freitas Rodrigues Alves.

Para Délio Lins e Silva Jr., “há comprovados estudos que revelam ser eficiente, e já está empregada a modalidade em órgãos do Judiciário e em políticas públicas”.

Segundo expõe Adhara Campos Vieira, presidente da ABC Sistemas, não é uma prática de cunho religioso ou espiritualista, como se extrai de parecer do CNJ: “A nossa proposta é reverter essa informação que se opõe à prática sistêmica no Judiciário”. Ademais, segundo consta no PP, há diversos “procedimentos afetos aos projetos de constelação no país, haja vista a ausência de qualquer previsão de carga horária mínima aliado a uma diversidade de procedimentos, sem contar com um conteúdo mínimo de modo a proporcionar uma segurança jurídica”.

O presidente da Comissão de Direito Sistêmico, Rodrigo Freitas Rodrigues Alves, reafirma o compromisso de colaborar para o aprimoramento da cultura da paz; da humanização da Justiça e acredita no melhor encaminhamento da medida reivindicada.

Leia na íntegra a nota de apoio da OAB/DF

Texto: Montserrat Bevilaqua
Comunicação OAB/DF

OAB/DF oficia Ibaneis questionando critérios de vacinação e pedindo inclusão da advocacia dentre as atividades essenciais

A Seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF), em ofício assinado pelo presidente Délio Lins e Silva Jr. e pelo diretor tesoureiro Paulo Maurício Siqueira, Coordenador do Comitê de Gestão Emergencial do COVID-19, solicitou ao governador Ibaneis Rocha, no último dia 6 de junho, vacinação para atividades essenciais, dentre as quais a advocacia. Destaca-se do texto que “insistindo na necessidade de se adotar medidas apropriadas para que a vacinação no DF ocorra a tempo e modo, seguindo-se os critérios técnicos”.

Solicitaram divulgação, urgentemente, de novo calendário de vacinação, “englobando grupos prioritários e atividades essenciais, inclusive a advocacia, e ainda a otimização dos procedimentos para que se amplie as faixas etárias, inclusive com a compra direta de vacinas, se necessário, alcançando-se o maior número de pessoas em tempo de se atingir os resultados esperados para se privilegiar a saúde pública e o interesse coletivo da sociedade do DF”.

Leia na integra o ofício

Comunicação OAB/DF