Artigo: Diogo Moreira Neto deixa legado para a advocacia brasileira

Costuma-se dizer que o escritor é um imortal porque vive através de sua obra. Diogo de Figueiredo Moreira Neto foi além: seu pensamento moldou instituições e foi incorporado no texto de diversas leis, que regem a vida de mais de 200 milhões de brasileiros. A advocacia, seja ela pública ou privada, deve muito ao professor Diogo.

Mesmo antes das leis complementares que segregaram a Advocacia Pública do Ministério Público, por força da opção inédita feita pela Assembleia Nacional Constituinte, o professor Diogo já distinguia a advocacia pública da advocacia da sociedade, bem como da advocacia em favor dos necessitados, que se materializaram, no plano federal, na Advocacia-Geral da União, no Ministério Público Federal, que constituem uma única instituição em vários países do Mundo, e na Defensoria Pública da União (MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. As funções essenciais à justiça e as procuraturas constitucionais. Revista da Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, n. 45, p. 41-57, 1992)

A advocacia pública ganhou contornos decisivos a partir da pena do professor Diogo. A começar pela sua identificação substancial como advocacia. Pública ou privada é um adjetivo, que não desnatura os direitos, garantias e vedações dos advogados, que devem ser as mesmas no plano nacional.

Além de Advogado Público de carreira, o professor Diogo é um dos baluartes do Direito Administrativo no país, com inúmeras publicações consagradas acerca do tema. Em uma de suas últimas obras, intitulada Novas Mutações Juspolíticas (MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Editora Fórum, 2016), o PostDoc Diogo deixa clara a sua natureza vanguardista. Um homem à frente de seu tempo, que mesmo diante de um mundo cada vez mais dinâmico e superficial, aprofundava-se nos temas que viriam a ser o futuro do próprio Direto, que deve a ele muito mais do que podemos imaginar.

Dito isto, aproveitamos o ensejo para parabenizar o Prof. Diogo de Figueiredo Neto pelo seu legado, em prol de uma advocacia cada vez mais forte e respeitada, como pilar essencial do Estado democrático de Direito*.

Juliano Costa Couto – Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional do Distrito Federal
Marcelino Rodrigues – Presidente da Associação Nacional dos Advogados Públicos Federais (ANAFE) e Conselheiro Seccional da OAB/DF

*O advogado e professor Diogo de Figueiredo Moreira Neto faleceu no sábado (1º/7), aos 84 anos. Foi procurador-geral do Estado do Rio de Janeiro e professor emérito da Escola de Comando e Estado-maior do Exército. Autor de mais 20 obras, é um dos que mais tem teses citadas em petições e artigos na área jurídica. Era pós-doutor em Direito Administrativo, o que lhe garantia o título de um dos mais influentes no tema, não só pela qualificação, mas pelo amor ao tema. Foi ainda presidente da Associação Nacional dos Procuradores de Estado (Anape), no biênio 1993-1995.

Vem aí a Colônia de Férias da CAA/DF!

Um dos momentos mais esperados do ano chegou: as férias. Para agitar a garotada com muita diversão e segurança, a Caixa de Assistência do Advogado (CAA/DF), em parceria com a Seccional, irá realizar a 4º edição da Colônia de Férias. De 17 a 21 de julho, das 13h30 às 18h, os pequenos irão se divertir ao participar atividades lúdicas, oficinas, ouvir historinhas infantis, brincar de jogos temáticos e cooperativos.

Além do mais, as crianças e os adolescentes participarão de várias atividades ao ar livre, brincadeiras na piscina, no campo de futebol e em brinquedos infláveis.

A Colônia de Férias ocorrerá no Clube dos Advogados (Setor de Clubes Sul). Nesta edição será cobrado um valor de R$200, por criança. Poderão ser inscritas crianças de 3 a 13 anos. Faça sua inscrição aqui.

Para mais informações: (61) 3347-0213

Seccional discute melhorias no dia a dia da Justiça Federal

Na sexta-feira (30) ocorreu a segunda reunião do Fórum Interinstitucional Previdenciário da Justiça Federal da 1ª região (Forprev), na qual foram debatidos questões relevantes sobre os processos previdenciários e acordos para melhorar o dia a dia da Justiça Federal, principalmente no Juizado Especial Federal do DF.

Dentre seus objetivos, o Fórum tem a responsabilidade de apresentar subsídios para o incremento das formas alternativas de solução de conflitos e de realizar estudos e audiências públicas que visem o melhor funcionamento da Justiça Federal em matéria previdenciária e em outras relacionadas a este tema.

A presidente da Comissão de Seguridade Social da OAB/DF, Thaís Riedel, destacou a importância de aprimorar e debater sobre melhorias da gestão e do funcionamento na conciliação dos processos como um dos temas de relevância para a advocacia, apontados pela OAB/DF na reunião. “Houve um comum acordo de todas as partes em incentivar essa conciliação. Levamos a reivindicação da advocacia e dos cidadãos em se ter melhores propostas de acordo e o INSS se comprometeu a levar propostas com correção monetária e juros atualizados, assim como se empenhar para conseguir cumprir mais rapidamente as decisões”, disse.

Fazem parte do Fórum a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Tribunal Regional Federal 1ª Região (TRF1), o Superior Tribunal de Justiça (STJ), o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o Ministério Público Federal (MPF), a Defensoria Pública da União (DPU), os Juizados Especiais Federais (JEFs) e Turmas Recursais da 1ª Região.

Disponíveis certificados do XXII Exame de Ordem

Já estão disponíveis os certificados de aprovação no XXII Exame de Ordem Unificado. Para retirada, o aprovado terá de comparecer à Seccional do Distrito Federal munido de cópias e documentos originais de Registro Geral, Cadastro de Pessoa Física, Título de Eleitor e diploma.

Os estudantes em fase de conclusão do curso terão que apresentar certidão específica, declarando que no primeiro semestre de 2017 já estava matriculado no último ano do curso, conforme determina os itens 1.4.4.2 e 1.4.4.3 do edital.

Os certificados estão disponíveis na Secretaria da Comissão de Estágio e Exame de Ordem da OAB/DF, das 9h às 19h, na sede da Seccional (516 Norte, 3º andar). Para mais informações, entre em contato com a Comissão de Estágio e Exame de Ordem pelos telefones: 3035-7241/ 7242

Seccional discute evolução Rugby no Brasil

O Rugby surgiu na Inglaterra como uma variação do futebol, e ao longo do tempo se dividiu em várias modalidades, sendo as mais conhecidas o Rugby Union, de quinze atletas, e o Rugby League, com treze atletas. Chegou no Brasil por volta do século XIX, e vem ganhando cada vez mais espaço no cenário nacional. Na noite da última quinta-feira (30), a OAB/DF realizou, por intermédio da Comissão de Direito Desportivo, uma discussão sobre a evolução do Rugby e os seus aspectos jurídicos.

Maurício Corrêa da Veiga, conselheiro seccional e presidente da Comissão de Direito Desportivo, explica que o evento foi pensado para mudar a tendência do brasileiro de discutir apenas futebol. “Temos que trazer a voga os aspectos jurídicos e a história dos outros esportes para valorizar e entender essas modalidades”.

Cedric Wamba, Gestor de Clubes nas Regiões Sul e Centro-Oeste, contou a história do Rugby no mundo e explicou o porquê de ele ser tão conhecido em países como a Austrália, a Nova Zelândia, a Argentina e as Ilhas Fiji. José Alpuim, treinador campeão em Competições em Portugal, Brasil e Série Mundial da Seleção Brasileira Feminina, conversou sobre os diferentes modelos de competição esportiva do Rugby, como o “cartel”, Norte Americano, a “oligarquia”, da Premiership Inglesa e a “governança hierárquica”, da Sanzar.

Diego Dubard, treinador de Clubes na Região Centro-Oeste e Árbitro, discutiu questões de arbitragem de Rugby. Já André Gribel Minervino, advogado e membro da Comissão de Direito Desportivo, trouxe um comparativo sobre o Rugby League com o Union.

Também compôs a mesa do evento o presidente do Instituto Brasileiro de direito desportivo (IBDD), Leonardo Andreotti.

Nota de falecimento – Frank Nelson de Oliveira Cruz

É com pesar que a diretoria da Seccional informa o falecimento de Frank Nelson de Oliveira Cruz. Ele era co-fundador da Silveira Ribeiro Advogados, desde 2005, sendo seu Diretor Administrativo e Financeiro. Frank Nelson era casado com a advogada Juliana Dias Guerra Nelson Ferreira Cruz, irmão de Vera Carla e cunhado de Eustaquio Silveira, também advogados.

O velório será neste domingo (2), a partir das 10h, na capela 1 do Cemitério Campo da Esperança (916 sul). O sepultamento será as 17h.

O conselheiro Seccional e presidente do Clube dos Advogados, Marcelo Cunha, lamentou profundamente a precoce perda do amigo. “Frank Nelson era um grande amigo casado com a Dra Juliana Dias. Além de esposo e pai exemplar, foi também um grande profissional. Prestamos nossas sinceras condolências aos familiares neste momento difícil”.

A família agradece todas as manifestações de fé, carinho e amor.

 

OAB/DF acompanha novidades de pesquisa de jurisprudência do TCU

A advocacia do Distrito Federal tem muito o que comemorar. A OAB/DF apresentou, em conjunto com o Tribunal de Contas da União (TCU), na manhã desta quinta-feira (29), as novidades de pesquisa nas bases de jurisprudência da Corte de Contas. A ferramenta de pesquisa passou por um importante processo de reformulação.

Cairo Bittar, presidente da Comissão da Advocacia nos Órgãos de Controle, afirma que esse é um instrumento indispensável para o exercício da profissão, uma vez que os advogados precisam ter acesso fácil e completo à jurisprudência dos Tribunais, de modo que possam exercer com plenitude a defesa dos seus clientes. Essa parceria, entre a OAB/DF e o TCU, demonstra a efetiva valorização do advogado perante os Órgãos de Controle. A Ordem precisa ter garantido esse espaço e exigirá absoluta transparência e acesso irrestrito às informações dos Órgãos de Controle. Assim, o advogado está sendo respeitado e suas prerrogativas defendidas”.

Juliano Costa Couto, presidente da OAB/DF, considerou o evento uma grande vitória para os advogados. Primeiro, porque se consolidou uma parceria entre duas grandes Instituições, a OAB/DF e o TCU. Segundo, por demonstrar o real avanço dos trabalhos da Ordem em defesa das prerrogativas. “Trata-se de conferir transparência e segurança aos cidadãos de bem, afinal, é elementar ao Estado Democrático que o administrado e o operador do direito saibam com clareza e facilidade o teor e os fundamentos das decisões dos órgãos julgadores”. Por fim, ressalta que ainda a muito a se fazer no sistema de pesquisa e jurisprudência e que a Ordem irá acompanhar o processo.

Para Monique Furtado, vice-presidente da Comissão da Advocacia nos Órgãos de Controle, a importância do evento se dá por apontar uma direção da Corte de Contas para uma aproximação com o ofício dos advogados. “Hoje a gente tem dificuldade de ter acesso e proximidade com o Tribunal. Então, eventos como este demonstram o esforço que a OAB/DF tem feito para que a advocacia do Distrito Federal seja de fato respeitada dentro do TCU”.

Márcio Albuquerque, secretário assessor do Tribunal de Contas da União, conta que o evento trouxe uma explicação sobre as bases da jurisprudência do TCU. “São 4 bases ao todo, e hoje demonstramos que é muito mais produtivo encontrar uma tese se nós pesquisarmos em cima da bases de jurisprudência selecionada do que em bases de acórdãos, pois a base de acórdãos tem muitas informações e a selecionada já vem explicada pelo Tribunal para o público em geral”.

Rodrigo Felisdorio, secretário de soluções de tecnologia e TI do TCU, explica que existe hoje um avanço da pesquisa jurisprudencial no Órgão de Controle em benefício dos advogados. “O Tribunal tem o propósito de construir uma ferramenta que possibilita tanto uma pesquisa para um público que não tem conhecimento específico, tanto para os advogados que trabalham com informações especializadas”. Felisdorio conta ainda que o feedback tem sido bastante positivo.

No fim do evento, foram sorteados aos participantes 3 bolsas de estudo para a Escola Superior de Advocacia (ESA).

Importância do Terceiro Setor é destaque em evento

O terceiro setor é um segmento muito importante por ser uma espécie de continuação do Estado, por meio dos serviços de filantropia e assistência social. Trabalha no amparo ao idoso, ao carente, a criança e ao adolescente, à pessoa com deficiência e a todos que precisam. Uma das características desse setor é ser livre do pagamentos de alguns impostos. A OAB/DF discutiu, na noite desta quarta-feira (28), qual seria o alcance das imunidades tributárias dentro do contexto do terceiro setor.

Kildare Meira, presidente da Comissão de Direito do Terceiro Setor, explica que a ideia de realizar o evento veio em um momento propício, por estar em voga a discussão da reforma da Previdência, em que ocorre uma tentativa de se retirar o direito das contribuições sociais que é designado para as entidades beneficentes. “Acredito que a solução para esta crise que estamos vivendo hoje está na sociedade civil, por meio de diálogos como esse”.

Erich Endrillo, conselheiro seccional e presidente da Comissão de Assuntos Tributários, falou sobre a abrangência das imunidades das entidades sem fins lucrativos frente ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). “Os Tribunais brasileiros têm muita jurisprudência sobre o tema, e o legislador, vez ou outra, tenta modificar as regras que regem esse setor. A partir do momento que a OAB/DF entra no debate e expõe sua opinião, ela se posiciona a favor da sociedade e, via de consequência, em favor do próprio advogado”

No seminário, os advogados José Roberto Covac Júnior e Augusto Paludo, trataram sobre o reconhecimento, fruição e suspensão da imunidade tributária no Distrito Federal.

José Eduardo Sabo Paes, procurador de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), falou sobre o desvio de finalidade institucional e os efeitos tributários e cíveis. “O Estado precisa entender que as entidades do terceiro setor complementam as realizações de políticas públicas, e as instituições têm que compreender que elas só podem agir e atuar de acordo com as suas finalidades, que estão presentes nos seus estatutos. Essas, necessariamente, devem atender aos grandes campos da assistência social, da educação, da saúde e da defesa de direitos”, explicou Sabo.

Ao final do evento foi aberto um espaço para as perguntas do público presente. Compuseram a mesa de abertura o integrante da Comissão de Direito do Terceiro Setor, Marlon da Silva Barbosa e a secretária-geral da Comissão, Janaína Rodrigues Pereira. Prestigiaram o evento o conselheiro seccional, João Paulo Amaral e o conselheiro federal Severino Cajazeiras.